António José Seguro marca terreno no Partido Socialista

25-06-2010
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"Este é o momento das soluções, não é o momento para fazer outros debates, nomeadamente discutir o caminho que o país seguiu para chegar a este ponto", afirmou o ex-ministro, que foi um dos últimos a falar numa reunião em que se ouviram criticas à subida de um ponto percentual na taxa mais baixa do IVA. A voz de Seguro juntou-se à do vice-presidente da Assembleia José Vera Jardim, e também à de João Proença, secretário-geral da UGT.

António José Seguro - que pela primeira vez, numa entrevista publicada hoje no semanário Expresso, admitiu candidatar-se à liderança - garantiu a Sócrates que este "é um momento de convergência". "Convergência no que nos une - e o que nos une é o interesse nacional". O antigo líder parlamentar admitiu que não há "planos perfeitos" - frase repetida depois pelo primeiro-ministro - e este também "não é". Mas não concorda com o aumento do IVA. "Em coerência" com a posição que tomou em 2005. E fez também a proposta de aumento dos juros dos depósitos e dos certificados de aforro como incentivos à poupança. Algo que poderia ajudar, mesmo que pouco, o Estado a financiar-se, e seria um incentivo à poupança.

Num dia centrado na crise, e em que não se falou do calendário do apoio do PS à candidatura presidencial de Manuel Alegre, Sócrates ouviu palavras de solidariedade. Como as dos eurodeputados Capoulas Santos e Correia de Campos que, estando em Sevilha, disseram ter alugado um carro para vir à reunião para o apoiar.

Mas uma sugestão que não avançou foi a de o PS lançar um "argumentário" em defesa das medidas governamentais, com o apoio do PSD. Seguro, a exemplo de outros dirigentes, não gostou da ideia. O deputado do PS e antigo ministro adjunto criticou a União Europeia, por ter demorado a reagir no apoio à Grécia. Ao contrário do que aconteceu no apoio à banca, no ano passado. E criticou duramente a falta de um governo económico na UE.

Ao longo das mais de quatro horas, ouviram-se críticas várias. Em tom suave. Até porque Sócrates, como depois o líder parlamentar, Francisco Assis, em declarações aos jornalistas, apelaram à "coesão" neste momento de crise, tanto no país como no partido. O partido fez a vontade, mas foram vários os alertas em tom crítico. Ricardo Gonçalves - a reunião foi aberta aos deputados - alertou que, com este acordo, o primeiro-ministro poderá estar a dar uma ajuda à credibilização de Pedro Passos Coelho. E alinhou na crítica ao facto de o plano poder surgir muito tarde. Victor Baptista, deputado e líder da federação do PS de Coimbra, manifestou dúvidas pelo aumento de um ponto percentual da taxa mais baixa do IVA, de 5 para 6 por cento. Por isso, o deputado sugeriu que se fizesse uma revisão da lista de bens considerados essenciais.

"Este é o momento das soluções, não é o momento para fazer outros debates, nomeadamente discutir o caminho que o país seguiu para chegar a este ponto", afirmou o ex-ministro, que foi um dos últimos a falar numa reunião em que se ouviram criticas à subida de um ponto percentual na taxa mais baixa do IVA. A voz de Seguro juntou-se à do vice-presidente da Assembleia José Vera Jardim, e também à de João Proença, secretário-geral da UGT.

António José Seguro - que pela primeira vez, numa entrevista publicada hoje no semanário Expresso, admitiu candidatar-se à liderança - garantiu a Sócrates que este "é um momento de convergência". "Convergência no que nos une - e o que nos une é o interesse nacional". O antigo líder parlamentar admitiu que não há "planos perfeitos" - frase repetida depois pelo primeiro-ministro - e este também "não é". Mas não concorda com o aumento do IVA. "Em coerência" com a posição que tomou em 2005. E fez também a proposta de aumento dos juros dos depósitos e dos certificados de aforro como incentivos à poupança. Algo que poderia ajudar, mesmo que pouco, o Estado a financiar-se, e seria um incentivo à poupança.

Num dia centrado na crise, e em que não se falou do calendário do apoio do PS à candidatura presidencial de Manuel Alegre, Sócrates ouviu palavras de solidariedade. Como as dos eurodeputados Capoulas Santos e Correia de Campos que, estando em Sevilha, disseram ter alugado um carro para vir à reunião para o apoiar.

Mas uma sugestão que não avançou foi a de o PS lançar um "argumentário" em defesa das medidas governamentais, com o apoio do PSD. Seguro, a exemplo de outros dirigentes, não gostou da ideia. O deputado do PS e antigo ministro adjunto criticou a União Europeia, por ter demorado a reagir no apoio à Grécia. Ao contrário do que aconteceu no apoio à banca, no ano passado. E criticou duramente a falta de um governo económico na UE.

Ao longo das mais de quatro horas, ouviram-se críticas várias. Em tom suave. Até porque Sócrates, como depois o líder parlamentar, Francisco Assis, em declarações aos jornalistas, apelaram à "coesão" neste momento de crise, tanto no país como no partido. O partido fez a vontade, mas foram vários os alertas em tom crítico. Ricardo Gonçalves - a reunião foi aberta aos deputados - alertou que, com este acordo, o primeiro-ministro poderá estar a dar uma ajuda à credibilização de Pedro Passos Coelho. E alinhou na crítica ao facto de o plano poder surgir muito tarde. Victor Baptista, deputado e líder da federação do PS de Coimbra, manifestou dúvidas pelo aumento de um ponto percentual da taxa mais baixa do IVA, de 5 para 6 por cento. Por isso, o deputado sugeriu que se fizesse uma revisão da lista de bens considerados essenciais.

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