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26-09-2003
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De Blair a Lula Fernando Madrinha

Em Londres, numa reunião de líderes socialistas em que participavam Tony Blair e outros dignitários do poder britânico, o Presidente brasileiro Lula da Silva criticou a guerra do Iraque, a atitude de subserviência do mundo inteiro em relação aos Estados Unidos e o egoísmo que, do seu ponto de vista, é a marca essencial da política norte-americana. As declarações do convidado para este encontro de uma esquerda selecta e pró-americana, onde pontificavam os socialistas da «terceira via» agora em declínio acelerado, geraram incómodo em alguns sectores da audiência, sobretudo naqueles que mais se envolveram no apoio à intervenção militar americana no Iraque. As declarações de Lula pareciam, aliás, uma provocação directa ao Governo de Londres, cujo seguidismo em relação a Washington tem resistido a todas as mudanças de cor política da respectiva Administração. Mas quem reagiu indignado não foi Tony Blair. Foi, curiosamente, o Presidente da Polónia quem saltou em defesa da América com enorme vigor e entusiasmo. Disse ele que, sem os EUA e a sua ajuda, os países do Leste europeu ainda não se teriam libertado do comunismo, pelo que é de uma grande injustiça acusar Washington de egoísmo. E a isto respondeu Lula que o projecto de Estado dos EUA passou precisamente por «dividir o mundo entre comunistas e não comunistas, ajudando a derrubar o comunismo e a promover ditaduras na América Latina». As declarações de Lula pareciam, aliás, uma provocação directa ao Governo de Londres, cujo seguidismo em relação a Washington tem resistido a todas as mudanças de cor política da respectiva Administração. Mas quem reagiu indignado não foi Tony Blair. Foi, curiosamente, o Presidente da Polónia quem saltou em defesa da América com enorme vigor e entusiasmo. Disse ele que, sem os EUA e a sua ajuda, os países do Leste europeu ainda não se teriam libertado do comunismo, pelo que é de uma grande injustiça acusar Washington de egoísmo. E a isto respondeu Lula que o projecto de Estado dos EUA passou precisamente por «dividir o mundo entre comunistas e não comunistas, ajudando a derrubar o comunismo e a promover ditaduras na América Latina». Os dois têm razão quanto ao papel e à atitude dos Estados Unidos no mundo. Os dois têm motivos particulares para verem nos EUA um aliado pouco confiável, no caso do Brasil, e um autêntico salvador, no caso da Polónia , razão pela qual dificilmente se porão alguma vez de acordo as duas esquerdas protagonizadas pelos líderes brasileiro e polaco. Mas o mais interessante desta troca de opiniões é o facto de, na busca de um novo modelo que lhe permita regressar ao poder, a esquerda ter como programa definir-se previamente em relação à hiperpotência mundial - a favor ou contra. Os dois têm razão quanto ao papel e à atitude dos Estados Unidos no mundo. Os dois têm motivos particulares para verem nos EUA um aliado pouco confiável, no caso do Brasil, e um autêntico salvador, no caso da Polónia , razão pela qual dificilmente se porão alguma vez de acordo as duas esquerdas protagonizadas pelos líderes brasileiro e polaco. Mas o mais interessante desta troca de opiniões é o facto de, na busca de um novo modelo que lhe permita regressar ao poder, a esquerda ter como programa definir-se previamente em relação à hiperpotência mundial - a favor ou contra. A «terceira via» europeia, vitoriosa em meados dos anos 90, com Bill Clinton no poder, está em declínio evidente e perdeu capacidade de resistir à emergência de uma «nova direita» na Europa, por sinal também coincidente com a mudança operada nos Estados Unidos. Isto apesar de, por medo do gigante russo, ter vingado um novo pró-americanismo militante nos antigos países comunistas. A «terceira via» europeia, vitoriosa em meados dos anos 90, com Bill Clinton no poder, está em declínio evidente e perdeu capacidade de resistir à emergência de uma «nova direita» na Europa, por sinal também coincidente com a mudança operada nos Estados Unidos. Isto apesar de, por medo do gigante russo, ter vingado um novo pró-americanismo militante nos antigos países comunistas. Entre Blair e Lula há um mar a separá-los. E perante o discurso apelativo do Presidente brasileiro, certamente mobilizador na América Latina e entre os mais deserdados da Terra, mas em muito desajustado da realidade europeia, a dúvida que agora persiste é a de saber se ele vai contagiar os socialistas do Velho Continente a ponto de regressarem ao «anti-imperialismo» dos anos 60, adaptado à era da globalização, ou se a nova esquerda se aplicará, sobretudo, em fazer-se passar por uma espécie de «terceira via» da nova direita. Com uma deriva ligeira nas questões sociais, mas em obediência cega ao «deus-mercado», que em tudo manda e tudo determina. Entre Blair e Lula há um mar a separá-los. E perante o discurso apelativo do Presidente brasileiro, certamente mobilizador na América Latina e entre os mais deserdados da Terra, mas em muito desajustado da realidade europeia, a dúvida que agora persiste é a de saber se ele vai contagiar os socialistas do Velho Continente a ponto de regressarem ao «anti-imperialismo» dos anos 60, adaptado à era da globalização, ou se a nova esquerda se aplicará, sobretudo, em fazer-se passar por uma espécie de «terceira via» da nova direita. Com uma deriva ligeira nas questões sociais, mas em obediência cega ao «deus-mercado», que em tudo manda e tudo determina. 10:58 16 Julho 2003

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Comentários

1 a 20 de 47 alfredo casquil 13:48 19 Julho 2003 au clair de la lune

lula, o maior Endymion 11:05 19 Julho 2003 Lula

Lula é um senhor que desde que ascendeu ao poder no Brasil me fez sentir um novo respeito por este.

