Leitor com Opinião

02-07-2003
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Leitor com Opinião «Corruptione» Rosa Margarida Costa

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Cucujães

O título em latim justifica-se quando se fala de tão primeva situação como é a corrupção. A corrupção é, basicamente, a apropriação ilegal de recursos para benefício privado, havendo, no entanto, inúmeros critérios de definição para especificar este conceito, tanto a nível judicial como etimológico e/ou moral. A corrupção é, basicamente, a apropriação ilegal de recursos para benefício privado, havendo, no entanto, inúmeros critérios de definição para especificar este conceito, tanto a nível judicial como etimológico e/ou moral. Existem várias formas de corrupção, tais como as manipulações, os subornos, os desvios de vários tipos, as omissões... Um não mais acabar de géneros corruptivos e corruptíveis. Existem várias formas de corrupção, tais como as manipulações, os subornos, os desvios de vários tipos, as omissões... Um não mais acabar de géneros corruptivos e corruptíveis. Os Estados Unidos da América promulgaram, nos últimos anos da década de 70, uma lei sobre a prática de corrupção no exterior (Foreign Corrupt Practices Act) e a Convenção Interamericana contra a Corrupção, de 1996, foi o primeiro tratado a ser celebrado sobre o tema. Desde então, muito se tem falado, tratados foram assinados, leis promulgadas, agências anticorrupção criadas, redes desmanteladas. Os Estados Unidos da América promulgaram, nos últimos anos da década de 70, uma lei sobre a prática de corrupção no exterior (Foreign Corrupt Practices Act) e a Convenção Interamericana contra a Corrupção, de 1996, foi o primeiro tratado a ser celebrado sobre o tema. Desde então, muito se tem falado, tratados foram assinados, leis promulgadas, agências anticorrupção criadas, redes desmanteladas. Mas a corrupção ainda prospera (e prosperará?) por uma diversidade de factores, como a morosidade da Justiça, a inércia do sistema, o enraizamento nos costumes, o círculo vicioso criado e, acima de tudo, pelas vantagens (leia-se regalia, posição, dinheiro) que gera aos corruptores activos e passivos! Mas a corrupção ainda prospera (e prosperará?) por uma diversidade de factores, como a morosidade da Justiça, a inércia do sistema, o enraizamento nos costumes, o círculo vicioso criado e, acima de tudo, pelas vantagens (leia-se regalia, posição, dinheiro) que gera aos corruptores activos e passivos! Permito-me levantar duas questões moralmente incorrectas: Permito-me levantar duas questões moralmente incorrectas: - É preferível denunciar situações de corrupção ou explorá-las também? - É preferível denunciar situações de corrupção ou explorá-las também? - Se a posição o permitir, é justo (ou inteligente) tirar benefício de um acto de corrupção? - Se a posição o permitir, é justo (ou inteligente) tirar benefício de um acto de corrupção? As condicionantes de uma sociedade renovada aliadas às novas tecnologias puseram em evidência, denunciando e localizando casos, práticas inimagináveis e esquemas ininteligíveis de corrupção. Os «media» «trazem a lume» casos; a internet explora o tema sob todas as vertentes; «sites» apelam a denúncia de corruptos... E, se esta situação permite situar casos de perversão, inverte também o direito à inocência até prova em contrário! As condicionantes de uma sociedade renovada aliadas às novas tecnologias puseram em evidência, denunciando e localizando casos, práticas inimagináveis e esquemas ininteligíveis de corrupção. Os «media» «trazem a lume» casos; a internet explora o tema sob todas as vertentes; «sites» apelam a denúncia de corruptos... E, se esta situação permite situar casos de perversão, inverte também o direito à inocência até prova em contrário! Temos assistido a verdadeiros linchamentos em praça pública: dirigentes desportivos, médicos, políticos, forças policiais, reitores, empresários... Ninguém escapa. Concordo com uma lei na base da igualdade de direitos e ninguém está acima ou à margem da lei, mas parece-me que se instituiu também um poder abusivo de julgamento e condenação. Temos assistido a verdadeiros linchamentos em praça pública: dirigentes desportivos, médicos, políticos, forças policiais, reitores, empresários... Ninguém escapa. Concordo com uma lei na base da igualdade de direitos e ninguém está acima ou à margem da lei, mas parece-me que se instituiu também um poder abusivo de julgamento e condenação. O fim da corrupção seria uma forma salutar de iniciar um novo ciclo, mas há tanta gente envolvida, tanto dinheiro em jogo, tantas individualidades atingidas!... A ser possível, o final desta prática constituiria o desmoronar de cidades, países e continentes... Porque quem nunca tomou partido da posição que ocupa que «atire a primeira pedra», isto independentemente daquilo que beneficiou - afinal, a corrupção começa assim. O fim da corrupção seria uma forma salutar de iniciar um novo ciclo, mas há tanta gente envolvida, tanto dinheiro em jogo, tantas individualidades atingidas!... A ser possível, o final desta prática constituiria o desmoronar de cidades, países e continentes... Porque quem nunca tomou partido da posição que ocupa que «atire a primeira pedra», isto independentemente daquilo que beneficiou - afinal, a corrupção começa assim. Não tento justificar o injustificável, afirmo apenas que as fraquezas do ser humano foram, são e serão sempre as mesmas! Não tento justificar o injustificável, afirmo apenas que as fraquezas do ser humano foram, são e serão sempre as mesmas! 16:00 10 Março 2003

