EXPRESSO: Artigo

02-08-2002
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... e a levantar dúvidas no CDS

Narana Coissoró diz que só Paulo Portas ganha com o acordo PSD/CDS

A PROPOSTA de Durão Barroso de transformar a coligação de Governo numa coligação política para próximas eleições foi bem recebida pela direcção do CDS, mas suscita reservas entre destacados nomes do partido. Narana Coissoró, por exemplo, considera que a coligação só tem trazido vantagens a Paulo Portas e nenhumas ao partido:«Pode ser que ainda seja muito cedo, mas neste momento não descortino quaisquer ganhos para o CDS. Gostava de saber o que é que este poder nos trouxe, que vantagens trouxe para as bases e para as estruturas locais».

Para Narana, a questão é saber «se é só a popularidade do líder que conta, ou se crescemos em responsabilidades, em militantes, o que é que o país pensa do CDS, se está a crescer ou se está parado como em Outubro». O vice-presidente da AR chama ainda a atenção para o facto de, neste momento, «não se perceber o que é que o CDS defende e o que é que o PSD defende» e adverte: «É preciso ver que o partido não são apenas aqueles que exercem o poder no Governo e na AR, tem de ter vitalidade própria».

Segundo Narana Coissoró, aquilo que está em causa «é quase uma fusão de dois partidos».

Também Jorge Ferreira, ex-líder parlamentar do CDS, levanta dúvidas sobre os benefícios desta estratégia para o partido. «Não sei se os interesses do líder do CDS coincidem com os interesses do CDS», afirmou ao EXPRESSO. «Neste momento, o CDS como instituição é um contra-peso para o líder do CDS como pessoa», acrescentou.

... e a levantar dúvidas no CDS

Narana Coissoró diz que só Paulo Portas ganha com o acordo PSD/CDS

A PROPOSTA de Durão Barroso de transformar a coligação de Governo numa coligação política para próximas eleições foi bem recebida pela direcção do CDS, mas suscita reservas entre destacados nomes do partido. Narana Coissoró, por exemplo, considera que a coligação só tem trazido vantagens a Paulo Portas e nenhumas ao partido:«Pode ser que ainda seja muito cedo, mas neste momento não descortino quaisquer ganhos para o CDS. Gostava de saber o que é que este poder nos trouxe, que vantagens trouxe para as bases e para as estruturas locais».

Para Narana, a questão é saber «se é só a popularidade do líder que conta, ou se crescemos em responsabilidades, em militantes, o que é que o país pensa do CDS, se está a crescer ou se está parado como em Outubro». O vice-presidente da AR chama ainda a atenção para o facto de, neste momento, «não se perceber o que é que o CDS defende e o que é que o PSD defende» e adverte: «É preciso ver que o partido não são apenas aqueles que exercem o poder no Governo e na AR, tem de ter vitalidade própria».

Segundo Narana Coissoró, aquilo que está em causa «é quase uma fusão de dois partidos».

Também Jorge Ferreira, ex-líder parlamentar do CDS, levanta dúvidas sobre os benefícios desta estratégia para o partido. «Não sei se os interesses do líder do CDS coincidem com os interesses do CDS», afirmou ao EXPRESSO. «Neste momento, o CDS como instituição é um contra-peso para o líder do CDS como pessoa», acrescentou.

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