Mota Amaral vai a Belém contrariado

25-11-2002
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Mota Amaral Vai a Belém Contrariado

Por JOÃO PEDRO HENRIQUES

Domingo, 10 de Novembro de 2002

Crise parlamentar

O Presidente da Assembleia da República considera que o caso do inquérito à PJ já está encerrado e quer "partir para outra"

Mota Amaral não gostou da iniciativa do Presidente da República de o convocar para discutir em Belém a situação política decorrente do confronto entre a oposição e a maioria governamental na comissão parlamentar de inquérito às demissões na PJ.

Em Budapeste, onde ontem concluiu uma visita oficial de três dias, o Presidente da Assembleia da República fez declarações que, apesar de muito contidas, transmitem um pouco do seu mal-estar com a iniciativa de Jorge Sampaio. "Não creio que haja razões para alarme [quanto ao funcionamento das instituições]. Mas admito que outras entidades tenham outra opinião", afirmou. Tradução: para Mota Amaral a situação não tem a carga dramática que Jorge Sampaio lhe deu ao convocar o presidente da Assembleia da República e os líderes partidários para Belém.

O que importa agora, segundo acrescentou o presidente do Parlamento, "é partir para outra". No seu entender o caso PJ está encerrado e o próprio PSD já fechou a comissão. Cabe agora à opinião pública julgar os intervenientes no processo". Ou, por outras palavras, o que não se resolve resolvido está. "Não posso dar ordens nem à oposição nem à maioria", acrescentou.

Na próxima segunda-feira Mota Amaral reunirá, em separado, com os líderes parlamentares. Depois com os vice-presidentes da Assembleia, pondo assim em prática o que o futuro regimento do parlamentar já prevê. Terça-feira irá então a Belém.

Nessas reuniões, já não quer tratar do caso PJ mas sim da "actualidade". Ou seja, preparar a discussão do Orçamento do Estado. E, mais uma vez, tentar convencer os partidos da urgência de se aprovar o novo regimento da Assembleia, que parece ser a sua menina dos olhos legislativa. Mota Amaral faz questão de que este diploma entre em vigor em 1 de Janeiro próximo.

Mota Amaral Vai a Belém Contrariado

Por JOÃO PEDRO HENRIQUES

Domingo, 10 de Novembro de 2002

Crise parlamentar

O Presidente da Assembleia da República considera que o caso do inquérito à PJ já está encerrado e quer "partir para outra"

Mota Amaral não gostou da iniciativa do Presidente da República de o convocar para discutir em Belém a situação política decorrente do confronto entre a oposição e a maioria governamental na comissão parlamentar de inquérito às demissões na PJ.

Em Budapeste, onde ontem concluiu uma visita oficial de três dias, o Presidente da Assembleia da República fez declarações que, apesar de muito contidas, transmitem um pouco do seu mal-estar com a iniciativa de Jorge Sampaio. "Não creio que haja razões para alarme [quanto ao funcionamento das instituições]. Mas admito que outras entidades tenham outra opinião", afirmou. Tradução: para Mota Amaral a situação não tem a carga dramática que Jorge Sampaio lhe deu ao convocar o presidente da Assembleia da República e os líderes partidários para Belém.

O que importa agora, segundo acrescentou o presidente do Parlamento, "é partir para outra". No seu entender o caso PJ está encerrado e o próprio PSD já fechou a comissão. Cabe agora à opinião pública julgar os intervenientes no processo". Ou, por outras palavras, o que não se resolve resolvido está. "Não posso dar ordens nem à oposição nem à maioria", acrescentou.

Na próxima segunda-feira Mota Amaral reunirá, em separado, com os líderes parlamentares. Depois com os vice-presidentes da Assembleia, pondo assim em prática o que o futuro regimento do parlamentar já prevê. Terça-feira irá então a Belém.

Nessas reuniões, já não quer tratar do caso PJ mas sim da "actualidade". Ou seja, preparar a discussão do Orçamento do Estado. E, mais uma vez, tentar convencer os partidos da urgência de se aprovar o novo regimento da Assembleia, que parece ser a sua menina dos olhos legislativa. Mota Amaral faz questão de que este diploma entre em vigor em 1 de Janeiro próximo.

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