Esquerda diz que "espiral de violência" é culpa dos EUA

26-08-2003
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Esquerda Diz Que "Espiral de Violência" É Culpa dos EUA

Quarta-feira, 20 de Agosto de 2003

PSD e CDS apelam a que não se baixe os braços

Embora todos os partidos elogiem o diplomata Sérgio Vieira de Mello, a forma como encaram o atentado terrorista de ontem em Bagdad é muito diferente.

Os comunistas são claros ao afirmar que "este grave acontecimento confirma que uma verdadeira solução para o Iraque exige o fim da ocupação estrangeira e o estabelecimento da capacidade de decisão soberana do povo iraquiano".

"O PCP lamenta profundamente as mortes provocadas pelo atentado, assim como lamenta profundamente as numerosas mortes causadas pela ocupação norte-americana do Iraque", afirmou à Lusa Albano Nunes, o responsável pelo sector internacional do PCP, responsabilizando a "ocupação norte-americana" pela "grave situação" e pelas "confrontações hoje existentes no país".

Também Mário Soares, ex-Presidente da República, afirmou ontem que o terrorismo se "combate com moralidade, direito e justiça", em contraponto à situação que se está a viver no Iraque. Comentando o atentado (antes de ser conhecida a notícia da morte de Sérgio Vieira de Mello), Soares afirmou que se tratava de uma "prova da existência de uma resistência estruturada" às presenças dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Segundo Soares, o atentado era "previsível".

Para o dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã, o atentado prova "a espiral de violência em que o Iraque se transformou após a ocupação norte-americana". E alertou que "este é o momento" para "chamar a atenção para a irresponsabilidade do Governo português ao insistir no envio de uma força da GNR [para o Iraque] que não está preparada nem treinada para a operação".

A responsável socialista pelas relações internacionais, Ana Gomes, afirmou que "o PS condena firme e totalmente este ataque, que é contra todos nós, e visa afastar ainda mais a ONU do lugar central onde deveria estar", sublinhando que a guerra no Iraque, longe de contribuir para o combate ao terrorismo, serviu para o incentivar.

Pelo contrário, para o primeiro-ministro Durão Barroso, o ataque só vem demonstrar que o terrorismo "não é contra alguns mas tem como alvo toda a comunidade internacional".

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sublinha que "este acto não deverá afectar a firme determinação da comunidade internacional em prosseguir a sua acção neste país", no "cumprimento de um claro mandato do Conselho de Segurança da ONU no sentido de garantir a segurança, a estabilidade e o progresso no Iraque".

O porta-voz do PSD, Pedro Duarte, defendeu que "este atentado não seja motivo de enfraquecimento na luta pelos ideais sempre defendidos pela comunidade internacional, como a liberdade e segurança" e espera que "rapidamente se restabeleça a ordem no Iraque".

Mota Soares, secretário-geral do CDS, considera que, na explosão, "foi atacada a comunidade internacional que é, na opinião de todos, essencial para a regularização do Iraque".

Esquerda Diz Que "Espiral de Violência" É Culpa dos EUA

Quarta-feira, 20 de Agosto de 2003

PSD e CDS apelam a que não se baixe os braços

Embora todos os partidos elogiem o diplomata Sérgio Vieira de Mello, a forma como encaram o atentado terrorista de ontem em Bagdad é muito diferente.

Os comunistas são claros ao afirmar que "este grave acontecimento confirma que uma verdadeira solução para o Iraque exige o fim da ocupação estrangeira e o estabelecimento da capacidade de decisão soberana do povo iraquiano".

"O PCP lamenta profundamente as mortes provocadas pelo atentado, assim como lamenta profundamente as numerosas mortes causadas pela ocupação norte-americana do Iraque", afirmou à Lusa Albano Nunes, o responsável pelo sector internacional do PCP, responsabilizando a "ocupação norte-americana" pela "grave situação" e pelas "confrontações hoje existentes no país".

Também Mário Soares, ex-Presidente da República, afirmou ontem que o terrorismo se "combate com moralidade, direito e justiça", em contraponto à situação que se está a viver no Iraque. Comentando o atentado (antes de ser conhecida a notícia da morte de Sérgio Vieira de Mello), Soares afirmou que se tratava de uma "prova da existência de uma resistência estruturada" às presenças dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Segundo Soares, o atentado era "previsível".

Para o dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã, o atentado prova "a espiral de violência em que o Iraque se transformou após a ocupação norte-americana". E alertou que "este é o momento" para "chamar a atenção para a irresponsabilidade do Governo português ao insistir no envio de uma força da GNR [para o Iraque] que não está preparada nem treinada para a operação".

A responsável socialista pelas relações internacionais, Ana Gomes, afirmou que "o PS condena firme e totalmente este ataque, que é contra todos nós, e visa afastar ainda mais a ONU do lugar central onde deveria estar", sublinhando que a guerra no Iraque, longe de contribuir para o combate ao terrorismo, serviu para o incentivar.

Pelo contrário, para o primeiro-ministro Durão Barroso, o ataque só vem demonstrar que o terrorismo "não é contra alguns mas tem como alvo toda a comunidade internacional".

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sublinha que "este acto não deverá afectar a firme determinação da comunidade internacional em prosseguir a sua acção neste país", no "cumprimento de um claro mandato do Conselho de Segurança da ONU no sentido de garantir a segurança, a estabilidade e o progresso no Iraque".

O porta-voz do PSD, Pedro Duarte, defendeu que "este atentado não seja motivo de enfraquecimento na luta pelos ideais sempre defendidos pela comunidade internacional, como a liberdade e segurança" e espera que "rapidamente se restabeleça a ordem no Iraque".

Mota Soares, secretário-geral do CDS, considera que, na explosão, "foi atacada a comunidade internacional que é, na opinião de todos, essencial para a regularização do Iraque".

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