EXPRESSO: Opinião

22-04-2002
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1 de Abril de 2002 às 11:51

Desidério ( A Fénix republicana )

Meu Deus! O que é preciso dizer para dizer a insustentável leveza do «ser neo-liberal». Que não é socialista. Eu é que sou mentiroso.

31 de Março de 2002 às 18:14

Diogo Quental ( dquental@hotmail.com )

Caro ATony e Estevão,

O Diogo Sotto Mai já confessou que com a "vitória" do PS perdeu um tacho, e, portanto, a discussão já evoluiu.

Quanto ao artigo, parece-me que, na falta de ideias, o Dr. Manuel Alegre volta a puxar pela última bandeira do PS. Não, não é nenhuma política, mas um rótulo: Esquerda.

Um rótulo que cada vez diz menos, mas no qual eu sugeririra procurassem a data de validade.

Reparem bem, quanto vezes é que o Dr. Carvalhas utilizou a palavra "comunismo" na campanha? Eu não ouvi nenhuma. E mesmo assim...

A campanha dos rótulos ainda funciona, principalmente num país com um grau de iliteracidade (já existe o termo em português?) como o nosso. Mas não me parece que os experts em Marketing político a defendam a prazo.

Cumprimentos,

DQ

PS: Um abraço ao Estevão.

31 de Março de 2002 às 13:07

ATony ( ac8@clix.pt )

Um patriota nacionalista

AnaCamoes, perdao, Diogo Sotto Mai

Vejo que continua muito bem informado, mas como outra coisa nao era de esperar, so do que lhe, lhes, convem.

Pelo que relata Portugal esta maravilhosamente bem, economicamente falando.

Porque e que o Sr. Guterres teria apresentado demissao do cargo de Primeiro Ministro e o Sr. Presidente da Republica, de imediato aceitou, tendo mais tarde convocado novas eleicoes Legislativas.

Depois de ter conhecimento da percentagem de votantes e do sentido do voto, fiquei convencido que o eleitorado estava mais politizado, mas depois de ler o seu artigo (comentario), fiquei muito confuso.

Sera que Portugal esta posicionado nos melhores da Europa e todas as estatistica e rumores sao pura invencao da oposicao!

Entao o proprio Sr. Guilherme d’Oliveira Martins, ainda Ministro das Financas, tambem esta redondadamente enganado.

Como e que sendo uma pessoa tao informada, diz que o Sr. Guterres conseguiu ser melhor do que, para nao referir outros, do Prof. Dr. Oliveira Salazar?

Por acaso tem conhecimento da situacao em que Portugal se encontrava a quando da tomada de posse do maior estadista mundial, o Prof. Dr. Antonio de Oliveira Salazar?

Nao queira, pois, comparar as situacoes, Cavaco Silva, outro grande estadista, deixou obra e condicoes para qualquer um, como Guterres (des)governar o pais, poder apresentar os numeros que apresentou, mas so o fez porque as condicoes deixadas por C.S. o permitiram, mas aproveitoas no sentido oposto, a pensar unicamente em si, no seu partido e em proximas eleicoes.

Cavaco Silva nao soube ser politico, se o soubesse, tinha-se preocupado tambem com a sua posicao, com o seu partido e nunca com o futuro do pais e dos portugueses.

Cavaco Silva pecou, por ser, a cima de tudo nacionalista e nao oportunista, Portugal e os portugueses muito devem a esse homem, para nao referir outros ja desaparecidos.

Nao teriam sido precisamente esses numeros a causa da situacao actual em Portugal, principalmente da divida externa e da quase situacao de retura financeira que Portugal se encontra?!

Eu que sou um simples cidadao, nao muito bem informado, penso que a situacao e de quase de retura financeira, mas os entendidos nao devem pensar como eu, eles devem ter as mesmas informacoes que V/ tem e na vossa consciencia sabem que e muito mais grave do que eu penso.

Gostava de estar mais bem informado e saber como e que Guterres conseguiu comecar e acabar tantas obras, a que se refere, em seis anos, Salazar projectou e comecou o Alqueva e nem Marcelo conseguiu acabar, e so um pequeno exemplo.

30 de Março de 2002 às 02:09

Kostas Kalimera ( kkalimera@hotmail.com )

Como?

"Para isso é preciso repor a transparência e o funcionamento democrático do partido. Não mais um núcleo duro a substituir outro núcleo duro. Nem decisões tomadas por círculos restritos, não orgânicos, para que depois os órgãos sejam postos perante factos consumados. Tudo isto tem de ser mudado. É por tudo isto que passa a renovação. Basta de «kimilsunguismo»."

