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22-08-2003
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Relatório embaraça Governo 13 Setembro 1999

HÁ OU não um relatório sobre a Universidade Moderna elaborado pelos Serviços de Informações de Segurança (SIS) e que foi o documento publicado esta semana na revista «Visão»? Esta questão acaba de tornar o «caso Moderna» uma autêntica bomba nas mãos do Governo, depois de o director do SIS ter negado a autoria dos seus serviços naquele documento. Em declarações ao EXPRESSO, o ministro da Administração Interna, Jorge Coelho, considerou porém «não haver razões para instaurar um inquérito ao SIS», pois «o seu director diz que não existe qualquer relatório com o teor do que foi publicado na 'Visão'». «Tenho de ter confiança naquilo que ele afirma», salienta Coelho, acrescentando que «só haveria razões» para instaurar um inquérito «se se provasse ter existido uma fuga de informação do SIS». Para isso, é preciso que os jornalistas provem «que o que foi publicado tem a chancela dos serviços, com assinatura do director e o carimbo». Em declarações ao EXPRESSO, o ministro da Administração Interna, Jorge Coelho, considerou porém «não haver razões para instaurar um inquérito ao SIS», pois «o seu director diz que não existe qualquer relatório com o teor do que foi publicado na 'Visão'». «Tenho de ter confiança naquilo que ele afirma», salienta Coelho, acrescentando que «só haveria razões» para instaurar um inquérito «se se provasse ter existido uma fuga de informação do SIS». Para isso, é preciso que os jornalistas provem «que o que foi publicado tem a chancela dos serviços, com assinatura do director e o carimbo». Por seu turno, o director da «Visão», Cáceres Monteiro, afirmou ao EXPRESSO que a cópia em poder da revista «não é em papel timbrado do SIS e com assinatura do director». «Mas, como todos os jornalistas sabem, quando se consegue um documento altamente secreto, a menos que seja subtraído para comprometer os serviços, o que não é o caso, os elementos não são explícitos», salientou Cáceres Monteiro, acrescentando que, para si, «o essencial foi assegurar que a fonte que transmitiu o texto era absolutamente fidedigna e idónea». Por seu turno, o director da «Visão», Cáceres Monteiro, afirmou ao EXPRESSO que a cópia em poder da revista «não é em papel timbrado do SIS e com assinatura do director». «Mas, como todos os jornalistas sabem, quando se consegue um documento altamente secreto, a menos que seja subtraído para comprometer os serviços, o que não é o caso, os elementos não são explícitos», salientou Cáceres Monteiro, acrescentando que, para si, «o essencial foi assegurar que a fonte que transmitiu o texto era absolutamente fidedigna e idónea». O relatório relacionava aspectos como as dissidências da Maçonaria, o eventual envolvimento de «maçons» em negócios de armas e o súbito crescimento económico da Moderna. Pelo meio, surgiam nomes de professores, dirigentes e ex-dirigentes da universidade. O relatório relacionava aspectos como as dissidências da Maçonaria, o eventual envolvimento de «maçons» em negócios de armas e o súbito crescimento económico da Moderna. Pelo meio, surgiam nomes de professores, dirigentes e ex-dirigentes da universidade. Mas desde há cerca de um mês que os jornais noticiam que o SIS fez um relatório sobre a Universidade Moderna. No sábado passado, o director da Polícia Judiciária afirmou ao «Diário de Notícias» que, «formalmente, não recebeu o relatório». Mas admitiu que «algumas pessoas pessoas da Judiciária possam ter recebido informalmente» o documento. Esta semana, a «Visão» acabou por publicar o relatório, que tem a data de 4 de Agosto de 1998. Mas desde há cerca de um mês que os jornais noticiam que o SIS fez um relatório sobre a Universidade Moderna. No sábado passado, o director da Polícia Judiciária afirmou ao «Diário de Notícias» que, «formalmente, não recebeu o relatório». Mas admitiu que «algumas pessoas pessoas da Judiciária possam ter recebido informalmente» o documento. Esta semana, a «Visão» acabou por publicar o relatório, que tem a data de 4 de Agosto de 1998. O «regresso da PIDE»? O «regresso da PIDE»? «Não posso excluir isso», afirmou por seu turno o director do SIS, Rui Pereira, quando confrontado ontem, na SIC, com a hipótese de o texto publicado na «Visão» ser um documento de trabalho de um funcionário do SIS. Ao EXPRESSO, Jorge Coelho afirmou que ele próprio mandou investigar o «caso Moderna» - mas só há cerca de um mês, depois das primeiras notícias nos jornais. E, até aí, o SIS não investigou a Moderna? «Houve apenas despachos normais, em que fui sendo informado de que, da recolha feita pelos serviços, não tinha sido detectado nada de anormal», respondeu o ministro. «Não posso excluir isso», afirmou por seu turno o director do SIS, Rui Pereira, quando confrontado ontem, na SIC, com a hipótese de o texto publicado na «Visão» ser um documento