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22-06-2002
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Jogos de palavras 17 de Novembro, edição nº1516 Jogos de palavras João Soares foi o último dos candidatos à Câmara de Lisboa a colar os cartazes de campanha eleitoral. Mas o espaço para os seus «outdoors» já estava há muito reservado. O candidato da coligação PS-CDU veio afirmar: «Eu cumpro». Contra o «Eu Fico» de Paulo Portas e, agora, o «Eu Faço» de Santana Lopes. A campanha prossegue, com pouco mais do que trocadilhos. SEM GRANDES novidades ou rasgos, e relegada para segundo plano face à guerra no Afeganistão e outras «guerras» parlamentares, a pré-campanha autárquica de Lisboa continua morna e quase passa despercebida. O jogo de palavras - «Eu fico.», «Eu faço», «Eu cumpro» e «Contigo consigo fazer o que digo» - em que os candidatos se envolveram também não parece, na opinião de vários especialistas em «marketing» político e publicidade, estar a conseguir despertar o interesse dos lisboetas, traduzindo-se antes numa troca de mensagens de conteúdo pouco perceptível para os eleitores. SEM GRANDES novidades ou rasgos, e relegada para segundo plano face à guerra no Afeganistão e outras «guerras» parlamentares, a pré-campanha autárquica de Lisboa continua morna e quase passa despercebida. O jogo de palavras - «Eu fico.», «Eu faço», «Eu cumpro» e «Contigo consigo fazer o que digo» - em que os candidatos se envolveram também não parece, na opinião de vários especialistas em «marketing» político e publicidade, estar a conseguir despertar o interesse dos lisboetas, traduzindo-se antes numa troca de mensagens de conteúdo pouco perceptível para os eleitores. Na opinião de Madalena Martins, da agência Imago, a campanha de Lisboa «tem sido muito pouco consistente e não trouxe nada de novo». Para a especialista em imagem, «este tipo de 'marketing' político, tal como é feito, está completamente estafado e representa uma maneira de fazer política igualmente ultrapassada». Na opinião de Madalena Martins, da agência Imago, a campanha de Lisboa «tem sido muito pouco consistente e não trouxe nada de novo». Para a especialista em imagem, «este tipo de 'marketing' político, tal como é feito, está completamente estafado e representa uma maneira de fazer política igualmente ultrapassada». Também Luís Paixão Martins, especialista em «marketing» político, entende que «há muito pouca política e 'marketing' político» nas campanhas de Lisboa. No entanto, sublinha que existe «uma grande diferença» entre as campanhas de Paulo Portas e de Pedro Santana Lopes. Na primeira, «é mais visível o 'marketing' político, o estilo de comunicação destina-se a fazer passar melhor a mensagem do candidato», ao passo que a segunda «é de cariz mais publicitário e há um primado da criatividade em prejuízo da política e das ideias», justifica. Também Luís Paixão Martins, especialista em «marketing» político, entende que «há muito pouca política e 'marketing' político» nas campanhas de Lisboa. No entanto, sublinha que existe «uma grande diferença» entre as campanhas de Paulo Portas e de Pedro Santana Lopes. Na primeira, «é mais visível o 'marketing' político, o estilo de comunicação destina-se a fazer passar melhor a mensagem do candidato», ao passo que a segunda «é de cariz mais publicitário e há um primado da criatividade em prejuízo da política e das ideias», justifica. O «Eu fico.» ficou O «Eu fico.» ficou Em termos de «outdoors», Jorge Teixeira, director-criativo da Euro RSCG, afirma que «até agora» ainda não viu «nenhum cartaz bem construído tecnicamente». Mas, na sua opinião, «o mais próximo é o 'Eu fico.' de Paulo Portas» que «é muito simples: tem um candidato, um benefício... e o único defeito é não explicar mais». Já Paixão Martins afirma que teve «dificuldade em compreender como é que se fez o número do 'Eu fico.'», pois «não responde em nada às necessidades dos lisboetas e era mais uma resposta à guerra entre PSD e PP». Porém, na opinião do especialista em «marketing» político, Portas «conseguiu dar muito bem a volta e o 'Eu fico.' serviu como chapéu para as ideias que tem para a cidade». Em termos de «outdoors», Jorge Teixeira, director-criativo da Euro RSCG, afirma que «até agora» ainda não viu «nenhum cartaz bem construído tecnicamente». Mas, na sua opinião, «o mais próximo é o 'Eu fico.' de Paulo Portas» que «é muito simples: tem um candidato, um