"mas em muito desajustado da realidade europeia"

Discordo. Isso pode aplicar-se aos governantes Britanicos e latinos mas n se extende a toda a Europa e muito menos à sua população. Talvez o venha a surpreender a qtidade de pessoas que partilham das visoes de lula, chirac, soares e outros relativamente à presente administração nos EUA. Simão Vitória 22:04 17 Julho 2003 USA, baluarte anticomunista?

EUA, baluarte anti-comunista?

Li algures um comentário onde se pretendia justificar a reacção do presidente da Polónia, às palavras do Lula.

Que a Polónia tinha conhecido comunismo... que tinha sentido na pele todo esse sofrimento, etc...

Mas notemos uma coisa. Foi Lech Walesa, e seu sindicato Solidarianosc que lutou e venceu o comunismo que ocupava poder na Polónia.

Foi a Igreja católica da Polónia que lutou na frente.

O Povo Polaco amparado nesta liderança, enfrentou corajosamente o imperialismo soviético. Não vergou. A partir daqui, e no seguimento, vem a Glasnost, a Perestroika e, não muito depois, a implosão da URSS.

Este fenómeno, veio de dentro. Não veio da providência anglo-americana.

O que o Bloco aliado patrocinou, após os acordos e Ialta e Potsdam foi a entrega a Stalin de metade da Europa (países do leste europeu e satélites da URSS).

O Leste Europeu esteve vergado cerca de meio século, debaixo da pata soviética.

Com a complacência anglo-americana, que apenas cuidou da sua defesa, enviando mísseis para a Europa para formar um escudo de protecção remoto.

Se houvesse guerra, se a URSS se lançasse numa invasão, a Alemanha, a Escandinávia, os países Baixos e a França, eram os primeiros a ser cilindrados. Esmagados.

Não foi o império anglo-americano que salvou a Europa. Pelo contrário.

O actual presidente da Polónia que veio usufruir do trbalho pioneiro de Walesa, tem formação americana, tal como o Durão Barroso. E como este, foi imposto pelos USA.

Não sei se aí no Brasil sabem... que Durão começou por ser militante de extrema-esquerda. Para a qual, um dos ídolos era Stalin, juntamente com Mao Zedong.

E Saddam não era comunista. Nem o Laden. Pelo contrário.

A primeira façanha que a coligação anglo-americana se orgulha é de fazer saír um jornal que é o orgão oficial do partido comunista iraquiano. Foi até o prmeiro a saír após a ocupação anglo-americana. E também se jacta de de ter impingido um ministro comunista neste elenco fantoche que impuseram. E que o Povo do Iraque rejeita.

E ali, junto à Florida, ao pé da porta, com uma faixa estreita de oceano a separar, ainda ontem morreu mais gente que queria fugir do inferno cubano.

Que autoridade moral têm os USA?

A única coisa que têm feito são golpes traiçoeiros e uma conduta sub-reptícia.

Fidel queixa-se que é sucessivamente atacado por brigadas de assasinos a soldo da CIA para o liquidarem. Que é alvo de frequentes atentados e conspirações contra a sua vida.

A estupidez e a brutalidade anglo-americana está a dar, cada vez, mais força a Fidel Castro. Uma espécie de vacinas contra a morte. Em inoculações sucessivas que lhe aumentam a resistência.

O regime cada vez endurece mais. E mais argumentos adquire para permanecer indefinidamente.

Já lá está, vai a caminho dos 45 anos. Perante a passividade anglo-americana.

Já têm pensado numa invasão armada. E até, parece, que querem treinar, invadindo todos os países da América Latina. Como fizeram com o Haiti...

O comunismo não se vence com armas.

Vence-se com o exemplo.

Com a autoridade moral.

E nem a Grã-Bretanha, nem os EUA, os têm. Anthrax 21:56 17 Julho 2003 inside out 18:35 17 Julho 2003

Olhe sabe o que lhe digo... Odeio-o! Não é justo anda aqui uma pessoa a esforçar-se e depois é desmascarado assim... dessa forma... é uma maldade, digo-lhe já. Não é justo... agora vou fazer birra... Mas primeiro respondo-lhe.

É TPC sim senhor! 1 e 2, sim porque as desgraças nunca vêm só e quando vêm são como as mulheres quando vão à casa-de-banho, vão (ou vêm) aos pares. Não sei é se estaremos a falar do mesmo tipo de TPC.

E não apanhei os pais fora de casa, tive foi que sair de casa porque infelizmente explodi o meu computador. Ainda hoje estou para saber como consegui fazer aquilo sem ficar colado à ficha. Aquilo é que foi um 'Big Bum', aquilo foram os fusíveis, foi o computador foi tudo pelos ares... menos eu é claro.

inside out 18:35 17 Julho 2003 Anthrax

O maroto do Anthrax voltou em forma. Andou a fazer o TPC e agora chega aqui e debita meses de aturado esforço.

