"Foi interrompido um caminho

11-01-2005
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"Foi Interrompido Um Caminho

Sábado, 11 de Dezembro de 2004

que estávamos a percorrer "

"O PSD respeita a decisão do Presidente da República, mas dela discorda profundamente e nada do que acabámos de ouvir faz alterar a nossa opinião", afirmou Vítor Cruz, logo após Jorge Sampaio terminar o seu discurso, explicando por que decidiu dissolver o Parlamento. "Foi interrompido um caminho que estávamos a percorrer com toda a legitimidade", acrescentou o vice-presidente do PSD. No entanto, Vítor Cruz reforçou a ideia já avançada por Santana Lopes no sábado: "O PR não será nosso adversário no combate eleitoral. " O dirigente social-democrata afirmou ainda que o PSD vai agora "concentrar energias na estratégia eleitoral", que será definida "a curto prazo". Vítor Cruz terminou o seu discurso já em tom pré-campanha: "o PSD está de cabeça erguida", "de olhos postos no futuro", "confiante que vai ganhar as próximas eleições". A.R.F.

Governo "não aproveitou a oportunidade que o PR lhe deu

"Quem quiser mudar para melhor pode votar no PS". Foi num claro tom de pré-campanha que o porta-voz do PS, Pedro Silva Pereira, reagiu, em nome da direcção socialista, à comunicação ao país do Presidente. Numa breve conferência, na sede nacional do PS, logo após o discurso de Jorge Sampaio, Silva Pereira afirmou que o Presidente "foi muito claro" na enumeração das razões que o levaram a dissolver o Parlamento. O dirigente socialista não comentou a data anunciada por Sampaio para as legislativas (20 de Fevereiro), optando, antes, por afirmar que a maioria PSD-CDS "não aproveitou a oportunidade que o Presidente da República lhe deu". Silva Pereira repetiu ainda alguns dos motivos invocados por Sampaio, nomeadamente a "crise de credibilidade que estava a afectar o país". "Isto não podia continuar assim e é altura de o povo falar", declarou. M.J.O.

"Decisão não devia ser tomada com base "em sensibilidades

"Existindo uma maioria estável", a decisão do Presidente "devia ser tomada com base em factos" concretos e não com base "em sensibilidades ou tendências", afirmou Telmo Correia, reagindo também ao discurso de Sampaio. O CDS-PP, tal como o seu parceiro de coligação, "respeita a decisão, mas não concorda". Segundo o dirigente centrista, "na AR, a coligação funcionava de forma impecável", pelo que não estavam reunidas razões para a sua dissolução. Telmo Correia lembrou ainda que o Presidente disse, há cerca de um mês e meio, não estar arrependido de ter dado posse ao actual Governo, uma vez que a decisão contrária significaria um "entorse do regime". O dirigente centrista sublinhou a opinião do CDS-PP de que a decisão de Jorge Sampaio "abre um precedente" e "corresponde a uma presidencialização do regime, que ninguém pediu e ninguém esperava". A.R.F.

"Instabilidade social e económica do país" seria razão suficiente

Para o PCP, "a instabilidade social e económica do país" seria razão suficiente para convocar eleições antecipadas. A elas, o Presidente acrescentou "justamente a instabilidade governativa" e, por estas razões, os comunistas estão de acordo com a decisão presidencial. Reagindo ao discurso de Sampaio, Bernardino Soares afirmou também que "a decisão soberana dos portugueses", nas próximas eleições legislativas, irá fazer regressar a estabilidade. O líder parlamentar comunista acrescentou ainda que "estas eleições são uma oportunidade para um virar de página para uma política de esquerda" e defendeu o "reforço da votação" no PCP, argumentando que "votar no PCP é derrotar a direita". A.R.F.

"Eleições são uma oportunidade para a clarificação"

Também o Bloco de Esquerda aprovou a decisão do Presidente da República, considerando que "as eleições são uma oportunidade para a clarificação" que o partido julga necessária. Francisco Louçã reagiu ao discurso de Sampaio, dizendo-se "satisfeito" com as explicações do Presidente e afirmando que "a única pessoa, em Portugal, que não tinha percebido as razões da decisão era Pedro Santana Lopes". O dirigente bloquista deixou ainda um "aviso" ao Governo: "não pense que vai encher o Estado com nomeações de última hora, que isso é inaceitável". Louçã afirmou que o BE apresentará o seu próprio "programa para a governação", escusando-se a responder se aceitará um acordo pós-eleitoral com o PS, caso os socialistas ganhem sem maioria absoluta. A.R.F.

