A Semana

05-04-2002
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Sábado, 30 de Março de 2002

A formação do Governo tem tido os seus problemas, é certo. Os "pesos-pesados" fugiram num ápice, assim que viram diluir-se o sonho da maioria absoluta e o PSD dependente de uma coligação com Paulo Portas. Durão Barroso, porém, não se deixou ir em cantigas e encarou o facto com a naturalidade que a delicadeza da situação impõe e foi pragmático. Sentou-se com Paulo Portas e trabalhou. O acordo pode exprimir uma solução frágil, mas é a solução possível. Nada a dizer.

Aquele que será o mais empenhado soldadinho da coligação PSD-CDS/PP nos próximos tempos, apesar de muitos o verem no PSD como um temível agente infiltrado, assistiu esta semana à concretização do seu sonho: a assinatura formal do acordo político que o leva ao poder. Este pode ser apenas o primeiro momento do resto de uma vida política duradoura ou, tão-só, o marco de uma monumental queda. Imprevisível, muito imprevisível, como tudo o que ficou para trás na vida política de Portas. O que conta é o presente e esse faz de Paulo Portas a incontornável figura que tantos e tantos tiveram de engolir.

A "dama de ferro" do PSD, como já é vulgar chamar-lhe, vai ser a figura mais importante do Governo a seguir a Durão Barroso. Ministra das Finanças, ministra de Estado e uma impressionante acumulação de tutelas e competências. Tem uma imagem de séria e competente. Ostenta o ar antipático que o chefe das contas deve ter. Manuela Ferreira Leite é ainda leal, o que em política é uma verdadeira raridade. É a estrela que Durão Barroso precisava nas Finanças.

Sábado, 30 de Março de 2002

A formação do Governo tem tido os seus problemas, é certo. Os "pesos-pesados" fugiram num ápice, assim que viram diluir-se o sonho da maioria absoluta e o PSD dependente de uma coligação com Paulo Portas. Durão Barroso, porém, não se deixou ir em cantigas e encarou o facto com a naturalidade que a delicadeza da situação impõe e foi pragmático. Sentou-se com Paulo Portas e trabalhou. O acordo pode exprimir uma solução frágil, mas é a solução possível. Nada a dizer.

Aquele que será o mais empenhado soldadinho da coligação PSD-CDS/PP nos próximos tempos, apesar de muitos o verem no PSD como um temível agente infiltrado, assistiu esta semana à concretização do seu sonho: a assinatura formal do acordo político que o leva ao poder. Este pode ser apenas o primeiro momento do resto de uma vida política duradoura ou, tão-só, o marco de uma monumental queda. Imprevisível, muito imprevisível, como tudo o que ficou para trás na vida política de Portas. O que conta é o presente e esse faz de Paulo Portas a incontornável figura que tantos e tantos tiveram de engolir.

A "dama de ferro" do PSD, como já é vulgar chamar-lhe, vai ser a figura mais importante do Governo a seguir a Durão Barroso. Ministra das Finanças, ministra de Estado e uma impressionante acumulação de tutelas e competências. Tem uma imagem de séria e competente. Ostenta o ar antipático que o chefe das contas deve ter. Manuela Ferreira Leite é ainda leal, o que em política é uma verdadeira raridade. É a estrela que Durão Barroso precisava nas Finanças.

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