Património de Isaltino estava sob investigação da PJ

02-05-2003
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Património de Isaltino Estava Sob Investigação da PJ

Por ANTÓNIO ARNALDO MESQUITA

Sábado, 05 de Abril de 2003

A Polícia Judiciária tem pendente há cerca de dois anos uma investigação dos sinais exteriores de riqueza de Isaltino Morais, para averiguar se o património do agora ex-ministro do Ambiente seria ou não compatível com os seus rendimentos conhecidos. A Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) fez várias diligências para apurar o rol e a origem do avultado património do presidente da Câmara de Oeiras entre 1985 e 2002, no âmbito de um inquérito pendente nos serviços do Ministério Público desta cidade.

Os investigadores terão realizado um inventário do património de Isaltino que incluiria vários apartamentos, situados em Carnaxide e em Paço de Arcos, além de uma moradia em Alter do Chão. Além disso, segundo a declaração de rendimentos apresentada pelo conhecido autarca social-democrata no Tribunal Constitucional (TC), este seria titular de outros prédios rústicos e urbanos e de várias contas bancárias à ordem e a prazo.

A declaração de Isaltino informava ainda o TC de uma herança de um tio no montante de 28600 contos , mas era omissa quanto ao facto de o dirigente do PSD ter três contas bancárias na Suiça, como ontem foi divulgado pelo semanário "Independente". A confirmar-se, a existência de dezenas de milhares de francos suiços em contas na União dos Bancos Suiços poderá configurar o crime de ocultação de rendimentos, ilícito fiscal punível até três anos de prisão.

Em gozo de licença ilimitada desde há cerca de 18 anos, Isaltino de Morais foi magistrado do Ministério Público durante cinco anos e tinha como chefe de gabinete no Ministério outro magistrado do MP, o procurador da República Celso Manata, que durante alguns anos foi director-geral dos serviços prisionais. A suspensão temporária do exercício da magistratura transforma Isaltino num cidadão comum e, ao contrário do que se verificaria se estivesse em funções, o inquérito de que pode ser alvo correrá na primeira instância, possivelmente na comarca de Oeiras.

Património de Isaltino Estava Sob Investigação da PJ

Por ANTÓNIO ARNALDO MESQUITA

Sábado, 05 de Abril de 2003

A Polícia Judiciária tem pendente há cerca de dois anos uma investigação dos sinais exteriores de riqueza de Isaltino Morais, para averiguar se o património do agora ex-ministro do Ambiente seria ou não compatível com os seus rendimentos conhecidos. A Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) fez várias diligências para apurar o rol e a origem do avultado património do presidente da Câmara de Oeiras entre 1985 e 2002, no âmbito de um inquérito pendente nos serviços do Ministério Público desta cidade.

Os investigadores terão realizado um inventário do património de Isaltino que incluiria vários apartamentos, situados em Carnaxide e em Paço de Arcos, além de uma moradia em Alter do Chão. Além disso, segundo a declaração de rendimentos apresentada pelo conhecido autarca social-democrata no Tribunal Constitucional (TC), este seria titular de outros prédios rústicos e urbanos e de várias contas bancárias à ordem e a prazo.

A declaração de Isaltino informava ainda o TC de uma herança de um tio no montante de 28600 contos , mas era omissa quanto ao facto de o dirigente do PSD ter três contas bancárias na Suiça, como ontem foi divulgado pelo semanário "Independente". A confirmar-se, a existência de dezenas de milhares de francos suiços em contas na União dos Bancos Suiços poderá configurar o crime de ocultação de rendimentos, ilícito fiscal punível até três anos de prisão.

Em gozo de licença ilimitada desde há cerca de 18 anos, Isaltino de Morais foi magistrado do Ministério Público durante cinco anos e tinha como chefe de gabinete no Ministério outro magistrado do MP, o procurador da República Celso Manata, que durante alguns anos foi director-geral dos serviços prisionais. A suspensão temporária do exercício da magistratura transforma Isaltino num cidadão comum e, ao contrário do que se verificaria se estivesse em funções, o inquérito de que pode ser alvo correrá na primeira instância, possivelmente na comarca de Oeiras.

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