EXPRESSO: País

29-08-2002
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Soares e Santana mais empatados

NUM duelo a dois, João Soares e Santana Lopes estão tecnicamente empatados a pouco mais de sete meses do dia em que os lisboetas escolherão o seu próximo presidente da Câmara. Mas as coisas são um pouco diferentes se a pergunta sobre quem vai ser o próximo presidente da edilidade lisboeta incluir os outros candidatos à corrida, Paulo Portas, Miguel Portas e Garcia Pereira. Neste cenário - que os irmãos Portas asseveram que se irá concretizar, recusando ambos a saída de cena -, Soares tem ainda uma vantagem de cinco pontos, embora, desde Fevereiro, Santana registe uma recuperação de mais de 2%.

NUM duelo a dois, João Soares e Santana Lopes estão tecnicamente empatados a pouco mais de sete meses do dia em que os lisboetas escolherão o seu próximo presidente da Câmara. Mas as coisas são um pouco diferentes se a pergunta sobre quem vai ser o próximo presidente da edilidade lisboeta incluir os outros candidatos à corrida, Paulo Portas, Miguel Portas e Garcia Pereira. Neste cenário - que os irmãos Portas asseveram que se irá concretizar, recusando ambos a saída de cena -, Soares tem ainda uma vantagem de cinco pontos, embora, desde Fevereiro, Santana registe uma recuperação de mais de 2%.

Gomes arrasa Rio

DEZOITO anos depois de as suas carreiras de economistas se terem cruzado, Fernando Gomes e Rui Rio voltam a encontrar-se num combate político, ao serviço de «empresas» concorrentes. No início de 1983, o recém-licenciado e dirigente nacional da JSD Rui Rio iniciava o tirocínio profissional como director financeiro da empresa portuense J. Baptista, sem imaginar que o jovem economista que substituía no cargo e transitava para outras firmas do grupo seria, em Dezembro de 2001, o seu opositor socialista na disputa da Câmara do Porto.

DEZOITO anos depois de as suas carreiras de economistas se terem cruzado, Fernando Gomes e Rui Rio voltam a encontrar-se num combate político, ao serviço de «empresas» concorrentes. No início de 1983, o recém-licenciado e dirigente nacional da JSD Rui Rio iniciava o tirocínio profissional como director financeiro da empresa portuense J. Baptista, sem imaginar que o jovem economista que substituía no cargo e transitava para outras firmas do grupo seria, em Dezembro de 2001, o seu opositor socialista na disputa da Câmara do Porto.

«Farei uma auditoria à Câmara»

EXPRESSO - Alguma vez exerceu um cargo autárquico? ANTÓNIO CAPUCHO - Fui membro da assembleia municipal de Cascais, na primeira parte da presidência da arquitecta Helena Roseta. Saí, na sequência de assumpção de funções no então Ministério da Qualidade de Vida.

«Assumo todo o passado»

EXPRESSO - O que leva um advogado de sucesso a trocar a carreira profissional pela experiência autárquica? JOSÉ LAMEGO - Um desafio de gestão, uma forma de fazer política de proximidade. E Cascais é um concelho emblemático. Naturalmente que é uma mudança de vida e vou sentir algum desconforto, em termos pessoais, mas é um desafio que aceito com muito gosto e entusiasmo.

Famílias estão mais pequenas

A DIMENSÃO média das famílias portuguesas está a baixar, situando-se entre 2,5 e três pessoas por agregado - de acordo com as primeiras estimativas feitas a partir dos dados dos Censos 2001. Em 1991, cada família tinha 3,1 pessoas, enquanto uma década antes a média era de 3,4 elementos. Os primeiros resultados preliminares da operação de recenseamento somente serão divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na primeira quinzena de Junho. Por outro lado, para já, a leitura das respostas aos questionários aponta também para um «aumento do número de famílias» e de «mais pessoas a viverem sós», tendências, aliás, já verificadas nos Censos de 1991.

Crime sobe no turismo algarvio

A CRIMINALIDADE no Algarve, nos meses que antecedem a época alta do turismo, aumentou 74% no ano passado face a 1999. Os locais mais sensíveis, no que respeita a assaltos a residências, estão no eixo Quinta do Lago –Vale de Lobo. No caso de Albufeira, por exemplo, os furtos ocorridos entre Abril e Junho de 2000 representaram 56% do total daquele tipo de delito ao longo de todo o ano.

A CRIMINALIDADE no Algarve, nos meses que antecedem a época alta do turismo, aumentou 74% no ano passado face a 1999. Os locais mais sensíveis, no que respeita a assaltos a residências, estão no eixo Quinta do Lago –Vale de Lobo. No caso de Albufeira, por exemplo, os furtos ocorridos entre Abril e Junho de 2000 representaram 56% do total daquele tipo de delito ao longo de todo o ano.

Algarve inseguro

A FEDERAÇÃO dos Operadores Turísticos Internacionais (FTO), nos seus relatórios mensais de cariz confidencial reporta para o Algarve, nos meses de Abril, Maio e Junho de 2000, um aumento de 74% da criminalidade a turistas, comparativamente a igual período do ano anterior. Albufeira surge como a zona mais perigosa, tendo registado 56% do total de furtos. Entre as zonas sensíveis, contam-se ainda o eixo Quinta do Lago, Vale de Lobo, no que toca a assaltos a residências.

Bispos contra salas de chuto

O EPISCOPADO católico vai publicar, na próxima semana, um documento muito crítico sobre a legalização das «salas de chuto» e das uniões de facto. Durante a assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que se reúne em Fátima entre segunda-feira e quinta-feira, vai ser divulgado um texto sobre «Crise de Sociedade, Crise de Civilização», e que fará uma análise não apenas do actual modelo de família como ainda de situações consideradas de risco pelos bispos, como a legalização de salas de injecção assistida, cuja legislação deverá ser aprovada no próxima reunião do Conselho de Ministros.

Galvão de Melo acusa Xanana

XANANA Gusmão «nunca foi um herói da resistência porque, de facto, o seu comportamento mais se aproximou do vil assassino». A acusação é do general Galvão de Melo e consta do seu último livro, «Um Militar na Política», que a Multinova lança na próxima semana.

Entre passado e presente

EM Janeiro de 1970 José Hermano Saraiva abandonou a pasta da Educação que ocupava no Governo chefiado por Marcello Caetano. E, tal como agora o fez Diogo Freitas do Amaral, escreveu uma peça de teatro. Passadas cerca de três décadas, a obra -«muito pessimista», segundo o autor - é publicada. A coincidência do pessimismo com a saída do Executivo leva à inevitável pergunta: a visão negativa que revela decorre do afastamento do Governo? A morte de Cícero é, como O Magnífico Reitor, de Freitas do Amaral, uma ficção baseada em factos históricos? José Hermano Saraiva responde que não: «A minha peça é imaginação pura».

