Leitor com Opinião

15-09-2003
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Leitor com Opinião Estranho mundo! Paula Carvalhais

Engenheira têxtil

Vila Real

Estranho mundo este, que promove manifestações anti-América, grita palavras de ordem oportunistas, endurece discursos pacifistas e opta pela manutenção de um regime perigoso em detrimento de uma resposta das democracias! Estranho mundo este, que protege Saddam Hussein, um dos mais conhecidos ditadores da história. Distingue-se pela ambição e pela capacidade de ser impiedoso com os inimigos, desde os curdos que mandou gasear no Norte do país a alguns dos seus mais próximos colaboradores e familiares, que mandou matar ou assassinou com as próprias mãos quando perdeu a confiança neles. Saddam Hussein impôs agora o sacrifício do povo para sua protecção. Distingue-se pela ambição e pela capacidade de ser impiedoso com os inimigos, desde os curdos que mandou gasear no Norte do país a alguns dos seus mais próximos colaboradores e familiares, que mandou matar ou assassinou com as próprias mãos quando perdeu a confiança neles. Saddam Hussein impôs agora o sacrifício do povo para sua protecção. Possui a sétima maior fortuna do mundo, mas os iraquianos não bebem água potável. Continua sarcasticamente a ocultar as vergonhas e atrocidades que comete. Mente aos iraquianos e mente ao mundo. Teve 10 anos para se desfazer de armas proibidas e não o fez. Já não haveria mísseis Scud, mas a verdade é que eles têm caído no Kuwait. Estranho mundo este, em que nações como França e Alemanha se acobardam por trás de populismos eleitorais e deixam Saddam viver em liberdade; seguem o caminho fácil das palavras que agradam e calam a alegria de povos já libertados como a antiga Jugoslávia ou o Afeganistão. Estranho país este, em que o maior partido da oposição, o Partido Socialista, invoca a ONU minuto sim, minuto sim, revelando uma enorme falta de memória e não menor falta de coerência. Possui a sétima maior fortuna do mundo, mas os iraquianos não bebem água potável. Continua sarcasticamente a ocultar as vergonhas e atrocidades que comete. Mente aos iraquianos e mente ao mundo. Teve 10 anos para se desfazer de armas proibidas e não o fez. Já não haveria mísseis Scud, mas a verdade é que eles têm caído no Kuwait. Estranho mundo este, em que nações como França e Alemanha se acobardam por trás de populismos eleitorais e deixam Saddam viver em liberdade; seguem o caminho fácil das palavras que agradam e calam a alegria de povos já libertados como a antiga Jugoslávia ou o Afeganistão. Estranho país este, em que o maior partido da oposição, o Partido Socialista, invoca a ONU minuto sim, minuto sim, revelando uma enorme falta de memória e não menor falta de coerência. Sem o mandato das Nações Unidas e por decisão do então Governo Socialista, Portugal empenhou-se nos bombardeamentos da Sérvia e do Kosovo. Ninguém pediu explicações ou exigiu mandatos, porque a realidade era demasiado cruel e o tempo corria contra os oprimidos. Não houve bombardeamentos cirúrgicos e ninguém se preocupou com os direitos dos civis. Também a guerra na Tchetchénia não teve o aval da ONU e, mesmo assim, nem uma manifestação contra essa guerra foi feita em Portugal. Será que essa guerra era justa? Estranho país este, em que, pasme-se, Mário Soares invoca o Santo Padre e, pasme-se mais ainda, Freitas do Amaral, Odete Santos e Francisco Louçã têm discursos semelhantes. Tudo leva a crer que neste mundo estranho ainda vamos ver o Dr. Mário Soares em manifestações anti-aborto e o Dr. Freitas do Amaral de «t-shirt» preta, na Assembleia da República, a pedir salas de chuto. Sem o mandato das Nações Unidas e por decisão do então Governo Socialista, Portugal empenhou-se nos bombardeamentos da Sérvia e do Kosovo. Ninguém pediu explicações ou exigiu mandatos, porque a realidade era demasiado cruel e o tempo corria contra os oprimidos. Não houve bombardeamentos cirúrgicos e ninguém se preocupou com os direitos dos civis. Também a guerra na Tchetchénia não teve o aval da ONU e, mesmo assim, nem uma manifestação contra essa guerra foi feita em Portugal. Será que essa guerra era justa? Estranho país este, em que, pasme-se, Mário Soares invoca o Santo Padre e, pasme-se mais ainda, Freitas do Amaral, Odete Santos e Francisco Louçã têm discursos semelhantes. Tudo leva a crer que neste mundo estranho ainda vamos ver o Dr. Mário Soares em manifestações anti-aborto e o Dr. Freitas do Amaral de «t-shirt» preta, na Assembleia da República, a pedir salas de chuto. Estranho país este, em que os jornalistas não informam, mas opinam e com tal falta de rigor e isenção que perdem toda a credibilidade. De um dia para o outro surgiram em Portugal centenas de especialistas em guerras no deserto. E, como se não chegasse, reduziram ultimamente este conflito de dimensões incríveis a um qualquer Big Brother, não se sabe se dos famosos, se dos tristes. Repórteres, em directo, respondem dum qualquer confessionário às perguntas absurdas de «como se sente, aí em Bagdade?» ou «quer alguma coisa?». Orgulha-me ser portuguesa porque o Governo do meu país assumiu desde o início uma posição clara contra o terrorismo no mundo. Acredito que estamos no caminho certo. Lado a lado com os nossos aliados de sempre. Lado a lado com a democracia e a liberdade. E, quando o povo iraquiano se libertar da opressão, quando tivermos a certeza de que em parte alguma do mundo se repetirá o 11 de Setembro, vamos ver muita gente dar o dito por não dito e interrogar-se sobre as posições que tomou agora. Estranho mundo este, que condena uma guerra símbolo de libertação. Estranho país este, em que os jornalistas não informam, mas opinam e com tal falta de rigor e isenção que perdem toda a credibilidade. De um dia para o outro surgiram em Portugal centenas de especialistas em guerras no deserto. E, como se não chegasse, reduziram ultimamente este conflito de dimensões incríveis a um qualquer Big Brother, não se sabe se dos famosos, se dos tristes. Repórteres, em directo, respondem dum qualquer confessionário às perguntas absurdas de «como se sente, aí em Bagdade?» ou «quer alguma coisa?». Orgulha-me ser portuguesa porque o Governo do meu país assumiu desde o início uma posição clara contra o terrorismo no mundo. Acredito que estamos no caminho certo. Lado a lado com os nossos aliados de sempre. Lado a lado com a democracia e a liberdade. E, quando o povo iraquiano se libertar da opressão, quando tivermos a certeza de que em parte alguma do mundo se repetirá o 11 de Setembro, vamos ver muita gente dar o dito por não dito e interrogar-se sobre as posições que tomou agora. Estranho mundo este, que condena uma guerra símbolo de libertação. 12:03 5 Maio 2003