benefício... e o único defeito é não explicar mais». Já Paixão Martins afirma que teve «dificuldade em compreender como é que se fez o número do 'Eu fico.'», pois «não responde em nada às necessidades dos lisboetas e era mais uma resposta à guerra entre PSD e PP». Porém, na opinião do especialista em «marketing» político, Portas «conseguiu dar muito bem a volta e o 'Eu fico.' serviu como chapéu para as ideias que tem para a cidade». Para os especialistas, o cartaz de Paulo Portas «teve a capacidade de provocar respostas». No entanto, argumenta Jorge Teixeira, este estilo adoptado pelos candidatos «é muito confuso e é mau para todos. Todos usam o mesmo tom curto e grosso e parece que estão a responder uns aos outros», sustenta o criativo de publicidade, adiantando que «vão ter de clarificar porque não podem comunicar todos da mesma forma». Para os especialistas, o cartaz de Paulo Portas «teve a capacidade de provocar respostas». No entanto, argumenta Jorge Teixeira, este estilo adoptado pelos candidatos «é muito confuso e é mau para todos. Todos usam o mesmo tom curto e grosso e parece que estão a responder uns aos outros», sustenta o criativo de publicidade, adiantando que «vão ter de clarificar porque não podem comunicar todos da mesma forma». «O que é que se tira deste tipo de mensagens?», interroga-se, por outro lado, Madalena Martins, para imediatamente responder: «Nada. O óleo é que fica a ganhar, eles fritam-no». E Luís Paixão Martins aproveita precisamente o exemplo do óleo que diz «Eu frito» para argumentar: «Tal como ninguém compra um óleo só porque ele diz que frita - porque é suposto todos os óleos fritarem - também ninguém compra um político só porque ele diz que cumpre ou que faz, até porque é suposto que um presidente de Câmara faça e cumpra». «O que é que se tira deste tipo de mensagens?», interroga-se, por outro lado, Madalena Martins, para imediatamente responder: «Nada. O óleo é que fica a ganhar, eles fritam-no». E Luís Paixão Martins aproveita precisamente o exemplo do óleo que diz «Eu frito» para argumentar: «Tal como ninguém compra um óleo só porque ele diz que frita - porque é suposto todos os óleos fritarem - também ninguém compra um político só porque ele diz que cumpre ou que faz, até porque é suposto que um presidente de Câmara faça e cumpra». Outra questão abordada pelos especialistas em publicidade é a de uns candidatos optarem por dar sempre a cara nos cartazes enquanto outros preferem poupar a sua imagem. «Tanto Paulo Portas como Miguel Portas têm um défice de notoriedade de imagem. Daí que não percam uma oportunidade de dar a cara porque estão sub-expostos e precisam de aparecer mais», explica Jorge Teixeira. Já no caso de Santana Lopes, Jorge Teixeira defende que o social-democrata «dá a ideia de querer fazer um 'período de nojo' para limpar a imagem do comentador desportivo, do 'bon vivant', do autarca que ainda há dois meses dizia que a Figueira da Foz é que era boa, das intrigas partidárias internas...». Outra questão abordada pelos especialistas em publicidade é a de uns candidatos optarem por dar sempre a cara nos cartazes enquanto outros preferem poupar a sua imagem. «Tanto Paulo Portas como Miguel Portas têm um défice de notoriedade de imagem. Daí que não percam uma oportunidade de dar a cara porque estão sub-expostos e precisam de aparecer mais», explica Jorge Teixeira. Já no caso de Santana Lopes, Jorge Teixeira defende que o social-democrata «dá a ideia de querer fazer um 'período de nojo' para limpar a imagem do comentador desportivo, do 'bon vivant', do autarca que ainda há dois meses dizia que a Figueira da Foz é que era boa, das intrigas partidárias internas...». Relativamente à campanha de João Soares, Luís Paixão Martins sublinha que ela «simplesmente não existe», acrescentando que «é compreensível que um presidente em exercício não precise de começar a campanha tão cedo, mas tem havido uma grande erosão da popularidade de João Soares». Relativamente à campanha de João Soares, Luís Paixão Martins sublinha que ela «simplesmente não existe», acrescentando que «é compreensível que um presidente em exercício não precise de começar a campanha tão cedo, mas tem havido uma grande erosão da popularidade de João Soares». Guerra «ofusca» autárquicas Guerra «ofusca» autárquicas Entre os especialistas de publicidade, não restam dúvidas: a guerra no Afeganistão retira visibilidade