EM Janeiro de 1970 José Hermano Saraiva abandonou a pasta da Educação que ocupava no Governo chefiado por Marcello Caetano. E, tal como agora o fez Diogo Freitas do Amaral, escreveu uma peça de teatro. Passadas cerca de três décadas, a obra -, segundo o autor - é publicada. A coincidência do pessimismo com a saída do Executivo leva à inevitável pergunta: a visão negativa que revela decorre do afastamento do Governo?é, como, de Freitas do Amaral, uma ficção baseada em factos históricos? José Hermano Saraiva responde que não:

OPINIÃO

Carta Aberta a Ana Maria Caetano

Ana Maria: Ana Maria: Quando vi uma carta sua no EXPRESSO sobre O Magnífico Reitor, pensei para comigo: finalmente aparece num jornal de referência uma apreciação crítica sobre a minha peça. (Já não era sem tempo, mais de quinze dias depois da estreia...) Qual não foi o meu espanto quando verifiquei, logo pelas primeiras linhas, que a Ana Maria não tinha visto a peça - e que se permitia atacar-me sem saber do que falava! Fiquei decepcionado.

Minorias rejeitam excepção para a Igreja Católica

A CEDÊNCIA do PS às reivindicações dos bispos católicos para que a futura Lei de Liberdade Religiosa seja somente aplicada às confissões minoritárias desagradou aos responsáveis destes movimentos. As hierarquias dos principais movimentos religiosos não-católicos dizem mesmo que a inconstitucionalidade daquela lei é o seu «pecado mortal», por privilegiar uma Igreja com legislação particular.

Parlamento em lista de espera

SE UM dos problemas principais da Saúde identificado pela oposição - e reconhecido pelo Governo - é o das listas de espera, bem pode dizer-se que o debate parlamentar de quarta-feira foi a prova de que... a própria Assembleia da República padece do mesmo mal. O debate, promovido pelo PSD, e que levou a ministra da Saúde, Manuela Arcanjo (e o primeiro-ministro, António Guterres) a S. Bento, pouco ou nada acrescentou ao que já se sabia.

Estratégia arriscada

ISTO está a ficar animado». O desabafo é de Jorge Coelho, indisfarçavelmente satisfeito com os resultados que o seu périplo pelas bases do PS - assumida operação de mobilização de um partido adormecido - está a produzir. O risco de a «animação» se descontrolar não passava ainda pela mente do coordenador da Comissão Permanente do PS que, na terça-feira, num encontro com militantes de Lisboa, pediu explicitamente mais «animação» aos delegados ao Congresso: «Assumam uma atitude de espírito crítico (...) Levem para o Congresso aquilo que pensam do PS e do Governo».

. O desabafo é de Jorge Coelho, indisfarçavelmente satisfeito com os resultados que o seu périplo pelas bases do PS - assumida operação de mobilização de um partido adormecido - está a produzir. O risco de a «animação» se descontrolar não passava ainda pela mente do coordenador da Comissão Permanente do PS que, na terça-feira, num encontro com militantes de Lisboa, pediu explicitamente mais «animação» aos delegados ao Congresso:

Bases querem remodelação

A URGÊNCIA de uma remodelação governamental que liberte o PS do elevado custo político de manter em funções ministros tão debilitados quanto Manuela Arcanjo ou Pina Moura foi esta semana equacionada pelas bases socialistas de Lisboa, num encontro com Jorge Coelho. A questão foi colada em termos veementes pelo líder do PS-Lisboa, Miguel Coelho, que dirigiu a reunião, assim que os jornalistas saíram da sala. Sob o mote «com eles, já não vamos lá», insistentemente repetido, o presidente da concelhia de Lisboa apelou aos visados para que tomem a iniciativa, eles próprios, de se demitirem, poupando o chefe do Governo e a direcção do partido ao desconforto de ter de correr com eles.

A URGÊNCIA de uma remodelação governamental que liberte o PS do elevado custo político de manter em funções ministros tão debilitados quanto Manuela Arcanjo ou Pina Moura foi esta semana equacionada pelas bases socialistas de Lisboa, num encontro com Jorge Coelho. A questão foi colada em termos veementes pelo líder do PS-Lisboa, Miguel Coelho, que dirigiu a reunião, assim que os jornalistas saíram da sala. Sob o mote, insistentemente repetido, o presidente da concelhia de Lisboa apelou aos visados para que tomem a iniciativa, eles próprios, de se demitirem, poupando o chefe do Governo e a direcção do partido ao desconforto de ter de correr com eles.

Nova zaragata no PSD

DURÃO Barroso é «um líder frouxo» e Luís Filipe Menezes devia fazer «menos almoços com Fernando Gomes» e atacar mais o PS no Porto. As frases (a primeira proferida por Menezes e a segunda por Pedro Santana Lopes) sintetizam o que se passou no Conselho Nacional do PSD, na quinta-feira: Durão Barroso viu a sua liderança novamente questionada na praça pública, enquanto o PSD-Porto reabriu a crise interna, com forte contestação a Luís Filipe Menezes, a quem se condena a forma desastrada como geriu o processo de candidatura à Câmara do Porto.

DURÃO Barroso ée Luís Filipe Menezes devia fazere atacar mais o PS no Porto. As frases (a primeira proferida por Menezes e a segunda por Pedro Santana Lopes) sintetizam o que se passou no Conselho Nacional do PSD, na quinta-feira: Durão Barroso viu a sua liderança novamente questionada na praça pública, enquanto o PSD-Porto reabriu a crise interna, com forte contestação a Luís Filipe Menezes, a quem se condena a forma desastrada como geriu o processo de candidatura à Câmara do Porto.

Jornadas à medida de Paulo Portas

UM tema que serve na perfeição os propósitos da candidatura do líder do partido, Paulo Portas, à Câmara de Lisboa dominará as próximas jornadas parlamentares do CDS/PP. Marcadas para 14 e 15 de Maio, as jornadas terão como objecto central de discussão a «Política das Cidades», englobando questões como a segurança, os transportes urbanos e o urbanismo - precisamente aqueles que têm sido os assuntos principais das intervenções de Paulo Portas no arranque da sua campanha.

PCP ensaia reconquista

DEPOIS de ter perdido a Câmara da Amadora para o PS, em 1997, a CDU aposta na sua recuperação com a candidatura do deputado António Filipe, apresentada quarta-feira. Há quatro anos, Orlando de Almeida teve menos cerca de 6000 votos do que em 1993, fazendo com que a coligação encabeçada pelos comunistas fosse pela primeira vez derrotada desde a elevação da Amadora a município, em 1979. O grande beneficiado foi o PS, que, acrescentando apenas 2000 votos à sua votação anterior - o PSD, com a candidatura de Pedro Passos Coelho, aumentou 4000 -, conseguiu eleger Joaquim Raposo para a presidência da câmara.