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Comentários

1 a 1 de 1 Natália A. 13:59 14 Maio 2003 Ter a certeza que o 11 de Setembro nunca vai ser repetido é uma utopia.

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Engenheira têxtil

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Estranho mundo este, que promove manifestações anti-América, grita palavras de ordem oportunistas, endurece discursos pacifistas e opta pela manutenção de um regime perigoso em detrimento de uma resposta das democracias! Estranho mundo este, que protege Saddam Hussein, um dos mais conhecidos ditadores da história. Distingue-se pela ambição e pela capacidade de ser impiedoso com os inimigos, desde os curdos que mandou gasear no Norte do país a alguns dos seus mais próximos colaboradores e familiares, que mandou matar ou assassinou com as próprias mãos quando perdeu a confiança neles. Saddam Hussein impôs agora o sacrifício do povo para sua protecção. Distingue-se pela ambição e pela capacidade de ser impiedoso com os inimigos, desde os curdos que mandou gasear no Norte do país a alguns dos seus mais próximos colaboradores e familiares, que mandou matar ou assassinou com as próprias mãos quando perdeu a confiança neles. Saddam Hussein impôs agora o sacrifício do povo para sua protecção. Possui a sétima maior fortuna do mundo, mas os iraquianos não bebem água potável. Continua sarcasticamente a ocultar as vergonhas e atrocidades que comete. Mente aos iraquianos e mente ao mundo. Teve 10 anos para se desfazer de armas proibidas e não o fez. Já não haveria mísseis Scud, mas a verdade é que eles têm caído no Kuwait. Estranho mundo este, em que nações como França e Alemanha se acobardam por trás de populismos eleitorais e deixam Saddam viver em liberdade; seguem o caminho fácil das palavras que agradam e calam a alegria de povos já libertados como a antiga Jugoslávia ou o Afeganistão. Estranho país este, em que o maior partido da oposição, o Partido Socialista, invoca a ONU minuto sim, minuto sim, revelando uma enorme falta de memória e não menor falta de coerência. Possui a sétima maior fortuna do mundo, mas os iraquianos não bebem água potável. Continua sarcasticamente a ocultar as vergonhas e atrocidades que comete. Mente aos iraquianos e mente ao mundo. Teve 10 anos para se desfazer de armas proibidas e não o fez. Já não haveria mísseis Scud, mas a verdade é que eles têm caído no Kuwait. Estranho mundo este, em que nações como França e Alemanha se acobardam por trás de populismos eleitorais e deixam Saddam viver em liberdade; seguem o caminho fácil das palavras que agradam e calam a alegria de povos já libertados como a antiga Jugoslávia ou o Afeganistão. Estranho país este, em que o maior partido da oposição, o Partido Socialista, invoca a ONU minuto sim, minuto sim, revelando uma enorme falta de memória e não menor falta de coerência. Sem o mandato das Nações Unidas e por decisão do então Governo Socialista, Portugal empenhou-se nos bombardeamentos da Sérvia e do Kosovo. Ninguém pediu explicações ou exigiu mandatos, porque a realidade era demasiado cruel e o tempo corria contra os oprimidos. Não houve bombardeamentos cirúrgicos e ninguém se preocupou com os direitos dos civis. Também a guerra na Tchetchénia não teve o aval da ONU e, mesmo assim, nem uma manifestação contra essa guerra foi feita em Portugal. Será que essa guerra era justa? Estranho país este, em que, pasme-se, Mário Soares invoca o Santo Padre e, pasme-se mais ainda, Freitas do Amaral, Odete Santos e Francisco