"Quem comanda a coligação é o CDS", diz António Costa

25-12-2003
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"Quem Comanda a Coligação É o CDS", Diz António Costa

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2003

O líder parlamentar do PS, António Costa, afirmou ontem que as posições assumidas pelo PSD e pelo CDS sobre a descriminalização do aborto são a prova de "quem comanda política e ideologicamente a coligação é o CDS". António Costa interpretou as declarações de Guilherme Silva e de Nobre Guedes como uma "desautorização" do porta-voz do PSD, Pedro Duarte. O dirigente socialista considerou também uma "hipocrisia" este tipo de atitude e afirmou que o ministro Bagão Félix disse que não queria que as mulheres fossem presas, mas "recusa-se a mudar a lei". E frisou que "não é possível manter o crime na lei e dizer que não se quer o julgamento" das mulheres que abortam.

Interpelando o PSD, António Costa afirmou: "O PSD não percebe que quem ganhou as eleições é o PSD". E considerou que as provas de que o PSD "anda a reboque de um pequeno partido" são o projecto de revisão constitucional da maioria e esta desautorização de porta-vozes do partido maioritário no Governo. Quanto ao julgamento e falando ainda da parte da manhã, considerou que "a consciência do país está chocada".

António Costa sustentou que o julgamento prova que a lei "não é um faz-de-conta" mas sim "uma calamidade". Destacando as declarações do bispo do Porto, considerou que estas foram uma manifestação da "consciência nacional". E garantindo a disponibilidade do PS para trabalhar numa solução, considerou "intolerável" que a actual situação se mantenha sem alteração.

Nas jornadas parlamentares, em Coimbra, as deputadas e os deputados socialistas aprovaram por unanimidade uma moção apresentada logo de manhã por Helena Roseta, Jamila Madeira, Rosa Maria Albernaz, Celeste Correia, Ana Gomes, Ana Benavente, Ramos Preto, Elisa Ferreira, Paulo Pedroso, Ana Catarina Mendes, Zelinda Semedo, Cristina Granada, Jorge Lacão, Vítor Ramalho, Alberto Martins, Maria Santos, Luís Filipe Carvalho Pereira, José Apolinário, José Magalhães, Manuela Melo, Fausto Correia, José Saraiva, António José Seguro, Osvaldo de Castro e Edite Estrela.

A moção propõe que o PS "retome, como base de discussão sobre a reforma da legislação em matéria de aborto clandestino, o projecto de diploma da JS" e que o PS "participe activamente no debate nacional sobre esta matéria".

Por fim, a moção pedia que o PS "exija que o Serviço Nacional de Saúde esteja apto a permitir a realização da IVG, quer nos termos da actual legislação, quer, logo que a nova lei venha a ser aprovada, nos termos que então vierem a ser definidos".

"Quem Comanda a Coligação É o CDS", Diz António Costa

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2003

O líder parlamentar do PS, António Costa, afirmou ontem que as posições assumidas pelo PSD e pelo CDS sobre a descriminalização do aborto são a prova de "quem comanda política e ideologicamente a coligação é o CDS". António Costa interpretou as declarações de Guilherme Silva e de Nobre Guedes como uma "desautorização" do porta-voz do PSD, Pedro Duarte. O dirigente socialista considerou também uma "hipocrisia" este tipo de atitude e afirmou que o ministro Bagão Félix disse que não queria que as mulheres fossem presas, mas "recusa-se a mudar a lei". E frisou que "não é possível manter o crime na lei e dizer que não se quer o julgamento" das mulheres que abortam.

Interpelando o PSD, António Costa afirmou: "O PSD não percebe que quem ganhou as eleições é o PSD". E considerou que as provas de que o PSD "anda a reboque de um pequeno partido" são o projecto de revisão constitucional da maioria e esta desautorização de porta-vozes do partido maioritário no Governo. Quanto ao julgamento e falando ainda da parte da manhã, considerou que "a consciência do país está chocada".

António Costa sustentou que o julgamento prova que a lei "não é um faz-de-conta" mas sim "uma calamidade". Destacando as declarações do bispo do Porto, considerou que estas foram uma manifestação da "consciência nacional". E garantindo a disponibilidade do PS para trabalhar numa solução, considerou "intolerável" que a actual situação se mantenha sem alteração.

Nas jornadas parlamentares, em Coimbra, as deputadas e os deputados socialistas aprovaram por unanimidade uma moção apresentada logo de manhã por Helena Roseta, Jamila Madeira, Rosa Maria Albernaz, Celeste Correia, Ana Gomes, Ana Benavente, Ramos Preto, Elisa Ferreira, Paulo Pedroso, Ana Catarina Mendes, Zelinda Semedo, Cristina Granada, Jorge Lacão, Vítor Ramalho, Alberto Martins, Maria Santos, Luís Filipe Carvalho Pereira, José Apolinário, José Magalhães, Manuela Melo, Fausto Correia, José Saraiva, António José Seguro, Osvaldo de Castro e Edite Estrela.

A moção propõe que o PS "retome, como base de discussão sobre a reforma da legislação em matéria de aborto clandestino, o projecto de diploma da JS" e que o PS "participe activamente no debate nacional sobre esta matéria".

Por fim, a moção pedia que o PS "exija que o Serviço Nacional de Saúde esteja apto a permitir a realização da IVG, quer nos termos da actual legislação, quer, logo que a nova lei venha a ser aprovada, nos termos que então vierem a ser definidos".

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