ACP quer mudanças

QUALQUER que seja o vencedor das eleições de segunda-feira, uma coisa é certa: a próxima direcção do ACP vai pressionar o Governo para que a política de segurança rodoviária seja revista. Alberto Romano, candidato a novo mandato, e José Macedo e Cunha, dissidente da direcção cessante, podem divergir quanto ao modelo de gestão do clube mas ambos criticam abertamente a política seguida nos últimos anos e que, por um lado, faz do automobilista o bode expiatório de todos os males da estrada e, por outro, o esmaga sob o peso de impostos directos e indirectos.

QUALQUER que seja o vencedor das eleições de segunda-feira, uma coisa é certa: a próxima direcção do ACP vai pressionar o Governo para que a política de segurança rodoviária seja revista. Alberto Romano, candidato a novo mandato, e José Macedo e Cunha, dissidente da direcção cessante, podem divergir quanto ao modelo de gestão do clube mas ambos criticam abertamente a política seguida nos últimos anos e que, por um lado, faz do automobilista o bode expiatório de todos os males da estrada e, por outro, o esmaga sob o peso de impostos directos e indirectos.

Governo abandona metas

O SECRETÁRIO de Estado da Administração Interna, Rui Pereira, abandonou as metas de redução de sinistralidade definidas pelo seu antecessor no Governo. Luís Patrão prometera que, «até ao fim da legislatura», reduziria «para metade os mortos e feridos graves» em acidentes rodoviários. Questionado pelo EXPRESSO, no rescaldo dos resultados trágicos da «Operação Páscoa», sobre se estavam de pé os objectivos programados por Patrão, o secretário de Estado não quis quantificar qualquer meta.

O SECRETÁRIO de Estado da Administração Interna, Rui Pereira, abandonou as metas de redução de sinistralidade definidas pelo seu antecessor no Governo. Luís Patrão prometera que,, reduziriaem acidentes rodoviários. Questionado pelo EXPRESSO, no rescaldo dos resultados trágicos da «Operação Páscoa», sobre se estavam de pé os objectivos programados por Patrão, o secretário de Estado não quis quantificar qualquer meta.

Notáveis subscrevem «Pacto de Regime»

ANTÓNIO Barreto, Vital Moreira, Maria José Nogueira Pinto, Maria de Lourdes Pintasilgo e Daniel Sampaio disponibilizaram-se já para participar nas tertúlias do Martinho da Arcada, onde um grupo de médicos de todas as sensibilidades políticas, organizados em movimento cívico, se propõe debater a viabilidade de um «Pacto de Regime», capaz de resolver a grave crise da Saúde em Portugal.

Só lhes falta saúde

AOS 29 anos, Paula saiu do hospital com uma filha recém-nascida nos braços e um ponto final na vida. «Não há mais nada a fazer», disseram à sua família. Um tumor cerebral pô-la em coma a uma semana de dar à luz a Mariana e ditou-lhe uma sentença de morte. Os médicos do hospital tentaram ainda alguns tratamentos, mas acabaram por desistir, e Paula foi enviada para a casa dos pais sem esperança, sem futuro e cheia de dores, para aguardar por aquilo que parecia a todos ser um cenário de horror e drama.

AOS 29 anos, Paula saiu do hospital com uma filha recém-nascida nos braços e um ponto final na vida., disseram à sua família. Um tumor cerebral pô-la em coma a uma semana de dar à luz a Mariana e ditou-lhe uma sentença de morte. Os médicos do hospital tentaram ainda alguns tratamentos, mas acabaram por desistir, e Paula foi enviada para a casa dos pais sem esperança, sem futuro e cheia de dores, para aguardar por aquilo que parecia a todos ser um cenário de horror e drama.

Reanimação cardíaca a bordo dos aviões

O INSTITUTO Nacional de Aviação Civil (INAC) vai iniciar no próximo mês a preparação de um regulamento para introduzir a prática da reanimação cardíaca em voos comerciais de longo curso. A esta medida acrescenta-se ainda o aumento dos primeiros-socorros existentes nos aeroportos e aeródromos regionais.

O INSTITUTO Nacional de Aviação Civil (INAC) vai iniciar no próximo mês a preparação de um regulamento para introduzir a prática da reanimação cardíaca em voos comerciais de longo curso. A esta medida acrescenta-se ainda o aumento dos primeiros-socorros existentes nos aeroportos e aeródromos regionais.

Loja do Cidadão com área fantasma

O EDIFÍCIO da Loja do Cidadão de Aveiro, inaugurada em Dezembro passado, foi comprado pelo Estado através de uma avaliação de área superior em 165 m2 àquela que consta de documentos oficiais. Além disto, no processo de aquisição - desde uma primeira apreciação até à sua avaliação final do imóvel, que durou apenas cinco meses -, constam documentos em que a área negociada vai variando, o mesmo ocorrendo com o preço do metro quadrado. Assim, o Estado terá pago a mais pelo imóvel 113 mil contos, ou seja, houve uma sobreavaliação de 30%.

O EDIFÍCIO da Loja do Cidadão de Aveiro, inaugurada em Dezembro passado, foi comprado pelo Estado através de uma avaliação de área superior em 165 m2 àquela que consta de documentos oficiais. Além disto, no processo de aquisição - desde uma primeira apreciação até à sua avaliação final do imóvel, que durou apenas cinco meses -, constam documentos em que a área negociada vai variando, o mesmo ocorrendo com o preço do metro quadrado. Assim, o Estado terá pago a mais pelo imóvel 113 mil contos, ou seja, houve uma sobreavaliação de 30%.

2000 contos para pagar a água

O PAGAMENTO mensal do consumo de água doméstica é um acto banal para todos os portugueses. Agripina Neves, moradora no concelho de Oliveira do Hospital, não foge à regra e todos os meses, desde há oito anos, que se dirige à secção de Água e Saneamento da Câmara com um recibo de cerca de 1300 escudos. No início deste mês deslocou-se mais uma vez ao departamento daquela autarquia para efectuar o pagamento do recibo, passado em nome do marido, que parecia ser de 1850 escudos. Para seu espanto, o funcionário disse-lhe que não se tratava efectivamente daquela quantia, mas sim de 1.850.654 escudos.

O PAGAMENTO mensal do consumo de água doméstica é um acto banal para todos os portugueses. Agripina Neves, moradora no concelho de Oliveira do Hospital, não foge à regra e todos os meses, desde há oito anos, que se dirige à secção de Água e Saneamento da Câmara com um recibo de cerca de 1300 escudos. No início deste mês deslocou-se mais uma vez ao departamento daquela autarquia para efectuar o pagamento do recibo, passado em nome do marido, que parecia ser de 1850 escudos. Para seu espanto, o funcionário disse-lhe que não se tratava efectivamente daquela quantia, mas sim de 1.850.654 escudos.

Museu armadilhado

NUNO Cardoso não possui grande margem de manobra no diferendo que o opõe a Isabel Ayres, presidente do conselho de administração da Associação Museu dos Transportes e Comunicações - AMTC, devido a protocolos e compromissos assumidos por Fernando Gomes enquanto presidente da Câmara Municipal do Porto. Fonte da Associação referiu ao EXPRESSO que o actual presidente da autarquia até terá razão no tipo de questões colocadas acerca do modelo de gestão, mas esbarra nas condições «absolutamente leoninas» oferecidas por Gomes à sua ex-colega da faculdade de Economia.

