Portugal Diário

06-11-2003
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Os homens do parlamento

Carmo Só 17-09-2003 19:15 Quatro visões sobre o ano parlamentar de quatro deputados destacados. Até Ribeiro Cristóvão A estrela de 2003 é Ribeiro Cristovão, que está a substituir a deputada do PSD Maria Elisa. Ele é o homem do eterno «Bola Branca» da Rádio Renascença, que agora entra em campo diverso. «O trabalho parlamentar não é competição, tem de ser um esforço conjugado de todos para que o país avance e melhore a vida dos portugueses», defendeu. O jornalista tem aproveitado os primeiros dias para saber mais acerca dos problemas do distrito de Castelo Branco, círculo por onde foi eleito.

Quanto à sua participação em plenário, Ribeiro Cristóvão diz que só vai falar se for uma matéria de interesse relevante, mas avisa não vai falar só para ser visto ou ouvido. PS tem margem para combate Joel Hasse Ferreira sublinha que neste ano parlamentar o PS vai manter o seu trabalho de apresentar alternativas credíveis aos portugueses, apesar do tempo diminuto que têm nos debates. «Vamos apresentar muitas alternativas na área educativa, na administração pública e muitas na área orçamental onde a ministra das Finanças está a empobrecer o país», adiantou ao PortugalDiário. Sobre a Revisão Constitucional pretendida pelos partidos da maioria, Hasse Ferreira deixa um aviso: «Não vamos permitir nenhuma revisão constitucional no caminho mais neo-liberal». «Sem a nossa participação não há revisão nenhuma, porque uma revisão constitucional exige uma maioria qualificada», argumenta Hasse Ferreira.

Ainda assim os socialistas dizem estar disponíveis para trabalhar no reforço das autonomias regionais, mas não vêem razão para fazer nova revisão constitucional. No entanto, o deputado lembra que «ainda temos alguma margem de manobra e por isso vamos continuar a lutar». Quanto à imagem do partido, Hasse Ferreira sublinha que as questões judicias são resolvidas pelos tribunais e que os elementos envolvidos em processos polémicos como a Casa Pia estão inocentes. «O Governo não se pode esconder atrás desse escândalo porque nós vamos continuar o nosso trabalho de alternativa ao executivo de Durão Barroso», salienta. PCP promete luta Para o deputado Jerónimo de Sousa, o ano parlamentar vai ser intenso porque há muitas áreas em que devem ser continuados projectos e mais alternativas. Os comunistas prometem apostar no debate do Orçamento de Estado e na remodelação do código de trabalho. Estas duas questões «obrigam a mais trabalho e mais respostas para apresentar aos portugueses». «O PCP vai apresentar mais propostas mas também vai continuar o combate», sublinhou ao PortugalDiário. Coligação deve ir mais longe Telmo Correia falou ao Portugal Diário sobre a eventual remodelação do governo prevista para a próxima legislatura: «O numero de membros do CDS-PP no Governo resulta do acordo de coligação, mas não vamos pôr isso em causa», diz o líder parlamentar, que adianta: «Estamos muito satisfeitos com a participação e muito contentes com o trabalho dos ministros do CDS-PP» Contentes mas não satisfeitos, uma vez que Telmo Correia quer que o Governo vá mais longe: «Estamos orgulhosos mas sabemos que esta coligação tem de ir mais longe mas temos consciência que podemos ir mais longe. Há sintonia na maioria para continuar com o ímpeto reformista. O pleno resultado das reformas só é conseguido em mais do que uma legislatura. É desejável pelo menos em duas legislaturas ou seja até 2010» Quanto a ter passado para a «defesa» do Governo, ao contrário do tempo do PS, Telmo Correia é claro: «Jogar ao ataque permite ser mais criativo,

Estar no Governo obriga a uma certa contenção porque temos maior responsabilidade».

Os homens do parlamento

Carmo Só 17-09-2003 19:15 Quatro visões sobre o ano parlamentar de quatro deputados destacados. Até Ribeiro Cristóvão A estrela de 2003 é Ribeiro Cristovão, que está a substituir a deputada do PSD Maria Elisa. Ele é o homem do eterno «Bola Branca» da Rádio Renascença, que agora entra em campo diverso. «O trabalho parlamentar não é competição, tem de ser um esforço conjugado de todos para que o país avance e melhore a vida dos portugueses», defendeu. O jornalista tem aproveitado os primeiros dias para saber mais acerca dos problemas do distrito de Castelo Branco, círculo por onde foi eleito.

Quanto à sua participação em plenário, Ribeiro Cristóvão diz que só vai falar se for uma matéria de interesse relevante, mas avisa não vai falar só para ser visto ou ouvido. PS tem margem para combate Joel Hasse Ferreira sublinha que neste ano parlamentar o PS vai manter o seu trabalho de apresentar alternativas credíveis aos portugueses, apesar do tempo diminuto que têm nos debates. «Vamos apresentar muitas alternativas na área educativa, na administração pública e muitas na área orçamental onde a ministra das Finanças está a empobrecer o país», adiantou ao PortugalDiário. Sobre a Revisão Constitucional pretendida pelos partidos da maioria, Hasse Ferreira deixa um aviso: «Não vamos permitir nenhuma revisão constitucional no caminho mais neo-liberal». «Sem a nossa participação não há revisão nenhuma, porque uma revisão constitucional exige uma maioria qualificada», argumenta Hasse Ferreira.

Ainda assim os socialistas dizem estar disponíveis para trabalhar no reforço das autonomias regionais, mas não vêem razão para fazer nova revisão constitucional. No entanto, o deputado lembra que «ainda temos alguma margem de manobra e por isso vamos continuar a lutar». Quanto à imagem do partido, Hasse Ferreira sublinha que as questões judicias são resolvidas pelos tribunais e que os elementos envolvidos em processos polémicos como a Casa Pia estão inocentes. «O Governo não se pode esconder atrás desse escândalo porque nós vamos continuar o nosso trabalho de alternativa ao executivo de Durão Barroso», salienta. PCP promete luta Para o deputado Jerónimo de Sousa, o ano parlamentar vai ser intenso porque há muitas áreas em que devem ser continuados projectos e mais alternativas. Os comunistas prometem apostar no debate do Orçamento de Estado e na remodelação do código de trabalho. Estas duas questões «obrigam a mais trabalho e mais respostas para apresentar aos portugueses». «O PCP vai apresentar mais propostas mas também vai continuar o combate», sublinhou ao PortugalDiário. Coligação deve ir mais longe Telmo Correia falou ao Portugal Diário sobre a eventual remodelação do governo prevista para a próxima legislatura: «O numero de membros do CDS-PP no Governo resulta do acordo de coligação, mas não vamos pôr isso em causa», diz o líder parlamentar, que adianta: «Estamos muito satisfeitos com a participação e muito contentes com o trabalho dos ministros do CDS-PP» Contentes mas não satisfeitos, uma vez que Telmo Correia quer que o Governo vá mais longe: «Estamos orgulhosos mas sabemos que esta coligação tem de ir mais longe mas temos consciência que podemos ir mais longe. Há sintonia na maioria para continuar com o ímpeto reformista. O pleno resultado das reformas só é conseguido em mais do que uma legislatura. É desejável pelo menos em duas legislaturas ou seja até 2010» Quanto a ter passado para a «defesa» do Governo, ao contrário do tempo do PS, Telmo Correia é claro: «Jogar ao ataque permite ser mais criativo,

Estar no Governo obriga a uma certa contenção porque temos maior responsabilidade».

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