Eventual fecho de esquadras no Ribatejo provoca protestos de deputados da distrital PSD

10-07-2003
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Eventual Fecho de Esquadras no Ribatejo Provoca Protestos de Deputados da Distrital PSD

Por JORGE TALIXA

Segunda-feira, 30 de Junho de 2003

O eventual encerramento de quatro das oito esquadras da PSP que funcionam no distrito de Santarém - Fátima, Cartaxo, Torres Novas e Ourém - está a gerar uma onda de reacções na região.

Para além da distrital do PS e dos autarcas dos municípios envolvidos, também os quatro deputados sociais-democratas eleitos pelo círculo de Santarém já reagiram, num requerimento em que criticam eventuais critérios de avaliação baseados em números.

A decisão surge na sequência de um estudo de racionalização de meios desenvolvido pelo Ministério da Administração Interna (MAI). De acordo com a assessoria de imprensa da tutela, os comandos centrais da GNR e da PSP deverão entregar ao MAI um levantamento da situação. A partir daí será gizada uma proposta de reordenamento que poderá incluir a substituição de esquadras da PSP por postos GNR e vice-versa, mas também alguns encerramentos de unidades, substituídas por postos móveis e patrulhas.

A federação distrital do PS acusou o Governo de, "por meras razões economicistas, cortar despesas onde calha, sem qualquer estratégia e sem pensar nas consequências que daí resultam para a insegurança dos cidadãos". Os socialistas dizem ter delegado nos deputados do PS eleitos pelo distrito "o tratamento destas gravíssimas questões em sede da Assembleia da República, com o objectivo de denunciarem a preocupante conduta do Governo para a segurança das populações". A distrital do PS sustenta, ainda, que o actual Governo já terá cortado investimentos previstos para a construção de novos quartéis da GNR em Pernes, Alcanena e Alpiarça e para uma esquadra da PSP em Abrantes.

Já os quatro deputados do PSD estranham que estas informações tenham surgido na imprensa sem que qualquer responsável político do MAI tenha assumido o seu anúncio público. E apontam vários factores que contrariam as alegadas decisões de encerramento. Consideram que a cidade de Fátima tem "características muito próprias e específicas relacionadas com os milhares de visitantes que aí acorrem, sem esquecer as grandes peregrinações periódicas", pelo que julgam que "não é compreensível que estas considerações se compatibilizem com a frieza de um critério de avaliação baseado em números". Os deputados sociais-democratas Vasco Cunha, José Cordeiro, João Moura e Paula Carloto lembram, também, que na cidade de Torres Novas está instalada a Escola Prática de Polícia, pelo que "não deixa de ser irónico admitir essa possibilidade de encerramento da esquadra local da PSP".

Já o presidente da Câmara do Cartaxo, o socialista Paulo Caldas, conta que quando procurou confirmar estas informações junto do MAI lhe foi dito que "o estudo é mesmo para valer". Por isso, o autarca pediu uma reunião com o ministro da tutela, Figueiredo Lopes , e vai contactar os presidentes dos restantes municípios ribatejanos potencialmente afectados com vista a tomarem uma posição conjunta de "rejeição frontal" da medida.

"A PSP está há décadas na cidade do Cartaxo, que tem perto de 14 mil habitantes e um crescimento muito significativo", refere, contestando um eventual critério que tenha por base o encerramento de esquadras das localidades com menos de 15 mil moradores. "Dentro de dez anos teremos 15 a 20 mil habitantes. Se esta medida for agora aplicada terá um carácter irreversível", avisa.

Eventual Fecho de Esquadras no Ribatejo Provoca Protestos de Deputados da Distrital PSD

Por JORGE TALIXA

Segunda-feira, 30 de Junho de 2003

O eventual encerramento de quatro das oito esquadras da PSP que funcionam no distrito de Santarém - Fátima, Cartaxo, Torres Novas e Ourém - está a gerar uma onda de reacções na região.

Para além da distrital do PS e dos autarcas dos municípios envolvidos, também os quatro deputados sociais-democratas eleitos pelo círculo de Santarém já reagiram, num requerimento em que criticam eventuais critérios de avaliação baseados em números.

A decisão surge na sequência de um estudo de racionalização de meios desenvolvido pelo Ministério da Administração Interna (MAI). De acordo com a assessoria de imprensa da tutela, os comandos centrais da GNR e da PSP deverão entregar ao MAI um levantamento da situação. A partir daí será gizada uma proposta de reordenamento que poderá incluir a substituição de esquadras da PSP por postos GNR e vice-versa, mas também alguns encerramentos de unidades, substituídas por postos móveis e patrulhas.

A federação distrital do PS acusou o Governo de, "por meras razões economicistas, cortar despesas onde calha, sem qualquer estratégia e sem pensar nas consequências que daí resultam para a insegurança dos cidadãos". Os socialistas dizem ter delegado nos deputados do PS eleitos pelo distrito "o tratamento destas gravíssimas questões em sede da Assembleia da República, com o objectivo de denunciarem a preocupante conduta do Governo para a segurança das populações". A distrital do PS sustenta, ainda, que o actual Governo já terá cortado investimentos previstos para a construção de novos quartéis da GNR em Pernes, Alcanena e Alpiarça e para uma esquadra da PSP em Abrantes.

Já os quatro deputados do PSD estranham que estas informações tenham surgido na imprensa sem que qualquer responsável político do MAI tenha assumido o seu anúncio público. E apontam vários factores que contrariam as alegadas decisões de encerramento. Consideram que a cidade de Fátima tem "características muito próprias e específicas relacionadas com os milhares de visitantes que aí acorrem, sem esquecer as grandes peregrinações periódicas", pelo que julgam que "não é compreensível que estas considerações se compatibilizem com a frieza de um critério de avaliação baseado em números". Os deputados sociais-democratas Vasco Cunha, José Cordeiro, João Moura e Paula Carloto lembram, também, que na cidade de Torres Novas está instalada a Escola Prática de Polícia, pelo que "não deixa de ser irónico admitir essa possibilidade de encerramento da esquadra local da PSP".

Já o presidente da Câmara do Cartaxo, o socialista Paulo Caldas, conta que quando procurou confirmar estas informações junto do MAI lhe foi dito que "o estudo é mesmo para valer". Por isso, o autarca pediu uma reunião com o ministro da tutela, Figueiredo Lopes , e vai contactar os presidentes dos restantes municípios ribatejanos potencialmente afectados com vista a tomarem uma posição conjunta de "rejeição frontal" da medida.

"A PSP está há décadas na cidade do Cartaxo, que tem perto de 14 mil habitantes e um crescimento muito significativo", refere, contestando um eventual critério que tenha por base o encerramento de esquadras das localidades com menos de 15 mil moradores. "Dentro de dez anos teremos 15 a 20 mil habitantes. Se esta medida for agora aplicada terá um carácter irreversível", avisa.

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