NUNO Cardoso não possui grande margem de manobra no diferendo que o opõe a Isabel Ayres, presidente do conselho de administração da Associação Museu dos Transportes e Comunicações - AMTC, devido a protocolos e compromissos assumidos por Fernando Gomes enquanto presidente da Câmara Municipal do Porto. Fonte da Associação referiu ao EXPRESSO que o actual presidente da autarquia até terá razão no tipo de questões colocadas acerca do modelo de gestão, mas esbarra nas condiçõesoferecidas por Gomes à sua ex-colega da faculdade de Economia.

O Meu Porto 2001

DO ponto de vista da programação cultural, todos estamos de acordo que o Porto 2001 tem tido um elevado nível e uma grande afluência de público. Este facto, de que nos devemos congratular, não pode fazer esquecer algumas preocupações relacionadas com uma menor atenção a formas de cultura dita mais popular e de massas e, também, a desagradável sensação de caminharmos em ciclo fechado, ou seja, de haver um significativo número de espectadores que se repetem de espectáculo para espectáculo, usufruindo, quase que cativamente, os diversos convites obrigatoriamente disponibilizados pela Porto 2001 (designadamente para os Mecenas). Justifica-se, assim, que a análise do número de espectadores seja complementada com um estudo das suas características e da frequência com que tem assistido aos espectáculos.

DO ponto de vista da programação cultural, todos estamos de acordo que o Porto 2001 tem tido um elevado nível e uma grande afluência de público. Este facto, de que nos devemos congratular, não pode fazer esquecer algumas preocupações relacionadas com uma menor atenção a formas de cultura dita mais popular e de massas e, também, a desagradável sensação de caminharmos em ciclo fechado, ou seja, de haver um significativo número de espectadores que se repetem de espectáculo para espectáculo, usufruindo, quase que cativamente, os diversos convites obrigatoriamente disponibilizados pela Porto 2001 (designadamente para os Mecenas). Justifica-se, assim, que a análise do número de espectadores seja complementada com um estudo das suas características e da frequência com que tem assistido aos espectáculos.

A absolvição forçada de Sara

SERÁ Sara Machado inocente ou culpada no assassínio dos sogros, na noite de 11 para 12 de Agosto de 1999 em Ílhavo? Para já - enquanto a sentença não transitar em julgado - está provisoriamente ilibada pelo tribunal da comarca deste concelho próximo de Aveiro. Para os mesmos juízes que a absolveram ela será, no entanto, culpada e até instigadora de um crime brutal na violência e no objectivo. O pai de Tó-Jó (o ainda marido e parricida confesso condenado a 25 anos de prisão) foi assassinado com 33 facadas.

SERÁ Sara Machado inocente ou culpada no assassínio dos sogros, na noite de 11 para 12 de Agosto de 1999 em Ílhavo? Para já - enquanto a sentença não transitar em julgado - está provisoriamente ilibada pelo tribunal da comarca deste concelho próximo de Aveiro. Para os mesmos juízes que a absolveram ela será, no entanto, culpada e até instigadora de um crime brutal na violência e no objectivo. O pai de Tó-Jó (o ainda marido e parricida confesso condenado a 25 anos de prisão) foi assassinado com 33 facadas.

Toda a licença para navegar

SESSÕES só para maiores de 18. Aparentemente, é difícil encontrar quem defenda a possibilidade de condicionar o acesso à Internet tal como imaginar terminais em locais públicos com aquele aviso. A questão está na ordem do dia depois de, conforme noticiou o EXPRESSO na passada edição, a Universidade de Coimbra ter vedado aos seus docentes, funcionários e alunos o acesso a «páginas de natureza erótica e/ou pornográfica».

SESSÕES só para maiores de 18. Aparentemente, é difícil encontrar quem defenda a possibilidade de condicionar o acesso à Internet tal como imaginar terminais em locais públicos com aquele aviso. A questão está na ordem do dia depois de, conforme noticiou o EXPRESSO na passada edição, a Universidade de Coimbra ter vedado aos seus docentes, funcionários e alunos o acesso a

Engenharia do Porto aplica penas de suspensão

NO CLIMA de liberdade no acesso à Internet, sem que advenham consequências para utilizadores de «sites» pornográficos em locais públicos, a única excepção marcante parece vir da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Na escola, a melhor apetrechada em matéria informática - 1200 computadores para cinco mil alunos - não há, nem nunca houve, bloqueio de «sites», mas o acesso à Internet, gratuito para docentes, alunos e funcionários, é especificamente reservado ao estudo e investigação.

Vigilância da BSE atrasada

O PROGRAMA nacional de vigilância epidemiológica das doenças humanas por priões - criado recentemente por despacho do Ministério da Saúde para identificar eventuais casos da variante da doença de Creutzfeldt-Jakob em Portugal - está finalmente a avançar, mais de uma década após o diagnóstico do primeiro caso de encefalopatia espongiforme bovina (BSE) no país. «Não foi por falta de informação que Portugal não criou, desde logo, uma estrutura dessa natureza para avaliar e gerir os riscos, com todas as consequências, das dúvidas que se têm até hoje sobre esta matéria», disse ao EXPRESSO José Cardoso de Resende, ex-bastonário dos médicos veterinários.

O PROGRAMA nacional de vigilância epidemiológica das doenças humanas por priões - criado recentemente por despacho do Ministério da Saúde para identificar eventuais casos da variante da doença de Creutzfeldt-Jakob em Portugal - está finalmente a avançar, mais de uma década após o diagnóstico do primeiro caso de encefalopatia espongiforme bovina (BSE) no país., disse ao EXPRESSO José Cardoso de Resende, ex-bastonário dos médicos veterinários.

SEMANA EM REVISTA

Lisboa viaja no tempo O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi celebrado, na quarta-feira, em Lisboa, com a reconstituição de um torneio medieval. Organizado pela autarquia e pela Ordem de Cavalaria do Sagrado Portugal, o espectáculo teve lugar no Museu da Cidade, no Campo Grande. Encenado por 1500 crianças de escolas do 1º, 2º e 3º ciclos da capital, o torneio reconstituiu os «combates» da época de D. Afonso III. Terminada a apresentação infantil, a noite foi consagrada a um torneio, música, malabaristas e figurantes típicos do século XV. O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi celebrado, na quarta-feira, em Lisboa, com a reconstituição de um torneio medieval. Organizado pela autarquia e pela Ordem de Cavalaria do Sagrado Portugal, o espectáculo teve lugar no Museu da Cidade, no Campo Grande. Encenado por 1500 crianças de escolas do 1º, 2º e 3º ciclos da capital, o torneio reconstituiu os «combates» da época de D. Afonso III. Terminada a apresentação infantil, a noite foi consagrada a um torneio, música, malabaristas e figurantes típicos do século XV.