A propósito: voltou a apanhar os pais fora de casa para acelerar aos comandos do teclado.

Dobleyou 18:34 17 Julho 2003 Nao Sei de Nada..

Nao conhece esse Mister Blair, nunca faleu com ela,

nunca joguei ao berlinda com ele..

Isso sao todos trapalhados dos anti-americ$nos que noa gosta de me.

Anthrax 17:10 17 Julho 2003 Caros Mzinhas e Aramiuze

«Portantos», nessa perspectiva que utilizais a Economia de Mercado promove, não só, o individualismo, como também, o egoísmo. Sois, V.exas, a favor de uma sociedade igualitária. Espanto! Platão também e é considerado como o 'pai' do totalitarismo. Talvez por isso a minha inclinação seja mais para o Aristóteles, até porque, convenhamos, aquela República do tio Platão chegava a um ponto em que era de uma promíscuidade aterradora e suponho que ninguém considera, actualmente, a sociedade espartana, como um modelo idílico de vida.

Mas tirando isso. Portanto, eu ía na economia de Mercado e naquela cena de que promove o egoísmo. A economia de mercado emerge naturalmente das relações de trocas com vista a satisfazer as necessidades individuais, não é? Pois, pergunto, desde quando a criação de relações de interdependência promove o egoísmo?

Por outro lado, a questão do individualismo não é menos preocupante. Mas, a criação de relações de interdependência tende a agregar indíviduos para que colaborando consigam satisfazer as suas necessidades e não o contrário. Mzinhas 16:42 17 Julho 2003 Aramiuze 15:59 17 Julho 2003 Globalização amiga!

Concordo.

O problema é que o ocidente desenvolvido só promove a globalização naquelas actividades onde apresenta claras vantagens competitivas. Quanto ao sistema de mercado é isso mesmo: revela o estado civilizacional que nos encontramos. Nós temos que ser exigentes com nós próprios, temos que promover dinâmicas sociais de direito e não de privilégio, temos que sociológicamente premiar os bons exemplos de modus vivendi e não idolatrar cegamente vencedores. Aramiuze 15:59 17 Julho 2003 Mzinhas 15:40 17 Julho 2003 - Globalização amiga!

Parece-me que precogniza uma espécie de ética indivídual que se reflicta aos poucos no contexto social.

Para que póssamos escolher entre os produtos de uma empresa decente e de outra que utilize mão escreva (p.e.), tem que haver possibilidade de escolha, só assim podemos intervir.

É nesse aspecto que acho que a tão mal afamada globalização pode dar uma ajuda importante. Em vez de americanizar/europeizar o mundo, pode ser que sirva para nos abrir os horizontes e apreciar as coisas fantásticas da América do Sul, África, Ásia e Oceania. Mzinhas 15:40 17 Julho 2003 Deus ou nós próprios?

O problema do sistema de mercado (que é, sem qq dúvida, um meio e não um fim) é que espelha o que nós todos somos quando vistos numa dimensáo de grupo social. Cabe à procura, que depende de todos nós, definir quais os produtos e serviços que são produzidos. Será que a nossa escolha como consumidor depende da empresa produzir de forma ambientalmente limpa? Importa, para a nossa decisão, se a empresa faz dumping social? Não pague impostos? será que qd compramos acções ligamos alguma coisa a estes factores?

Qd adquirimos produtos do sector primário, temos consciência que os de nacionalidade brasileira ou argentina são muito melhores do que os seus congéneres europeus ou americanos mas que na realidade os primeiros não prosperam e os segundos vêm o seu status quo assegurado? facilmente se conclui que rapidamente se rotula o mercado quando deviamos, isso sim, balizar os privilégios sociais, as suas dinâmicas e consequências no todo, que é tão bem relevado pelo sistema de mercado.Não digamos, portanto mal dele, mas sim de nós próprios. Que a verdade não morra solteira... Anthrax 11:22 17 Julho 2003 zippiz 18:42 16 Julho 2003

Nunca, jamais, em tempo algum, tentaria fazê-lo mudar de ideias fossem elas qual fossem, por uma razão muito simples porque acredito que tudo tem de ser criticado de acordo com os diversos pontos de vista.

Ou seja, imagine que está num campo de tiro a fazer pontaria aos pratos (sim pratos e não patos senão tinhamos as associações protectoras dos animais à perna), depois é só uma questão de ver aqueles que não partem. Mas atenção, há que ter a consciência de que os pratos podem não partir naquele momento, mas é tudo uma questão de pontaria. Aramiuze 10:13 17 Julho 2003 Alguém se lembra do Mota Amaral?

Ainda há poucos dias havia altas indignações sobre o discurso de Mota Amaral na AR na recepção ao presidente Lula. Tinha sido falta de tacto, pouco senso, etc.

Como isso me parece ridículo agora, porque Lula não qq problema em partir a louça onde quer que esteja, e para ele o discurso do nosso Mota Amaral até deve ter sido bastante suave e politicamente correcto.

Só um pequeno reparo. O artigo não me parece confuso, talvez o jornalista sim. Não vejo que o discurso anti-americanista de Lula seja desajustado para a Europa, muito pelo contrário. Acho que a esmagadora maioria das opiniões públicas europeias aplaude de pé toda e qualquer crítica aos americanos.

