Villepin quer papel central da ONU

02-05-2003
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Villepin Quer Papel Central da ONU

Sábado, 05 de Abril de 2003

O chefe da diplomacia francesa sublinhou ontem que a ONU deveria estar "desde já" a desempenhar um "papel central" no Iraque, no mesmo dia que o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, garantiu que logo que a guerra termine será estabelecia "uma autoridade interina dirigida por iraquianos".

Na quinta-feira, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovaram a verba para a reconstrução do Iraque, com a condição de que nenhuma parte vá para qualquer empresa francesa, alemã, russa ou síria.

Em Paris, os ministros dos Negócios Estrangeiros da França, Rússia e Alemanha, deram conta da "viva inquietude" quanto à situação humanitária no Iraque. Dominique de Villepin disse ainda, citado pela AFP, que "toda a perspectiva sobre o futuro do Iraque tem de ter em conta o estado do Iraque após a guerra", e que as Nações Unidas deveriam estar a ter já neste momento "um papel central" no Iraque, "nomeadamente no plano humanitário".

O chefe da diplomacia de Berlim, Joschka Fischer, sublinhou a "grande convergência" que existe actualmente "sobre o papel central da ONU", enquanto que para o seu homólogo russo, Igor Ivanov, a prioridade é "o fim das hostilidades no Iraque".

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, assegurou numa mensagem à oposição iraquiana, recebida em Downing Street, que as tropas aliadas sairão do Iraque "logo que possível" e que não ficarão "nem mais um dia do que o necessário". O primeiro-ministro britânico prometeu ainda que será formada "uma autoridade interina dirigida por iraquianos", que será "uma etapa em direcção a um governo iraquiano realmente representativo, que respeite os direitos do homem e o estado de direito".

Mais tarde, a Casa Branca declarou que, neste momento, qualquer decisão sobre o tipo de regime no Iraque no final da guerra é prematura. Apesar disso, o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, deixou algumas certezas: "O povo iraquiano governará o Iraque. Haverá um papel para as Nações Unidas e continuaremos a discutir para sabermos exactamente qual será esse papel".

Na véspera, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos tinha aprovado uma verba de cerca de 80 mil milhões de dólares destinada a financiar a guerra no Iraque e a reconstrução. Aprovou também uma condição - que nenhuma verba destinada à reconstrução seja utilizada para pagar a empresas francesas, alemãs, russas e sírias. M.J.G.

Villepin Quer Papel Central da ONU

Sábado, 05 de Abril de 2003

O chefe da diplomacia francesa sublinhou ontem que a ONU deveria estar "desde já" a desempenhar um "papel central" no Iraque, no mesmo dia que o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, garantiu que logo que a guerra termine será estabelecia "uma autoridade interina dirigida por iraquianos".

Na quinta-feira, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovaram a verba para a reconstrução do Iraque, com a condição de que nenhuma parte vá para qualquer empresa francesa, alemã, russa ou síria.

Em Paris, os ministros dos Negócios Estrangeiros da França, Rússia e Alemanha, deram conta da "viva inquietude" quanto à situação humanitária no Iraque. Dominique de Villepin disse ainda, citado pela AFP, que "toda a perspectiva sobre o futuro do Iraque tem de ter em conta o estado do Iraque após a guerra", e que as Nações Unidas deveriam estar a ter já neste momento "um papel central" no Iraque, "nomeadamente no plano humanitário".

O chefe da diplomacia de Berlim, Joschka Fischer, sublinhou a "grande convergência" que existe actualmente "sobre o papel central da ONU", enquanto que para o seu homólogo russo, Igor Ivanov, a prioridade é "o fim das hostilidades no Iraque".

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, assegurou numa mensagem à oposição iraquiana, recebida em Downing Street, que as tropas aliadas sairão do Iraque "logo que possível" e que não ficarão "nem mais um dia do que o necessário". O primeiro-ministro britânico prometeu ainda que será formada "uma autoridade interina dirigida por iraquianos", que será "uma etapa em direcção a um governo iraquiano realmente representativo, que respeite os direitos do homem e o estado de direito".

Mais tarde, a Casa Branca declarou que, neste momento, qualquer decisão sobre o tipo de regime no Iraque no final da guerra é prematura. Apesar disso, o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, deixou algumas certezas: "O povo iraquiano governará o Iraque. Haverá um papel para as Nações Unidas e continuaremos a discutir para sabermos exactamente qual será esse papel".

Na véspera, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos tinha aprovado uma verba de cerca de 80 mil milhões de dólares destinada a financiar a guerra no Iraque e a reconstrução. Aprovou também uma condição - que nenhuma verba destinada à reconstrução seja utilizada para pagar a empresas francesas, alemãs, russas e sírias. M.J.G.

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