Nuno Morais Sarmento

03-08-2004
marcar artigo

Nuno Morais Sarmento

Sábado, 17 de Julho de 2004 O barrosista 43 anos advogado (Lisboa) casado dois filho É um dos homens de confiança de Durão Barroso. Já estava com ele no congresso de 1995, o congresso da sucessão de Cavaco Silva em que Barroso perdeu para Fernando Nogueira. Discreto antes de entrar para o Governo como ministro da Presidência, tem, no entanto, uma carreira política com cerca de 20 anos. Chegou a pertencer à comissão política de Cavaco Silva, indicado pela JSD, onde militou. Profissionalmente, trabalha como advogado. Estava no escritório de José Miguel Júdice, actual bastonário da Ordem dos Advogados, quando foi para o Governo. No PSD, move-se mais pelas amizades e respeito pessoal do que pela lógica aparelhística. Como ministro, ficou conhecido pela sua atitude combativa e intempestiva com que lidou com o dossier da RTP. A sua permanência no Governo foi negociada com Santana, com quem não tem propriamente relações de confiança pessoal ou política José Luís Arnaut O ajudante 41 anos advogado (Lisboa) divorciado duas filhas Outro barrosista. Esteve cinco anos consecutivos na secretaria-geral do PSD, tempo recorde. Os seus colaboradores reconhecem-lhe a capacidade de organização e de trabalho e foi por isso que Durão Barroso o convidou para secretário-geral do PSD e para ministro-adjunto. Prefere trabalhar na sombra e não é conhecido por grandes intervenções políticas. Foi o responsável pela realização do Euro 2004 e, dentro do Governo, admitia-se que quisesse regressar à actividade profissional. Advogado da área das patentes, os seus colaboradores gostam de sublinhar que é daqueles que perde dinheiro por estar no Governo. Acaba por ficar com um dos grandes ministérios do Executivo de Durão Barroso, o que vai ser um teste muito maior do que o que representava ser ministro-adjunto. Henrique Chaves A confiança pessoal 53 anos advogado (Lisboa) casado dois filhos É um dos chamados santanistas. Acompanha Pedro Santana Lopes há muitos anos e é natural a sua escolha para um lugar que é da inteira confiança do primeiro-ministro. Conheceram-se em 1994, através da namorada de Cinha Jardim, à altura namorada de Santana, e logo no Congresso do Coliseu de Lisboa, um ano mais tarde, assume-se como apoiante do agora primeiro-ministro. Dividiram os dois o mesmo escritório de advogados. Chegou, no último congresso do partido, em Maio, à comissão política do PSD, pela influência de Santana. Conhecido pela frontalidade, assumiu-se contra a entrada no partido de personalidades como Francisco Lucas Pires e Vasco Pulido Valente, a quem chamou "travestis políticos". É actualmente deputado e integra as comissões parlamentares de Ética e de Defesa. Rui Gomes da Silva O apoio de sempre 45 anos advogado (Lisboa) casado dois filhos Outros dos santanistas. É advogado e deputado à Assembleia da República desde 1991. Conheceu Pedro Santana Lopes na Faculdade de Direito de Lisboa. Trabalhou com o primeiro-ministro indigitado na Presidência do Conselho de Ministros entre 1985 e 1987 e é padrinho de um dos seus filhos. Tem experiência de deputado municipal nas câmaras de Lisboa e de Cascais. Seguia a bordo do avião que caiu na Jamba, em 1989, juntamente com João Soares e Nogueira de Brito. Já fez parte do Conselho Superior do Ministério Público. Foi candidato à distrital de Lisboa do PSD em 2002 e perdeu para a lista dos barrosistas, liderada por António Preto. Nunca teve lugar na direcção política do PSD. Quando Santana se opunha à liderança de Durão Barroso, foi um dos principais críticos do futuro presidente da Comissão Europeia. "Durão Barroso é um fraco rei", afirmou em 2000, antes de Pedro Santana Lopes disputar a liderança do partido no congresso de Viseu. "Desde 1978 que um grupo de pessoas, liderado por Pedro Santana Lopes, onde eu próprio me incluo, defende um conjunto de ideias no PSD, que umas vezes foram vencidas, que em outros momentos receberam grande apoio, mas que se mantiveram constantes", afirmava, em 1995, o agora sucessor de Marques Mendes na pasta dos Assuntos Parlamentares. Luís Nobre Guedes O mal-amado 48 anos Advogado (Lisboa) Casado Quatro filhos Há pouco tempo, abriu um novo escritório de advogados junto ao Jardim do Principe Real, em Lisboa, que agora vai deixar para ir para o Governo, numa pasta onde causa surpresa e começou logo a ser recebido com desconfiança. A sua ligação a Paulo Portas é anterior aos tempos de "O Independente", mas foi aí que se cimentou. Foi advogado e administrador do jornal quando o agora líder do CDS era director. A ligação ao CDS vem de 1975. Quando, em 1998, Paulo Portas chegou à liderança do CDS foi com uma moção de estratégia de Nobre Guedes. Católico, foi um dos líderes da campanha pelo "não" no referendo ao aborto, em 1998. Mal-amado no seu partido, tanto pela bases como por outros dirigentes, Nobre Guedes presidente à distrital de Lisboa e continua a ser o número dois de Portas. Ministro do Turismo Telmo Correia A surpresa 44 anos Divorciado 1 filha Advogado (Lisboa) A criação do Ministério do Turismo e o nome do seu titular são uma das surpresas deste Governo. Para Telmo Correia é como que uma recompensa pela dedicação com que tem defendido a bancada do CDS no Parlamento. No seu partido, dizem que há cinco anos acompanha este sector, mas, no meio, só lhe era conhecida a participação num congresso das agências de viagens portuguesas, o maior encontro anual do sector, realizado em Cuba em 1999. Uma expectativa das associações de turismo, difícil de concretizar, será a integração do transporte aéreo e da gestão aeroportuária na pasta do novo ministro. Telmo Correia tem como grande desafio concretizar várias reformas consideradas vitais: a agilização do licenciamento de empreendimentos turísticos e a reformulação da recolha e divulgação de estatísticas respeitantes à actividade são duas das medidas prometidas pelo anterior Governo, que terá de concretizar. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Um governo de amigos, políticos e estreantes