O manual do demagogo diz: <<É imprescindível criar um inimigo externo para nos motivar para a luta e para nos esquecermos dos nossos defeitos.>>

Há 10 anos atrás, quando eu fazia críticas aos americanos quase que era apedrejado na rua. Agora é ao contrário.

Disraeli 09:58 17 Julho 2003 Al mansour

Sem duvida. E ainda bem que assim e´. Eu so acho que o facto de serem artigos de opiniao nao devia dar azo a que se publiquem argumentos bombasticos e "populistas". Para isso existe o correio da manha, o 24 horas, o Tal & Qual e afins. O Publico e´ um excelente jornal que fez o seu nome dando informacao pura e dura com bastante qualidade e pesquisa. Espero que nao estrague esse capital. Quanto ao Expresso, tem muitos nomes sonantes, mas nao passa de um pasquim. Assim como o Sunday Times, por exemplo, e´ um tabloide em versao broadsheet, com a agravante de em Portugal nao ter concorrencia. Isto faz com que a nossa elite gravite a´ volta dele e nao haja motivacao para jornalismo de qualidade.

Saludos Al_Mansour 09:22 17 Julho 2003 Disraeli

Não tenho procuração para defender o jornal PÚBLICO, mas repare que os jornais ditos de referência dividem.-se em notícias, que se pretendem objectivas e em colunas de opinião ou editoriais devidamente assinados, que só responsabilizam quem os assina.

Por isso é possível ver no PÚBLICO editoriais e artigos de opinião a favor da invasão e ocupação do Iraque (a começar pelo seu director) e simultâneamente ver artigos de opinião de Vital Moreira ou de Miguel Sousa Tavars abertamente contra a invasão do Iraque.

O mesmo se passa do DN (onde as crónicas do Ribeiro Ferreira ou do Luís Delgado, qundo se referem ao tema do Iraque são arrepiantes).

A coluna semanal da Teresa de Sousa, que normalmente aborda assuntos europeus pertence à categoria de artigos assinados, e portanto com opinião.

Cumprimentos. Kllux 02:35 17 Julho 2003 Lula's Credit Rating Downgraded...

...in the next few weeks, we should see whether Lula's government

has the political strength and/or guts to make its pension reform

proposals stick, or whether it will give up further ground.

The stakes are high, and Lula has much to lose in terms

of credibility. His government is not in control.

marlos 00:26 17 Julho 2003 ZéPortuga

Senhor ZéPortuga, com o devido respeito, permita-me fazer alguma observação ao que afirma sobre nomes de brasileiros. É verdade que alguns nomes provêm da influência norteamericana, nomeadamente aqueles vinculados a personagens históricos: Jefferson, Washington, Edson etc. Mas nem todos nomes terminados em "son" ou "ton" têm essa origem. Primeiro, a maioria dos brasileiros tem nomes portugueses ou aportuguesados: Manoel, Paulo, Antônio etc. Contudo, sendo um país de imigrantes, as mais variadas culturas têm representatividade na escolha de nomes próprios: Kazuo (japonês), Juan (espanhol),Arnon (hebraico), Assad (árabe), Nuara (tupi). Pode parecer inusitado, mas existe, também, no Brasil uma colônia de norteamericanos emigrados do sul dos EUA aquando da guerra civil de 1861, que veio a se estabelecer no estado de São Paulo, na cidade que hoje tem, sintomaticamente, o nome de Americana e, por óbvias razões, adota nomes de origem inglesa. Nesse contexto, gostava de dizer que o nome "ayrton", de acordo com fonte credível, tem sua origem em personagem do romance A Ilha Misteriosa, de Júlio Verne, não sendo, portanto, originário da língua inglesa. De ressaltar, também, que muitos brasileiros têm o hábito de criar nomes próprios a partir da junção dos nomes do pai e da mãe. Assim, por exemplo, temos Francivaldo, de Francisca mais Osvaldo e coisas do gênero. Kostas Kalimera 23:22 16 Julho 2003 Isto está mau!

Então os States não arranjam ninguém melhor para os defender do que esse da Polónia!

Pobres USA, não pensei que estivessem tão mal. Por isso é que cada vez têm maiores dificuldades em fazer vencer as suas posições em diversos fóruns.

Até na América Latina as coisas já foram melhores do que são hoje.

Os tempos mudam... quimmanel 23:16 16 Julho 2003 Conduta Expresso

Teria sido bom publicar o novo CÓDIGO DE CONDUTA DO «EXPRESSO» só na próxima edição. É que a "peça" sobre a Pinta da Costa, não fica lá nada bem num jornal que se pretende sério. citius 20:37 16 Julho 2003

Lula não fez como Churchill faria. Mas alguém terá talento para fazer como Churchill - que em vez de condenar abertamente a política norte-americana teria, provavelmente, repetido uma das suas brilhantes e curtas tiradas: "Recuso, terminantemente, ser neutro entre o fogo e os bombeiros".

