Paulo Portas torna-se ministro sem o apoio popular

14-04-2002
marcar artigo

Paulo Portas Torna-se Ministro Sem o Apoio Popular

Domingo, 14 de Abril de 2002

Em primeiro lugar, não foi sujeita a votação qualquer coligação nem qualquer projecto de governo comum de dois partidos.

Em segundo lugar, Paulo Portas conta com o apoio de apenas 8,8 por cento da população portuguesa que se deslocou às urnas. Ou seja, 91,2 por cento dos eleitores não queriam, aquando do sufrágio, que Paulo Portas formasse Governo. Pelo que o ministro Paulo Portas é uma imposição à vontade dos portugueses.

Em terceiro lugar, Paulo Portas nunca escondeu a sua estratégia e interesse no poder. Consegui-lo com apenas 8,8 por cento de votos é muito injusto e defrauda o sentido de voto.

Por último, as ideias de Paulo Portas não agradam a 91,2 por cento dos portugueses, mas agora serão assumidas pelo Governo como aquelas que salvarão a pátria, nomeadamente fórmulas imediatas de populismo e previsíveis processos de autovitimização. O seu conceito de autoridade vai no futuro ser apresentado como correspondendo à opinião dos portugueses, quando tal não é verdade!

Talvez o CDS-PP consiga ficar mais forte e aumente a sua votação, mas não foi esta a vontade expressa em 17 de Março de 2002.

Dizer agora que a coligação PSD-PP corresponde à vontade do eleitorado é o mesmo que afirmar que, quando o PS ganhou, a vontade do eleitorado era uma coligação PS-CDU ou PS-PP. Aliás, por que não uma interpretação no sentido de uma coligação PSD-PS? Facilmente se demonstra a fragilidade de tais interpretações oportunistas.

Orlando Santos Silva, Lisboa

Paulo Portas Torna-se Ministro Sem o Apoio Popular

Domingo, 14 de Abril de 2002

Em primeiro lugar, não foi sujeita a votação qualquer coligação nem qualquer projecto de governo comum de dois partidos.

Em segundo lugar, Paulo Portas conta com o apoio de apenas 8,8 por cento da população portuguesa que se deslocou às urnas. Ou seja, 91,2 por cento dos eleitores não queriam, aquando do sufrágio, que Paulo Portas formasse Governo. Pelo que o ministro Paulo Portas é uma imposição à vontade dos portugueses.

Em terceiro lugar, Paulo Portas nunca escondeu a sua estratégia e interesse no poder. Consegui-lo com apenas 8,8 por cento de votos é muito injusto e defrauda o sentido de voto.

Por último, as ideias de Paulo Portas não agradam a 91,2 por cento dos portugueses, mas agora serão assumidas pelo Governo como aquelas que salvarão a pátria, nomeadamente fórmulas imediatas de populismo e previsíveis processos de autovitimização. O seu conceito de autoridade vai no futuro ser apresentado como correspondendo à opinião dos portugueses, quando tal não é verdade!

Talvez o CDS-PP consiga ficar mais forte e aumente a sua votação, mas não foi esta a vontade expressa em 17 de Março de 2002.

Dizer agora que a coligação PSD-PP corresponde à vontade do eleitorado é o mesmo que afirmar que, quando o PS ganhou, a vontade do eleitorado era uma coligação PS-CDU ou PS-PP. Aliás, por que não uma interpretação no sentido de uma coligação PSD-PS? Facilmente se demonstra a fragilidade de tais interpretações oportunistas.

Orlando Santos Silva, Lisboa

marcar artigo