EXPRESSO online

29-08-2002
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Os touros de Barrancos Socialistas acusados de incoerência

PS critica legalização dos touros de morte O PS criticou hoje o diploma que visa a legalização dos espectáculos com touros de morte em Barrancos, mas foi acusado de incoerência por parte das bancadas subscritoras do projecto - PSD, CDS-PP e PCP. Na bancada socialista - que só concedeu liberdade de voto a cinco deputados - Vitalino Canas acusou o Governo de «ter medo de fazer cumprir a lei em Barrancos», sublinhando que o PS continua a defender o regime de contra-ordenações caso sejam mortos touros em espectáculos. O antigo secretário de Estado da Presidência recusou igualmente o argumento da tradição para a legalização dos touros de morte em Barrancos. Na bancada socialista - que só concedeu liberdade de voto a cinco deputados - Vitalino Canas acusou o Governo de «ter medo de fazer cumprir a lei em Barrancos», sublinhando que o PS continua a defender o regime de contra-ordenações caso sejam mortos touros em espectáculos. O antigo secretário de Estado da Presidência recusou igualmente o argumento da tradição para a legalização dos touros de morte em Barrancos. «As festas de Barrancos transformaram-se num acontecimento nacional, transmitido em directo pelas televisões, particularmente no exacto momento em que o touro é morto. É difícil considerar essas festas mero interesse dos barranquenhos», sustentou. «As festas de Barrancos transformaram-se num acontecimento nacional, transmitido em directo pelas televisões, particularmente no exacto momento em que o touro é morto. É difícil considerar essas festas mero interesse dos barranquenhos», sustentou. Neste sentido, Vitalino Canas foi acompanhado pelo Partido Ecologista «Os Verdes» e pelo Bloco de Esquerda, com a deputada Isabel de Castro a recusar «a sacralização das tradições» e Luís Fazenda sustentar que as práticas sacrificiais com animais «são inaceitáveis», representando «um retrocesso civilizacional». Neste sentido, Vitalino Canas foi acompanhado pelo Partido Ecologista «Os Verdes» e pelo Bloco de Esquerda, com a deputada Isabel de Castro a recusar «a sacralização das tradições» e Luís Fazenda sustentar que as práticas sacrificiais com animais «são inaceitáveis», representando «um retrocesso civilizacional». PS, Bloco de Esquerda e «Os Verdes» lançaram também sérias dúvidas sobre a possibilidade de mais 31 concelhos do país pretenderem promover espectáculos com touros de morte e condenaram a solução dos subscritores do diploma de entregarem a competência para a autorização desses espectáculos à Inspecção Geral das Actividades Culturais. PS, Bloco de Esquerda e «Os Verdes» lançaram também sérias dúvidas sobre a possibilidade de mais 31 concelhos do país pretenderem promover espectáculos com touros de morte e condenaram a solução dos subscritores do diploma de entregarem a competência para a autorização desses espectáculos à Inspecção Geral das Actividades Culturais. «Que prodigiosa ironia caber ao ministro da Cultura (Pedro Roseta) reconhecer que é uma tradição ancestral e ininterrupta e expressão de cultura popular - algo que um decreto do Setembrismo, de 19 de Setembro de 1836, considerava um divertimento bárbaro e impróprio das nações civilizadas», afirmou Vitalino Canas. «Que prodigiosa ironia caber ao ministro da Cultura (Pedro