A coragem de Nuno Morais Sarmento... e a de José Manuel Fernandes?

12-04-2002
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A Coragem de Nuno Morais Sarmento... e a de José Manuel Fernandes?

Quinta-feira, 4 de Abril de 2002 Depois de ler o seu editorial de 2 de Abril ("A Coragem de Nuno Morais Sarmento") volto a inquietar-me com a linha editorial do PÚBLICO (que leio desde o primeiro número): estará transformado no órgão oficioso do PSD (ou de Durão Barroso)? Vejo e revejo a entrevista de Morais Sarmento a Maria João Avillez (incondicional apoiante de Durão Barroso... mas ao menos não o escondeu!). Leio e releio o seu editorial e pergunto-me: Justificará a "confissão" de Morais Sarmento um editorial do director do PÚBLICO? Antes de lhe colocar algumas questões, gostaria de esclarecer que, de um ponto de vista meramente pessoal e de cidadania, a posição de Morais Sarmento me merece o maior respeito e consideração... mas, do ponto de vista político, o que é que a sua "confissão" significa? Até porque não me parece minimamente importante que todos os políticos (candidatos ou não a ministros) venham agora confessar todos os seus "pecados" cometidos num passado eventualmente longínquo (será que também visitaram casas de passe; fumaram uns charritos; tiveram tendências homossexuais; bateram nas avozinhas, etc., etc.)... a não ser que tenham medo de outras coisas. E já que no seu editorial "acredita" que Morais Sarmento estava a ser genuíno - "... pelas palavras utilizadas, pelo olhar captado pelas câmaras.."-, pergunto-lhe se não acha importante que o próprio não tivesse esclarecido quando se verificou tal dependência de drogas duras? Até porque, com 41 anos, não é propriamente um velho e percebe-se que já estaria casado, uma vez que refere a ajuda da mulher. E uma vez que acredita em Morais Sarmento, pergunto-lhe se não seria muito mais importante fazer um editorial sobre outra passagem da mesma entrevista, que é relatada no PÚBLICO do mesmo dia (ver pág. 13), em que o citado, agora já ministro, afirma "Ele [Durão Barroso], com maioria ou sem maioria, convidaria o CDS-PP para trabalhar com o PSD no Governo", mas que o jornalista coloca em manchete "Durão queria Portas no Governo mesmo com maioria absoluta"... Só de gargalhada!! Sinceramente, sr. director, acha que é de acreditar num político que faz esta afirmação? E, se me permite um conselho (desculpe a ousadia), volte à independência que sempre caracterizou o PÚBLICO, ou então assuma de uma forma clara que apoia uma determinada linha/orientação política. António Monteiro Pais, Lisboa OUTROS TÍTULOS EM ESPAÇO PÚBLICO EDITORIAL

A hora de Manuela Ferreira Leite

OPINIÃO

Que modelo de sacerdócio para a Igreja Católica?

Um Governo frouxo

Insónia

O FIO DO HORIZONTE

O recalcado

CARTAS AO DIRECTOR

A coragem de Nuno Morais Sarmento... e a de José Manuel Fernandes?

Médio Oriente e racismo

Citações

O PÚBLICO ERROU

Errata

A Coragem de Nuno Morais Sarmento... e a de José Manuel Fernandes?

Quinta-feira, 4 de Abril de 2002 Depois de ler o seu editorial de 2 de Abril ("A Coragem de Nuno Morais Sarmento") volto a inquietar-me com a linha editorial do PÚBLICO (que leio desde o primeiro número): estará transformado no órgão oficioso do PSD (ou de Durão Barroso)? Vejo e revejo a entrevista de Morais Sarmento a Maria João Avillez (incondicional apoiante de Durão Barroso... mas ao menos não o escondeu!). Leio e releio o seu editorial e pergunto-me: Justificará a "confissão" de Morais Sarmento um editorial do director do PÚBLICO? Antes de lhe colocar algumas questões, gostaria de esclarecer que, de um ponto de vista meramente pessoal e de cidadania, a posição de Morais Sarmento me merece o maior respeito e consideração... mas, do ponto de vista político, o que é que a sua "confissão" significa? Até porque não me parece minimamente importante que todos os políticos (candidatos ou não a ministros) venham agora confessar todos os seus "pecados" cometidos num passado eventualmente longínquo (será que também visitaram casas de passe; fumaram uns charritos; tiveram tendências homossexuais; bateram nas avozinhas, etc., etc.)... a não ser que tenham medo de outras coisas. E já que no seu editorial "acredita" que Morais Sarmento estava a ser genuíno - "... pelas palavras utilizadas, pelo olhar captado pelas câmaras.."-, pergunto-lhe se não acha importante que o próprio não tivesse esclarecido quando se verificou tal dependência de drogas duras? Até porque, com 41 anos, não é propriamente um velho e percebe-se que já estaria casado, uma vez que refere a ajuda da mulher. E uma vez que acredita em Morais Sarmento, pergunto-lhe se não seria muito mais importante fazer um editorial sobre outra passagem da mesma entrevista, que é relatada no PÚBLICO do mesmo dia (ver pág. 13), em que o citado, agora já ministro, afirma "Ele [Durão Barroso], com maioria ou sem maioria, convidaria o CDS-PP para trabalhar com o PSD no Governo", mas que o jornalista coloca em manchete "Durão queria Portas no Governo mesmo com maioria absoluta"... Só de gargalhada!! Sinceramente, sr. director, acha que é de acreditar num político que faz esta afirmação? E, se me permite um conselho (desculpe a ousadia), volte à independência que sempre caracterizou o PÚBLICO, ou então assuma de uma forma clara que apoia uma determinada linha/orientação política. António Monteiro Pais, Lisboa OUTROS TÍTULOS EM ESPAÇO PÚBLICO EDITORIAL

A hora de Manuela Ferreira Leite

OPINIÃO

Que modelo de sacerdócio para a Igreja Católica?

Um Governo frouxo

Insónia

O FIO DO HORIZONTE

O recalcado

CARTAS AO DIRECTOR

A coragem de Nuno Morais Sarmento... e a de José Manuel Fernandes?

Médio Oriente e racismo

Citações

O PÚBLICO ERROU

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