Funcionários “exaustos” protestam em escola de Évora

05-02-2020
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Joana Bento é encarregada operacional na escola Básica Manuel Ferreira Patrício, em Évora, uma escola sede de agrupamento e com contrato de autonomia. Joana já leva largos anos de serviço e não se recorda de viver uma situação tão complicada como a atual, com a falta de funcionários a provocar problemas no estabelecimento de ensino.

“O meu dia-a-dia, neste momento, é correr de um lado para o outro. Em chegando aqui, nunca mais me lembro de nada, é só escola onde faço tudo o que posso e o que não posso”, contou à Renascença, esta manhã, durante um plenário que se realizou frente ao estabelecimento.

A funcionária diz que está “muito exausta”, à semelhança de outros colegas, 16 dos quais estão em situação de baixa médica. “Vou daqui e é só deitar-me, não consigo fazer nada em casa”, admite.

Por causa desta situação, desde o Natal que cinco alunos com necessidades educativas especiais não podem ir à escola, mantendo-se encerrada a Unidade de Educação Especial. Neste período letivo, também o ginásio já esteve de portas fechadas. É lá que está Maria Antónia, de momento a fazer o trabalho de duas pessoas.

“Temos de limpar as salas dos PIEF, é o gabinete da psicóloga, cá em baixo são quatro casas de banho, depois temos os balneários, as bancadas. É muito trabalho para uma só pessoa”, lamenta a funcionária.

De muito trabalho queixa-se, igualmente, a colega Fátima Caeiro que está agregada ao primeiro ciclo. Há pelo menos dois dias por semana, que durante o intervalo, fica a tomar conta de 230 alunos, sozinha.

“Ainda não aconteceu nada porque Deus não quer”, desabafa a assistente, há um ano a trabalhar na escola e responsável por outras tarefas. “Se faltar uma funcionária, no final do dia, é impossível darmos conta da limpeza e da organização do espaço”, denuncia Fátima, que se afirma “completamente exausta”.

Em janeiro deste ano, o problema da falta de funcionários nesta escola de Évora já tinha sido revelado pela Renascença, a que se seguiu uma denuncia do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA).

Na ocasião, em comunicado, o sindicato referia que a Unidade de Educação Especial desta escola “encontra-se encerrada desde o início do segundo período letivo”, o que obriga “as crianças a ficarem em casa” e provoca “grande descontentamento, preocupação e transtorno na vida profissional dos pais”.

O sindicato alertava, então, para “a falta de trabalhadores assistentes operacionais”, sendo que os atuais funcionários, também, “estão cansados e exaustos, o que os leva a recorrer, com muita frequência, a atestados médicos e baixas médicas”.

Esta manhã, o STFPSSRA associou-se ao plenário dos funcionários, voltando a exigir a urgente intervenção do Ministério da Educação.

“Esta é uma escola de inclusão e por isso deveria ter uma qualidade em termos de funcionários públicos e no que diz respeito ao acompanhamento a estas crianças, e isso não se verifica”, sublinha a sindicalista Mariana Reto que exige a “abertura de concurso para a colocação de mais trabalhadores”, uma vez que a situação está “a ir à exaustão.”

Depois do protesto desta quarta-feira, os trabalhadores ponderam outras formas de luta que podem levar ao encerramento da própria escola. Já a direção da escola mantém o silêncio.

Joana Bento é encarregada operacional na escola Básica Manuel Ferreira Patrício, em Évora, uma escola sede de agrupamento e com contrato de autonomia. Joana já leva largos anos de serviço e não se recorda de viver uma situação tão complicada como a atual, com a falta de funcionários a provocar problemas no estabelecimento de ensino.

“O meu dia-a-dia, neste momento, é correr de um lado para o outro. Em chegando aqui, nunca mais me lembro de nada, é só escola onde faço tudo o que posso e o que não posso”, contou à Renascença, esta manhã, durante um plenário que se realizou frente ao estabelecimento.

A funcionária diz que está “muito exausta”, à semelhança de outros colegas, 16 dos quais estão em situação de baixa médica. “Vou daqui e é só deitar-me, não consigo fazer nada em casa”, admite.

Por causa desta situação, desde o Natal que cinco alunos com necessidades educativas especiais não podem ir à escola, mantendo-se encerrada a Unidade de Educação Especial. Neste período letivo, também o ginásio já esteve de portas fechadas. É lá que está Maria Antónia, de momento a fazer o trabalho de duas pessoas.

“Temos de limpar as salas dos PIEF, é o gabinete da psicóloga, cá em baixo são quatro casas de banho, depois temos os balneários, as bancadas. É muito trabalho para uma só pessoa”, lamenta a funcionária.

De muito trabalho queixa-se, igualmente, a colega Fátima Caeiro que está agregada ao primeiro ciclo. Há pelo menos dois dias por semana, que durante o intervalo, fica a tomar conta de 230 alunos, sozinha.

“Ainda não aconteceu nada porque Deus não quer”, desabafa a assistente, há um ano a trabalhar na escola e responsável por outras tarefas. “Se faltar uma funcionária, no final do dia, é impossível darmos conta da limpeza e da organização do espaço”, denuncia Fátima, que se afirma “completamente exausta”.

Em janeiro deste ano, o problema da falta de funcionários nesta escola de Évora já tinha sido revelado pela Renascença, a que se seguiu uma denuncia do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA).

Na ocasião, em comunicado, o sindicato referia que a Unidade de Educação Especial desta escola “encontra-se encerrada desde o início do segundo período letivo”, o que obriga “as crianças a ficarem em casa” e provoca “grande descontentamento, preocupação e transtorno na vida profissional dos pais”.

O sindicato alertava, então, para “a falta de trabalhadores assistentes operacionais”, sendo que os atuais funcionários, também, “estão cansados e exaustos, o que os leva a recorrer, com muita frequência, a atestados médicos e baixas médicas”.

Esta manhã, o STFPSSRA associou-se ao plenário dos funcionários, voltando a exigir a urgente intervenção do Ministério da Educação.

“Esta é uma escola de inclusão e por isso deveria ter uma qualidade em termos de funcionários públicos e no que diz respeito ao acompanhamento a estas crianças, e isso não se verifica”, sublinha a sindicalista Mariana Reto que exige a “abertura de concurso para a colocação de mais trabalhadores”, uma vez que a situação está “a ir à exaustão.”

Depois do protesto desta quarta-feira, os trabalhadores ponderam outras formas de luta que podem levar ao encerramento da própria escola. Já a direção da escola mantém o silêncio.

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