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Comentários

1 a 2 de 2 mluso 01:17 17 Março 2003 Corruption é termo acertado quando se vê

a pressão dos politicos e capitais espanhois sobre os politicos portugueses. Ricardo_reforma 09:34 11 Março 2003 Muitos poderão atirar a primeira, mas a maioria não o poderá.

E esta verdade aplica-se primeiro que tudo à maioria dos políticos de todos os partidos.

É como a autora do texto implicitamente escreve. Não há vontade. Porque existem meios!

Ricardo Gonçalves Francisco

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O título em latim justifica-se quando se fala de tão primeva situação como é a corrupção. A corrupção é, basicamente, a apropriação ilegal de recursos para benefício privado, havendo, no entanto, inúmeros critérios de definição para especificar este conceito, tanto a nível judicial como etimológico e/ou moral. A corrupção é, basicamente, a apropriação ilegal de recursos para benefício privado, havendo, no entanto, inúmeros critérios de definição para especificar este conceito, tanto a nível judicial como etimológico e/ou moral. Existem várias formas de corrupção, tais como as manipulações, os subornos, os desvios de vários tipos, as omissões... Um não mais acabar de géneros corruptivos e corruptíveis. Existem várias formas de corrupção, tais como as manipulações, os subornos, os desvios de vários tipos, as omissões... Um não mais acabar de géneros corruptivos e corruptíveis. Os Estados Unidos da América promulgaram, nos últimos anos da década de 70, uma lei sobre a prática de corrupção no exterior (Foreign Corrupt Practices Act) e a Convenção Interamericana contra a Corrupção, de 1996, foi o primeiro tratado a ser celebrado sobre o tema. Desde então, muito se tem falado, tratados foram assinados, leis promulgadas, agências anticorrupção criadas, redes desmanteladas. Os Estados Unidos da América promulgaram, nos últimos anos da década de 70, uma lei sobre a prática de corrupção no exterior (Foreign Corrupt Practices Act) e a Convenção Interamericana contra a Corrupção, de 1996, foi o primeiro tratado a ser celebrado sobre o tema. Desde então, muito se tem falado, tratados foram assinados, leis promulgadas, agências anticorrupção criadas, redes desmanteladas. Mas a corrupção ainda prospera (e prosperará?) por uma diversidade de factores, como a morosidade da Justiça, a inércia do sistema, o enraizamento nos costumes, o círculo vicioso criado e, acima de tudo, pelas vantagens (leia-se regalia, posição, dinheiro) que gera aos corruptores activos e passivos! Mas a corrupção ainda prospera (e prosperará?) por uma diversidade de factores, como a morosidade da Justiça, a inércia do sistema, o enraizamento nos costumes, o círculo vicioso criado e, acima de tudo, pelas vantagens (leia-se regalia, posição, dinheiro) que gera aos corruptores activos e passivos! Permito-me levantar duas questões moralmente incorrectas: Permito-me levantar duas questões moralmente incorrectas: - É preferível denunciar situações de corrupção ou explorá-las também? - É preferível denunciar situações de corrupção ou explorá-las também? - Se a posição o permitir, é justo (ou inteligente) tirar benefício de um acto de corrupção? - Se a posição o permitir, é justo (ou inteligente) tirar