Urânio não contaminou portugueses nos Balcãs

Soares e Santana mais empatados

NUM duelo a dois, João Soares e Santana Lopes estão tecnicamente empatados a pouco mais de sete meses do dia em que os lisboetas escolherão o seu próximo presidente da Câmara. Mas as coisas são um pouco diferentes se a pergunta sobre quem vai ser o próximo presidente da edilidade lisboeta incluir os outros candidatos à corrida, Paulo Portas, Miguel Portas e Garcia Pereira. Neste cenário - que os irmãos Portas asseveram que se irá concretizar, recusando ambos a saída de cena -, Soares tem ainda uma vantagem de cinco pontos, embora, desde Fevereiro, Santana registe uma recuperação de mais de 2%.

NUM duelo a dois, João Soares e Santana Lopes estão tecnicamente empatados a pouco mais de sete meses do dia em que os lisboetas escolherão o seu próximo presidente da Câmara. Mas as coisas são um pouco diferentes se a pergunta sobre quem vai ser o próximo presidente da edilidade lisboeta incluir os outros candidatos à corrida, Paulo Portas, Miguel Portas e Garcia Pereira. Neste cenário - que os irmãos Portas asseveram que se irá concretizar, recusando ambos a saída de cena -, Soares tem ainda uma vantagem de cinco pontos, embora, desde Fevereiro, Santana registe uma recuperação de mais de 2%.

Gomes arrasa Rio

DEZOITO anos depois de as suas carreiras de economistas se terem cruzado, Fernando Gomes e Rui Rio voltam a encontrar-se num combate político, ao serviço de «empresas» concorrentes. No início de 1983, o recém-licenciado e dirigente nacional da JSD Rui Rio iniciava o tirocínio profissional como director financeiro da empresa portuense J. Baptista, sem imaginar que o jovem economista que substituía no cargo e transitava para outras firmas do grupo seria, em Dezembro de 2001, o seu opositor socialista na disputa da Câmara do Porto.

DEZOITO anos depois de as suas carreiras de economistas se terem cruzado, Fernando Gomes e Rui Rio voltam a encontrar-se num combate político, ao serviço de «empresas» concorrentes. No início de 1983, o recém-licenciado e dirigente nacional da JSD Rui Rio iniciava o tirocínio profissional como director financeiro da empresa portuense J. Baptista, sem imaginar que o jovem economista que substituía no cargo e transitava para outras firmas do grupo seria, em Dezembro de 2001, o seu opositor socialista na disputa da Câmara do Porto.

«Farei uma auditoria à Câmara»

EXPRESSO - Alguma vez exerceu um cargo autárquico? ANTÓNIO CAPUCHO - Fui membro da assembleia municipal de Cascais, na primeira parte da presidência da arquitecta Helena Roseta. Saí, na sequência de assumpção de funções no então Ministério da Qualidade de Vida.

«Assumo todo o passado»

EXPRESSO - O que leva um advogado de sucesso a trocar a carreira profissional pela experiência autárquica? JOSÉ LAMEGO - Um desafio de gestão, uma forma de fazer política de proximidade. E Cascais é um concelho emblemático. Naturalmente que é uma mudança de vida e vou sentir algum desconforto, em termos pessoais, mas é um desafio que aceito com muito gosto e entusiasmo.

Famílias estão mais pequenas

A DIMENSÃO média das famílias portuguesas está a baixar, situando-se entre 2,5 e três pessoas por agregado - de acordo com as primeiras estimativas feitas a partir dos dados dos Censos 2001. Em 1991, cada família tinha 3,1 pessoas, enquanto uma década antes a média era de 3,4 elementos. Os primeiros resultados preliminares da operação de recenseamento somente serão divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na primeira quinzena de Junho. Por outro lado, para já, a leitura das respostas aos questionários aponta também para um «aumento do número de famílias» e de «mais pessoas a viverem sós», tendências, aliás, já verificadas nos Censos de 1991.

Crime sobe no turismo algarvio

A CRIMINALIDADE no Algarve, nos meses que antecedem a época alta do turismo, aumentou 74% no ano passado face a 1999. Os locais mais sensíveis, no que respeita a assaltos a residências, estão no eixo Quinta do Lago –Vale de Lobo. No caso de Albufeira, por exemplo, os furtos ocorridos entre Abril e Junho de 2000 representaram 56% do total daquele tipo de delito ao longo de todo o ano.

A CRIMINALIDADE no Algarve, nos meses que antecedem a época alta do turismo, aumentou 74% no ano passado face a 1999. Os locais mais sensíveis, no que respeita a assaltos a residências, estão no eixo Quinta do Lago –Vale de Lobo. No caso de Albufeira, por exemplo, os furtos ocorridos entre Abril e Junho de 2000 representaram 56% do total daquele tipo de delito ao longo de todo o ano.

Algarve inseguro

A FEDERAÇÃO dos Operadores Turísticos Internacionais (FTO), nos seus relatórios mensais de cariz confidencial reporta para o Algarve, nos meses de Abril, Maio e Junho de 2000, um aumento de 74% da criminalidade a turistas, comparativamente a igual período do ano anterior. Albufeira surge como a zona mais perigosa, tendo registado 56% do total de furtos. Entre as zonas sensíveis, contam-se ainda o eixo Quinta do Lago, Vale de Lobo, no que toca a assaltos a residências.

Bispos contra salas de chuto

O EPISCOPADO católico vai publicar, na próxima semana, um documento muito crítico sobre a legalização das «salas de chuto» e das uniões de facto. Durante a assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que se reúne em Fátima entre segunda-feira e quinta-feira, vai ser divulgado um texto sobre «Crise de Sociedade, Crise de Civilização», e que fará uma análise não apenas do actual modelo de família como ainda de situações consideradas de risco pelos bispos, como a legalização de salas de injecção assistida, cuja legislação deverá ser aprovada no próxima reunião do Conselho de Ministros.

Galvão de Melo acusa Xanana

XANANA Gusmão «nunca foi um herói da resistência porque, de facto, o seu comportamento mais se aproximou do vil assassino». A acusação é do general Galvão de Melo e consta do seu último livro, «Um Militar na Política», que a Multinova lança na próxima semana.

Entre passado e presente

EM Janeiro de 1970 José Hermano Saraiva abandonou a pasta da Educação que ocupava no Governo chefiado por Marcello Caetano. E, tal como agora o fez Diogo Freitas do Amaral, escreveu uma peça de teatro. Passadas cerca de três décadas, a obra -«muito pessimista», segundo o autor - é publicada. A coincidência do pessimismo com a saída do Executivo leva à inevitável pergunta: a visão negativa que revela decorre do afastamento do Governo? A morte de Cícero é, como O Magnífico Reitor, de Freitas do Amaral, uma ficção baseada em factos históricos? José Hermano Saraiva responde que não: «A minha peça é imaginação pura».

