Ferro lamenta "oportunidade perdida"

14-03-2004
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Ferro Lamenta "Oportunidade Perdida"

Quarta-feira, 03 de Março de 2004

O debate realizado ontem pelo Partido Socialista (PS) sobre os 20 anos da despenalização do aborto serviu para os principais líderes socialistas criticarem a posição da coligação PSD-CDS sobre as questões em debate hoje. "Com esta maioria não haverá outra oportunidade. Só com uma maioria diferente haverá condições para que este problema seja resolvido", disse Ferro Rodrigueses à entrada da iniciativa. O líder do PS debruçou-se sobre o debate de hoje, criticando o facto de não haver liberdade de voto nos partidos da maioria. Na opinião do secretário-geral socialista, a declaração de voto de alguns deputados do PSD não basta numa questão de consciência: "A única liberdade que lhes é dada é poderem fazer declarações de voto. Os deputados têm direito à palavra, mas sobretudo têm que ter à acção."

O líder parlamentar António Costa destacou o facto de, com o debate, se tornar perceptível que "pela primeira vez, parte significativa daqueles que vão chumbar as propostas, admitem que o crime não devia ser crime". Costa alertou para a "alteração da mentalidade social" do país para chegar à conclusão que "há cada vez menos pessoas a sustentar o que é insustentável".

Depois disso, a jornalista Maria António Palla fez o balanço dos anos que antecederam a aprovação da actual lei, aprovada em 1984. Lembrou os anos 70 e os julgamentos de mulheres que mobilizavam a opinião pública, as iniciativas como as cinco mil assinaturas a pedir a despenalização no Parlamento e ainda o seu julgamento pela transmissão de uma reportagem sobre o assunto, chamada "O aborto não é crime".

Na iniciativa partiparam ainda Sónia Fertuzinhos, dirigente das Mulheres Socialistas, ex-deputada na altura da aprovação da lei de 1984, Teresa Ambrósio, os deputados José Magalhães, Helena Roseta e Jamila Madeira.

Ferro Lamenta "Oportunidade Perdida"

Quarta-feira, 03 de Março de 2004

O debate realizado ontem pelo Partido Socialista (PS) sobre os 20 anos da despenalização do aborto serviu para os principais líderes socialistas criticarem a posição da coligação PSD-CDS sobre as questões em debate hoje. "Com esta maioria não haverá outra oportunidade. Só com uma maioria diferente haverá condições para que este problema seja resolvido", disse Ferro Rodrigueses à entrada da iniciativa. O líder do PS debruçou-se sobre o debate de hoje, criticando o facto de não haver liberdade de voto nos partidos da maioria. Na opinião do secretário-geral socialista, a declaração de voto de alguns deputados do PSD não basta numa questão de consciência: "A única liberdade que lhes é dada é poderem fazer declarações de voto. Os deputados têm direito à palavra, mas sobretudo têm que ter à acção."

O líder parlamentar António Costa destacou o facto de, com o debate, se tornar perceptível que "pela primeira vez, parte significativa daqueles que vão chumbar as propostas, admitem que o crime não devia ser crime". Costa alertou para a "alteração da mentalidade social" do país para chegar à conclusão que "há cada vez menos pessoas a sustentar o que é insustentável".

Depois disso, a jornalista Maria António Palla fez o balanço dos anos que antecederam a aprovação da actual lei, aprovada em 1984. Lembrou os anos 70 e os julgamentos de mulheres que mobilizavam a opinião pública, as iniciativas como as cinco mil assinaturas a pedir a despenalização no Parlamento e ainda o seu julgamento pela transmissão de uma reportagem sobre o assunto, chamada "O aborto não é crime".

Na iniciativa partiparam ainda Sónia Fertuzinhos, dirigente das Mulheres Socialistas, ex-deputada na altura da aprovação da lei de 1984, Teresa Ambrósio, os deputados José Magalhães, Helena Roseta e Jamila Madeira.

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