Não acredito no que leio. É impossível, deve ser engano!

Tem de ser! Então como é que podiam ter acontecido todas estas coisas, todos estes atropelos e liquidação da vida democrática interna sem que a prestimosa e sempre atenta comunicação social, sempre tão preocupada com a democraticidade interna do partido que sabemos, não mugisse nem tossice um bocadinho sequer?

Só uma pergunta: Ferro Rodrigues não fazia parte desse "núcleo duro" grande credor e promotor desse «kimilsunguismo»?

E porque a vida continua e o PS tem muitos deputados: O que vai fazer o PS?

Vai ser a oposição decidida que esperam os seus eleitores na defesa dos seus interesses?

Ou vai sucumbir aos apelos e chatagens da direita e do grande patronato e passar a integrar, pelo menos em momentos particularmente importantes, a maioria parlamentar de apoio ao governo da direita?

Aconteceu várias vezes durante o cavaquismo! vai acontecer de novo?

29 de Março de 2002 às 22:01

Jagainstallodds ( J_estevao_98@yahoo.com )

Alguem que se da' por satisfeito com um crescimento medio do pib de 3,5% nao devia governar um Pais que devia crescer 4 ou 5 por cento ao ano.

29 de Março de 2002 às 21:58

Jagainstallodds ( J_estevao_98@yahoo.com )

Guterres herdou uma economia dinamica que cresceu acima dos 3% precisamente no ano em que os socialistas tomaram as redeas do poder. Quando Guterres tomou o poder a inflacao estava a descer e as taxas de juro a cair. Guterres simplesmente agarrou a boleia da recuperacao economica. Quando Cavaco tomou o poder o quadro economico era muito negro com taxas de juro acima dos 20% e um pais paralisado. Nao comparemos alhos com bogalhos.

Mais ainda, se a esquerda nao tivesse nacionalizado a economia portuguesa a seguir ao 25 de Abril talvez Portugal estivesse hoje muito proximo da media de desenvolvimento economico europeu. Basta somar os prejuizos que as empresas publicas teem acumulado ao longo dos ultimos 25 para chegar a essa conclusao. A esquerda do pos 25 de Abril e' a grande responsavel pelo estado do pais. Nos anos 70 nacionalizaram tudo que se mexia, nos anos 90 quase rebentaram com as financas publicas, isto num pais que ja' estava habituado a ter a contabilidade em ordem. Como Ferreira do Amaral diz, a esquerda e' boa a identificar problemas, mas pessima a governar.

Jose Estevao

29 de Março de 2002 às 18:19

Diogo Sotto Mai ( op3706@mail.telepac.pt )

Os números ficam

Guterres deixa um crescimento do PIB de 3,5% ao ano em média durante seis anos e deixa um milhão de casas construídas, tendo meio milhão de famílias adquirido casa com crédito bonificado e cem mil passaram a viver em casa social depois de uma vida inteira nas miseráveis barracas. O flagelo da miséria em barracas quase desapareceu no nosso País, o desemprego desceu para valores zero a ponto de PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA mais de cem mil cidadãos de países europeus, ditos mais desenvolvidos, terem vindo trabalhar para Portugal.

Com Guterres Portugal entrou no Euro, os défices do Estado desceram para uma média de 2,45% ao ano em seis anos quando c/ Cavaco estiveram a 6,05% ao ano e a mais de 10% ao ano entre 1975 e 1985.

Foram construídos 715 km de auto-estradas, 500 instalações escolares, 11 hospitais e 181 novos centros de Saúde, a Barragem de Alqueva foi, enfim, completada, e construídas 31 obras de aproveitamento hídrico-agrícola,

Foram criadas 2 novas Faculdades de Medicina, foram abertas 15 mil novas vagas no Ensino Superior Público. Quase meio milhão de alunos no pré-ecolar. A população escolar atingiu o número recorde na Europa e quase no Mundo de 21% da populaçao na escola, mais de 2,1 milhões de alunos.

A população activa a trabalhar na Construção Civil passaou de 7,5 para 12,9% do total dos activos, o maior aumento de empregabilidade num sector em toda a história de Portugal.

o número de consultas dadas pelo SNS aumentou em 3,5 milhões ao ano, as forças de segurança passaram de 41 mil homens para 47 mil, foram criados 31 corpos de polícia municipal.

