Grandes Opções do Plano geram polémica na AR

16-11-2004
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Grandes Opções do Plano Geram Polémica na AR

Por LUSA

Sexta-feira, 05 de Novembro de 2004

A dependência do aumento do investimento previsto nas Grandes Opções do Plano (GOP) para 2005 da realização de investimento público foi uma das questões mais discutidas na reunião de ontem da Comissão Parlamentar de Economia e Finanças. Os deputados receberam representantes do Conselho Económico e Social (CES) para falarem acerca do parecer deste organismo sobre as GOP.

No resumo que o presidente do CES, Alfredo Bruto da Costa, fez do parecer, salientou que o crescimento previsto para o próximo ano pressupõe a recuperação da construção do sector privado, como a habitação, o que não parece estar a acontecer. Por isso, "terá de depender do investimento público" o que, por sua vez, "vai criar problemas à consolidação orçamental", acrescentou.

E acerca deste ponto, João Ferreira do Amaral, a falar pelo CES, disse defender que "o investimento público não pode ser o motor do crescimento" nas actuais condições de Portugal, ponto em que reconhece divergir da posição do CES.

Bruto da Costa apontou três tipos de deficiências na formulação de políticas nas GOP: "a mistura de acções de mera rotina" com grandes linhas gerais, "dificuldade de articulação e uma dispersão grande" e "um desequilíbrio quanto à importância das diferentes áreas".

O deputado social-democrata Pinho Cardão criticou o parecer emitido pelo CES afirmando que "não é independente nem objectivo" e reflecte "o ponto de vista do relator".

Tanto o presidente como o membro do CES João Proença reagiram contra esta opinião frisando que o documento sofreu várias alterações após ter sido redigido pelo relator e foi aprovado quase por unanimidade. João Proença disse mesmo que "é totalmente inadmissível que um deputado acuse o parecer de ser o parecer do relator [João Ferreira do Amaral]".

Acerca do crescimento previsto nas GOP para o emprego, de 1,2 por cento, Ferreira do Amaral comentou que "o CES foi mais crítico". É que, segundo aquele especialista, pressupõe-se ou que o crescimento da produtividade é muito baixo ou que a produtividade sobe satisfatoriamente e, nesse caso, é o crescimento do emprego que será menor.

Grandes Opções do Plano Geram Polémica na AR

Por LUSA

Sexta-feira, 05 de Novembro de 2004

A dependência do aumento do investimento previsto nas Grandes Opções do Plano (GOP) para 2005 da realização de investimento público foi uma das questões mais discutidas na reunião de ontem da Comissão Parlamentar de Economia e Finanças. Os deputados receberam representantes do Conselho Económico e Social (CES) para falarem acerca do parecer deste organismo sobre as GOP.

No resumo que o presidente do CES, Alfredo Bruto da Costa, fez do parecer, salientou que o crescimento previsto para o próximo ano pressupõe a recuperação da construção do sector privado, como a habitação, o que não parece estar a acontecer. Por isso, "terá de depender do investimento público" o que, por sua vez, "vai criar problemas à consolidação orçamental", acrescentou.

E acerca deste ponto, João Ferreira do Amaral, a falar pelo CES, disse defender que "o investimento público não pode ser o motor do crescimento" nas actuais condições de Portugal, ponto em que reconhece divergir da posição do CES.

Bruto da Costa apontou três tipos de deficiências na formulação de políticas nas GOP: "a mistura de acções de mera rotina" com grandes linhas gerais, "dificuldade de articulação e uma dispersão grande" e "um desequilíbrio quanto à importância das diferentes áreas".

O deputado social-democrata Pinho Cardão criticou o parecer emitido pelo CES afirmando que "não é independente nem objectivo" e reflecte "o ponto de vista do relator".

Tanto o presidente como o membro do CES João Proença reagiram contra esta opinião frisando que o documento sofreu várias alterações após ter sido redigido pelo relator e foi aprovado quase por unanimidade. João Proença disse mesmo que "é totalmente inadmissível que um deputado acuse o parecer de ser o parecer do relator [João Ferreira do Amaral]".

Acerca do crescimento previsto nas GOP para o emprego, de 1,2 por cento, Ferreira do Amaral comentou que "o CES foi mais crítico". É que, segundo aquele especialista, pressupõe-se ou que o crescimento da produtividade é muito baixo ou que a produtividade sobe satisfatoriamente e, nesse caso, é o crescimento do emprego que será menor.

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