Urgem no jornalismo português mais crónicas - com algum "tutano" - de Fernando Madrinha. Pompeu 19:15 16 Julho 2003 Ó ILDA APRESSA-TE PORRA! seguintes >

Para participar nos fóruns necessita de se registar

De Blair a Lula Fernando Madrinha

Em Londres, numa reunião de líderes socialistas em que participavam Tony Blair e outros dignitários do poder britânico, o Presidente brasileiro Lula da Silva criticou a guerra do Iraque, a atitude de subserviência do mundo inteiro em relação aos Estados Unidos e o egoísmo que, do seu ponto de vista, é a marca essencial da política norte-americana. As declarações do convidado para este encontro de uma esquerda selecta e pró-americana, onde pontificavam os socialistas da «terceira via» agora em declínio acelerado, geraram incómodo em alguns sectores da audiência, sobretudo naqueles que mais se envolveram no apoio à intervenção militar americana no Iraque. As declarações de Lula pareciam, aliás, uma provocação directa ao Governo de Londres, cujo seguidismo em relação a Washington tem resistido a todas as mudanças de cor política da respectiva Administração. Mas quem reagiu indignado não foi Tony Blair. Foi, curiosamente, o Presidente da Polónia quem saltou em defesa da América com enorme vigor e entusiasmo. Disse ele que, sem os EUA e a sua ajuda, os países do Leste europeu ainda não se teriam libertado do comunismo, pelo que é de uma grande injustiça acusar Washington de egoísmo. E a isto respondeu Lula que o projecto de Estado dos EUA passou precisamente por «dividir o mundo entre comunistas e não comunistas, ajudando a derrubar o comunismo e a promover ditaduras na América Latina». As declarações de Lula pareciam, aliás, uma provocação directa ao Governo de Londres, cujo seguidismo em relação a Washington tem resistido a todas as mudanças de cor política da respectiva Administração. Mas quem reagiu indignado não foi Tony Blair. Foi, curiosamente, o Presidente da Polónia quem saltou em defesa da América com enorme vigor e entusiasmo. Disse ele que, sem os EUA e a sua ajuda, os países do Leste europeu ainda não se teriam libertado do comunismo, pelo que é de uma grande injustiça acusar Washington de egoísmo. E a isto respondeu Lula que o projecto de Estado dos EUA passou precisamente por «dividir o mundo entre comunistas e não comunistas, ajudando a derrubar o comunismo e a promover ditaduras na América Latina». Os dois têm razão quanto ao papel e à atitude dos Estados Unidos no mundo. Os dois têm motivos particulares para verem nos EUA um aliado pouco confiável, no caso do Brasil, e um autêntico salvador, no caso da Polónia , razão pela qual dificilmente se porão alguma vez de acordo as duas esquerdas protagonizadas pelos líderes brasileiro e polaco. Mas o mais interessante desta troca de opiniões é o facto de, na busca de um novo modelo que lhe permita regressar ao poder, a esquerda ter como programa definir-se previamente em relação à hiperpotência mundial - a favor ou contra. Os dois têm razão quanto ao papel e à atitude dos Estados Unidos no mundo. Os dois têm motivos particulares para verem nos EUA um aliado pouco confiável, no caso do Brasil, e um autêntico salvador, no caso da Polónia , razão pela qual dificilmente se porão alguma vez de acordo as duas esquerdas protagonizadas pelos líderes brasileiro e polaco. Mas o mais interessante desta troca de opiniões é o facto de, na busca de um novo modelo que lhe permita regressar ao poder, a esquerda ter como programa definir-se previamente em relação à hiperpotência mundial - a favor ou contra. A «terceira via» europeia, vitoriosa em meados dos anos 90, com Bill Clinton no poder, está em declínio evidente e perdeu capacidade de resistir à emergência de uma «nova direita» na Europa, por sinal também coincidente com a mudança operada nos Estados Unidos. Isto apesar de, por medo do gigante russo, ter vingado um novo pró-americanismo militante nos antigos países comunistas. A «terceira via» europeia, vitoriosa em meados dos anos 90, com Bill Clinton no poder, está em declínio evidente e perdeu capacidade de resistir à emergência de uma «nova direita» na Europa, por sinal também coincidente com a mudança operada nos Estados Unidos. Isto apesar de, por medo do gigante russo, ter vingado um novo pró-americanismo militante nos antigos países comunistas. Entre Blair e Lula há um mar a separá-los. E perante o discurso apelativo do Presidente brasileiro, certamente mobilizador na América Latina e entre os mais deserdados da Terra, mas em muito desajustado da realidade europeia, a dúvida que agora persiste é a de saber se ele vai contagiar os socialistas do Velho Continente a ponto de regressarem ao «anti-imperialismo» dos anos 60, adaptado à era da globalização, ou se a nova esquerda se aplicará, sobretudo, em fazer-se passar por uma espécie de «terceira via» da nova direita. Com uma deriva ligeira nas questões sociais, mas em obediência cega ao «deus-mercado», que em tudo manda e tudo determina. Entre Blair e Lula há um mar a separá-los. E perante o discurso apelativo do Presidente brasileiro, certamente mobilizador na América Latina e entre os mais deserdados da Terra, mas em muito desajustado da realidade europeia, a dúvida que agora persiste é a de saber se ele vai contagiar os socialistas do Velho Continente a ponto de regressarem ao «anti-imperialismo» dos anos 60, adaptado à era da globalização, ou se a nova esquerda se aplicará, sobretudo, em fazer-se passar por uma espécie de «terceira via» da nova direita. Com uma deriva ligeira nas questões sociais, mas em obediência cega ao «deus-mercado», que em tudo manda e tudo determina. 10:58 16 Julho 2003

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1 a 20 de 47 alfredo casquil 13:48 19 Julho 2003 au clair de la lune

lula, o maior Endymion 11:05 19 Julho 2003 Lula

Lula é um senhor que desde que ascendeu ao poder no Brasil me fez sentir um novo respeito por este.

