Ricardo Bexiga Desafia Autarcas do PS a Demarcarem-se de Valentim Loureiro
Por MARGARIDA GOMES
Sexta-feira, 30 de Janeiro de 2004 O vereador e presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Gondomar, Ricardo Bexiga, desafiou ontem os autarcas socialistas com assento no Conselho de Administração da Empresa Metro e na Junta Metropolitana do Porto a demarcarem-se do modelo que tem vindo a ser seguido e a assumirem-se como uma voz política alternativa na Área Metropolitana do Porto (AMP). Exortando Narciso Miranda (Matosinhos), Mário de Almeida (Vila do Conde) e José Mota (Espinho) a romperem com o modelo de liderança protagonizado por Valentim Loureiro, o dirigente socialista alega que chegou a hora de o PS se desvincular desta forma de fazer política e de demostrar que tem um modelo alternativo de desenvolvimento para a região que "corre o risco de morrer do ponto de vista da importância política, da importância económica e da importância social". "Se hoje perguntarmos à população quem é que está na administração do Metro e na Junta Metropolitana, se calhar ninguém sabe que há membros do PS que fazem parte desses órgãos que exercem funções e que têm responsabilidades e estão lá não enquanto sujeitos individuais, mas enquanto presidentes de autarquias, eleitos por uma força política a quem devem solidariedade. Por isso, faço aqui um desafio público para que o PS faça rupturas e se assuma como uma voz diferente", apelou. Para o dirigente socialista, "os sintomas de degradação e de decadência acelerada que hoje em dia se sentem em Gondomar, um concelho sob a direcção do major Valentim Loureiro [que lidera a Junta Metropolitana] são rigorosamente os mesmos que estão a afectar a AMP e é só pena que esse balanço não seja feito já para se corrigir e para rapidamente se mudar até a prática política e o discurso político do PS a nível da AMP". Numa conferência de imprensa convocada para fazer o balanço dos 10 anos de gestão que Valentim Loureiro na presidência da Câmara de Gondomar, o líder concelhio e vereador no executivo gondomarense denunciou que as promessas que constam do programa eleitoral do major de 1993 não foram cumpridas, nem a nível das "acessibilidades, rede viária e transportes, nem em relação ao desenvolvimento económico e do ambiente e ordenamento do território, nem aos grandes investimentos públicos e privados". "Estes 10 anos hipotecaram o futuro de Gondomar à sombra de uma política populista e irrealista, sem projecto e sem ambição, comandados por um presidente a quem falta saber, ambição, tempo de reflexão e de acção, e um projecto que consiga colocar Gondomar no século XXI", afirmou Ricardo Bexiga. Sustentando as críticas, o líder concelhio insurgiu-se contra o facto de o concelho "continuar sem parques industriais, sem centros tecnológicos, sem ensino técnico e superior, e com a sua actividade económica a decrescer ao mesmo tempo que o desemprego aumenta para números nunca vistos". "Foram 10 anos de promessas, de políticas populistas, sem estratégias e sem desígnios para Gondomar; 10 anos de atraso, de uma política autista, centralizadora de quem não acredita ser possível fazer mais do que ume mera gestão de mercaria, de circunstância e de calendários eleitorais", acusou o vereador do PS na Câmara de Gondomar, responsabilizando Valentim por não ter conseguido trazer investimento para o concelho. "Hoje, Gondomar continua afastado dos grandes projectos de investimento público de iniciativa nacional e comunitária que serviram nos últimos dez anos para mudar a face dos restantes concelhos da AMP". Afirmando que "a gestão da câmara é um mero reproduzir de políticas estafadas e um repositório de ideias incapazes de traduzir um verdadeiro projecto mobilizador e de desenvolvimento para Gondomar", o dirigente socialista alertou para "a existência de gravíssimos problemas de pobreza e de exclusão social", lamentou que o concelho não tenha um hospital, um museu e uma biblioteca e queixou-se do "estado de degradação urbana". Caixa Queixa-crime contra autarcas do PSD Tal como o PÚBLICO avançou na edição de ontem, o PS de Gondomar vai apresentar uma queixa-crime no Ministério Público contra sete presidentes de junta de freguesia eleitos pelo PSD por terem publicado anúncios em órgãos de comunicação locais para assinalar os 10 anos de gestão de Valentim Loureiro na presidência da câmara e que para o PS "são mera propaganda partidária ao PSD" e que alegadamente terão sido pagos com verbas do erário público. "Foram violados o princípio da actuação com imparcialidade e de não patrocinar interesses particulares, próprios ou de terceiros e não foi respeitado o fim público dos poderes em que se encontram investidos previstos no artigo 4º dos deveres dos eleitos locais", defende Ricardo Bexiga, alegando ain da que este caso configura "a prática de um crime de peculato de uso" . Sem dedicar uma única linha à acusação desferida pelos socialistas contra os presidentes de junta, num comunicado enviado às redacções ao final do dia, Valentim Loureiro contraria as críticas à sua gestão camarária, sustentando que "o PS não conhece a realidade de Gondomar". "Os gondomarenses conhecem-nos bem. sabem do nosso trabalho e das transformações positivas que temos vindo a fazer em Gondomar", declara, manifestando a convicção de que "os grandes investimentos que estão a ser realizados OUTROS TÍTULOS EM LOCAL PORTO A gastronomia
Agentes da Polícia Municipal reúnem-se em encontro nacional
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Sinistralidade rodoviária baixou em 2003
Simulacros de acidentes no metro vão ser repetidos