de trabalho de um funcionário do SIS. Ao EXPRESSO, Jorge Coelho afirmou que ele próprio mandou investigar o «caso Moderna» - mas só há cerca de um mês, depois das primeiras notícias nos jornais. E, até aí, o SIS não investigou a Moderna? «Houve apenas despachos normais, em que fui sendo informado de que, da recolha feita pelos serviços, não tinha sido detectado nada de anormal», respondeu o ministro. Do lado dos que viram os seus nomes no relatório da «Visão» questiona-se agora a condução das investigações. Explica-se, nomeadamente, que até agora a Polícia ainda não interrogou os dirigentes da Moderna nem as figuras que surgem no relatório divulgado pela «Visão». Do lado dos que viram os seus nomes no relatório da «Visão» questiona-se agora a condução das investigações. Explica-se, nomeadamente, que até agora a Polícia ainda não interrogou os dirigentes da Moderna nem as figuras que surgem no relatório divulgado pela «Visão». «Se o relatório é verdadeiro, o SIS tornou-se a PIDE» - comentou ao EXPRESSO Paulo Portas, um dos nomes referidos no documento. Outro nome era o de Rui Gomes da Silva, ex-deputado do PSD, professor de Direito na Moderna e membro do Conselho Superior do Ministério Público. Gomes da Silva estranha não ter sido até agora contactado por ninguém e escreveu ao procurador-geral da República e ao ministro da Administração Interna, informando-os da sua «total e imediata disponibilidade para prestar todos os depoimentos» que se entendam necessários. A Jorge Coelho, Gomes da Silva exigiu o esclarecimento de como é que o seu nome surgiu envolvido num relatório do SIS - ao que o ministro já respondeu, dizendo mais uma vez que o relatório não é do SIS. «Se o relatório é verdadeiro, o SIS tornou-se a PIDE» - comentou ao EXPRESSO Paulo Portas, um dos nomes referidos no documento. Outro nome era o de Rui Gomes da Silva, ex-deputado do PSD, professor de Direito na Moderna e membro do Conselho Superior do Ministério Público. Gomes da Silva estranha não ter sido até agora contactado por ninguém e escreveu ao procurador-geral da República e ao ministro da Administração Interna, informando-os da sua «total e imediata disponibilidade para prestar todos os depoimentos» que se entendam necessários. A Jorge Coelho, Gomes da Silva exigiu o esclarecimento de como é que o seu nome surgiu envolvido num relatório do SIS - ao que o ministro já respondeu, dizendo mais uma vez que o relatório não é do SIS. A.P.A. 12:42 1 Outubro 2002

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Relatório embaraça Governo 13 Setembro 1999

HÁ OU não um relatório sobre a Universidade Moderna elaborado pelos Serviços de Informações de Segurança (SIS) e que foi o documento publicado esta semana na revista «Visão»? Esta questão acaba de tornar o «caso Moderna» uma autêntica bomba nas mãos do Governo, depois de o director do SIS ter negado a autoria dos seus serviços naquele documento. Em declarações ao EXPRESSO, o ministro da Administração Interna, Jorge Coelho, considerou porém «não haver razões para instaurar um inquérito ao SIS», pois «o seu director diz que não existe qualquer relatório com o teor do que foi publicado na 'Visão'». «Tenho de ter confiança naquilo que ele afirma», salienta Coelho, acrescentando que «só haveria razões» para instaurar um inquérito «se se provasse ter existido uma fuga de informação do SIS». Para isso, é preciso que os jornalistas provem «que o que foi publicado tem a chancela dos serviços, com assinatura do director e o carimbo». Em declarações ao EXPRESSO, o ministro da Administração Interna, Jorge Coelho, considerou porém «não haver razões para instaurar um inquérito ao SIS», pois «o seu director diz que não existe qualquer relatório com o teor do que foi publicado na 'Visão'». «Tenho de ter confiança naquilo que ele afirma», salienta Coelho, acrescentando que «só haveria razões» para instaurar um inquérito «se se provasse ter existido uma fuga de informação do SIS». Para isso, é preciso que os jornalistas provem «que o que foi publicado tem a chancela dos serviços, com assinatura do director e o carimbo». Por seu turno, o director da «Visão», Cáceres Monteiro, afirmou ao EXPRESSO que a cópia em poder da revista «não é em papel timbrado do SIS e com assinatura do director». «Mas, como todos os jornalistas sabem, quando se consegue um documento altamente secreto, a menos que seja subtraído para comprometer os serviços, o que não é o caso, os elementos não são explícitos», salientou Cáceres Monteiro, acrescentando que, para si, «o essencial foi assegurar que a fonte que transmitiu o texto era absolutamente fidedigna e idónea». Por seu turno, o director da «Visão», Cáceres Monteiro, afirmou ao EXPRESSO que a cópia em poder da revista «não é em papel timbrado do SIS e com assinatura do director». «Mas, como todos os jornalistas sabem, quando se consegue um documento altamente secreto, a menos que seja subtraído para comprometer