Posse hoje à tarde, na Ajuda

Os números

Ainda está por fazer a verdadeira reforma da instituição militar

Álvaro Barreto

Ministro da Segurança Social, da Família e da Criança

Nuno Morais Sarmento

Nuno Morais Sarmento

Sábado, 17 de Julho de 2004 O barrosista 43 anos advogado (Lisboa) casado dois filho É um dos homens de confiança de Durão Barroso. Já estava com ele no congresso de 1995, o congresso da sucessão de Cavaco Silva em que Barroso perdeu para Fernando Nogueira. Discreto antes de entrar para o Governo como ministro da Presidência, tem, no entanto, uma carreira política com cerca de 20 anos. Chegou a pertencer à comissão política de Cavaco Silva, indicado pela JSD, onde militou. Profissionalmente, trabalha como advogado. Estava no escritório de José Miguel Júdice, actual bastonário da Ordem dos Advogados, quando foi para o Governo. No PSD, move-se mais pelas amizades e respeito pessoal do que pela lógica aparelhística. Como ministro, ficou conhecido pela sua atitude combativa e intempestiva com que lidou com o dossier da RTP. A sua permanência no Governo foi negociada com Santana, com quem não tem propriamente relações de confiança pessoal ou política José Luís Arnaut O ajudante 41 anos advogado (Lisboa) divorciado duas filhas Outro barrosista. Esteve cinco anos consecutivos na secretaria-geral do PSD, tempo recorde. Os seus colaboradores reconhecem-lhe a capacidade de organização e de trabalho e foi por isso que Durão Barroso o convidou para secretário-geral do PSD e para ministro-adjunto. Prefere trabalhar na sombra e não é conhecido por grandes intervenções políticas. Foi o responsável pela realização do Euro 2004 e, dentro do Governo, admitia-se que quisesse regressar à actividade profissional. Advogado da área das patentes, os seus colaboradores gostam de sublinhar que é daqueles que perde dinheiro por estar no Governo. Acaba por ficar com um dos grandes ministérios do Executivo de Durão Barroso, o que vai ser um teste muito maior do que o que representava ser ministro-adjunto. Henrique Chaves A confiança pessoal 53 anos advogado (Lisboa) casado dois filhos É um dos chamados santanistas. Acompanha Pedro Santana Lopes há muitos anos e é natural a sua escolha para um lugar que é da inteira confiança do primeiro-ministro. Conheceram-se em 1994, através da namorada de Cinha Jardim, à altura namorada de Santana, e logo no Congresso do Coliseu de Lisboa, um ano mais tarde, assume-se como apoiante do agora primeiro-ministro. Dividiram os dois o mesmo escritório de advogados. Chegou, no último congresso do partido, em Maio, à comissão política do PSD, pela influência de Santana. Conhecido pela frontalidade, assumiu-se contra a entrada no partido de personalidades como Francisco Lucas Pires e Vasco Pulido Valente, a quem chamou "travestis políticos". É actualmente deputado e integra as comissões parlamentares de Ética e de Defesa. Rui Gomes da Silva O apoio de sempre 45 anos advogado (Lisboa) casado dois filhos Outros dos santanistas. É advogado e deputado à Assembleia da República desde 1991. Conheceu Pedro Santana Lopes na Faculdade de Direito de Lisboa. Trabalhou com o primeiro-ministro indigitado na Presidência do Conselho de Ministros entre 