"mas em muito desajustado da realidade europeia"

Discordo. Isso pode aplicar-se aos governantes Britanicos e latinos mas n se extende a toda a Europa e muito menos à sua população. Talvez o venha a surpreender a qtidade de pessoas que partilham das visoes de lula, chirac, soares e outros relativamente à presente administração nos EUA. Simão Vitória 22:04 17 Julho 2003 USA, baluarte anticomunista?

EUA, baluarte anti-comunista?

Li algures um comentário onde se pretendia justificar a reacção do presidente da Polónia, às palavras do Lula.

Que a Polónia tinha conhecido comunismo... que tinha sentido na pele todo esse sofrimento, etc...

Mas notemos uma coisa. Foi Lech Walesa, e seu sindicato Solidarianosc que lutou e venceu o comunismo que ocupava poder na Polónia.

Foi a Igreja católica da Polónia que lutou na frente.

O Povo Polaco amparado nesta liderança, enfrentou corajosamente o imperialismo soviético. Não vergou. A partir daqui, e no seguimento, vem a Glasnost, a Perestroika e, não muito depois, a implosão da URSS.

Este fenómeno, veio de dentro. Não veio da providência anglo-americana.

O que o Bloco aliado patrocinou, após os acordos e Ialta e Potsdam foi a entrega a Stalin de metade da Europa (países do leste europeu e satélites da URSS).

O Leste Europeu esteve vergado cerca de meio século, debaixo da pata soviética.

Com a complacência anglo-americana, que apenas cuidou da sua defesa, enviando mísseis para a Europa para formar um escudo de protecção remoto.

Se houvesse guerra, se a URSS se lançasse numa invasão, a Alemanha, a Escandinávia, os países Baixos e a França, eram os primeiros a ser cilindrados. Esmagados.

Não foi o império anglo-americano que salvou a Europa. Pelo contrário.

O actual presidente da Polónia que veio usufruir do trbalho pioneiro de Walesa, tem formação americana, tal como o Durão Barroso. E como este, foi imposto pelos USA.

Não sei se aí no Brasil sabem... que Durão começou por ser militante de extrema-esquerda. Para a qual, um dos ídolos era Stalin, juntamente com Mao Zedong.

E Saddam não era comunista. Nem o Laden. Pelo contrário.

A primeira façanha que a coligação anglo-americana se orgulha é de fazer saír um jornal que é o orgão oficial do partido comunista iraquiano. Foi até o prmeiro a saír após a ocupação anglo-americana. E também se jacta de de ter impingido um ministro comunista neste elenco fantoche que impuseram. E que o Povo do Iraque rejeita.

E ali, junto à Florida, ao pé da porta, com uma faixa estreita de oceano a separar, ainda ontem morreu mais gente que queria fugir do inferno cubano.

Que autoridade moral têm os USA?

A única coisa que têm feito são golpes traiçoeiros e uma conduta sub-reptícia.

Fidel queixa-se que é sucessivamente atacado por brigadas de assasinos a soldo da CIA para o liquidarem. Que é alvo de frequentes atentados e conspirações contra a sua vida.

A estupidez e a brutalidade anglo-americana está a dar, cada vez, mais força a Fidel Castro. Uma espécie de vacinas contra a morte. Em inoculações sucessivas que lhe aumentam a resistência.

O regime cada vez endurece mais. E mais argumentos adquire para permanecer indefinidamente.

Já lá está, vai a caminho dos 45 anos. Perante a passividade anglo-americana.

Já têm pensado numa invasão armada. E até, parece, que querem treinar, invadindo todos os países da América Latina. Como fizeram com o Haiti...

O comunismo não se vence com armas.

Vence-se com o exemplo.

Com a autoridade moral.

E nem a Grã-Bretanha, nem os EUA, os têm. Anthrax 21:56 17 Julho 2003 inside out 18:35 17 Julho 2003

Olhe sabe o que lhe digo... Odeio-o! Não é justo anda aqui uma pessoa a esforçar-se e depois é desmascarado assim... dessa forma... é uma maldade, digo-lhe já. Não é justo... agora vou fazer birra... Mas primeiro respondo-lhe.

É TPC sim senhor! 1 e 2, sim porque as desgraças nunca vêm só e quando vêm são como as mulheres quando vão à casa-de-banho, vão (ou vêm) aos pares. Não sei é se estaremos a falar do mesmo tipo de TPC.

E não apanhei os pais fora de casa, tive foi que sair de casa porque infelizmente explodi o meu computador. Ainda hoje estou para saber como consegui fazer aquilo sem ficar colado à ficha. Aquilo é que foi um 'Big Bum', aquilo foram os fusíveis, foi o computador foi tudo pelos ares... menos eu é claro.

inside out 18:35 17 Julho 2003 Anthrax

O maroto do Anthrax voltou em forma. Andou a fazer o TPC e agora chega aqui e debita meses de aturado esforço.