E os Impostos: Guterres produziu um "choque fiscal" a favor das empresas, reduzindo o IRC de 36% c/ Cavaco para os actuais 30%, introduzindo o escalão dos 20% para as mini-empresas e as isenções de IRC por seis anos nos distritos do interior para novos investimentos e novas empresas, seguidos de descontos 40 a 60% em anos seguintes para favorecer a iniciativa privada no interior, tendo em vista a competitividade acrescida relativamente às empresas espanholas das zonas raianas.

o IVA não subiu, excepto o da taxa zero por imposição da UE. Os escalões do IRS subiram, inclusivé o da isenção, fazendo com que o IRS acabasse por descer para todos.

Pela primeira vez desde 1961, o consumo privado em Portugal subiu com Guterres muito mais que o consumo Público. Repare-se: Em 1997 o consumo privado sobe 3,1% e o público 2,2%; em 1998, o privado sobe 5,7% e o público 3,2%; em 1999, +4,6% dos privados e +3,4% do público, etc., etc.

Os números aí ficam para ver se a dupla Durão/Portas sabe fazer melhor e é isso que vai caracterizar António Guterres como um governante não só melhor que Cavaco, e os númeos não mentem, como o melhor em mais de um Século de História Portuguesa, baseado em números e dados estatísticos absolutamente concretos, não em conceitos subjectivos ou MENTIRAS mesmo.

Eu tenho a certeza, pelo andar da carruagem, que Durão/Portas não vão conseguir que o CONSUMO PRIVADO AUMENTE EM PORTUGAL MAIS QUE O PÚBLICO e duvido que consigam governar SEM AUMENTAR OS IMPOSTOS, nomeadamente o IVA. Isto, apesar de no mês de Janeiro a despesa pública total ter sido inferior em 12% à do mês homólogo do ano anterior, a receita ter subido 2,&%, o desemprego recuado 0,4%, relativamente a Janeiro de 2001 e os preços terme diminuido de 0,2% relativamente ao mês anterior. Além disso, o ano agrícola parece ser muito bom em Portugal e péssimo em Espanha. Os agricultores estão a produzir muito e poderão vender bem em Portugal e exportar para Espanha.

Guterres manteve um alto nível de liberdade em Portugal. Quase nunca utilizou a Televisão do Estado para fazer propaganda ou divulgar a sua obra pessoalmente. Enquanto isto, Durão chegou a fazer conferências de imprensa diárias na Televisão do Estado e Portas quase diárias. Gutrees fez tão pouco uso dos meios de propaganda que o póprio líder da oposição, então Marcelo R. de Sousa, reclamava a presença de Guterres na Televisão.

A RTP foi uma ESCOLA DE LIBERDADE, aberta a todos os partidos, com eminentes jornalistas da oposição a trabalharem como Judite de Sousa, Maria Elisa Domingues e muitos outros. Os contribuintes pagaram uma televisão do Estado ao serviço da SUA PRÓPRIA LIBERDADE que, assim, fez com que nas televisões privadas, a liberdade de toda a informação chegar aos portugueses não pôde ser coartada por interesses obscuros dos grandes capitalistas da informação.

António Guterres foi uma grande Governante, um Liberal da Esquerda Humanista, Cristã e Socialista. Foi o governante que mais respeitou a liberdade em Portugal e mais fez pela coesão social e maior número de famílias libertou da miséria. Nenhum dos antecessores de Guterres fez melhor;nem Cavaco, nem Mário Soares, nem Balsemão, nem Sá Carneiro, nem Marcelo Caetano, nem Salazar, nem António Maria da Silva, nem Domingos Pereira, nem Vitorino Guimarães, nem José Domingos dos Santos, nem Álvaro de Castro, nem Ginestal Machado, nem Francisco Cunha Leal, nem Manuel Maria Coelho, nem ... porra já estou cansado.

Nenhum Primeiro Ministro fez tanto por Portugal como António Guterres. Apresentem números, dados estatísticos para demonstrar

29 de Março de 2002 às 12:08

Zé Luiz

Manuel Alegre lembra aqui, e muito bem, o aviso de Mário Soares: o PS tem boas razões para estar tranquilo e sorridente, mas é bom que não se esqueça que perdeu as eleições e que vai ter de pagar cara essa derrota.

Agora vai ter mesmo que fazer oposição. E não vai ser fácil, nem gratificante: muitas das políticas a que terá de se opor são efectivamente de meter medo ao susto, e as derrotas vão ser em maior número do que as vitórias.

E como se isto não bastasse, terá de começar a encontrar uma resposta convincente para o seu velho dilema: como ser efectivamente de esquerda sem alienar o centro.

Os tempos que se avizinham vão ser difícílimos, sobretudo, para Portugal; também vão ser muito difíceis para o PSD, e até mesmo, em menor grau, para o PP.