"Foi Interrompido Um Caminho

Sábado, 11 de Dezembro de 2004

que estávamos a percorrer "

"O PSD respeita a decisão do Presidente da República, mas dela discorda profundamente e nada do que acabámos de ouvir faz alterar a nossa opinião", afirmou Vítor Cruz, logo após Jorge Sampaio terminar o seu discurso, explicando por que decidiu dissolver o Parlamento. "Foi interrompido um caminho que estávamos a percorrer com toda a legitimidade", acrescentou o vice-presidente do PSD. No entanto, Vítor Cruz reforçou a ideia já avançada por Santana Lopes no sábado: "O PR não será nosso adversário no combate eleitoral. " O dirigente social-democrata afirmou ainda que o PSD vai agora "concentrar energias na estratégia eleitoral", que será definida "a curto prazo". Vítor Cruz terminou o seu discurso já em tom pré-campanha: "o PSD está de cabeça erguida", "de olhos postos no futuro", "confiante que vai ganhar as próximas eleições". A.R.F.

Governo "não aproveitou a oportunidade que o PR lhe deu

"Quem quiser mudar para melhor pode votar no PS". Foi num claro tom de pré-campanha que o porta-voz do PS, Pedro Silva Pereira, reagiu, em nome da direcção socialista, à comunicação ao país do Presidente. Numa breve conferência, na sede nacional do PS, logo após o discurso de Jorge Sampaio, Silva Pereira afirmou que o Presidente "foi muito claro" na enumeração das razões que o levaram a dissolver o Parlamento. O dirigente socialista não comentou a data anunciada por Sampaio para as legislativas (20 de Fevereiro), optando, antes, por afirmar que a maioria PSD-CDS "não aproveitou a oportunidade que o Presidente da República lhe deu". Silva Pereira repetiu ainda alguns dos motivos invocados por Sampaio, nomeadamente a "crise de credibilidade que estava a afectar o país". "Isto não podia continuar assim e é altura de o povo falar", declarou. M.J.O.

"Decisão não devia ser tomada com base "em sensibilidades

"Existindo uma maioria estável", a decisão do Presidente "devia ser tomada com base em factos" concretos e não com base "em sensibilidades ou tendências", afirmou Telmo Correia, reagindo também ao discurso de Sampaio. O CDS-PP, tal como o seu parceiro de coligação, "respeita a decisão, mas não concorda". Segundo o dirigente centrista, "na AR, a coligação funcionava de forma impecável", pelo que não estavam reunidas razões para a sua dissolução. Telmo Correia lembrou ainda que o Presidente disse, há cerca de um mês e meio, não estar arrependido de ter dado posse ao actual Governo, uma vez que a decisão contrária significaria um "entorse do regime". O dirigente centrista sublinhou a opinião do CDS-PP de que a decisão de Jorge Sampaio "abre um precedente" e "corresponde a uma presidencialização do regime, que ninguém pediu e ninguém esperava". A.R.F.

"Instabilidade social e económica do país" seria razão suficiente

Para o PCP, "a instabilidade social e económica do país" seria razão suficiente para convocar eleições antecipadas. A elas, o Presidente acrescentou "justamente a instabilidade governativa" e, por estas razões, os comunistas estão de acordo com a decisão presidencial. Reagindo ao discurso de Sampaio, Bernardino Soares afirmou também que "a decisão soberana dos portugueses", nas próximas eleições legislativas, irá fazer regressar a estabilidade. O líder parlamentar comunista acrescentou ainda que "estas eleições são uma oportunidade para um virar de página para uma política de esquerda" e defendeu o "reforço da votação" no PCP, argumentando que "votar no PCP é derrotar a direita". A.R.F.

"Eleições são uma oportunidade para a clarificação"

Também o Bloco de Esquerda aprovou a decisão do Presidente da República, considerando que "as eleições são uma oportunidade para a clarificação" que o partido julga necessária. Francisco Louçã reagiu ao discurso de Sampaio, dizendo-se "satisfeito" com as explicações do Presidente e afirmando que "a única pessoa, em Portugal, que não tinha percebido as razões da decisão era Pedro Santana Lopes". O dirigente bloquista deixou ainda um "aviso" ao Governo: "não pense que vai encher o Estado com nomeações de última hora, que isso é inaceitável". Louçã afirmou que o BE apresentará o seu próprio "programa para a governação", escusando-se a responder se aceitará um acordo pós-eleitoral com o PS, caso os socialistas ganhem sem maioria absoluta. A.R.F.

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