à campanha autárquica, que, assim, deverá ficar limitada aos últimos 15 dias. Madalena Martins reconhece que «a opinião pública está virada para outros temas que se sobrepõem à campanha». Já Jorge Teixeira defende que a campanha «está adormecida» e assim vai permanecer «até muito próximo das eleições». Segundo este especialista de «marketing» «tudo se vai concentrar nos últimos 15 dias», altura em que «o país vai despertar para as eleições». Entre os especialistas de publicidade, não restam dúvidas: a guerra no Afeganistão retira visibilidade à campanha autárquica, que, assim, deverá ficar limitada aos últimos 15 dias. Madalena Martins reconhece que «a opinião pública está virada para outros temas que se sobrepõem à campanha». Já Jorge Teixeira defende que a campanha «está adormecida» e assim vai permanecer «até muito próximo das eleições». Segundo este especialista de «marketing» «tudo se vai concentrar nos últimos 15 dias», altura em que «o país vai despertar para as eleições». Luís Paixão Martins, por outro lado, considera que com a guerra «é praticamente impossível fazer campanha através da comunicação social». E, uma vez que nestas eleições nem existem tempos de antena, os «candidatos têm de trabalhar muito mais para atingir o mesmo alvo e mobilizar as pessoas», e como tal devem «apostar na comunicação na rua, fazer muitas acções porta a porta e enviar muitas cartas». Luís Paixão Martins, por outro lado, considera que com a guerra «é praticamente impossível fazer campanha através da comunicação social». E, uma vez que nestas eleições nem existem tempos de antena, os «candidatos têm de trabalhar muito mais para atingir o mesmo alvo e mobilizar as pessoas», e como tal devem «apostar na comunicação na rua, fazer muitas acções porta a porta e enviar muitas cartas». Soares e Paulo Portas sem comícios Soares e Paulo Portas sem comícios João Soares e Paulo Portas não têm previsto qualquer comício na campanha para Lisboa. Já Pedro Santana Lopes promete um megacomício para segunda-feira, a marcar a «largada para a parte final da corrida». E reserva outros dois grandes comícios para o período da campanha eleitoral, embora tencione privilegiar o «contacto directo» com a população. Santana irá ainda lançar um livro da sua autoria onde fala sobre «todos os temas» que escolheu para a campanha de Lisboa. Também Miguel Portas encerra a sua campanha com um megacomício no dia 13. João Soares e Paulo Portas não têm previsto qualquer comício na campanha para Lisboa. Já Pedro Santana Lopes promete um megacomício para segunda-feira, a marcar a «largada para a parte final da corrida». E reserva outros dois grandes comícios para o período da campanha eleitoral, embora tencione privilegiar o «contacto directo» com a população. Santana irá ainda lançar um livro da sua autoria onde fala sobre «todos os temas» que escolheu para a campanha de Lisboa. Também Miguel Portas encerra a sua campanha com um megacomício no dia 13. Depois do «Eu cumpro», Soares vai lançar uma nova série de cartazes na próxima semana. Tratam-se de cinco cartazes temáticos para mostrar a obra feita na área do estacionamento, da habitação e das praças recuperadas. Ontem, o presidente da CML lançou o seu sítio na Internet e os automóveis de campanha e apresentou os mandatários para a juventude, Joana Lemos e Zé Pedro. Depois do «Eu cumpro», Soares vai lançar uma nova série de cartazes na próxima semana. Tratam-se de cinco cartazes temáticos para mostrar a obra feita na área do estacionamento, da habitação e das praças recuperadas. Ontem, o presidente da CML lançou o seu sítio na Internet e os automóveis de campanha e apresentou os mandatários para a juventude, Joana Lemos e Zé Pedro. Num ritmo de 3 a 4 iniciativas por dia, a campanha de Paulo Portas centrar-se-á nos contactos com a população. As visitas aos mercados mantêm-se no programa e outra aposta serão as visitas a instituições, como colectividades e lares de 3ª idade. Já o candidato do BE irá continuar a apostar, sobretudo, nas acções de rua com a população e nas sessões públicas. Num ritmo de 3 a 4 iniciativas por dia, a campanha de Paulo Portas centrar-se-á nos contactos com a população. As visitas aos mercados mantêm-se no programa e outra aposta serão as visitas a instituições, como colectividades e lares de 3ª idade. Já o candidato do BE irá continuar a apostar, sobretudo, nas acções de rua com a população e nas sessões públicas. 3 Dezembro 2001