EM Janeiro de 1970 José Hermano Saraiva abandonou a pasta da Educação que ocupava no Governo chefiado por Marcello Caetano. E, tal como agora o fez Diogo Freitas do Amaral, escreveu uma peça de teatro. Passadas cerca de três décadas, a obra -, segundo o autor - é publicada. A coincidência do pessimismo com a saída do Executivo leva à inevitável pergunta: a visão negativa que revela decorre do afastamento do Governo?é, como, de Freitas do Amaral, uma ficção baseada em factos históricos? José Hermano Saraiva responde que não:

OPINIÃO

Carta Aberta a Ana Maria Caetano

Ana Maria: Ana Maria: Quando vi uma carta sua no EXPRESSO sobre O Magnífico Reitor, pensei para comigo: finalmente aparece num jornal de referência uma apreciação crítica sobre a minha peça. (Já não era sem tempo, mais de quinze dias depois da estreia...) Qual não foi o meu espanto quando verifiquei, logo pelas primeiras linhas, que a Ana Maria não tinha visto a peça - e que se permitia atacar-me sem saber do que falava! Fiquei decepcionado.

Minorias rejeitam excepção para a Igreja Católica

A CEDÊNCIA do PS às reivindicações dos bispos católicos para que a futura Lei de Liberdade Religiosa seja somente aplicada às confissões minoritárias desagradou aos responsáveis destes movimentos. As hierarquias dos principais movimentos religiosos não-católicos dizem mesmo que a inconstitucionalidade daquela lei é o seu «pecado mortal», por privilegiar uma Igreja com legislação particular.

Parlamento em lista de espera

SE UM dos problemas principais da Saúde identificado pela oposição - e reconhecido pelo Governo - é o das listas de espera, bem pode dizer-se que o debate parlamentar de quarta-feira foi a prova de que... a própria Assembleia da República padece do mesmo mal. O debate, promovido pelo PSD, e que levou a ministra da Saúde, Manuela Arcanjo (e o primeiro-ministro, António Guterres) a S. Bento, pouco ou nada acrescentou ao que já se sabia.

Estratégia arriscada

ISTO está a ficar animado». O desabafo é de Jorge Coelho, indisfarçavelmente satisfeito com os resultados que o seu périplo pelas bases do PS - assumida operação de mobilização de um partido adormecido - está a produzir. O risco de a «animação» se descontrolar não passava ainda pela mente do coordenador da Comissão Permanente do PS que, na terça-feira, num encontro com militantes de Lisboa, pediu explicitamente mais «animação» aos delegados ao Congresso: «Assumam uma atitude de espírito crítico (...) Levem para o Congresso aquilo que pensam do PS e do Governo».

. O desabafo é de Jorge Coelho, indisfarçavelmente satisfeito com os resultados que o seu périplo pelas bases do PS - assumida operação de mobilização de um partido adormecido - está a produzir. O risco de a «animação» se descontrolar não passava ainda pela mente do coordenador da Comissão Permanente do PS que, na terça-feira, num encontro com militantes de Lisboa, pediu explicitamente mais «animação» aos delegados ao Congresso:

Bases querem remodelação

A URGÊNCIA de uma remodelação governamental que liberte o PS do elevado custo político de manter em funções ministros tão debilitados quanto Manuela Arcanjo ou Pina Moura foi esta semana equacionada pelas bases socialistas de Lisboa, num encontro com Jorge Coelho. A questão foi colada em termos veementes pelo líder do PS-Lisboa, Miguel Coelho, que dirigiu a reunião, assim que os jornalistas saíram da sala. Sob o mote «com eles, já não vamos lá», insistentemente repetido, o presidente da concelhia de Lisboa apelou aos visados para que tomem a iniciativa, eles próprios, de se demitirem, poupando o chefe do Governo e a direcção do partido ao desconforto de ter de correr com eles.

A URGÊNCIA de uma remodelação governamental que liberte o PS do elevado custo político de manter em funções ministros tão debilitados quanto Manuela Arcanjo ou Pina Moura foi esta semana equacionada pelas bases socialistas de Lisboa, num encontro com Jorge Coelho. A questão foi colada em termos veementes pelo líder do PS-Lisboa, Miguel Coelho, que dirigiu a reunião, assim que os jornalistas saíram da sala. Sob o mote, insistentemente repetido, o presidente da concelhia de Lisboa apelou aos visados para que tomem a iniciativa, eles próprios, de se demitirem, poupando o chefe do Governo e a direcção do partido ao desconforto de ter de correr com eles.

Nova zaragata no PSD

DURÃO Barroso é «um líder frouxo» e Luís Filipe Menezes devia fazer «menos almoços com Fernando Gomes» e atacar mais o PS no Porto. As frases (a primeira proferida por Menezes e a segunda por Pedro Santana Lopes) sintetizam o que se passou no Conselho Nacional do PSD, na quinta-feira: Durão Barroso viu a sua liderança novamente questionada na praça pública, enquanto o PSD-Porto reabriu a crise interna, com forte contestação a Luís Filipe Menezes, a quem se condena a forma desastrada como geriu o processo de candidatura à Câmara do Porto.

DURÃO Barroso ée Luís Filipe Menezes devia fazere atacar mais o PS no Porto. As frases (a primeira proferida por Menezes e a segunda por Pedro Santana Lopes) sintetizam o que se passou no Conselho Nacional do PSD, na quinta-feira: Durão Barroso viu a sua liderança novamente questionada na praça pública, enquanto o PSD-Porto reabriu a crise interna, com forte contestação a Luís Filipe Menezes, a quem se condena a forma desastrada como geriu o processo de candidatura à Câmara do Porto.

Jornadas à medida de Paulo Portas

UM tema que serve na perfeição os propósitos da candidatura do líder do partido, Paulo Portas, à Câmara de Lisboa dominará as próximas jornadas parlamentares do CDS/PP. Marcadas para 14 e 15 de Maio, as jornadas terão como objecto central de discussão a «Política das Cidades», englobando questões como a segurança, os transportes urbanos e o urbanismo - precisamente aqueles que têm sido os assuntos principais das intervenções de Paulo Portas no arranque da sua campanha.

PCP ensaia reconquista

DEPOIS de ter perdido a Câmara da Amadora para o PS, em 1997, a CDU aposta na sua recuperação com a candidatura do deputado António Filipe, apresentada quarta-feira. Há quatro anos, Orlando de Almeida teve menos cerca de 6000 votos do que em 1993, fazendo com que a coligação encabeçada pelos comunistas fosse pela primeira vez derrotada desde a elevação da Amadora a município, em 1979. O grande beneficiado foi o PS, que, acrescentando apenas 2000 votos à sua votação anterior - o PSD, com a candidatura de Pedro Passos Coelho, aumentou 4000 -, conseguiu eleger Joaquim Raposo para a presidência da câmara.

ACP quer mudanças

QUALQUER que seja o vencedor das eleições de segunda-feira, uma coisa é certa: a próxima direcção do ACP vai pressionar o Governo para que a política de segurança rodoviária seja revista. Alberto Romano, candidato a novo mandato, e José Macedo e Cunha, dissidente da direcção cessante, podem divergir quanto ao modelo de gestão do clube mas ambos criticam abertamente a política seguida nos últimos anos e que, por um lado, faz do automobilista o bode expiatório de todos os males da estrada e, por outro, o esmaga sob o peso de impostos directos e indirectos.