Ricardo Bexiga desafia autarcas do PS a demarcarem-se de Valentim Loureiro
Socialistas desafiam a Feira a dizer "não" à Área Metropolitana do Porto
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Ricardo Bexiga Desafia Autarcas do PS a Demarcarem-se de Valentim Loureiro
Por MARGARIDA GOMES
Sexta-feira, 30 de Janeiro de 2004 O vereador e presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Gondomar, Ricardo Bexiga, desafiou ontem os autarcas socialistas com assento no Conselho de Administração da Empresa Metro e na Junta Metropolitana do Porto a demarcarem-se do modelo que tem vindo a ser seguido e a assumirem-se como uma voz política alternativa na Área Metropolitana do Porto (AMP). Exortando Narciso Miranda (Matosinhos), Mário de Almeida (Vila do Conde) e José Mota (Espinho) a romperem com o modelo de liderança protagonizado por Valentim Loureiro, o dirigente socialista alega que chegou a hora de o PS se desvincular desta forma de fazer política e de demostrar que tem um modelo alternativo de desenvolvimento para a região que "corre o risco de morrer do ponto de vista da importância política, da importância económica e da importância social". "Se hoje perguntarmos à população quem é que está na administração do Metro e na Junta Metropolitana, se calhar ninguém sabe que há membros do PS que fazem parte desses órgãos que exercem funções e que têm responsabilidades e estão lá não enquanto sujeitos individuais, mas enquanto presidentes de autarquias, eleitos por uma força política a quem devem solidariedade. Por isso, faço aqui um desafio público para que o PS faça rupturas e se assuma como uma voz diferente", apelou. Para o dirigente socialista, "os sintomas de degradação e de decadência acelerada que hoje em dia se sentem em Gondomar, um concelho sob a direcção do major Valentim Loureiro [que lidera a Junta Metropolitana] são rigorosamente os mesmos que estão a afectar a AMP e é só pena que esse balanço não seja feito já para se corrigir e para rapidamente se mudar até a prática política e o discurso político do PS a nível da AMP". Numa conferência de imprensa convocada para fazer o balanço dos 10 anos de gestão que Valentim Loureiro na presidência da Câmara de Gondomar, o líder concelhio e vereador no executivo gondomarense denunciou que as promessas que constam do programa eleitoral do major de 1993 não foram cumpridas, nem a nível das "acessibilidades, rede viária e transportes, nem em relação ao desenvolvimento económico e do ambiente e ordenamento do território, nem aos grandes investimentos públicos e privados". "Estes 10 anos hipotecaram o futuro de Gondomar à sombra de uma política populista e irrealista, sem projecto e sem ambição, comandados por um presidente a quem falta saber, ambição, tempo de reflexão e de acção, e um projecto que consiga colocar Gondomar no século XXI", afirmou Ricardo Bexiga. Sustentando as críticas, o líder concelhio insurgiu-se contra o facto de o concelho "continuar sem parques industriais, sem centros tecnológicos, sem ensino técnico e superior, e com a sua actividade económica a decrescer ao mesmo tempo que o desemprego aumenta para números nunca vistos". "Foram 10 anos de promessas, de políticas populistas, sem estratégias e sem desígnios para Gondomar; 10 anos de atraso, de uma política autista, centralizadora de quem não acredita ser possível fazer mais do que ume mera gestão de mercaria, de circunstância e de calendários eleitorais", acusou o vereador do PS na Câmara de Gondomar, responsabilizando Valentim por não ter conseguido trazer investimento para o concelho. "Hoje, Gondomar continua afastado dos grandes projectos de investimento público de iniciativa nacional e comunitária que serviram nos últimos dez anos para mudar a face dos restantes concelhos da AMP". Afirmando que "a gestão da câmara é um mero reproduzir de políticas estafadas e um repositório de ideias incapazes de traduzir um verdadeiro projecto mobilizador e de desenvolvimento para Gondomar", o dirigente socialista alertou para "a existência de gravíssimos problemas de pobreza e de exclusão social", lamentou que o concelho não tenha um hospital, um museu e uma biblioteca e queixou-se do "estado de degradação urbana". Caixa Queixa-crime contra autarcas do PSD Tal como o PÚBLICO avançou na edição de ontem, o PS de Gondomar vai apresentar uma queixa-crime no Ministério Público contra sete presidentes de junta de freguesia eleitos pelo PSD por terem publicado anúncios em órgãos de comunicação locais para assinalar os 10 anos de gestão de Valentim Loureiro na presidência da câmara e que para o PS "são mera propaganda partidária ao PSD" e que alegadamente terão sido pagos com verbas do erário público. "Foram violados o princípio da actuação com imparcialidade e de não patrocinar interesses particulares, próprios ou de terceiros e não foi respeitado o fim público dos poderes em que se encontram investidos previstos no artigo 4º dos deveres dos eleitos locais", defende Ricardo Bexiga, alegando ain da que este caso configura "a prática de um crime de peculato de uso" . Sem dedicar uma única linha à acusação desferida pelos socialistas contra os presidentes de junta, num comunicado enviado às redacções ao final do dia, Valentim Loureiro contraria as críticas à sua gestão camarária, sustentando que "o PS não conhece a realidade de Gondomar". "Os gondomarenses conhecem-nos bem. sabem do nosso trabalho e das transformações positivas que temos vindo a fazer em Gondomar", declara, manifestando a convicção de que "os grandes investimentos que estão a ser realizados OUTROS TÍTULOS EM LOCAL PORTO A gastronomia
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