PS formalmente unido em torno da greve

17-12-2002
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PS Formalmente Unido em Torno da Greve

Por JOÃO PEDRO HENRIQUES

Terça-feira, 10 de Dezembro de 2002 A excepção é João Proença, líder da UGT. De resto, ninguém relevante no corpo dirigente do PS assumiu frontalmente divergências com o envolvimento da direcção nacional do partido na greve geral convocada pela CGTP. As críticas existem mas propalam-se em surdina. De resto, existem, quanto muito, graus variados de entusiasmo com a atitude assumida por Ferro Rodrigues e pelos seus colaboradores mais próximos, nomeadamente com a do porta-voz oficial do partido, Paulo Pedroso, que autorizou a CGTP a usar imagens suas transmitidas na televisão sobre a posição oficial do PS face à greve. José Sócrates está contra este envolvimento? Acha-o excessivo? Dizia-se que sim. Mas a verdade é que, ouvido o seu depoimento na RTP-1, domingo à noite, ouviu-se uma cópia decalcada das posições oficiais do partido. A saber: "Compreendo as razões da greve. Compreendo muito bem." Ou então: "Não se presta um grande serviço ao movimento sindical se os partidos intervierem nas decisões do movimento sindical. Isso seria horrível." A existir algum distanciamento de Sócrates face à direcção do PS (que ele próprio integra, e no secretariado nacional, o seu núcleo mais restrictivo de decisão) só na forma como sublinhou a necessidade de os partidos não se envolverem no movimento sindical ("isso seria horrível"). Ontem, também circulava a indicação de que o influente Jorge Coelho veria com maus olhos um alegado excesso de apoio do PS à CGTP. Ouvido pelo PÚBLICO, Jorge Coelho negou. E fez suas as posições oficiais do partido tanto de compreensão em relação aos "objectivos da greve" como em relação à autonomia dos sindicatos face aos partidos. Assim, o que resta são rumores, nomeadamente de um descontentamento da ala direita do partido (ou o chamado guterrismo) com uma alegada excessiva proximidade do partido em relação à CGTP. A existir, não é verbalizado publicamente. E no último sábado existiram todas as oportunidades para isso, dado que a comissão política nacional reuniu. Mas nem uma leve censura se fez ouvir. Quanto à ala sindical do partido, já se sabe que está dividida. João Proença criticou a direcção do PS; mas sabe-se que há sindicatos da UGT que aderiram à greve convocada pela central concorrente. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE

PS Formalmente Unido em Torno da Greve

Por JOÃO PEDRO HENRIQUES

Terça-feira, 10 de Dezembro de 2002 A excepção é João Proença, líder da UGT. De resto, ninguém relevante no corpo dirigente do PS assumiu frontalmente divergências com o envolvimento da direcção nacional do partido na greve geral convocada pela CGTP. As críticas existem mas propalam-se em surdina. De resto, existem, quanto muito, graus variados de entusiasmo com a atitude assumida por Ferro Rodrigues e pelos seus colaboradores mais próximos, nomeadamente com a do porta-voz oficial do partido, Paulo Pedroso, que autorizou a CGTP a usar imagens suas transmitidas na televisão sobre a posição oficial do PS face à greve. José Sócrates está contra este envolvimento? Acha-o excessivo? Dizia-se que sim. Mas a verdade é que, ouvido o seu depoimento na RTP-1, domingo à noite, ouviu-se uma cópia decalcada das posições oficiais do partido. A saber: "Compreendo as razões da greve. Compreendo muito bem." Ou então: "Não se presta um grande serviço ao movimento sindical se os partidos intervierem nas decisões do movimento sindical. Isso seria horrível." A existir algum distanciamento de Sócrates face à direcção do PS (que ele próprio integra, e no secretariado nacional, o seu núcleo mais restrictivo de decisão) só na forma como sublinhou a necessidade de os partidos não se envolverem no movimento sindical ("isso seria horrível"). Ontem, também circulava a indicação de que o influente Jorge Coelho veria com maus olhos um alegado excesso de apoio do PS à CGTP. Ouvido pelo PÚBLICO, Jorge Coelho negou. E fez suas as posições oficiais do partido tanto de compreensão em relação aos "objectivos da greve" como em relação à autonomia dos sindicatos face aos partidos. Assim, o que resta são rumores, nomeadamente de um descontentamento da ala direita do partido (ou o chamado guterrismo) com uma alegada excessiva proximidade do partido em relação à CGTP. A existir, não é verbalizado publicamente. E no último sábado existiram todas as oportunidades para isso, dado que a comissão política nacional reuniu. Mas nem uma leve censura se fez ouvir. Quanto à ala sindical do partido, já se sabe que está dividida. João Proença criticou a direcção do PS; mas sabe-se que há sindicatos da UGT que aderiram à greve convocada pela central concorrente. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE

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