PS diz que tempo de espera na saúde aumentou nos últimos dois anos

31-05-2004
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PS Diz Que Tempo de Espera na Saúde Aumentou nos Últimos Dois Anos

Terça-feira, 27 de Abril de 2004

O líder parlamentar socialista, António José Seguro, afirmou ontem que os portugueses "têm de esperar mais pela prestação de cuidados de saúde do que há dois anos", quando o PS estava no Governo. Em declarações aos jornalistas, o dirigente socialista mostrou-se preocupado com o problema da tuberculose no distrito de Setúbal. António José Seguro falava depois de uma visita ao Centro de Apoio de Toxicodependentes (CAT) e ao Hospital de São Bernardo, onde se inteirou dos problemas daquelas unidades de saúde, tendo em vista um debate parlamentar sobre saúde, pedido pelo PS, que terá lugar quinta-feira.

"Uma coisa que nos afligiu foi a falta de condições para o tratamento de doentes com tuberculose e o alto nível de desistência do tratamento", disse Seguro, depois de ouvir os directores de serviço de doenças Infecto-Contagiosas, José Poças, e de Pneumologia, Paula Duarte, do Hospital São Bernardo.

Na conversa com a delegação parlamentar socialista, José Poças e Paula Duarte denunciaram a falta de meios humanos e de um espaço físico adequado para o internamento de doentes com tuberculose, ou acompanhamento dos que estão em regime ambulatório, parte deles (19,7 por cento) também infectados com o vírus da SIDA.

"Por vezes temos doentes com critérios de internamento, mas não temos condições para os internar e muitos acabam por desistir do tratamento", frisou Paula Duarte, alertando para os riscos de contágio e de aparecimento da tuberculose multi-resistente, numa "região extraordinariamente pobre, onde as pessoas vivem mal e onde há muita miséria".

Em declarações aos jornalistas, António José Seguro prometeu realizar, em Junho, umas mini-jornadas parlamentares do PS para "escutar os profissionais do sector, dar mais visibilidade ao problema (da tuberculose) e agir em conformidade".

Reportando-se a informações recolhidas pelo Grupo Parlamentar do PS, António José Seguro garantiu que os portugueses "têm hoje de esperar mais pela prestação de cuidados de saúde do que há dois anos", contrariando os dados sobre as listas de espera divulgados pelo ministro da saúde.

Por outro lado, o líder parlamentar do PS criticou o novo modelo de gestão empresarial em 31 hospitais considerando que se trata de "uma medida que tem como principal objectivo esconder o défice do sector da saúde".

"Há uma preocupação do governo em passar os hospitais do sector público administrativo para o novo modelo de gestão empresarial, através de sociedades anónimas", afirmou António José Seguro, considerando que o novo regime de gestão é "uma aventura do ministro da saúde, que está interessado em valorizar os números".

Referindo-se ao CAT de Setúbal, Seguro salientou ainda a falta de meios humanos daquela unidade de saúde, onde existe apenas uma médica para cerca de quatro mil utentes recenseados.

PS Diz Que Tempo de Espera na Saúde Aumentou nos Últimos Dois Anos

Terça-feira, 27 de Abril de 2004

O líder parlamentar socialista, António José Seguro, afirmou ontem que os portugueses "têm de esperar mais pela prestação de cuidados de saúde do que há dois anos", quando o PS estava no Governo. Em declarações aos jornalistas, o dirigente socialista mostrou-se preocupado com o problema da tuberculose no distrito de Setúbal. António José Seguro falava depois de uma visita ao Centro de Apoio de Toxicodependentes (CAT) e ao Hospital de São Bernardo, onde se inteirou dos problemas daquelas unidades de saúde, tendo em vista um debate parlamentar sobre saúde, pedido pelo PS, que terá lugar quinta-feira.

"Uma coisa que nos afligiu foi a falta de condições para o tratamento de doentes com tuberculose e o alto nível de desistência do tratamento", disse Seguro, depois de ouvir os directores de serviço de doenças Infecto-Contagiosas, José Poças, e de Pneumologia, Paula Duarte, do Hospital São Bernardo.

Na conversa com a delegação parlamentar socialista, José Poças e Paula Duarte denunciaram a falta de meios humanos e de um espaço físico adequado para o internamento de doentes com tuberculose, ou acompanhamento dos que estão em regime ambulatório, parte deles (19,7 por cento) também infectados com o vírus da SIDA.

"Por vezes temos doentes com critérios de internamento, mas não temos condições para os internar e muitos acabam por desistir do tratamento", frisou Paula Duarte, alertando para os riscos de contágio e de aparecimento da tuberculose multi-resistente, numa "região extraordinariamente pobre, onde as pessoas vivem mal e onde há muita miséria".

Em declarações aos jornalistas, António José Seguro prometeu realizar, em Junho, umas mini-jornadas parlamentares do PS para "escutar os profissionais do sector, dar mais visibilidade ao problema (da tuberculose) e agir em conformidade".

Reportando-se a informações recolhidas pelo Grupo Parlamentar do PS, António José Seguro garantiu que os portugueses "têm hoje de esperar mais pela prestação de cuidados de saúde do que há dois anos", contrariando os dados sobre as listas de espera divulgados pelo ministro da saúde.

Por outro lado, o líder parlamentar do PS criticou o novo modelo de gestão empresarial em 31 hospitais considerando que se trata de "uma medida que tem como principal objectivo esconder o défice do sector da saúde".

"Há uma preocupação do governo em passar os hospitais do sector público administrativo para o novo modelo de gestão empresarial, através de sociedades anónimas", afirmou António José Seguro, considerando que o novo regime de gestão é "uma aventura do ministro da saúde, que está interessado em valorizar os números".

Referindo-se ao CAT de Setúbal, Seguro salientou ainda a falta de meios humanos daquela unidade de saúde, onde existe apenas uma médica para cerca de quatro mil utentes recenseados.

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