Esquerda Republicana: O "Cinco Dias" já tem o seu Soares dos Santos

20-01-2012
marcar artigo


O grupo Jerónimo Martins, de Soares dos Santos, foge a pagar os impostos em Portugal. No Cinco Dias, pelos vistos, há quem concorde. É que não há diferença nenhuma entre a atitude de Soares dos Santos e a que Ricardo Santos Pinto propõe: só a escala de dinheiro envolvido. Mas o princípio é exatamente o mesmo. Depois de ter exportado um dos seus fundadores para o gabinete de Miguel Relvas, o Cinco Dias tem agora alguém que comunga as ideias sobre fiscalidade da direita mais liberal.
Tudo isto seria plausível se o Ricardo nos explicasse que modelo de sociedade defende sem o pagamento de impostos. Há quem o defenda, mas não trabalha para o estado como o Ricardo que, recorde-se, é professor do ensino público. Não sei de que disciplina, mas esperemos que não ensine aos seus alunos matérias como fiscalidade.
É claro que também gostaria que os meus impostos fossem melhor aplicados, por este e por todos os governos, e não me agradam nem um pouco as razões que o Ricardo invoca para boicotar o pagamento de IVA. Também não quero que o estado seja delapidado desta forma. Mas fugir aos impostos é justamente o que fazem (porque conseguem) muitos dos mais ricos. Se os mais pobres os imitarem, como sugere o Ricardo, o estado ficará de vez sem dinheiro nenhum. Nessa altura, os primeiros a serem prejudicados serão precisamente os mais pobres. Mas nada disto parece afetar o Ricardo, desde que ele receba sempre o seu salariozinho de professor. A única solução/proposta apresentada é "aprendam a ser justos. Aprendam a governar" (seja o que for que isto quer dizer). Enquanto não "aprenderem a governar", no entender do Ricardo, este professor do ensino público não paga IVA. Tudo isto seria cómico se não fosse tão português.


O grupo Jerónimo Martins, de Soares dos Santos, foge a pagar os impostos em Portugal. No Cinco Dias, pelos vistos, há quem concorde. É que não há diferença nenhuma entre a atitude de Soares dos Santos e a que Ricardo Santos Pinto propõe: só a escala de dinheiro envolvido. Mas o princípio é exatamente o mesmo. Depois de ter exportado um dos seus fundadores para o gabinete de Miguel Relvas, o Cinco Dias tem agora alguém que comunga as ideias sobre fiscalidade da direita mais liberal.
Tudo isto seria plausível se o Ricardo nos explicasse que modelo de sociedade defende sem o pagamento de impostos. Há quem o defenda, mas não trabalha para o estado como o Ricardo que, recorde-se, é professor do ensino público. Não sei de que disciplina, mas esperemos que não ensine aos seus alunos matérias como fiscalidade.
É claro que também gostaria que os meus impostos fossem melhor aplicados, por este e por todos os governos, e não me agradam nem um pouco as razões que o Ricardo invoca para boicotar o pagamento de IVA. Também não quero que o estado seja delapidado desta forma. Mas fugir aos impostos é justamente o que fazem (porque conseguem) muitos dos mais ricos. Se os mais pobres os imitarem, como sugere o Ricardo, o estado ficará de vez sem dinheiro nenhum. Nessa altura, os primeiros a serem prejudicados serão precisamente os mais pobres. Mas nada disto parece afetar o Ricardo, desde que ele receba sempre o seu salariozinho de professor. A única solução/proposta apresentada é "aprendam a ser justos. Aprendam a governar" (seja o que for que isto quer dizer). Enquanto não "aprenderem a governar", no entender do Ricardo, este professor do ensino público não paga IVA. Tudo isto seria cómico se não fosse tão português.

marcar artigo