1985 e 1987 e é padrinho de um dos seus filhos. Tem experiência de deputado municipal nas câmaras de Lisboa e de Cascais. Seguia a bordo do avião que caiu na Jamba, em 1989, juntamente com João Soares e Nogueira de Brito. Já fez parte do Conselho Superior do Ministério Público. Foi candidato à distrital de Lisboa do PSD em 2002 e perdeu para a lista dos barrosistas, liderada por António Preto. Nunca teve lugar na direcção política do PSD. Quando Santana se opunha à liderança de Durão Barroso, foi um dos principais críticos do futuro presidente da Comissão Europeia. "Durão Barroso é um fraco rei", afirmou em 2000, antes de Pedro Santana Lopes disputar a liderança do partido no congresso de Viseu. "Desde 1978 que um grupo de pessoas, liderado por Pedro Santana Lopes, onde eu próprio me incluo, defende um conjunto de ideias no PSD, que umas vezes foram vencidas, que em outros momentos receberam grande apoio, mas que se mantiveram constantes", afirmava, em 1995, o agora sucessor de Marques Mendes na pasta dos Assuntos Parlamentares. Luís Nobre Guedes O mal-amado 48 anos Advogado (Lisboa) Casado Quatro filhos Há pouco tempo, abriu um novo escritório de advogados junto ao Jardim do Principe Real, em Lisboa, que agora vai deixar para ir para o Governo, numa pasta onde causa surpresa e começou logo a ser recebido com desconfiança. A sua ligação a Paulo Portas é anterior aos tempos de "O Independente", mas foi aí que se cimentou. Foi advogado e administrador do jornal quando o agora líder do CDS era director. A ligação ao CDS vem de 1975. Quando, em 1998, Paulo Portas chegou à liderança do CDS foi com uma moção de estratégia de Nobre Guedes. Católico, foi um dos líderes da campanha pelo "não" no referendo ao aborto, em 1998. Mal-amado no seu partido, tanto pela bases como por outros dirigentes, Nobre Guedes presidente à distrital de Lisboa e continua a ser o número dois de Portas. Ministro do Turismo Telmo Correia A surpresa 44 anos Divorciado 1 filha Advogado (Lisboa) A criação do Ministério do Turismo e o nome do seu titular são uma das surpresas deste Governo. Para Telmo Correia é como que uma recompensa pela dedicação com que tem defendido a bancada do CDS no Parlamento. No seu partido, dizem que há cinco anos acompanha este sector, mas, no meio, só lhe era conhecida a participação num congresso das agências de viagens portuguesas, o maior encontro anual do sector, realizado em Cuba em 1999. Uma expectativa das associações de turismo, difícil de concretizar, será a integração do transporte aéreo e da gestão aeroportuária na pasta do novo ministro. Telmo Correia tem como grande desafio concretizar várias reformas consideradas vitais: a agilização do licenciamento de empreendimentos turísticos e a reformulação da recolha e divulgação de estatísticas respeitantes à actividade são duas das medidas prometidas pelo anterior Governo, que terá de concretizar. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Um governo de amigos, políticos e estreantes

Posse hoje à tarde, na Ajuda

Os números

Ainda está por fazer a verdadeira reforma da instituição militar

Álvaro Barreto

Ministro da Segurança Social, da Família e da Criança

Nuno Morais Sarmento

marcar artigo