algures aqui: tortura animal

01-09-2020
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Carta aberta do Movimento Internacional Anti-Touradas à deputada Gabriela Canavilhas, ministra da cultura do anterior governo. (E que apesar de ter sido minha professora no século passado, tem esse enorme defeito que é achar que tourada pode ser cultura. Não aprendeu nada...:)

"Exma. Senhora Deputada,
Aquando das suas declarações, em representação do grupo parlamentar do PS, relativamente à discussão da petição pela Abolição das Corridas de Touros em Portugal, foi proferida por si uma frase que consideramos espantosa. Se a memória não nos engana, a senhora afirmou e passamos a citar: "As touradas não foram instituídas nem por decreto nem por despacho e não devem ser abolidas nem por decreto nem por despacho".As touradas não foram instituídas por decreto ou por despacho assim como muitas outras actividades não o foram, no entanto a crer nos historiadores deste país, as touradas mesmo não tendo sido instituídas por decreto ou por despacho foram proíbidas por decreto no reinado de D. Maria II.

O decreto do Governo de Passos Manuel (de 19/IX/1836) proibiu "em todo o reino as corridas de touros considerando que são um divertimento bárbaro e impróprio de nações civilizadas, e bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade".

A história está cheia de costumes/tradições (direito consuetudinário) que não foram instituídos por decretos, mas que foram proíbidos por decreto/despacho.
O que ontem era aceitável mesmo sem lei, hoje não o é e por isso tem que ser proíbido ou regulado por lei.

É comum a afirmação que as mulheres são seres mais sensíveis ao contrário dos homens. Não vamos discutir se tal afirmação é ou não veraz, no entanto podemos afirmar que no que a si respeita, a senhora não demonstra qualquer sensibilidade ou empatia quando se trata de outros seres que sofrem tal como nós. A sua frieza e o seu comportamento provam que a senhora não sente o mínimo de compaixão por ninguém. Não se sinta orgulhosa do seu discurso no parlamento porque se os taurófilos o consideram brilhante e já agora nas palavras deles leal, todas as outras pessoas sensíveis e empáticas consideram-no patético e desprezível. 
A senhora não foi eleita para defender os interesses de uma minoria, neste caso os taurófilos, mas sim para defender os interesses da maioria dos seus eleitores. Será que aqueles que a elegeram defendem touradas? Uma minoria talvez. Mas teria a senhora sido eleita se fosse isso que tivesse para lhes oferecer? Temos a certeza que ninguém a elegiria se soubesse que a senhora iria defender o indefensável.

As suas declarações são falaciosas quando afirma que a tauromaquia não recebe subsídios e é totalmente independente do Estado e são vergonhosas quando fala em liberdade e tolerância. A indústria tauromáquica recebe milhões de subsídios dos organismos públicos deste país e da UE e não adianta negar. Como exemplo o Governo Regional dos Açores entregou entre 2004 e 2010 mais de 2.700.000,00 milhões de euros a essa mesma indústria. É algo que a senhora deverá saber uma vez que foi entre 2008 e 2009 directora geral da cultura do Governo Regional dos Açores. 
Quanto à liberdade e tolerância que liberdade minha senhora? A liberdade de uns quantos se regozijarem com a tortura de um ser senciente? A tolerância de continuar a permitir um espectáculo que permite a tortura de animais? Minha senhora a sua liberdade e tolerância terminam no momento em que outro ser é impedido de ter a liberdade de não ser torturado.Todos os animais à face deste planeta, não são objectos dos quais podemos dispôr a nosso belo prazer. Com eles compartilhamos este espaço e para com eles temos deveres e sim eles têm direitos por mais que seres supostamente iluminados como a senhora continuem a negá-los. Têm o direito de coexistir connosco e têm o direito a não ser torturados e posteriormente mortos num espectáculo público degradante. O seu discurso é de facto leal ao lobby tauromáquico mas é imoral e totalmente desprovido de ética.
Nunca é tarde para mudar mas algumas pessoas, como a senhora, persistem em viver no obscurantismo."