QUALQUER que seja o vencedor das eleições de segunda-feira, uma coisa é certa: a próxima direcção do ACP vai pressionar o Governo para que a política de segurança rodoviária seja revista. Alberto Romano, candidato a novo mandato, e José Macedo e Cunha, dissidente da direcção cessante, podem divergir quanto ao modelo de gestão do clube mas ambos criticam abertamente a política seguida nos últimos anos e que, por um lado, faz do automobilista o bode expiatório de todos os males da estrada e, por outro, o esmaga sob o peso de impostos directos e indirectos.

Governo abandona metas

O SECRETÁRIO de Estado da Administração Interna, Rui Pereira, abandonou as metas de redução de sinistralidade definidas pelo seu antecessor no Governo. Luís Patrão prometera que, «até ao fim da legislatura», reduziria «para metade os mortos e feridos graves» em acidentes rodoviários. Questionado pelo EXPRESSO, no rescaldo dos resultados trágicos da «Operação Páscoa», sobre se estavam de pé os objectivos programados por Patrão, o secretário de Estado não quis quantificar qualquer meta.

O SECRETÁRIO de Estado da Administração Interna, Rui Pereira, abandonou as metas de redução de sinistralidade definidas pelo seu antecessor no Governo. Luís Patrão prometera que,, reduziriaem acidentes rodoviários. Questionado pelo EXPRESSO, no rescaldo dos resultados trágicos da «Operação Páscoa», sobre se estavam de pé os objectivos programados por Patrão, o secretário de Estado não quis quantificar qualquer meta.

Notáveis subscrevem «Pacto de Regime»

ANTÓNIO Barreto, Vital Moreira, Maria José Nogueira Pinto, Maria de Lourdes Pintasilgo e Daniel Sampaio disponibilizaram-se já para participar nas tertúlias do Martinho da Arcada, onde um grupo de médicos de todas as sensibilidades políticas, organizados em movimento cívico, se propõe debater a viabilidade de um «Pacto de Regime», capaz de resolver a grave crise da Saúde em Portugal.

Só lhes falta saúde

AOS 29 anos, Paula saiu do hospital com uma filha recém-nascida nos braços e um ponto final na vida. «Não há mais nada a fazer», disseram à sua família. Um tumor cerebral pô-la em coma a uma semana de dar à luz a Mariana e ditou-lhe uma sentença de morte. Os médicos do hospital tentaram ainda alguns tratamentos, mas acabaram por desistir, e Paula foi enviada para a casa dos pais sem esperança, sem futuro e cheia de dores, para aguardar por aquilo que parecia a todos ser um cenário de horror e drama.

AOS 29 anos, Paula saiu do hospital com uma filha recém-nascida nos braços e um ponto final na vida., disseram à sua família. Um tumor cerebral pô-la em coma a uma semana de dar à luz a Mariana e ditou-lhe uma sentença de morte. Os médicos do hospital tentaram ainda alguns tratamentos, mas acabaram por desistir, e Paula foi enviada para a casa dos pais sem esperança, sem futuro e cheia de dores, para aguardar por aquilo que parecia a todos ser um cenário de horror e drama.

Reanimação cardíaca a bordo dos aviões

O INSTITUTO Nacional de Aviação Civil (INAC) vai iniciar no próximo mês a preparação de um regulamento para introduzir a prática da reanimação cardíaca em voos comerciais de longo curso. A esta medida acrescenta-se ainda o aumento dos primeiros-socorros existentes nos aeroportos e aeródromos regionais.

O INSTITUTO Nacional de Aviação Civil (INAC) vai iniciar no próximo mês a preparação de um regulamento para introduzir a prática da reanimação cardíaca em voos comerciais de longo curso. A esta medida acrescenta-se ainda o aumento dos primeiros-socorros existentes nos aeroportos e aeródromos regionais.

Loja do Cidadão com área fantasma

O EDIFÍCIO da Loja do Cidadão de Aveiro, inaugurada em Dezembro passado, foi comprado pelo Estado através de uma avaliação de área superior em 165 m2 àquela que consta de documentos oficiais. Além disto, no processo de aquisição - desde uma primeira apreciação até à sua avaliação final do imóvel, que durou apenas cinco meses -, constam documentos em que a área negociada vai variando, o mesmo ocorrendo com o preço do metro quadrado. Assim, o Estado terá pago a mais pelo imóvel 113 mil contos, ou seja, houve uma sobreavaliação de 30%.

O EDIFÍCIO da Loja do Cidadão de Aveiro, inaugurada em Dezembro passado, foi comprado pelo Estado através de uma avaliação de área superior em 165 m2 àquela que consta de documentos oficiais. Além disto, no processo de aquisição - desde uma primeira apreciação até à sua avaliação final do imóvel, que durou apenas cinco meses -, constam documentos em que a área negociada vai variando, o mesmo ocorrendo com o preço do metro quadrado. Assim, o Estado terá pago a mais pelo imóvel 113 mil contos, ou seja, houve uma sobreavaliação de 30%.

2000 contos para pagar a água

O PAGAMENTO mensal do consumo de água doméstica é um acto banal para todos os portugueses. Agripina Neves, moradora no concelho de Oliveira do Hospital, não foge à regra e todos os meses, desde há oito anos, que se dirige à secção de Água e Saneamento da Câmara com um recibo de cerca de 1300 escudos. No início deste mês deslocou-se mais uma vez ao departamento daquela autarquia para efectuar o pagamento do recibo, passado em nome do marido, que parecia ser de 1850 escudos. Para seu espanto, o funcionário disse-lhe que não se tratava efectivamente daquela quantia, mas sim de 1.850.654 escudos.

O PAGAMENTO mensal do consumo de água doméstica é um acto banal para todos os portugueses. Agripina Neves, moradora no concelho de Oliveira do Hospital, não foge à regra e todos os meses, desde há oito anos, que se dirige à secção de Água e Saneamento da Câmara com um recibo de cerca de 1300 escudos. No início deste mês deslocou-se mais uma vez ao departamento daquela autarquia para efectuar o pagamento do recibo, passado em nome do marido, que parecia ser de 1850 escudos. Para seu espanto, o funcionário disse-lhe que não se tratava efectivamente daquela quantia, mas sim de 1.850.654 escudos.

Museu armadilhado

NUNO Cardoso não possui grande margem de manobra no diferendo que o opõe a Isabel Ayres, presidente do conselho de administração da Associação Museu dos Transportes e Comunicações - AMTC, devido a protocolos e compromissos assumidos por Fernando Gomes enquanto presidente da Câmara Municipal do Porto. Fonte da Associação referiu ao EXPRESSO que o actual presidente da autarquia até terá razão no tipo de questões colocadas acerca do modelo de gestão, mas esbarra nas condições «absolutamente leoninas» oferecidas por Gomes à sua ex-colega da faculdade de Economia.