Roseta) reconhecer que é uma tradição ancestral e ininterrupta e expressão de cultura popular - algo que um decreto do Setembrismo, de 19 de Setembro de 1836, considerava um divertimento bárbaro e impróprio das nações civilizadas», afirmou Vitalino Canas. Pelo PS falou também o deputado Manuel Alegre, mas em sentido contrário à posição oficial da sua bancada, defendendo «o direito de identidade e o respeito pelas tradições do povo de Barrancos». Pelo PS falou também o deputado Manuel Alegre, mas em sentido contrário à posição oficial da sua bancada, defendendo «o direito de identidade e o respeito pelas tradições do povo de Barrancos». Mas Manuel Alegre também lançou acusações ao PSD, afirmando que os sociais-democratas tentaram pressionar o anterior Governo do PS para «fazer correr o sangue em Barrancos (com cargas policiais) em nome de uma duvidosa concepção de Estado de Direito». Mas Manuel Alegre também lançou acusações ao PSD, afirmando que os sociais-democratas tentaram pressionar o anterior Governo do PS para «fazer correr o sangue em Barrancos (com cargas policiais) em nome de uma duvidosa concepção de Estado de Direito». Em defesa do projecto em discussão, o presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, insurgiu-se contra a disciplina de voto (contra) na bancada socialista. Em defesa do projecto em discussão, o presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, insurgiu-se contra a disciplina de voto (contra) na bancada socialista. «Nesta matéria, o PS não tem qualquer autoridade moral, porque já teve várias posições», acusou o líder da bancada dos populares, depois de lembrar que «só as ditaduras não respeitam a diversidade cultural das populações». «Nesta matéria, o PS não tem qualquer autoridade moral, porque já teve várias posições», acusou o líder da bancada dos populares, depois de lembrar que «só as ditaduras não respeitam a diversidade cultural das populações». No mesmo sentido, o deputado do PSD Pedro Ramos frisou que os sociais-democratas sempre tiveram liberdade de voto em matéria de touros de morte, lamentando depois que o PS «apenas tenha uma posição contrária à excepção para Barrancos com o objectivo de criar uma situação difícil ao Governo». No mesmo sentido, o deputado do PSD Pedro Ramos frisou que os sociais-democratas sempre tiveram liberdade de voto em matéria de touros de morte, lamentando depois que o PS «apenas tenha uma posição contrária à excepção para Barrancos com o objectivo de criar uma situação difícil ao Governo». Rodeia Machado, do PCP, lembrou que o regime em vigor aprovado pelo anterior executivo socialista, com a aplicação de contra-ordenações, «revelou-se desajustado à especificidade das festas de Barrancos». Rodeia Machado, do PCP, lembrou que o regime em vigor aprovado pelo anterior executivo socialista, com a aplicação de contra-ordenações, «revelou-se desajustado à especificidade das festas de Barrancos». «Defendemos a manutenção da proibição das touradas com touros de morte em Portugal, mas entendemos justificar-se um regime excepcional para o caso concreto de Barrancos», sustentou o deputado comunista eleito por Beja. «Defendemos a manutenção da proibição das touradas com touros de morte em Portugal, mas entendemos justificar-se um regime excepcional para o caso concreto de Barrancos», sustentou o deputado comunista eleito por Beja. enviar imprimir comentar [8]

