Parlamento

08-08-2003
marcar artigo

Parlamento

Por NUNO SÁ LOURENÇO

Quarta-feira, 30 de Julho de 2003 A oposição reagiu ontem de forma crítica à forma como a maioria impediu a inda ao Parlamanto do ministro da Defesa, Paulo Portas, e do Chefe de Estado-Maior do Exército, Silva Viegas. Os grupos parlamentares do PSD e CDS chumbaram ontem uma proposta do PS para que Paulo Portas, e o general Silva Viegas, fossem ouvidos na comissão parlamentar de Defesa. A justificação dada para o chumbo, que já ontem o PÚBLICO adiantava, foi a eventualidade das duas audições poderem "perturbar" o processo de substituição em curso. "Estes processos têm sempre algum melindre, terá de ser feita uma substituição serena", explicou o deputado do CDS, Paulo Veiga. O centrista justificou com o passado a posição da maioria: "Não é a primeira vez, já vários Chefes de Estado-Maior se demitiram, é uma coisa natural." Opinião bem diferente do porta-voz do PS, Vieira da Silva: "O PS solicitou a presença do ministro na Assembleia da República porque vivemos nos últimos dias uma situação original, que se caracterizou pelo facto de um alto responsável das Forças Armadas ter abandonado o seu cargo por alegadamente não ter confiança política no membro do Governo que tutela essa área. Isto é uma originalidade, penso que é a primeira vez que tal acontece desde o 25 de Abril, e seria conveniente que o senhor ministro explicasse as razões que estiveram na origem da saída do CEME, bem como a ausência do ministro no Dia do Exército, ou problemas de alguns altos oficiais do mesmo ramo das Forças Armadas." O também socialista Marques Júnior, que tem assento na comisão parlamentar, acusou a maioria governativa de falta de transparência: "Era importante para a estabilidade nas Forças Armadas, era importante que o ministro e o general viessem à Assembleia explicar as razões da demissão, para que essas razões fossem tranparentes. Estas questões não podem ficar no ar, dificultam o conhecimento transparente da situação. É uma má forma de gerir a Defesa", sentenciou o socialista Marques Júnior. Para o comunista António Filipe o chumbo "é sintomático" da intenção da maioria em "não discutir as razões da demissão". António Filipe considera que esta decisão "remete a Assembleia à irrelevância" por impedir a comissão de Defesa "de exercer precisamente as suas funções". Esta tomada de posição dos dois partidos da maioria surge um dia depois de ao PÚBLICO o porta-voz do CDS, António Pires de Lima, ter dito que o seu partido não se oporia à inda de Portas ao Parlamento. Foi o líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, quem avançou com a possibilidade do chumbo por considerar que a audição poderia incomodar a substituição do CEME. Ainda por cima, acrescentou Guilherme Silva, a aprovação da audição teria de ser aprovada em reunião da comissão permanente, que só se reúne no período de férias, por motivos de relevância maior. O que para dirigente do PSD não era o caso. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Portas e Ferreira Leite desorçamentaram 85 milhões das OGMA

O que diz o Tribunal de Contas

Parlamento

"O Governo parou o país e esqueceu o Porto"

Dívida pública da Madeira aumentou 15,3 por cento

Comensais do jantar sobre a Justiça remetem-se ao silêncio

Telmo Correia quer reforma do sistema judicial na próxima sessão legislativa

Ministério Público debaixo de fogo

Parlamento

Por NUNO SÁ LOURENÇO

Quarta-feira, 30 de Julho de 2003 A oposição reagiu ontem de forma crítica à forma como a maioria impediu a inda ao Parlamanto do ministro da Defesa, Paulo Portas, e do Chefe de Estado-Maior do Exército, Silva Viegas. Os grupos parlamentares do PSD e CDS chumbaram ontem uma proposta do PS para que Paulo Portas, e o general Silva Viegas, fossem ouvidos na comissão parlamentar de Defesa. A justificação dada para o chumbo, que já ontem o PÚBLICO adiantava, foi a eventualidade das duas audições poderem "perturbar" o processo de substituição em curso. "Estes processos têm sempre algum melindre, terá de ser feita uma substituição serena", explicou o deputado do CDS, Paulo Veiga. O centrista justificou com o passado a posição da maioria: "Não é a primeira vez, já vários Chefes de Estado-Maior se demitiram, é uma coisa natural." Opinião bem diferente do porta-voz do PS, Vieira da Silva: "O PS solicitou a presença do ministro na Assembleia da República porque vivemos nos últimos dias uma situação original, que se caracterizou pelo facto de um alto responsável das Forças Armadas ter abandonado o seu cargo por alegadamente não ter confiança política no membro do Governo que tutela essa área. Isto é uma originalidade, penso que é a primeira vez que tal acontece desde o 25 de Abril, e seria conveniente que o senhor ministro explicasse as razões que estiveram na origem da saída do CEME, bem como a ausência do ministro no Dia do Exército, ou problemas de alguns altos oficiais do mesmo ramo das Forças Armadas." O também socialista Marques Júnior, que tem assento na comisão parlamentar, acusou a maioria governativa de falta de transparência: "Era importante para a estabilidade nas Forças Armadas, era importante que o ministro e o general viessem à Assembleia explicar as razões da demissão, para que essas razões fossem tranparentes. Estas questões não podem ficar no ar, dificultam o conhecimento transparente da situação. É uma má forma de gerir a Defesa", sentenciou o socialista Marques Júnior. Para o comunista António Filipe o chumbo "é sintomático" da intenção da maioria em "não discutir as razões da demissão". António Filipe considera que esta decisão "remete a Assembleia à irrelevância" por impedir a comissão de Defesa "de exercer precisamente as suas funções". Esta tomada de posição dos dois partidos da maioria surge um dia depois de ao PÚBLICO o porta-voz do CDS, António Pires de Lima, ter dito que o seu partido não se oporia à inda de Portas ao Parlamento. Foi o líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, quem avançou com a possibilidade do chumbo por considerar que a audição poderia incomodar a substituição do CEME. Ainda por cima, acrescentou Guilherme Silva, a aprovação da audição teria de ser aprovada em reunião da comissão permanente, que só se reúne no período de férias, por motivos de relevância maior. O que para dirigente do PSD não era o caso. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Portas e Ferreira Leite desorçamentaram 85 milhões das OGMA

O que diz o Tribunal de Contas

Parlamento

"O Governo parou o país e esqueceu o Porto"

Dívida pública da Madeira aumentou 15,3 por cento

Comensais do jantar sobre a Justiça remetem-se ao silêncio

Telmo Correia quer reforma do sistema judicial na próxima sessão legislativa

Ministério Público debaixo de fogo

marcar artigo