A propósito: voltou a apanhar os pais fora de casa para acelerar aos comandos do teclado.

Dobleyou 18:34 17 Julho 2003 Nao Sei de Nada..

Nao conhece esse Mister Blair, nunca faleu com ela,

nunca joguei ao berlinda com ele..

Isso sao todos trapalhados dos anti-americ$nos que noa gosta de me.

Anthrax 17:10 17 Julho 2003 Caros Mzinhas e Aramiuze

«Portantos», nessa perspectiva que utilizais a Economia de Mercado promove, não só, o individualismo, como também, o egoísmo. Sois, V.exas, a favor de uma sociedade igualitária. Espanto! Platão também e é considerado como o 'pai' do totalitarismo. Talvez por isso a minha inclinação seja mais para o Aristóteles, até porque, convenhamos, aquela República do tio Platão chegava a um ponto em que era de uma promíscuidade aterradora e suponho que ninguém considera, actualmente, a sociedade espartana, como um modelo idílico de vida.

Mas tirando isso. Portanto, eu ía na economia de Mercado e naquela cena de que promove o egoísmo. A economia de mercado emerge naturalmente das relações de trocas com vista a satisfazer as necessidades individuais, não é? Pois, pergunto, desde quando a criação de relações de interdependência promove o egoísmo?

Por outro lado, a questão do individualismo não é menos preocupante. Mas, a criação de relações de interdependência tende a agregar indíviduos para que colaborando consigam satisfazer as suas necessidades e não o contrário. Mzinhas 16:42 17 Julho 2003 Aramiuze 15:59 17 Julho 2003 Globalização amiga!

Concordo.

O problema é que o ocidente desenvolvido só promove a globalização naquelas actividades onde apresenta claras vantagens competitivas. Quanto ao sistema de mercado é isso mesmo: revela o estado civilizacional que nos encontramos. Nós temos que ser exigentes com nós próprios, temos que promover dinâmicas sociais de direito e não de privilégio, temos que sociológicamente premiar os bons exemplos de modus vivendi e não idolatrar cegamente vencedores. Aramiuze 15:59 17 Julho 2003 Mzinhas 15:40 17 Julho 2003 - Globalização amiga!

Parece-me que precogniza uma espécie de ética indivídual que se reflicta aos poucos no contexto social.

Para que póssamos escolher entre os produtos de uma empresa decente e de outra que utilize mão escreva (p.e.), tem que haver possibilidade de escolha, só assim podemos intervir.

É nesse aspecto que acho que a tão mal afamada globalização pode dar uma ajuda importante. Em vez de americanizar/europeizar o mundo, pode ser que sirva para nos abrir os horizontes e apreciar as coisas fantásticas da América do Sul, África, Ásia e Oceania. Mzinhas 15:40 17 Julho 2003 Deus ou nós próprios?

O problema do sistema de mercado (que é, sem qq dúvida, um meio e não um fim) é que espelha o que nós todos somos quando vistos numa dimensáo de grupo social. Cabe à procura, que depende de todos nós, definir quais os produtos e serviços que são produzidos. Será que a nossa escolha como consumidor depende da empresa produzir de forma ambientalmente limpa? Importa, para a nossa decisão, se a empresa faz dumping social? Não pague impostos? será que qd compramos acções ligamos alguma coisa a estes factores?

Qd adquirimos produtos do sector primário, temos consciência que os de nacionalidade brasileira ou argentina são muito melhores do que os seus congéneres europeus ou americanos mas que na realidade os primeiros não prosperam e os segundos vêm o seu status quo assegurado? facilmente se conclui que rapidamente se rotula o mercado quando deviamos, isso sim, balizar os privilégios sociais, as suas dinâmicas e consequências no todo, que é tão bem relevado pelo sistema de mercado.Não digamos, portanto mal dele, mas sim de nós próprios. Que a verdade não morra solteira... Anthrax 11:22 17 Julho 2003 zippiz 18:42 16 Julho 2003

Nunca, jamais, em tempo algum, tentaria fazê-lo mudar de ideias fossem elas qual fossem, por uma razão muito simples porque acredito que tudo tem de ser criticado de acordo com os diversos pontos de vista.

Ou seja, imagine que está num campo de tiro a fazer pontaria aos pratos (sim pratos e não patos senão tinhamos as associações protectoras dos animais à perna), depois é só uma questão de ver aqueles que não partem. Mas atenção, há que ter a consciência de que os pratos podem não partir naquele momento, mas é tudo uma questão de pontaria. Aramiuze 10:13 17 Julho 2003 Alguém se lembra do Mota Amaral?

Ainda há poucos dias havia altas indignações sobre o discurso de Mota Amaral na AR na recepção ao presidente Lula. Tinha sido falta de tacto, pouco senso, etc.

Como isso me parece ridículo agora, porque Lula não qq problema em partir a louça onde quer que esteja, e para ele o discurso do nosso Mota Amaral até deve ter sido bastante suave e politicamente correcto.

Só um pequeno reparo. O artigo não me parece confuso, talvez o jornalista sim. Não vejo que o discurso anti-americanista de Lula seja desajustado para a Europa, muito pelo contrário. Acho que a esmagadora maioria das opiniões públicas europeias aplaude de pé toda e qualquer crítica aos americanos.

