Aterros sanitários do Vale do Sousa esgotam capacidades

20-07-2004
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Aterros Sanitários do Vale do Sousa Esgotam Capacidades

Por LUÍS BRANCO BARROS

Quarta-feira, 09 de Junho de 2004

A capacidade dos aterros sanitários de Lustosa (Paços de Ferreira) e Sebolido/Rio Mau (Penafiel) está prestes a esgotar-se. Se, para este último, o limite máximo é 2009, já o de Lustosa esgotou a sua capacidade cinco anos antes do previsto e encontra-se em remodelação para poder manter-se em actividade durante mais cerca de quatro anos.

Dentro de pouco tempo, as autarquias do Vale do Sousa, associadas em Comunidade Urbana, terão de procurar um local para instalar uma nova infra-estrutura que possa acolher os resíduos urbanos produzidos nesta região. Cento e vinte mil toneladas por ano, segundo Macedo Dias, presidente do Conselho de Administração da Ambisousa, entidade criada pelos seis municípios para gerir as questões ambientais. Penafiel, de acordo com o seu presidente, é que não irá receber mais nenhum aterro.

O deputado da Assembleia da República e vereador pelo PS na Câmara de Penafiel, Nelson Correia, defende a construção imediata de um novo aterro. "Se não, caímos na mesma situação de Lustosa", com custos adicionais para três municípios, explica.

Para o PS, o actual protocolo existente entre a Ambisousa e as juntas de Sebolido e Rio Mau, onde se localizam os terrenos do aterro, não prevêem qualquer alargamento, pelo que qualquer intenção nesse sentido terá de passar pela renegociação com as autarquias, ambas lideradas pelos socialistas. Estas reclamam o pagamento das verbas acordadas e que estariam em atraso, segundo aquele deputado. Alberto Santos declarou estar tudo em dia.

Nelson Correia refere, ainda, um eventual acordo com Paredes para que a construção do novo aterro seja efectuada nesse concelho. Alberto Santos diz que, apesar de várias referências a esse "compromisso", não foi possível encontrar qualquer documento que comprove essa pretensão.

O autarca de Penafiel promoveu, na passada segunda-feira, uma reunião do seu Executivo no aterro de Sebolido/Rio Mau, em funcionamento desde 1999, para que os seus vereadores pudessem tomar conhecimento da nova realidade de uma das mais importantes infra-estruturas do Vale do Sousa. Quase a cumprir-se o primeiro aniversário desde que a Ambisousa tomou conta do aterro, depois da empresa Resin não ter cumprido o projecto inicial - e que, eventualmente, levará a que a ComUrb do Vale do Sousa possa accionar um processo judicial -, a situação estará completamente diferente.

Deixou-se de fazer o enfardamento dos resíduos, o que facilita não só a acomodação dos lixos no aterro, como produz menos lixiviados, ou seja, os líquidos produzidos pela compactação. Estes eram alvo de depósito numas pequenas lagoas que, quando chovia, transbordavam e atiravam os lixiviados para o rio Mau e, consequentemente, para o rio Douro. No próximo mês, deverá entrar em funcionamento uma ETAR que irá filtrar os lixiviados e transformar o azoto amoniacal em atmosférico.

Aterros Sanitários do Vale do Sousa Esgotam Capacidades

Por LUÍS BRANCO BARROS

Quarta-feira, 09 de Junho de 2004

A capacidade dos aterros sanitários de Lustosa (Paços de Ferreira) e Sebolido/Rio Mau (Penafiel) está prestes a esgotar-se. Se, para este último, o limite máximo é 2009, já o de Lustosa esgotou a sua capacidade cinco anos antes do previsto e encontra-se em remodelação para poder manter-se em actividade durante mais cerca de quatro anos.

Dentro de pouco tempo, as autarquias do Vale do Sousa, associadas em Comunidade Urbana, terão de procurar um local para instalar uma nova infra-estrutura que possa acolher os resíduos urbanos produzidos nesta região. Cento e vinte mil toneladas por ano, segundo Macedo Dias, presidente do Conselho de Administração da Ambisousa, entidade criada pelos seis municípios para gerir as questões ambientais. Penafiel, de acordo com o seu presidente, é que não irá receber mais nenhum aterro.

O deputado da Assembleia da República e vereador pelo PS na Câmara de Penafiel, Nelson Correia, defende a construção imediata de um novo aterro. "Se não, caímos na mesma situação de Lustosa", com custos adicionais para três municípios, explica.

Para o PS, o actual protocolo existente entre a Ambisousa e as juntas de Sebolido e Rio Mau, onde se localizam os terrenos do aterro, não prevêem qualquer alargamento, pelo que qualquer intenção nesse sentido terá de passar pela renegociação com as autarquias, ambas lideradas pelos socialistas. Estas reclamam o pagamento das verbas acordadas e que estariam em atraso, segundo aquele deputado. Alberto Santos declarou estar tudo em dia.

Nelson Correia refere, ainda, um eventual acordo com Paredes para que a construção do novo aterro seja efectuada nesse concelho. Alberto Santos diz que, apesar de várias referências a esse "compromisso", não foi possível encontrar qualquer documento que comprove essa pretensão.

O autarca de Penafiel promoveu, na passada segunda-feira, uma reunião do seu Executivo no aterro de Sebolido/Rio Mau, em funcionamento desde 1999, para que os seus vereadores pudessem tomar conhecimento da nova realidade de uma das mais importantes infra-estruturas do Vale do Sousa. Quase a cumprir-se o primeiro aniversário desde que a Ambisousa tomou conta do aterro, depois da empresa Resin não ter cumprido o projecto inicial - e que, eventualmente, levará a que a ComUrb do Vale do Sousa possa accionar um processo judicial -, a situação estará completamente diferente.

Deixou-se de fazer o enfardamento dos resíduos, o que facilita não só a acomodação dos lixos no aterro, como produz menos lixiviados, ou seja, os líquidos produzidos pela compactação. Estes eram alvo de depósito numas pequenas lagoas que, quando chovia, transbordavam e atiravam os lixiviados para o rio Mau e, consequentemente, para o rio Douro. No próximo mês, deverá entrar em funcionamento uma ETAR que irá filtrar os lixiviados e transformar o azoto amoniacal em atmosférico.

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