Sérgio Vieira de Mello morreu de amor

28-08-2003
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Sérgio Vieira de Mello Morreu de Amor

Sexta-feira, 22 de Agosto de 2003 Sérgio Vieira de Melo foi apenas uma entre os milhares de pessoas que terão morrido no dia 19 de Agosto de 2003 em resultado de guerras, traficâncias de interesses financeiros e outras criminosas aberrações de que é feito o mundo em que vivemos. Peço a todos os portugueses de bem, aqueles que não dormiram nos primeiros dias em que Sérgio Vieira de Mello começou a sua monumental tarefa de normalizar a vida em Timor-Leste (é daí que o conhecemos), que guardem um minuto de silêncio em sua memória quando lerem este texto. Sérgio Vieira de Mello era a clareza, a competência, a justiça, a lucidez, a humanidade. Sérgio Vieira de Mello era tudo isto, e punha tudo isto ao serviço dos povos onde os homens, em resultado de guerras, traficâncias de interesses financeiros e outras criminosas aberrações de que é feito o mundo em que vivemos, estivessem a matar-se uns aos outros. Em Abril passado, assisti a uma conversa entre dois portugueses, em que um queria que os iraquianos se aguentassem contra os americanos, porque vendia botas que iam para o exército iraquiano, e o outro desejava que a guerra acabasse depressa, fosse quem fosse o vencedor, porque está ligado ao negócio dos mármores e o Iraque era um dos seus melhores clientes. É assim o nosso mundo. Sérgio Vieira de Mello não vendia botas militares nem mármores. Sérgio Vieira de Mello oferecia a clareza, a competência, a justiça, a lucidez, a humanidade de que era feita a sua estatura moral e profissional. Oferecia aquilo em que acreditava, neste mundo feito de guerras, traficâncias de interesses financeiros e outras criminosas aberrações. Oferecia aquilo que amava. E morreu por isso. Morreu de amor. Domingos Figueiredo Alverca do Ribatejo OUTROS TÍTULOS EM ESPAÇO PÚBLICO EDITORIAL

1316 mortos

OPINIÃO

Praga e Braga

A Internacional terrorista

Brincar aos soldados

O FIO DO HORIZONTE

Uma angústia por sofrer

CARTAS AO DIRECTOR

Sérgio Vieira de Mello morreu de amor

Quantos Nambuangongos?

A ecologia

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