Jogos de palavras 17 de Novembro, edição nº1516 Jogos de palavras João Soares foi o último dos candidatos à Câmara de Lisboa a colar os cartazes de campanha eleitoral. Mas o espaço para os seus «outdoors» já estava há muito reservado. O candidato da coligação PS-CDU veio afirmar: «Eu cumpro». Contra o «Eu Fico» de Paulo Portas e, agora, o «Eu Faço» de Santana Lopes. A campanha prossegue, com pouco mais do que trocadilhos. SEM GRANDES novidades ou rasgos, e relegada para segundo plano face à guerra no Afeganistão e outras «guerras» parlamentares, a pré-campanha autárquica de Lisboa continua morna e quase passa despercebida. O jogo de palavras - «Eu fico.», «Eu faço», «Eu cumpro» e «Contigo consigo fazer o que digo» - em que os candidatos se envolveram também não parece, na opinião de vários especialistas em «marketing» político e publicidade, estar a conseguir despertar o interesse dos lisboetas, traduzindo-se antes numa troca de mensagens de conteúdo pouco perceptível para os eleitores. SEM GRANDES novidades ou rasgos, e relegada para segundo plano face à guerra no Afeganistão e outras «guerras» parlamentares, a pré-campanha autárquica de Lisboa continua morna e quase passa despercebida. O jogo de palavras - «Eu fico.», «Eu faço», «Eu cumpro» e «Contigo consigo fazer o que digo» - em que os candidatos se envolveram também não parece, na opinião de vários especialistas em «marketing» político e publicidade, estar a conseguir despertar o interesse dos lisboetas, traduzindo-se antes numa troca de mensagens de conteúdo pouco perceptível para os eleitores. Na opinião de Madalena Martins, da agência Imago, a campanha de Lisboa «tem sido muito pouco consistente e não trouxe nada de novo». Para a especialista em imagem, «este tipo de 'marketing' político, tal como é feito, está completamente estafado e representa uma maneira de fazer política igualmente ultrapassada». Na opinião de Madalena Martins, da agência Imago, a campanha de Lisboa «tem sido muito pouco consistente e não trouxe nada de novo». Para a especialista em imagem, «este tipo de 'marketing' político, tal como é feito, está completamente estafado e representa uma maneira de fazer política igualmente ultrapassada». Também Luís Paixão Martins, especialista em «marketing» político, entende que «há muito pouca política e 'marketing' político» nas campanhas de Lisboa. No entanto, sublinha que existe «uma grande diferença» entre as campanhas de Paulo Portas e de Pedro Santana Lopes. Na primeira, «é mais visível o 'marketing' político, o estilo de comunicação destina-se a fazer passar melhor a mensagem do candidato», ao passo que a segunda «é de cariz mais publicitário e há um primado da criatividade em prejuízo da política e das ideias», justifica. Também Luís Paixão Martins, especialista em «marketing» político, entende que «há muito pouca política e 'marketing' político» nas campanhas de Lisboa. No entanto, sublinha que existe «uma grande diferença» entre as campanhas de Paulo Portas e de Pedro Santana Lopes. Na primeira, «é mais visível o 'marketing' político, o estilo de comunicação destina-se a fazer passar melhor a mensagem do candidato», ao passo que a segunda «é de cariz mais publicitário e há um primado da criatividade em prejuízo da política e das ideias», justifica. O «Eu fico.» ficou O «Eu fico.» ficou Em termos de «outdoors», Jorge Teixeira, director-criativo da Euro RSCG, afirma que «até agora» ainda não viu «nenhum cartaz bem construído tecnicamente». Mas, na sua opinião, «o mais próximo é o 'Eu fico.' de Paulo Portas» que «é muito simples: tem um candidato, um benefício... e o único defeito é não explicar mais». Já Paixão Martins afirma que teve «dificuldade em compreender como é que se fez o número do 'Eu fico.'», pois «não responde em nada às necessidades dos lisboetas e era mais uma resposta à guerra entre PSD e PP». Porém, na opinião do especialista em «marketing» político, Portas «conseguiu dar muito bem a volta e o 'Eu fico.' serviu como chapéu para as ideias que tem para a cidade». Em termos de «outdoors», Jorge Teixeira, director-criativo da Euro RSCG, afirma que «até agora» ainda não viu «nenhum cartaz bem construído tecnicamente». Mas, na sua opinião, «o mais próximo é o 'Eu fico.' de Paulo Portas» que «é muito simples: tem um candidato, um benefício... e o único defeito é não explicar mais». Já Paixão Martins afirma