Portugal Diário

03-01-2005
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PDiário: Depois da «CDSfobia» no Congresso do PSD, Narana Coissoró diz que sondagens podem mostrar que ida a votos em coligação é prejudicial. Nobre Guedes sobe fasquia para dois dígitos Santana Lopes deu o primeiro sinal ao CDS, considerando «normal» que PSD e CDS concorram separados em 2006. Paulo Portas respondeu de imediato e garantiu que o partido está preparado para ir sozinho às legislativas de 2006, mas remeteu para «um tempo próprio» a decisão sobre esta matéria. Questionado pelo PortugalDiário sobre as declarações do líder do PSD, o vice-presidente da Assembleia da República e dirigente popular, Narana Coissoró, garantiu que Santana Lopes «deu a única resposta sensata a este problema, já que não se pode pedir ao PSD para fazer um voto e ficar ligado para sempre ao PP». Mas o centrista Narana Coissoró não gostou de ver a "CDSfobia" que a reunião magna "laranja" transmitiu e adianta que o PP não está refém do PSD. Pelo contrário, poderá ser o PSD a olhar para o CDS como «incontornável». Ao PortugalDiário, o deputado popular referiu que dentro da bipolarização, «o CDS e o PSD complementam-se», mas avisou que «é preciso estudar as sondagens para ver como o eleitorado reage. Se o PSD não conseguir a maioria absoluta, o que é provável, precisa dos votos do CDS numa coligação pós-eleitoral». E, nessa altura, adverte Narana Coissoró, as «negociações para um próximo Governo serão mais vantajosas» para os populares. «O CDS poderá até sair revigorado», depois de demonstrar nas urnas que o PSD precisa dos votos populares para alcançar a maioria absoluta. A ida em conjunto a votos não correu bem nas eleições europeias e estudos de mercado, próximos das eleições legislativas, podem demonstrar «se há mais valias [ou não] numa coligação pós-eleitoral», acautela o deputado. Ora, «se a soma dos dois partidos é melhor que a soma conjunta, então é preferível juntar [depois das eleições] utilitariamente». E o CDS-PP, garante o centrista, «está preparado para disputar eleições sozinho. «Não temos medo. Vamos às urnas desde 1975». O próprio PP está a colocar, aliás, a fasquia bem alta. Nobre Guedes disse esta quarta-feira que «o CDS é um partido de dois dígitos», mostrando-se descontente com os 8,5 por cento alcançados nas últimas eleições. «É preciso caminhar para uma votação melhor para o CDS». Já Lobo Xavier, no programa "Quadratura do Círculo" da SIC-Notícias, «não considera evidente que os partidos concorram sozinhos às legislativas, a não ser que não exista o mínimo espírito de coligação». O que parece ser o caso já que, depois da entrevista do primeiro-ministro à RTP1, o centrista considera que Santana Lopes «deu o primeiro sinal: a dizer que devemos ir separados». Pacheco Pereira, por seu turno, vê nas declarações de Santana a desestabilização do Governo. No blogue «Abrupto», o social-democrata considera que a «solidez da coligação» está em causa. «A estabilidade da coligação não existe se o PP estiver convencido que vai sozinho às eleições», escreve o ex-dirigente. «Se assim for, o partido de Portas será obrigado a procurar o seu espaço numa campanha que vai ser fortemente polarizada entre o PSD e o PS». E não considera aceitável que «o PP espere até às legislativas para saber se vai às urnas com o PSD».

Narana Coissoró discorda: «Só em vésperas de eleição será possível decidir. Os estudos de mercado terão de ser realizados perto das legislativas e nós não temos medo de ir às urnas». Já o PSD, adverte o "vice" da Assembleia, pode perceber que «não consegue governar sozinho». E profetiza: «O CDS passa a ser incontornável».

PDiário: Depois da «CDSfobia» no Congresso do PSD, Narana Coissoró diz que sondagens podem mostrar que ida a votos em coligação é prejudicial. Nobre Guedes sobe fasquia para dois dígitos Santana Lopes deu o primeiro sinal ao CDS, considerando «normal» que PSD e CDS concorram separados em 2006. Paulo Portas respondeu de imediato e garantiu que o partido está preparado para ir sozinho às legislativas de 2006, mas remeteu para «um tempo próprio» a decisão sobre esta matéria. Questionado pelo PortugalDiário sobre as declarações do líder do PSD, o vice-presidente da Assembleia da República e dirigente popular, Narana Coissoró, garantiu que Santana Lopes «deu a única resposta sensata a este problema, já que não se pode pedir ao PSD para fazer um voto e ficar ligado para sempre ao PP». Mas o centrista Narana Coissoró não gostou de ver a "CDSfobia" que a reunião magna "laranja" transmitiu e adianta que o PP não está refém do PSD. Pelo contrário, poderá ser o PSD a olhar para o CDS como «incontornável». Ao PortugalDiário, o deputado popular referiu que dentro da bipolarização, «o CDS e o PSD complementam-se», mas avisou que «é preciso estudar as sondagens para ver como o eleitorado reage. Se o PSD não conseguir a maioria absoluta, o que é provável, precisa dos votos do CDS numa coligação pós-eleitoral». E, nessa altura, adverte Narana Coissoró, as «negociações para um próximo Governo serão mais vantajosas» para os populares. «O CDS poderá até sair revigorado», depois de demonstrar nas urnas que o PSD precisa dos votos populares para alcançar a maioria absoluta. A ida em conjunto a votos não correu bem nas eleições europeias e estudos de mercado, próximos das eleições legislativas, podem demonstrar «se há mais valias [ou não] numa coligação pós-eleitoral», acautela o deputado. Ora, «se a soma dos dois partidos é melhor que a soma conjunta, então é preferível juntar [depois das eleições] utilitariamente». E o CDS-PP, garante o centrista, «está preparado para disputar eleições sozinho. «Não temos medo. Vamos às urnas desde 1975». O próprio PP está a colocar, aliás, a fasquia bem alta. Nobre Guedes disse esta quarta-feira que «o CDS é um partido de dois dígitos», mostrando-se descontente com os 8,5 por cento alcançados nas últimas eleições. «É preciso caminhar para uma votação melhor para o CDS». Já Lobo Xavier, no programa "Quadratura do Círculo" da SIC-Notícias, «não considera evidente que os partidos concorram sozinhos às legislativas, a não ser que não exista o mínimo espírito de coligação». O que parece ser o caso já que, depois da entrevista do primeiro-ministro à RTP1, o centrista considera que Santana Lopes «deu o primeiro sinal: a dizer que devemos ir separados». Pacheco Pereira, por seu turno, vê nas declarações de Santana a desestabilização do Governo. No blogue «Abrupto», o social-democrata considera que a «solidez da coligação» está em causa. «A estabilidade da coligação não existe se o PP estiver convencido que vai sozinho às eleições», escreve o ex-dirigente. «Se assim for, o partido de Portas será obrigado a procurar o seu espaço numa campanha que vai ser fortemente polarizada entre o PSD e o PS». E não considera aceitável que «o PP espere até às legislativas para saber se vai às urnas com o PSD».

Narana Coissoró discorda: «Só em vésperas de eleição será possível decidir. Os estudos de mercado terão de ser realizados perto das legislativas e nós não temos medo de ir às urnas». Já o PSD, adverte o "vice" da Assembleia, pode perceber que «não consegue governar sozinho». E profetiza: «O CDS passa a ser incontornável».

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