Os touros de Barrancos Socialistas acusados de incoerência

PS critica legalização dos touros de morte O PS criticou hoje o diploma que visa a legalização dos espectáculos com touros de morte em Barrancos, mas foi acusado de incoerência por parte das bancadas subscritoras do projecto - PSD, CDS-PP e PCP. Na bancada socialista - que só concedeu liberdade de voto a cinco deputados - Vitalino Canas acusou o Governo de «ter medo de fazer cumprir a lei em Barrancos», sublinhando que o PS continua a defender o regime de contra-ordenações caso sejam mortos touros em espectáculos. O antigo secretário de Estado da Presidência recusou igualmente o argumento da tradição para a legalização dos touros de morte em Barrancos. Na bancada socialista - que só concedeu liberdade de voto a cinco deputados - Vitalino Canas acusou o Governo de «ter medo de fazer cumprir a lei em Barrancos», sublinhando que o PS continua a defender o regime de contra-ordenações caso sejam mortos touros em espectáculos. O antigo secretário de Estado da Presidência recusou igualmente o argumento da tradição para a legalização dos touros de morte em Barrancos. «As festas de Barrancos transformaram-se num acontecimento nacional, transmitido em directo pelas televisões, particularmente no exacto momento em que o touro é morto. É difícil considerar essas festas mero interesse dos barranquenhos», sustentou. «As festas de Barrancos transformaram-se num acontecimento nacional, transmitido em directo pelas televisões, particularmente no exacto momento em que o touro é morto. É difícil considerar essas festas mero interesse dos barranquenhos», sustentou. Neste sentido, Vitalino Canas foi acompanhado pelo Partido Ecologista «Os Verdes» e pelo Bloco de Esquerda, com a deputada Isabel de Castro a recusar «a sacralização das tradições» e Luís Fazenda sustentar que as práticas sacrificiais com animais «são inaceitáveis», representando «um retrocesso civilizacional». Neste sentido, Vitalino Canas foi acompanhado pelo Partido Ecologista «Os Verdes» e pelo Bloco de Esquerda, com a deputada Isabel de Castro a recusar «a sacralização das tradições» e Luís Fazenda sustentar que as práticas sacrificiais com animais «são inaceitáveis», representando «um retrocesso civilizacional». PS, Bloco de Esquerda e «Os Verdes» lançaram também sérias dúvidas sobre a possibilidade de mais 31 concelhos do país pretenderem promover espectáculos com touros de morte e condenaram a solução dos subscritores do diploma de entregarem a competência para a autorização desses espectáculos à Inspecção Geral das Actividades Culturais. PS, Bloco de Esquerda e «Os Verdes» lançaram também sérias dúvidas sobre a possibilidade de mais 31 concelhos do país pretenderem promover espectáculos com touros de morte e condenaram a solução dos subscritores do diploma de entregarem a competência para a autorização desses espectáculos à Inspecção Geral das Actividades Culturais. «Que prodigiosa ironia caber ao ministro da Cultura (Pedro Roseta) reconhecer que é uma tradição ancestral e ininterrupta e expressão de cultura popular - algo que um decreto do Setembrismo, de 19 de Setembro de 1836, considerava um divertimento bárbaro e impróprio das nações civilizadas», afirmou Vitalino Canas. «Que prodigiosa ironia caber ao ministro da Cultura (Pedro Roseta) reconhecer que é uma tradição ancestral e ininterrupta e expressão de cultura popular - algo que um decreto do Setembrismo, de 19 de Setembro de 1836, considerava um divertimento bárbaro e impróprio das nações civilizadas», afirmou Vitalino Canas. Pelo PS falou também o deputado Manuel Alegre, mas em sentido contrário à posição oficial da sua bancada, defendendo «o direito de identidade e o respeito pelas tradições do povo de Barrancos». Pelo PS falou também o deputado Manuel Alegre, mas em sentido contrário à posição oficial da sua bancada, defendendo «o direito de identidade e o respeito pelas tradições do povo de Barrancos». Mas Manuel Alegre também lançou acusações ao PSD, afirmando que os sociais-democratas tentaram pressionar o anterior Governo do PS para «fazer correr o sangue em Barrancos (com cargas policiais) em nome de uma duvidosa concepção de Estado de Direito». Mas Manuel Alegre também lançou acusações ao PSD, afirmando que os sociais-democratas tentaram pressionar o anterior Governo do PS para «fazer correr o sangue em Barrancos (com cargas policiais) em nome de uma duvidosa concepção de Estado de Direito». Em defesa do projecto em discussão, o presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, insurgiu-se contra a disciplina de voto (contra) na bancada socialista. Em defesa do projecto em discussão, o presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, insurgiu-se contra a disciplina de voto (contra) na bancada socialista. «Nesta matéria, o PS não tem qualquer autoridade moral, porque já teve várias posições», acusou o líder da bancada dos populares, depois de lembrar que «só as ditaduras não respeitam a diversidade cultural das populações». «Nesta matéria, o PS não tem qualquer autoridade moral, porque já teve várias posições», acusou o líder da bancada dos populares, depois de lembrar que «só as ditaduras não respeitam a diversidade cultural das populações». No mesmo sentido, o deputado do PSD Pedro Ramos frisou que os sociais-democratas sempre tiveram liberdade de voto em matéria de touros de morte, lamentando depois que o PS «apenas tenha uma posição contrária à excepção para Barrancos com o objectivo de criar uma situação difícil ao Governo». No mesmo sentido, o deputado do PSD Pedro Ramos frisou que os sociais-democratas sempre tiveram liberdade de voto em matéria de touros de morte, lamentando depois que o PS «apenas tenha uma posição contrária à excepção para Barrancos com o objectivo de criar uma situação difícil ao Governo». Rodeia Machado, do PCP, lembrou que o regime em vigor aprovado pelo anterior executivo socialista, com a aplicação de contra-ordenações, «revelou-se desajustado à especificidade das festas de Barrancos». Rodeia Machado, do PCP, lembrou que o regime em vigor aprovado pelo anterior executivo socialista, com a aplicação de contra-ordenações, «revelou-se desajustado à especificidade das festas de Barrancos». «Defendemos a manutenção da proibição das touradas com touros de morte em Portugal, mas entendemos justificar-se um regime excepcional para o caso concreto de Barrancos», sustentou o deputado comunista eleito por Beja. «Defendemos a manutenção da proibição das touradas com touros de morte em Portugal, mas entendemos justificar-se um regime excepcional para o caso concreto de Barrancos», sustentou o deputado comunista eleito por Beja. enviar imprimir comentar [8]

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