os serviços, o que não é o caso, os elementos não são explícitos», salientou Cáceres Monteiro, acrescentando que, para si, «o essencial foi assegurar que a fonte que transmitiu o texto era absolutamente fidedigna e idónea». O relatório relacionava aspectos como as dissidências da Maçonaria, o eventual envolvimento de «maçons» em negócios de armas e o súbito crescimento económico da Moderna. Pelo meio, surgiam nomes de professores, dirigentes e ex-dirigentes da universidade. O relatório relacionava aspectos como as dissidências da Maçonaria, o eventual envolvimento de «maçons» em negócios de armas e o súbito crescimento económico da Moderna. Pelo meio, surgiam nomes de professores, dirigentes e ex-dirigentes da universidade. Mas desde há cerca de um mês que os jornais noticiam que o SIS fez um relatório sobre a Universidade Moderna. No sábado passado, o director da Polícia Judiciária afirmou ao «Diário de Notícias» que, «formalmente, não recebeu o relatório». Mas admitiu que «algumas pessoas pessoas da Judiciária possam ter recebido informalmente» o documento. Esta semana, a «Visão» acabou por publicar o relatório, que tem a data de 4 de Agosto de 1998. Mas desde há cerca de um mês que os jornais noticiam que o SIS fez um relatório sobre a Universidade Moderna. No sábado passado, o director da Polícia Judiciária afirmou ao «Diário de Notícias» que, «formalmente, não recebeu o relatório». Mas admitiu que «algumas pessoas pessoas da Judiciária possam ter recebido informalmente» o documento. Esta semana, a «Visão» acabou por publicar o relatório, que tem a data de 4 de Agosto de 1998. O «regresso da PIDE»? O «regresso da PIDE»? «Não posso excluir isso», afirmou por seu turno o director do SIS, Rui Pereira, quando confrontado ontem, na SIC, com a hipótese de o texto publicado na «Visão» ser um documento de trabalho de um funcionário do SIS. Ao EXPRESSO, Jorge Coelho afirmou que ele próprio mandou investigar o «caso Moderna» - mas só há cerca de um mês, depois das primeiras notícias nos jornais. E, até aí, o SIS não investigou a Moderna? «Houve apenas despachos normais, em que fui sendo informado de que, da recolha feita pelos serviços, não tinha sido detectado nada de anormal», respondeu o ministro. «Não posso excluir isso», afirmou por seu turno o director do SIS, Rui Pereira, quando confrontado ontem, na SIC, com a hipótese de o texto publicado na «Visão» ser um documento de trabalho de um funcionário do SIS. Ao EXPRESSO, Jorge Coelho afirmou que ele próprio mandou investigar o «caso Moderna» - mas só há cerca de um mês, depois das primeiras notícias nos jornais. E, até aí, o SIS não investigou a Moderna? «Houve apenas despachos normais, em que fui sendo informado de que, da recolha feita pelos serviços, não tinha sido detectado nada de anormal», respondeu o ministro. Do lado dos que viram os seus nomes no relatório da «Visão» questiona-se agora a condução das investigações. Explica-se, nomeadamente, que até agora a Polícia ainda não interrogou os dirigentes da Moderna nem as figuras que surgem no relatório divulgado pela «Visão». Do lado dos que viram os seus nomes no relatório da «Visão» questiona-se agora a condução das investigações. Explica-se, nomeadamente, que até agora a Polícia ainda não interrogou os dirigentes da Moderna nem as figuras que surgem no relatório divulgado pela «Visão». «Se o relatório é verdadeiro, o SIS tornou-se a PIDE» - comentou ao EXPRESSO Paulo Portas, um dos nomes referidos no documento. Outro nome era o de Rui Gomes da Silva, ex-deputado do PSD, professor de Direito na Moderna e membro do Conselho Superior do Ministério Público. Gomes da Silva estranha não ter sido até agora contactado por ninguém e escreveu ao procurador-geral da República e ao ministro da Administração Interna, informando-os da sua «total e imediata disponibilidade para prestar todos os depoimentos» que se entendam necessários. A Jorge Coelho, Gomes da Silva exigiu o esclarecimento de como é que o seu nome surgiu envolvido num relatório do SIS - ao que o ministro já respondeu, dizendo mais uma vez que o relatório não é do SIS. «Se o relatório é verdadeiro, o SIS tornou-se a PIDE» - comentou ao EXPRESSO Paulo Portas, um dos nomes referidos no documento. Outro nome era o de Rui Gomes da Silva, ex-deputado do PSD, professor de Direito na Moderna e membro do Conselho Superior do Ministério Público. Gomes da Silva estranha não ter sido até agora contactado por ninguém e escreveu ao procurador-geral da República e ao ministro da Administração Interna, informando-os da sua «total e imediata disponibilidade para prestar todos os depoimentos» que se entendam necessários. A Jorge Coelho, Gomes da Silva exigiu o esclarecimento de como é que o seu nome surgiu envolvido num relatório do SIS - ao que o ministro já respondeu, dizendo mais uma vez que o relatório não é do SIS. A.P.A. 12:42 1 Outubro 2002

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