que teve «dificuldade em compreender como é que se fez o número do 'Eu fico.'», pois «não responde em nada às necessidades dos lisboetas e era mais uma resposta à guerra entre PSD e PP». Porém, na opinião do especialista em «marketing» político, Portas «conseguiu dar muito bem a volta e o 'Eu fico.' serviu como chapéu para as ideias que tem para a cidade». Para os especialistas, o cartaz de Paulo Portas «teve a capacidade de provocar respostas». No entanto, argumenta Jorge Teixeira, este estilo adoptado pelos candidatos «é muito confuso e é mau para todos. Todos usam o mesmo tom curto e grosso e parece que estão a responder uns aos outros», sustenta o criativo de publicidade, adiantando que «vão ter de clarificar porque não podem comunicar todos da mesma forma». Para os especialistas, o cartaz de Paulo Portas «teve a capacidade de provocar respostas». No entanto, argumenta Jorge Teixeira, este estilo adoptado pelos candidatos «é muito confuso e é mau para todos. Todos usam o mesmo tom curto e grosso e parece que estão a responder uns aos outros», sustenta o criativo de publicidade, adiantando que «vão ter de clarificar porque não podem comunicar todos da mesma forma». «O que é que se tira deste tipo de mensagens?», interroga-se, por outro lado, Madalena Martins, para imediatamente responder: «Nada. O óleo é que fica a ganhar, eles fritam-no». E Luís Paixão Martins aproveita precisamente o exemplo do óleo que diz «Eu frito» para argumentar: «Tal como ninguém compra um óleo só porque ele diz que frita - porque é suposto todos os óleos fritarem - também ninguém compra um político só porque ele diz que cumpre ou que faz, até porque é suposto que um presidente de Câmara faça e cumpra». «O que é que se tira deste tipo de mensagens?», interroga-se, por outro lado, Madalena Martins, para imediatamente responder: «Nada. O óleo é que fica a ganhar, eles fritam-no». E Luís Paixão Martins aproveita precisamente o exemplo do óleo que diz «Eu frito» para argumentar: «Tal como ninguém compra um óleo só porque ele diz que frita - porque é suposto todos os óleos fritarem - também ninguém compra um político só porque ele diz que cumpre ou que faz, até porque é suposto que um presidente de Câmara faça e cumpra». Outra questão abordada pelos especialistas em publicidade é a de uns candidatos optarem por dar sempre a cara nos cartazes enquanto outros preferem poupar a sua imagem. «Tanto Paulo Portas como Miguel Portas têm um défice de notoriedade de imagem. Daí que não percam uma oportunidade de dar a cara porque estão sub-expostos e precisam de aparecer mais», explica Jorge Teixeira. Já no caso de Santana Lopes, Jorge Teixeira defende que o social-democrata «dá a ideia de querer fazer um 'período de nojo' para limpar a imagem do comentador desportivo, do 'bon vivant', do autarca que ainda há dois meses dizia que a Figueira da Foz é que era boa, das intrigas partidárias internas...». Outra questão abordada pelos especialistas em publicidade é a de uns candidatos optarem por dar sempre a cara nos cartazes enquanto outros preferem poupar a sua imagem. «Tanto Paulo Portas como Miguel Portas têm um défice de notoriedade de imagem. Daí que não percam uma oportunidade de dar a cara porque estão sub-expostos e precisam de aparecer mais», explica Jorge Teixeira. Já no caso de Santana Lopes, Jorge Teixeira defende que o social-democrata «dá a ideia de querer fazer um 'período de nojo' para limpar a imagem do comentador desportivo, do 'bon vivant', do autarca que ainda há dois meses dizia que a Figueira da Foz é que era boa, das intrigas partidárias internas...». Relativamente à campanha de João Soares, Luís Paixão Martins sublinha que ela «simplesmente não existe», acrescentando que «é compreensível que um presidente em exercício não precise de começar a campanha tão cedo, mas tem havido uma grande erosão da popularidade de João Soares». Relativamente à campanha de João Soares, Luís Paixão Martins sublinha que ela «simplesmente não existe», acrescentando que «é compreensível que um presidente em exercício não precise de começar a campanha tão cedo, mas tem havido uma grande erosão da popularidade de João Soares». Guerra «ofusca» autárquicas Guerra «ofusca» autárquicas Entre os especialistas de publicidade, não restam dúvidas: a guerra no Afeganistão retira visibilidade à campanha autárquica, que, assim, deverá ficar limitada aos últimos 15 dias. Madalena