Carta aberta do Movimento Internacional Anti-Touradas à deputada Gabriela Canavilhas, ministra da cultura do anterior governo. (E que apesar de ter sido minha professora no século passado, tem esse enorme defeito que é achar que tourada pode ser cultura. Não aprendeu nada...:)

"Exma. Senhora Deputada,
Aquando das suas declarações, em representação do grupo parlamentar do PS, relativamente à discussão da petição pela Abolição das Corridas de Touros em Portugal, foi proferida por si uma frase que consideramos espantosa. Se a memória não nos engana, a senhora afirmou e passamos a citar: "As touradas não foram instituídas nem por decreto nem por despacho e não devem ser abolidas nem por decreto nem por despacho".As touradas não foram instituídas por decreto ou por despacho assim como muitas outras actividades não o foram, no entanto a crer nos historiadores deste país, as touradas mesmo não tendo sido instituídas por decreto ou por despacho foram proíbidas por decreto no reinado de D. Maria II.

O decreto do Governo de Passos Manuel (de 19/IX/1836) proibiu "em todo o reino as corridas de touros considerando que são um divertimento bárbaro e impróprio de nações civilizadas, e bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade".

A história está cheia de costumes/tradições (direito consuetudinário) que não foram instituídos por decretos, mas que foram proíbidos por decreto/despacho.
O que ontem era aceitável mesmo sem lei, hoje não o é e por isso tem que ser proíbido ou regulado por lei.

É comum a afirmação que as mulheres são seres mais sensíveis ao contrário dos homens. Não vamos discutir se tal afirmação é ou não veraz, no entanto podemos afirmar que no que a si respeita, a senhora não demonstra qualquer sensibilidade ou empatia quando se trata de outros seres que sofrem tal como nós. A sua frieza e o seu comportamento provam que a senhora não sente o mínimo de compaixão por ninguém. Não se sinta orgulhosa do seu discurso no parlamento porque se os taurófilos o consideram brilhante e já agora nas palavras deles leal, todas as outras pessoas sensíveis e empáticas consideram-no patético e desprezível. 
A senhora não foi eleita para defender os interesses de uma minoria, neste caso os taurófilos, mas sim para defender os interesses da maioria dos seus eleitores. Será que aqueles que a elegeram defendem touradas? Uma minoria talvez. Mas teria a senhora sido eleita se fosse isso que tivesse para lhes oferecer? Temos a certeza que ninguém a elegiria se soubesse que a senhora iria defender o indefensável.

As suas declarações são falaciosas quando afirma que a tauromaquia não recebe subsídios e é totalmente independente do Estado e são vergonhosas quando fala em liberdade e tolerância. A indústria tauromáquica recebe milhões de subsídios dos organismos públicos deste país e da UE e não adianta negar. Como exemplo o Governo Regional dos Açores entregou entre 2004 e 2010 mais de 2.700.000,00 milhões de euros a essa mesma indústria. É algo que a senhora deverá saber uma vez que foi entre 2008 e 2009 directora geral da cultura do Governo Regional dos Açores. 
Quanto à liberdade e tolerância que liberdade minha senhora? A liberdade de uns quantos se regozijarem com a tortura de um ser senciente? A tolerância de continuar a permitir um espectáculo que permite a tortura de animais? Minha senhora a sua liberdade e tolerância terminam no momento em que outro ser é impedido de ter a liberdade de não ser torturado.Todos os animais à face deste planeta, não são objectos dos quais podemos dispôr a nosso belo prazer. Com eles compartilhamos este espaço e para com eles temos deveres e sim eles têm direitos por mais que seres supostamente iluminados como a senhora continuem a negá-los. Têm o direito de coexistir connosco e têm o direito a não ser torturados e posteriormente mortos num espectáculo público degradante. O seu discurso é de facto leal ao lobby tauromáquico mas é imoral e totalmente desprovido de ética.
Nunca é tarde para mudar mas algumas pessoas, como a senhora, persistem em viver no obscurantismo."

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