Jornal Desportivo On-line

26-04-2003
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Maisfutebol: Carlos Dantas, técnico do Benfica, disse já várias vezes que o Maradona é que era o Panchito do futebol e não o contrário. O que sente quando ouve o treinador dizer isso? Panchito: Já toda a gente sabe que o Carlos, além de treinador, é um amigo. Ele acredita que sou um bom jogador e exagera por estar a falar de um amigo. Às vezes, até o diz na brincadeira. MF: De qualquer forma, são muitos os que lhe reconhecem qualidades extraordinárias no hóquei mundial... P: Hoje em dia, há montes de casos no hóquei e não só o meu, de grandes jogadores, para os quais se usam muitos adjectivos. Pessoalmente, penso que é comprometedor... são muitas responsabilidades. MF: Esta comparação com o Maradona está também ligada ao facto de o Panchito ter um forte relação com o futebol. Passou por lá e teve mesmo aspirações de jogar futebol profissionalmente. P: E ainda tenho (risos). Eu nunca perco a esperança. Não sei se conseguiria chegar ao ponto a que cheguei no hóquei, mas tenho uma dívida para comigo mesmo. Posso estar errado porque sou muito teimoso, mas gostava de fazer um par de jogos e mostrar que sou capaz de estar lá dentro. Eu sigo os jogos de futebol e sinto-me capaz de estar num campo de futebol. Se calhar não era um fenómeno, mas posso estar lá. MF: O que o fascina tanto no futebol? P: O futebol é o desporto-rei. Ontem, por exemplo, estive com os juniores e, não sei, é diferente... O futebol tem um cheiro, tem uma coisa especial. Não quero dizer que o hóquei seja feio, é diferente. Aquele cheiro, o relvado, um campo de futebol, é tudo muito lindo. Vou fazer 28 anos em Janeiro, mas é um sonho que ainda tenho... quando me mandarem embora do hóquei, volto a jogar (risos). MF: Foi um problema no joelho que o afastou desse sonho? P: Sim, fizeram-me mal uma operação, na Argentina. A partir daí, tenho de viver com uma doença, tenho de treinar de forma diferente, ir ao ginásio, trabalhar mais um bocadinho, mas hoje em dia estou a ser tratado pelo doutor Pedro Magro e sinto-me bem. Acho que ainda há uma coisinha para fazer lá dentro para que esteja tudo bem, mas estou a trabalhar... MF: Se não fosse esse problema, onde é que se via hoje? P: A jogar no Benfica, mas no futebol. (risos) Eu tenho um defeito que é uma virtude ao mesmo tempo: confio muito em mim. Não sei se é bom ou não, mas confio nas minhas capacidades. Leia ainda: «O Barcelona usa gravata, o Benfica é mais gente» «Fenómeno, estrela, não sou» «Situação na Argentina é triste»

Maisfutebol: Carlos Dantas, técnico do Benfica, disse já várias vezes que o Maradona é que era o Panchito do futebol e não o contrário. O que sente quando ouve o treinador dizer isso? Panchito: Já toda a gente sabe que o Carlos, além de treinador, é um amigo. Ele acredita que sou um bom jogador e exagera por estar a falar de um amigo. Às vezes, até o diz na brincadeira. MF: De qualquer forma, são muitos os que lhe reconhecem qualidades extraordinárias no hóquei mundial... P: Hoje em dia, há montes de casos no hóquei e não só o meu, de grandes jogadores, para os quais se usam muitos adjectivos. Pessoalmente, penso que é comprometedor... são muitas responsabilidades. MF: Esta comparação com o Maradona está também ligada ao facto de o Panchito ter um forte relação com o futebol. Passou por lá e teve mesmo aspirações de jogar futebol profissionalmente. P: E ainda tenho (risos). Eu nunca perco a esperança. Não sei se conseguiria chegar ao ponto a que cheguei no hóquei, mas tenho uma dívida para comigo mesmo. Posso estar errado porque sou muito teimoso, mas gostava de fazer um par de jogos e mostrar que sou capaz de estar lá dentro. Eu sigo os jogos de futebol e sinto-me capaz de estar num campo de futebol. Se calhar não era um fenómeno, mas posso estar lá. MF: O que o fascina tanto no futebol? P: O futebol é o desporto-rei. Ontem, por exemplo, estive com os juniores e, não sei, é diferente... O futebol tem um cheiro, tem uma coisa especial. Não quero dizer que o hóquei seja feio, é diferente. Aquele cheiro, o relvado, um campo de futebol, é tudo muito lindo. Vou fazer 28 anos em Janeiro, mas é um sonho que ainda tenho... quando me mandarem embora do hóquei, volto a jogar (risos). MF: Foi um problema no joelho que o afastou desse sonho? P: Sim, fizeram-me mal uma operação, na Argentina. A partir daí, tenho de viver com uma doença, tenho de treinar de forma diferente, ir ao ginásio, trabalhar mais um bocadinho, mas hoje em dia estou a ser tratado pelo doutor Pedro Magro e sinto-me bem. Acho que ainda há uma coisinha para fazer lá dentro para que esteja tudo bem, mas estou a trabalhar... MF: Se não fosse esse problema, onde é que se via hoje? P: A jogar no Benfica, mas no futebol. (risos) Eu tenho um defeito que é uma virtude ao mesmo tempo: confio muito em mim. Não sei se é bom ou não, mas confio nas minhas capacidades. Leia ainda: «O Barcelona usa gravata, o Benfica é mais gente» «Fenómeno, estrela, não sou» «Situação na Argentina é triste»

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