NUNO Cardoso não possui grande margem de manobra no diferendo que o opõe a Isabel Ayres, presidente do conselho de administração da Associação Museu dos Transportes e Comunicações - AMTC, devido a protocolos e compromissos assumidos por Fernando Gomes enquanto presidente da Câmara Municipal do Porto. Fonte da Associação referiu ao EXPRESSO que o actual presidente da autarquia até terá razão no tipo de questões colocadas acerca do modelo de gestão, mas esbarra nas condiçõesoferecidas por Gomes à sua ex-colega da faculdade de Economia.

O Meu Porto 2001

DO ponto de vista da programação cultural, todos estamos de acordo que o Porto 2001 tem tido um elevado nível e uma grande afluência de público. Este facto, de que nos devemos congratular, não pode fazer esquecer algumas preocupações relacionadas com uma menor atenção a formas de cultura dita mais popular e de massas e, também, a desagradável sensação de caminharmos em ciclo fechado, ou seja, de haver um significativo número de espectadores que se repetem de espectáculo para espectáculo, usufruindo, quase que cativamente, os diversos convites obrigatoriamente disponibilizados pela Porto 2001 (designadamente para os Mecenas). Justifica-se, assim, que a análise do número de espectadores seja complementada com um estudo das suas características e da frequência com que tem assistido aos espectáculos.

DO ponto de vista da programação cultural, todos estamos de acordo que o Porto 2001 tem tido um elevado nível e uma grande afluência de público. Este facto, de que nos devemos congratular, não pode fazer esquecer algumas preocupações relacionadas com uma menor atenção a formas de cultura dita mais popular e de massas e, também, a desagradável sensação de caminharmos em ciclo fechado, ou seja, de haver um significativo número de espectadores que se repetem de espectáculo para espectáculo, usufruindo, quase que cativamente, os diversos convites obrigatoriamente disponibilizados pela Porto 2001 (designadamente para os Mecenas). Justifica-se, assim, que a análise do número de espectadores seja complementada com um estudo das suas características e da frequência com que tem assistido aos espectáculos.

A absolvição forçada de Sara

SERÁ Sara Machado inocente ou culpada no assassínio dos sogros, na noite de 11 para 12 de Agosto de 1999 em Ílhavo? Para já - enquanto a sentença não transitar em julgado - está provisoriamente ilibada pelo tribunal da comarca deste concelho próximo de Aveiro. Para os mesmos juízes que a absolveram ela será, no entanto, culpada e até instigadora de um crime brutal na violência e no objectivo. O pai de Tó-Jó (o ainda marido e parricida confesso condenado a 25 anos de prisão) foi assassinado com 33 facadas.

SERÁ Sara Machado inocente ou culpada no assassínio dos sogros, na noite de 11 para 12 de Agosto de 1999 em Ílhavo? Para já - enquanto a sentença não transitar em julgado - está provisoriamente ilibada pelo tribunal da comarca deste concelho próximo de Aveiro. Para os mesmos juízes que a absolveram ela será, no entanto, culpada e até instigadora de um crime brutal na violência e no objectivo. O pai de Tó-Jó (o ainda marido e parricida confesso condenado a 25 anos de prisão) foi assassinado com 33 facadas.

Toda a licença para navegar

SESSÕES só para maiores de 18. Aparentemente, é difícil encontrar quem defenda a possibilidade de condicionar o acesso à Internet tal como imaginar terminais em locais públicos com aquele aviso. A questão está na ordem do dia depois de, conforme noticiou o EXPRESSO na passada edição, a Universidade de Coimbra ter vedado aos seus docentes, funcionários e alunos o acesso a «páginas de natureza erótica e/ou pornográfica».

SESSÕES só para maiores de 18. Aparentemente, é difícil encontrar quem defenda a possibilidade de condicionar o acesso à Internet tal como imaginar terminais em locais públicos com aquele aviso. A questão está na ordem do dia depois de, conforme noticiou o EXPRESSO na passada edição, a Universidade de Coimbra ter vedado aos seus docentes, funcionários e alunos o acesso a

Engenharia do Porto aplica penas de suspensão

NO CLIMA de liberdade no acesso à Internet, sem que advenham consequências para utilizadores de «sites» pornográficos em locais públicos, a única excepção marcante parece vir da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Na escola, a melhor apetrechada em matéria informática - 1200 computadores para cinco mil alunos - não há, nem nunca houve, bloqueio de «sites», mas o acesso à Internet, gratuito para docentes, alunos e funcionários, é especificamente reservado ao estudo e investigação.

Vigilância da BSE atrasada

O PROGRAMA nacional de vigilância epidemiológica das doenças humanas por priões - criado recentemente por despacho do Ministério da Saúde para identificar eventuais casos da variante da doença de Creutzfeldt-Jakob em Portugal - está finalmente a avançar, mais de uma década após o diagnóstico do primeiro caso de encefalopatia espongiforme bovina (BSE) no país. «Não foi por falta de informação que Portugal não criou, desde logo, uma estrutura dessa natureza para avaliar e gerir os riscos, com todas as consequências, das dúvidas que se têm até hoje sobre esta matéria», disse ao EXPRESSO José Cardoso de Resende, ex-bastonário dos médicos veterinários.

O PROGRAMA nacional de vigilância epidemiológica das doenças humanas por priões - criado recentemente por despacho do Ministério da Saúde para identificar eventuais casos da variante da doença de Creutzfeldt-Jakob em Portugal - está finalmente a avançar, mais de uma década após o diagnóstico do primeiro caso de encefalopatia espongiforme bovina (BSE) no país., disse ao EXPRESSO José Cardoso de Resende, ex-bastonário dos médicos veterinários.

SEMANA EM REVISTA

Lisboa viaja no tempo O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi celebrado, na quarta-feira, em Lisboa, com a reconstituição de um torneio medieval. Organizado pela autarquia e pela Ordem de Cavalaria do Sagrado Portugal, o espectáculo teve lugar no Museu da Cidade, no Campo Grande. Encenado por 1500 crianças de escolas do 1º, 2º e 3º ciclos da capital, o torneio reconstituiu os «combates» da época de D. Afonso III. Terminada a apresentação infantil, a noite foi consagrada a um torneio, música, malabaristas e figurantes típicos do século XV. O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi celebrado, na quarta-feira, em Lisboa, com a reconstituição de um torneio medieval. Organizado pela autarquia e pela Ordem de Cavalaria do Sagrado Portugal, o espectáculo teve lugar no Museu da Cidade, no Campo Grande. Encenado por 1500 crianças de escolas do 1º, 2º e 3º ciclos da capital, o torneio reconstituiu os «combates» da época de D. Afonso III. Terminada a apresentação infantil, a noite foi consagrada a um torneio, música, malabaristas e figurantes típicos do século XV.

Urânio não contaminou portugueses nos Balcãs

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