O manual do demagogo diz: <<É imprescindível criar um inimigo externo para nos motivar para a luta e para nos esquecermos dos nossos defeitos.>>

Há 10 anos atrás, quando eu fazia críticas aos americanos quase que era apedrejado na rua. Agora é ao contrário.

Disraeli 09:58 17 Julho 2003 Al mansour

Sem duvida. E ainda bem que assim e´. Eu so acho que o facto de serem artigos de opiniao nao devia dar azo a que se publiquem argumentos bombasticos e "populistas". Para isso existe o correio da manha, o 24 horas, o Tal & Qual e afins. O Publico e´ um excelente jornal que fez o seu nome dando informacao pura e dura com bastante qualidade e pesquisa. Espero que nao estrague esse capital. Quanto ao Expresso, tem muitos nomes sonantes, mas nao passa de um pasquim. Assim como o Sunday Times, por exemplo, e´ um tabloide em versao broadsheet, com a agravante de em Portugal nao ter concorrencia. Isto faz com que a nossa elite gravite a´ volta dele e nao haja motivacao para jornalismo de qualidade.

Saludos Al_Mansour 09:22 17 Julho 2003 Disraeli

Não tenho procuração para defender o jornal PÚBLICO, mas repare que os jornais ditos de referência dividem.-se em notícias, que se pretendem objectivas e em colunas de opinião ou editoriais devidamente assinados, que só responsabilizam quem os assina.

Por isso é possível ver no PÚBLICO editoriais e artigos de opinião a favor da invasão e ocupação do Iraque (a começar pelo seu director) e simultâneamente ver artigos de opinião de Vital Moreira ou de Miguel Sousa Tavars abertamente contra a invasão do Iraque.

O mesmo se passa do DN (onde as crónicas do Ribeiro Ferreira ou do Luís Delgado, qundo se referem ao tema do Iraque são arrepiantes).

A coluna semanal da Teresa de Sousa, que normalmente aborda assuntos europeus pertence à categoria de artigos assinados, e portanto com opinião.

Cumprimentos. Kllux 02:35 17 Julho 2003 Lula's Credit Rating Downgraded...

...in the next few weeks, we should see whether Lula's government

has the political strength and/or guts to make its pension reform

proposals stick, or whether it will give up further ground.

The stakes are high, and Lula has much to lose in terms

of credibility. His government is not in control.

marlos 00:26 17 Julho 2003 ZéPortuga

Senhor ZéPortuga, com o devido respeito, permita-me fazer alguma observação ao que afirma sobre nomes de brasileiros. É verdade que alguns nomes provêm da influência norteamericana, nomeadamente aqueles vinculados a personagens históricos: Jefferson, Washington, Edson etc. Mas nem todos nomes terminados em "son" ou "ton" têm essa origem. Primeiro, a maioria dos brasileiros tem nomes portugueses ou aportuguesados: Manoel, Paulo, Antônio etc. Contudo, sendo um país de imigrantes, as mais variadas culturas têm representatividade na escolha de nomes próprios: Kazuo (japonês), Juan (espanhol),Arnon (hebraico), Assad (árabe), Nuara (tupi). Pode parecer inusitado, mas existe, também, no Brasil uma colônia de norteamericanos emigrados do sul dos EUA aquando da guerra civil de 1861, que veio a se estabelecer no estado de São Paulo, na cidade que hoje tem, sintomaticamente, o nome de Americana e, por óbvias razões, adota nomes de origem inglesa. Nesse contexto, gostava de dizer que o nome "ayrton", de acordo com fonte credível, tem sua origem em personagem do romance A Ilha Misteriosa, de Júlio Verne, não sendo, portanto, originário da língua inglesa. De ressaltar, também, que muitos brasileiros têm o hábito de criar nomes próprios a partir da junção dos nomes do pai e da mãe. Assim, por exemplo, temos Francivaldo, de Francisca mais Osvaldo e coisas do gênero. Kostas Kalimera 23:22 16 Julho 2003 Isto está mau!

Então os States não arranjam ninguém melhor para os defender do que esse da Polónia!

Pobres USA, não pensei que estivessem tão mal. Por isso é que cada vez têm maiores dificuldades em fazer vencer as suas posições em diversos fóruns.

Até na América Latina as coisas já foram melhores do que são hoje.

Os tempos mudam... quimmanel 23:16 16 Julho 2003 Conduta Expresso

Teria sido bom publicar o novo CÓDIGO DE CONDUTA DO «EXPRESSO» só na próxima edição. É que a "peça" sobre a Pinta da Costa, não fica lá nada bem num jornal que se pretende sério. citius 20:37 16 Julho 2003

Lula não fez como Churchill faria. Mas alguém terá talento para fazer como Churchill - que em vez de condenar abertamente a política norte-americana teria, provavelmente, repetido uma das suas brilhantes e curtas tiradas: "Recuso, terminantemente, ser neutro entre o fogo e os bombeiros".

Urgem no jornalismo português mais crónicas - com algum "tutano" - de Fernando Madrinha. Pompeu 19:15 16 Julho 2003 Ó ILDA APRESSA-TE PORRA! seguintes >

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