CDS-PP: Concelhia de Lisboa

19-12-2009
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O CDS/PP sublinhou quarta-feira, passada, na Assembleia da República, as «contradições» entre as promessas eleitorais do PS de não aumentar impostos e o anúncio da subida do IVA. O líder parlamentar do CDS/PP, Nuno Melo, criticou as medidas previstas pelo Governo para combater o défice, acusando José Sócrates de retomar o discurso «da tanga» e «trair os compromissos eleitorais que assumiu com os portugueses».«Na campanha veio garantir que não iria aumentar impostos, hoje ficámos estupefactos ao ouvi-lo dizer que aumentaria a taxa do IVA em 2%», afirmou Nuno Melo, recordando as críticas do PS, em 2002, quando o executivo PSD/CDS-PP aumentou o IVA de 17 para 19%.«O aumento do IVA não pode ser bom ou mau consoante a maioria que o anuncia», afirmou Nuno Melo, trazendo ao debate um artigo da época assinado por José Sócrates, em que este chamava ao ex-primeiro- ministro Durão Barroso «apagador de promessas» por ter subido os impostos depois de dizer que não o faria.«Não me diga que quer recuperar o cognome», ironizou Nuno Melo.Na resposta, o primeiro-ministro contra-atacou, sublinhando a diferença entre o défice previsto no Orçamento para 2005 elaborado pelo executivo PSD/CDS - 4,2% sem recurso a receitas extraordinárias - e o valor agora apurado, 6,83%.«A única mentira é a do Orçamento de Estado para 2005», criticou José Sócrates, desafiando Nuno Melo a explicar porque é que o ex-ministro das Finanças Bagão Félix, indicado pelo CDS/PP, não inscreveu no Orçamento o valor previsto para os aumentos de pensões e salários.«A isto não se chama engano nas previsões, a isto chama-se embuste», afirmou, acusando o anterior Governo de ter elaborado o Orçamento «como se fosse um totobola, onde pôs umas cruzes na esperança de acertar».Para justificar a mudança de posição em matéria de impostos, o primeiro-ministro reiterou que, durante a campanha eleitoral, a sua convicção era a de que o défice rondaria os 5%, caso em que «seria um erro aumentar os impostos». - Diário Digital / Lusa São contradições extremamente graves, que colocam em causa a confiança dos cidadãos. Questiono:- O PS não esteve na AR no momento da discussão, na generalidade e especialidade do OGE?- Esteve? Esteve. Tenho a certeza de que esteve, pelo menos vi as transmissões em directo dos debates.Tinham conhecimento do estado das finanças pública, e ainda assim fizeram promessas absolutamente irreais, que agora não só não cumprem, como fazem o oposto do prometido.Como se terá oportunidade de constatar, num futuro próximo, as declarações efectuadas durante a campanha e as contradições actuais serão a causa da "autofagia do PS" - aguardemos pelos resultados das autárquicas.

O CDS/PP sublinhou quarta-feira, passada, na Assembleia da República, as «contradições» entre as promessas eleitorais do PS de não aumentar impostos e o anúncio da subida do IVA. O líder parlamentar do CDS/PP, Nuno Melo, criticou as medidas previstas pelo Governo para combater o défice, acusando José Sócrates de retomar o discurso «da tanga» e «trair os compromissos eleitorais que assumiu com os portugueses».«Na campanha veio garantir que não iria aumentar impostos, hoje ficámos estupefactos ao ouvi-lo dizer que aumentaria a taxa do IVA em 2%», afirmou Nuno Melo, recordando as críticas do PS, em 2002, quando o executivo PSD/CDS-PP aumentou o IVA de 17 para 19%.«O aumento do IVA não pode ser bom ou mau consoante a maioria que o anuncia», afirmou Nuno Melo, trazendo ao debate um artigo da época assinado por José Sócrates, em que este chamava ao ex-primeiro- ministro Durão Barroso «apagador de promessas» por ter subido os impostos depois de dizer que não o faria.«Não me diga que quer recuperar o cognome», ironizou Nuno Melo.Na resposta, o primeiro-ministro contra-atacou, sublinhando a diferença entre o défice previsto no Orçamento para 2005 elaborado pelo executivo PSD/CDS - 4,2% sem recurso a receitas extraordinárias - e o valor agora apurado, 6,83%.«A única mentira é a do Orçamento de Estado para 2005», criticou José Sócrates, desafiando Nuno Melo a explicar porque é que o ex-ministro das Finanças Bagão Félix, indicado pelo CDS/PP, não inscreveu no Orçamento o valor previsto para os aumentos de pensões e salários.«A isto não se chama engano nas previsões, a isto chama-se embuste», afirmou, acusando o anterior Governo de ter elaborado o Orçamento «como se fosse um totobola, onde pôs umas cruzes na esperança de acertar».Para justificar a mudança de posição em matéria de impostos, o primeiro-ministro reiterou que, durante a campanha eleitoral, a sua convicção era a de que o défice rondaria os 5%, caso em que «seria um erro aumentar os impostos». - Diário Digital / Lusa São contradições extremamente graves, que colocam em causa a confiança dos cidadãos. Questiono:- O PS não esteve na AR no momento da discussão, na generalidade e especialidade do OGE?- Esteve? Esteve. Tenho a certeza de que esteve, pelo menos vi as transmissões em directo dos debates.Tinham conhecimento do estado das finanças pública, e ainda assim fizeram promessas absolutamente irreais, que agora não só não cumprem, como fazem o oposto do prometido.Como se terá oportunidade de constatar, num futuro próximo, as declarações efectuadas durante a campanha e as contradições actuais serão a causa da "autofagia do PS" - aguardemos pelos resultados das autárquicas.

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