Martins reconhece que «a opinião pública está virada para outros temas que se sobrepõem à campanha». Já Jorge Teixeira defende que a campanha «está adormecida» e assim vai permanecer «até muito próximo das eleições». Segundo este especialista de «marketing» «tudo se vai concentrar nos últimos 15 dias», altura em que «o país vai despertar para as eleições». Entre os especialistas de publicidade, não restam dúvidas: a guerra no Afeganistão retira visibilidade à campanha autárquica, que, assim, deverá ficar limitada aos últimos 15 dias. Madalena Martins reconhece que «a opinião pública está virada para outros temas que se sobrepõem à campanha». Já Jorge Teixeira defende que a campanha «está adormecida» e assim vai permanecer «até muito próximo das eleições». Segundo este especialista de «marketing» «tudo se vai concentrar nos últimos 15 dias», altura em que «o país vai despertar para as eleições». Luís Paixão Martins, por outro lado, considera que com a guerra «é praticamente impossível fazer campanha através da comunicação social». E, uma vez que nestas eleições nem existem tempos de antena, os «candidatos têm de trabalhar muito mais para atingir o mesmo alvo e mobilizar as pessoas», e como tal devem «apostar na comunicação na rua, fazer muitas acções porta a porta e enviar muitas cartas». Luís Paixão Martins, por outro lado, considera que com a guerra «é praticamente impossível fazer campanha através da comunicação social». E, uma vez que nestas eleições nem existem tempos de antena, os «candidatos têm de trabalhar muito mais para atingir o mesmo alvo e mobilizar as pessoas», e como tal devem «apostar na comunicação na rua, fazer muitas acções porta a porta e enviar muitas cartas». Soares e Paulo Portas sem comícios Soares e Paulo Portas sem comícios João Soares e Paulo Portas não têm previsto qualquer comício na campanha para Lisboa. Já Pedro Santana Lopes promete um megacomício para segunda-feira, a marcar a «largada para a parte final da corrida». E reserva outros dois grandes comícios para o período da campanha eleitoral, embora tencione privilegiar o «contacto directo» com a população. Santana irá ainda lançar um livro da sua autoria onde fala sobre «todos os temas» que escolheu para a campanha de Lisboa. Também Miguel Portas encerra a sua campanha com um megacomício no dia 13. João Soares e Paulo Portas não têm previsto qualquer comício na campanha para Lisboa. Já Pedro Santana Lopes promete um megacomício para segunda-feira, a marcar a «largada para a parte final da corrida». E reserva outros dois grandes comícios para o período da campanha eleitoral, embora tencione privilegiar o «contacto directo» com a população. Santana irá ainda lançar um livro da sua autoria onde fala sobre «todos os temas» que escolheu para a campanha de Lisboa. Também Miguel Portas encerra a sua campanha com um megacomício no dia 13. Depois do «Eu cumpro», Soares vai lançar uma nova série de cartazes na próxima semana. Tratam-se de cinco cartazes temáticos para mostrar a obra feita na área do estacionamento, da habitação e das praças recuperadas. Ontem, o presidente da CML lançou o seu sítio na Internet e os automóveis de campanha e apresentou os mandatários para a juventude, Joana Lemos e Zé Pedro. Depois do «Eu cumpro», Soares vai lançar uma nova série de cartazes na próxima semana. Tratam-se de cinco cartazes temáticos para mostrar a obra feita na área do estacionamento, da habitação e das praças recuperadas. Ontem, o presidente da CML lançou o seu sítio na Internet e os automóveis de campanha e apresentou os mandatários para a juventude, Joana Lemos e Zé Pedro. Num ritmo de 3 a 4 iniciativas por dia, a campanha de Paulo Portas centrar-se-á nos contactos com a população. As visitas aos mercados mantêm-se no programa e outra aposta serão as visitas a instituições, como colectividades e lares de 3ª idade. Já o candidato do BE irá continuar a apostar, sobretudo, nas acções de rua com a população e nas sessões públicas. Num ritmo de 3 a 4 iniciativas por dia, a campanha de Paulo Portas centrar-se-á nos contactos com a população. As visitas aos mercados mantêm-se no programa e outra aposta serão as visitas a instituições, como colectividades e lares de 3ª idade. Já o candidato do BE irá continuar a apostar, sobretudo, nas acções de rua com a população e nas sessões públicas. 3 Dezembro 2001

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