benefício de um acto de corrupção? As condicionantes de uma sociedade renovada aliadas às novas tecnologias puseram em evidência, denunciando e localizando casos, práticas inimagináveis e esquemas ininteligíveis de corrupção. Os «media» «trazem a lume» casos; a internet explora o tema sob todas as vertentes; «sites» apelam a denúncia de corruptos... E, se esta situação permite situar casos de perversão, inverte também o direito à inocência até prova em contrário! As condicionantes de uma sociedade renovada aliadas às novas tecnologias puseram em evidência, denunciando e localizando casos, práticas inimagináveis e esquemas ininteligíveis de corrupção. Os «media» «trazem a lume» casos; a internet explora o tema sob todas as vertentes; «sites» apelam a denúncia de corruptos... E, se esta situação permite situar casos de perversão, inverte também o direito à inocência até prova em contrário! Temos assistido a verdadeiros linchamentos em praça pública: dirigentes desportivos, médicos, políticos, forças policiais, reitores, empresários... Ninguém escapa. Concordo com uma lei na base da igualdade de direitos e ninguém está acima ou à margem da lei, mas parece-me que se instituiu também um poder abusivo de julgamento e condenação. Temos assistido a verdadeiros linchamentos em praça pública: dirigentes desportivos, médicos, políticos, forças policiais, reitores, empresários... Ninguém escapa. Concordo com uma lei na base da igualdade de direitos e ninguém está acima ou à margem da lei, mas parece-me que se instituiu também um poder abusivo de julgamento e condenação. O fim da corrupção seria uma forma salutar de iniciar um novo ciclo, mas há tanta gente envolvida, tanto dinheiro em jogo, tantas individualidades atingidas!... A ser possível, o final desta prática constituiria o desmoronar de cidades, países e continentes... Porque quem nunca tomou partido da posição que ocupa que «atire a primeira pedra», isto independentemente daquilo que beneficiou - afinal, a corrupção começa assim. O fim da corrupção seria uma forma salutar de iniciar um novo ciclo, mas há tanta gente envolvida, tanto dinheiro em jogo, tantas individualidades atingidas!... A ser possível, o final desta prática constituiria o desmoronar de cidades, países e continentes... Porque quem nunca tomou partido da posição que ocupa que «atire a primeira pedra», isto independentemente daquilo que beneficiou - afinal, a corrupção começa assim. Não tento justificar o injustificável, afirmo apenas que as fraquezas do ser humano foram, são e serão sempre as mesmas! Não tento justificar o injustificável, afirmo apenas que as fraquezas do ser humano foram, são e serão sempre as mesmas! 16:00 10 Março 2003

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1 a 2 de 2 mluso 01:17 17 Março 2003 Corruption é termo acertado quando se vê

a pressão dos politicos e capitais espanhois sobre os politicos portugueses. Ricardo_reforma 09:34 11 Março 2003 Muitos poderão atirar a primeira, mas a maioria não o poderá.

E esta verdade aplica-se primeiro que tudo à maioria dos políticos de todos os partidos.

É como a autora do texto implicitamente escreve. Não há vontade. Porque existem meios!

Ricardo Gonçalves Francisco

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