Portugal Diário

19-08-2004
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«O PS deve lutar pela maioria absoluta», diz Manuel Alegre O candidato à liderança do PS Manuel Alegre desafiou hoje o seu adversário José Sócrates a esclarecer se admite alianças à esquerda no caso de o partido vencer as próximas legislativas sem maioria absoluta. "O PS deve lutar pela maioria absoluta, mas podemos não a ter. E o que é que (José Sócrates) vai fazer? (Ó) Negociar com o CDS? Refazer o Bloco Central (PS/PSD)? Nós não temos medo de negociar com a esquerda. Não temos medo da palavra esquerda", afirmou Manuel Alegre. O candidato à liderança socialista discursava numa cerimónia no jardim da sede nacional do PS, em Lisboa, depois da entrega, ao presidente da comissão organizadora do congresso, Vieira da Silva, das assinaturas de apoio à sua candidatura - mais de 200, de acordo com o coordenador da campanha, Osvaldo de Castro. Ressalvando que o congresso do PS, que se realiza no início de Outubro, não são "legislativas primárias", Manuel Alegre insistiu que José Sócrates, como todos os candidatos, tem a obrigação de dizer que estratégia propõe para o país. Acompanhado por Manuel Maria Carrilho e Maria de Belém Roseira, entre outros socialistas apoiantes da sua candidatura, Manuel Alegre defendeu que "a estabilidade também se pode construir à esquerda" e insistiu que Sócrates esclareça qual a sua política para "garantir a estabilidade" num cenário em que venha a ser eleito secretário-geral do PS e primeiro-ministro. Alegre recusou que a sua candidatura pretenda deter "o monopólio exclusivo da esquerda", mas frisou que "isso mede-se pelas atitudes e comportamentos" e que "não recebe lições de bom comportamento por parte de ninguém". O actual vice-presidente da Assembleia da República aproveitou ainda para divulgar os nomes de dois novos apoiantes da sua candidatura, Torres Campos e Elisa Ferreira, deputada independente na bancada socialista, e assinalar a presença na cerimónia, como apoiante, da dirigente socialista Ana Gomes. O candidato à liderança do PS sublinhou que foi Torres Campos "o responsável pelo arranque e pelo sucesso da Expo 98" e que "foi como chefe de gabinete de Torres Campos que António Guterres começou a sua carreira". Manuel Alegre anunciou a realização de um debate, no âmbito da sua campanha, sobre o Desenvolvimento de Portugal no contexto da União Europeia, iniciativa "virada para a sociedade" e que considerou "um protótipo dos novos Estados Gerais". A estrutura organizativa da campanha foi também apresentada: o deputado do PS João Cravinho é o mandatário nacional da campanha, Lígia Amâncio é mandatária para as mulheres e Juliana Martins e Miguel Cabrita para a Juventude. Osvaldo de Castro e Ana Catarina Mendes são os directores e coordenadores nacionais da candidatura de Manuel Alegre. A moção a apresentar ao congresso está a ser elaborada pelos deputados Alberto Martins, Augusto Santos Silva, João Cravinho, Jorge Lacão, Maria de Belém Roseira, Medeiros Ferreira e Rui Namorado. Além de Manuel Alegre e José Sócrates, também João Soares é candidato ao cargo de secretário-geral do PS, que ficou vago com a demissão de Ferro Rodrigues. As eleições para o cargo de secretário-geral do PS estão marcadas para 24 e 25 de Setembro, decorrendo o congresso do partido entre 01 e 03 de Outubro.

«O PS deve lutar pela maioria absoluta», diz Manuel Alegre O candidato à liderança do PS Manuel Alegre desafiou hoje o seu adversário José Sócrates a esclarecer se admite alianças à esquerda no caso de o partido vencer as próximas legislativas sem maioria absoluta. "O PS deve lutar pela maioria absoluta, mas podemos não a ter. E o que é que (José Sócrates) vai fazer? (Ó) Negociar com o CDS? Refazer o Bloco Central (PS/PSD)? Nós não temos medo de negociar com a esquerda. Não temos medo da palavra esquerda", afirmou Manuel Alegre. O candidato à liderança socialista discursava numa cerimónia no jardim da sede nacional do PS, em Lisboa, depois da entrega, ao presidente da comissão organizadora do congresso, Vieira da Silva, das assinaturas de apoio à sua candidatura - mais de 200, de acordo com o coordenador da campanha, Osvaldo de Castro. Ressalvando que o congresso do PS, que se realiza no início de Outubro, não são "legislativas primárias", Manuel Alegre insistiu que José Sócrates, como todos os candidatos, tem a obrigação de dizer que estratégia propõe para o país. Acompanhado por Manuel Maria Carrilho e Maria de Belém Roseira, entre outros socialistas apoiantes da sua candidatura, Manuel Alegre defendeu que "a estabilidade também se pode construir à esquerda" e insistiu que Sócrates esclareça qual a sua política para "garantir a estabilidade" num cenário em que venha a ser eleito secretário-geral do PS e primeiro-ministro. Alegre recusou que a sua candidatura pretenda deter "o monopólio exclusivo da esquerda", mas frisou que "isso mede-se pelas atitudes e comportamentos" e que "não recebe lições de bom comportamento por parte de ninguém". O actual vice-presidente da Assembleia da República aproveitou ainda para divulgar os nomes de dois novos apoiantes da sua candidatura, Torres Campos e Elisa Ferreira, deputada independente na bancada socialista, e assinalar a presença na cerimónia, como apoiante, da dirigente socialista Ana Gomes. O candidato à liderança do PS sublinhou que foi Torres Campos "o responsável pelo arranque e pelo sucesso da Expo 98" e que "foi como chefe de gabinete de Torres Campos que António Guterres começou a sua carreira". Manuel Alegre anunciou a realização de um debate, no âmbito da sua campanha, sobre o Desenvolvimento de Portugal no contexto da União Europeia, iniciativa "virada para a sociedade" e que considerou "um protótipo dos novos Estados Gerais". A estrutura organizativa da campanha foi também apresentada: o deputado do PS João Cravinho é o mandatário nacional da campanha, Lígia Amâncio é mandatária para as mulheres e Juliana Martins e Miguel Cabrita para a Juventude. Osvaldo de Castro e Ana Catarina Mendes são os directores e coordenadores nacionais da candidatura de Manuel Alegre. A moção a apresentar ao congresso está a ser elaborada pelos deputados Alberto Martins, Augusto Santos Silva, João Cravinho, Jorge Lacão, Maria de Belém Roseira, Medeiros Ferreira e Rui Namorado. Além de Manuel Alegre e José Sócrates, também João Soares é candidato ao cargo de secretário-geral do PS, que ficou vago com a demissão de Ferro Rodrigues. As eleições para o cargo de secretário-geral do PS estão marcadas para 24 e 25 de Setembro, decorrendo o congresso do partido entre 01 e 03 de Outubro.

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