Louçã têm discursos semelhantes. Tudo leva a crer que neste mundo estranho ainda vamos ver o Dr. Mário Soares em manifestações anti-aborto e o Dr. Freitas do Amaral de «t-shirt» preta, na Assembleia da República, a pedir salas de chuto. Sem o mandato das Nações Unidas e por decisão do então Governo Socialista, Portugal empenhou-se nos bombardeamentos da Sérvia e do Kosovo. Ninguém pediu explicações ou exigiu mandatos, porque a realidade era demasiado cruel e o tempo corria contra os oprimidos. Não houve bombardeamentos cirúrgicos e ninguém se preocupou com os direitos dos civis. Também a guerra na Tchetchénia não teve o aval da ONU e, mesmo assim, nem uma manifestação contra essa guerra foi feita em Portugal. Será que essa guerra era justa? Estranho país este, em que, pasme-se, Mário Soares invoca o Santo Padre e, pasme-se mais ainda, Freitas do Amaral, Odete Santos e Francisco Louçã têm discursos semelhantes. Tudo leva a crer que neste mundo estranho ainda vamos ver o Dr. Mário Soares em manifestações anti-aborto e o Dr. Freitas do Amaral de «t-shirt» preta, na Assembleia da República, a pedir salas de chuto. Estranho país este, em que os jornalistas não informam, mas opinam e com tal falta de rigor e isenção que perdem toda a credibilidade. De um dia para o outro surgiram em Portugal centenas de especialistas em guerras no deserto. E, como se não chegasse, reduziram ultimamente este conflito de dimensões incríveis a um qualquer Big Brother, não se sabe se dos famosos, se dos tristes. Repórteres, em directo, respondem dum qualquer confessionário às perguntas absurdas de «como se sente, aí em Bagdade?» ou «quer alguma coisa?». Orgulha-me ser portuguesa porque o Governo do meu país assumiu desde o início uma posição clara contra o terrorismo no mundo. Acredito que estamos no caminho certo. Lado a lado com os nossos aliados de sempre. Lado a lado com a democracia e a liberdade. E, quando o povo iraquiano se libertar da opressão, quando tivermos a certeza de que em parte alguma do mundo se repetirá o 11 de Setembro, vamos ver muita gente dar o dito por não dito e interrogar-se sobre as posições que tomou agora. Estranho mundo este, que condena uma guerra símbolo de libertação. Estranho país este, em que os jornalistas não informam, mas opinam e com tal falta de rigor e isenção que perdem toda a credibilidade. De um dia para o outro surgiram em Portugal centenas de especialistas em guerras no deserto. E, como se não chegasse, reduziram ultimamente este conflito de dimensões incríveis a um qualquer Big Brother, não se sabe se dos famosos, se dos tristes. Repórteres, em directo, respondem dum qualquer confessionário às perguntas absurdas de «como se sente, aí em Bagdade?» ou «quer alguma coisa?». Orgulha-me ser portuguesa porque o Governo do meu país assumiu desde o início uma posição clara contra o terrorismo no mundo. Acredito que estamos no caminho certo. Lado a lado com os nossos aliados de sempre. Lado a lado com a democracia e a liberdade. E, quando o povo iraquiano se libertar da opressão, quando tivermos a certeza de que em parte alguma do mundo se repetirá o 11 de Setembro, vamos ver muita gente dar o dito por não dito e interrogar-se sobre as posições que tomou agora. Estranho mundo este, que condena uma guerra símbolo de libertação. 12:03 5 Maio 2003

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1 a 1 de 1 Natália A. 13:59 14 Maio 2003 Ter a certeza que o 11 de Setembro nunca vai ser repetido é uma utopia.

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