Intervenção do Deputado Lino de Carvalho

20-04-2003
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Intervenção do Deputado

Lino de Carvalho

Pedido de esclarecimento ao Deputado Miguel Ginestal (PS)

sobre a agricultura portuguesa,

nomeadamenre em relação às quotas leiteiras dos Açores

13 de Dezembro de 2000

Sr. Presidente,

Ouvindo o Sr. Deputado Miguel Ginestal poderia parecer que a agricultura portuguesa vive num oásis, num país cor-de-rosa.

Gostaríamos todos que assim fosse, mas infelizmente não é!

Como é natural, todos estamos satisfeitos por ter sido possível travar uma solução injusta da parte da Comunidade Europeia, a qual resultava numa política agrícola irracional que penalizava os agricultores portugueses, em particular os açorianos, por produzirem, depois de os mesmos terem sido mobilizados para investir nas suas explorações. Esta é a questão de fundo!

A política agrícola comum, a que o Governo português se tem associado, apela ao investimento, mobiliza os agricultores para investir, apela a que modernizem e aumentem a produtividade das suas explorações, penalizando-os, depois, exactamente por corresponderem a esses apelos. Enquanto esta questão de fundo não for alterada, é óbvio que, periodicamente, vamos ter estes problemas!

De qualquer modo, embora reconhecendo como positiva - não temos qualquer dificuldade em usar esta expressão - a resolução deste problema no imediato, o Sr. Deputado Miguel Ginestal concordará comigo que a substituição, no futuro, de gado de leite por gado de carne não vai resolver o problema, pois em muitas zonas do País, designadamente na Beira Interior, não há alternativa ao gado de leite, não há alternativa à produção leiteira, que constitui um salário, um «pinga-pinga» mensal para o rendimento dos agricultores, o que não se consegue com o gado de carne.

Ao contrário do que o Sr. Deputado Miguel Ginestal disse, o subsídio referente ao tomate não aumentou de 6 para 7 contos por tonelada, antes baixou de 8 para 7 contos por tonelada, que é o valor médio actual.

Intervenção do Deputado

Lino de Carvalho

Pedido de esclarecimento ao Deputado Miguel Ginestal (PS)

sobre a agricultura portuguesa,

nomeadamenre em relação às quotas leiteiras dos Açores

13 de Dezembro de 2000

Sr. Presidente,

Ouvindo o Sr. Deputado Miguel Ginestal poderia parecer que a agricultura portuguesa vive num oásis, num país cor-de-rosa.

Gostaríamos todos que assim fosse, mas infelizmente não é!

Como é natural, todos estamos satisfeitos por ter sido possível travar uma solução injusta da parte da Comunidade Europeia, a qual resultava numa política agrícola irracional que penalizava os agricultores portugueses, em particular os açorianos, por produzirem, depois de os mesmos terem sido mobilizados para investir nas suas explorações. Esta é a questão de fundo!

A política agrícola comum, a que o Governo português se tem associado, apela ao investimento, mobiliza os agricultores para investir, apela a que modernizem e aumentem a produtividade das suas explorações, penalizando-os, depois, exactamente por corresponderem a esses apelos. Enquanto esta questão de fundo não for alterada, é óbvio que, periodicamente, vamos ter estes problemas!

De qualquer modo, embora reconhecendo como positiva - não temos qualquer dificuldade em usar esta expressão - a resolução deste problema no imediato, o Sr. Deputado Miguel Ginestal concordará comigo que a substituição, no futuro, de gado de leite por gado de carne não vai resolver o problema, pois em muitas zonas do País, designadamente na Beira Interior, não há alternativa ao gado de leite, não há alternativa à produção leiteira, que constitui um salário, um «pinga-pinga» mensal para o rendimento dos agricultores, o que não se consegue com o gado de carne.

Ao contrário do que o Sr. Deputado Miguel Ginestal disse, o subsídio referente ao tomate não aumentou de 6 para 7 contos por tonelada, antes baixou de 8 para 7 contos por tonelada, que é o valor médio actual.

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