Deputados do PSD criticam presidente da Coimbra 2003 e Ministério da Cultura

18-04-2003
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Deputados do PSD Criticam Presidente da Coimbra 2003 e Ministério da Cultura

Por ÁLVARO VIEIRA COM ANÍBAL RODRIGUES

Sexta-feira, 11 de Abril de 2003 Depois do vice-presidente do PSD, Paulo Pereira Coelho, ontem foi a vez de Miguel Coleta, outro deputado social-democrata de Coimbra, fazer duras críticas ao presidente da Coimbra 2003 Capital Nacional da Cultura (CCNC), chegando a "questionar a capacidade de Abílio Hernandez para levar isto a bom porto". Coleta afirma que "já por duas vezes se sentiu ofendido" por Hernandez: com a reacção ao protesto, subscrito por todos os deputados do PSD e PS eleitos por Coimbra, ao facto de a antologia "Século de Ouro", editada pela CCNC, ter omitido alguns poetas da região Centro; e com a resposta de Hernandez às críticas que lhe dirigiu Pereira Coelho. Segunda-feira, este dirigente social-democrata acusou a CCNC de funcionar em circuito fechado e de esquecer os agentes culturais da cidade. "Era bom que explicassem de uma vez por todas para onde vai o dinheiro". "A responsabilidade é de quem organiza e do Ministério da Cultura (MC) que financia", acrescentou Pereira Coelho, após uma visita à ARCA, escola de ensino artístico de Coimbra, onde ouviu os directores queixarem-se da alegada indefinição da CCNC quanto à Bienal de Escolas de Artes que pretendem realizar em Setembro. "Se os agentes culturais não sabem o que se passa", insistiu, "o que dirá a população em geral?" A resposta de Hernandez não se fez esperar: "Escândalo é o senhor deputado não saber o que se passa. A CCNC é um projecto do MC, do seu ministro, que também é o meu ministro, embora por razões diferentes. O senhor deputado não sabe porque não quer ou, então, anda distraído", declarou à Lusa. Tutela não comenta Miguel Coleta secundou ontem as críticas de Pereira Coelho, acusando Hernandez de ter "reacções de virgem ofendida", quando criticado. O presidente da CCNC garantiu que a realização da bienal proposta pela ARCA já foi confirmada a esta instituição, mal se soube que as obras no Convento de S. Francisco estariam prontas a tempo de acolher a iniciativa. Mas não convenceu Coleta: "Ou os directores da ARCA são todos mentirosos ou Abílio Hernandez é leviano na forma como administra a CCNC e os dinheiros públicos". Interrogado sobre se também dirigia estas críticas ao MC, o jovem deputado limitou-se a dizer: "Se calhar..." Contactado pelo PÚBLICO, o MC escusou-se a comentar estas declarações. Ao contrário de Hernandez, que recorda a Coleta que a resposta ao protesto contra a edição "Século de Ouro" foi assinada pelos próprios antologiadores: "Miguel Coleta é que me ofendeu, ao chamar-me 'virgem ofendida', e isso não lhe admito. Os deputados do PSD, ou outros quaisquer, têm o direito e o dever de emitir opiniões, mas de forma responsável. Não têm o direito de lançar suspeitas sobre a CCNC ou sobre mim". Hernandez sublinha que o ministro da Cultura o manteve na CCNC, apesar de saber que ele não era afecto à actual maioria governativa. "Isto não incomodou o doutor Pedro Roseta, que estimo. Se incomoda Miguel Coleta ou qualquer outro deputado, é problema deles", afirma Hernandez, que ontem também foi atacado noutras frentes. O presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC) acusou-o de ter "mentido" ao afirmar que a associação só não integrou a organização da CCNC, por o respectivo pedido de adesão nunca ter sido enviado. "Ele disse que iria mandar o protocolo, algo que nunca chegou a acontecer", disse Victor Hugo Salgado, reiterando que a CCNC ignorou os projectos que a AAC pretendia incluir no programa do evento. . OUTROS TÍTULOS EM CULTURA Moda Lisboa

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