Rui Solheiro renova à frente da federação de Viana

16-04-2003
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Rui Solheiro Renova à Frente da Federação de Viana

Por ANTÓNIO GONÇALVES

Domingo, 06 de Abril de 2003

A apresentação de duas moções de estratégia globais para o PS no distrito de Viana espelha o que, de há alguns anos a esta parte, acontece no interior daquele partido no que diz respeito a sensibilidades internas: a concelhia da capital de distrito é a única que não se revê inteiramente na liderança, recentemente confirmada, de Rui Solheiro à frente dos destinos da federação. Sem apresentar alternativa a Solheiro, os socialistas da concelhia de Viana optaram pela apresentação de uma moção de estratégia global e de uma lista para a comissão política distrital no congresso federativo que ontem teve lugar em Paredes de Coura.

A reunião dos socialistas do Alto Minho, que terminou com uma intervenção de Alberto Martins, essencialmente centrada no actual conflito iraquiano, foi bastante pacífica e apenas se registou um pequeno "sururu" quando foi introduzida a questão da quota de mulheres nos órgãos directivos do partido. A lista apoiada por Rui Solheiro para a comissão política distrital do PS chegou a temer que fosse levantada alguma tentativa de impugnação - que não veio a acontecer - devido a não possuir um terço de mulheres na composição da lista. Registe-se que, nos vinte primeiros lugares, apenas o nome da deputada Rosalina Martins destoava do elenco masculino.

O aspecto qualitativo dos resultados já era esperado: a moção subscrita pelo líder da federação arrecadou 111 votos, enquanto a apresentada por José Carlos Resende (destacado membro da concelhia de Viana) recolheu apenas 25 votos dos 136 delegados presentes no congresso. Recorde-se que este última moção apresentou-se em Paredes de Coura com o apoio dos delegados da concelhia de Viana (a moção de Solheiro apenas conseguira aí eleger 5 delegados) e o resultado obtido indica que a fidelidade de voto foi uma constante. Por outro lado e ao que tudo indica, Oliveira e Silva, ex-deputado e ex-governador civil, será o presidente da comissão política distrital, a decorrer do facto de encimar a lista apoiada por Solheiro. José Carlos Resende, que liderava a lista opositora, conseguiu colocar apenas nove elementos naquela comissão política, constituída por 51 militantes.

Refira-se ainda que a única moção sectorial colocada à discussão, subscrita pelo ainda (a sua substituição está marcada para o próximo fim de semana) líder distrital da Juventude Socialista, Nuno Silva e Luís Braga, não registou nenhum voto contrário. Este documento preconiza a "criação de momentos de debate de ideias para lá das reuniões formais" e "a libertação do calendário eleitoral na determinação da acção política", entre outros aspectos. Esta moção avançou com um total de 25 propostas concretas para a federação distrital de forma a que o PS possa "ouvir os cidadãos e dar-lhes espaço para se manifestarem, especialmente dentro do partido que escolheram para dar uma realização às suas opções de cidadania".

Rui Solheiro Renova à Frente da Federação de Viana

Por ANTÓNIO GONÇALVES

Domingo, 06 de Abril de 2003

A apresentação de duas moções de estratégia globais para o PS no distrito de Viana espelha o que, de há alguns anos a esta parte, acontece no interior daquele partido no que diz respeito a sensibilidades internas: a concelhia da capital de distrito é a única que não se revê inteiramente na liderança, recentemente confirmada, de Rui Solheiro à frente dos destinos da federação. Sem apresentar alternativa a Solheiro, os socialistas da concelhia de Viana optaram pela apresentação de uma moção de estratégia global e de uma lista para a comissão política distrital no congresso federativo que ontem teve lugar em Paredes de Coura.

A reunião dos socialistas do Alto Minho, que terminou com uma intervenção de Alberto Martins, essencialmente centrada no actual conflito iraquiano, foi bastante pacífica e apenas se registou um pequeno "sururu" quando foi introduzida a questão da quota de mulheres nos órgãos directivos do partido. A lista apoiada por Rui Solheiro para a comissão política distrital do PS chegou a temer que fosse levantada alguma tentativa de impugnação - que não veio a acontecer - devido a não possuir um terço de mulheres na composição da lista. Registe-se que, nos vinte primeiros lugares, apenas o nome da deputada Rosalina Martins destoava do elenco masculino.

O aspecto qualitativo dos resultados já era esperado: a moção subscrita pelo líder da federação arrecadou 111 votos, enquanto a apresentada por José Carlos Resende (destacado membro da concelhia de Viana) recolheu apenas 25 votos dos 136 delegados presentes no congresso. Recorde-se que este última moção apresentou-se em Paredes de Coura com o apoio dos delegados da concelhia de Viana (a moção de Solheiro apenas conseguira aí eleger 5 delegados) e o resultado obtido indica que a fidelidade de voto foi uma constante. Por outro lado e ao que tudo indica, Oliveira e Silva, ex-deputado e ex-governador civil, será o presidente da comissão política distrital, a decorrer do facto de encimar a lista apoiada por Solheiro. José Carlos Resende, que liderava a lista opositora, conseguiu colocar apenas nove elementos naquela comissão política, constituída por 51 militantes.

Refira-se ainda que a única moção sectorial colocada à discussão, subscrita pelo ainda (a sua substituição está marcada para o próximo fim de semana) líder distrital da Juventude Socialista, Nuno Silva e Luís Braga, não registou nenhum voto contrário. Este documento preconiza a "criação de momentos de debate de ideias para lá das reuniões formais" e "a libertação do calendário eleitoral na determinação da acção política", entre outros aspectos. Esta moção avançou com um total de 25 propostas concretas para a federação distrital de forma a que o PS possa "ouvir os cidadãos e dar-lhes espaço para se manifestarem, especialmente dentro do partido que escolheram para dar uma realização às suas opções de cidadania".

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