Mas não se imagine, nem por um momento, que vão ser fáceis para o PS. Pensar que a necessária cura de oposição se vai assemelhar a uma agradável estadia nas termas seria a receita mais segura para o desastre.

1 de Abril de 2002 às 11:51

Desidério ( A Fénix republicana )

Meu Deus! O que é preciso dizer para dizer a insustentável leveza do «ser neo-liberal». Que não é socialista. Eu é que sou mentiroso.

31 de Março de 2002 às 18:14

Diogo Quental ( dquental@hotmail.com )

Caro ATony e Estevão,

O Diogo Sotto Mai já confessou que com a "vitória" do PS perdeu um tacho, e, portanto, a discussão já evoluiu.

Quanto ao artigo, parece-me que, na falta de ideias, o Dr. Manuel Alegre volta a puxar pela última bandeira do PS. Não, não é nenhuma política, mas um rótulo: Esquerda.

Um rótulo que cada vez diz menos, mas no qual eu sugeririra procurassem a data de validade.

Reparem bem, quanto vezes é que o Dr. Carvalhas utilizou a palavra "comunismo" na campanha? Eu não ouvi nenhuma. E mesmo assim...

A campanha dos rótulos ainda funciona, principalmente num país com um grau de iliteracidade (já existe o termo em português?) como o nosso. Mas não me parece que os experts em Marketing político a defendam a prazo.

Cumprimentos,

DQ

PS: Um abraço ao Estevão.

31 de Março de 2002 às 13:07

ATony ( ac8@clix.pt )

Um patriota nacionalista

AnaCamoes, perdao, Diogo Sotto Mai

Vejo que continua muito bem informado, mas como outra coisa nao era de esperar, so do que lhe, lhes, convem.

Pelo que relata Portugal esta maravilhosamente bem, economicamente falando.

Porque e que o Sr. Guterres teria apresentado demissao do cargo de Primeiro Ministro e o Sr. Presidente da Republica, de imediato aceitou, tendo mais tarde convocado novas eleicoes Legislativas.

Depois de ter conhecimento da percentagem de votantes e do sentido do voto, fiquei convencido que o eleitorado estava mais politizado, mas depois de ler o seu artigo (comentario), fiquei muito confuso.

Sera que Portugal esta posicionado nos melhores da Europa e todas as estatistica e rumores sao pura invencao da oposicao!

Entao o proprio Sr. Guilherme d’Oliveira Martins, ainda Ministro das Financas, tambem esta redondadamente enganado.

Como e que sendo uma pessoa tao informada, diz que o Sr. Guterres conseguiu ser melhor do que, para nao referir outros, do Prof. Dr. Oliveira Salazar?

Por acaso tem conhecimento da situacao em que Portugal se encontrava a quando da tomada de posse do maior estadista mundial, o Prof. Dr. Antonio de Oliveira Salazar?

Nao queira, pois, comparar as situacoes, Cavaco Silva, outro grande estadista, deixou obra e condicoes para qualquer um, como Guterres (des)governar o pais, poder apresentar os numeros que apresentou, mas so o fez porque as condicoes deixadas por C.S. o permitiram, mas aproveitoas no sentido oposto, a pensar unicamente em si, no seu partido e em proximas eleicoes.

Cavaco Silva nao soube ser politico, se o soubesse, tinha-se preocupado tambem com a sua posicao, com o seu partido e nunca com o futuro do pais e dos portugueses.

Cavaco Silva pecou, por ser, a cima de tudo nacionalista e nao oportunista, Portugal e os portugueses muito devem a esse homem, para nao referir outros ja desaparecidos.

Nao teriam sido precisamente esses numeros a causa da situacao actual em Portugal, principalmente da divida externa e da quase situacao de retura financeira que Portugal se encontra?!

Eu que sou um simples cidadao, nao muito bem informado, penso que a situacao e de quase de retura financeira, mas os entendidos nao devem pensar como eu, eles devem ter as mesmas informacoes que V/ tem e na vossa consciencia sabem que e muito mais grave do que eu penso.

Gostava de estar mais bem informado e saber como e que Guterres conseguiu comecar e acabar tantas obras, a que se refere, em seis anos, Salazar projectou e comecou o Alqueva e nem Marcelo conseguiu acabar, e so um pequeno exemplo.

30 de Março de 2002 às 02:09

Kostas Kalimera ( kkalimera@hotmail.com )

Como?

"Para isso é preciso repor a transparência e o funcionamento democrático do partido. Não mais um núcleo duro a substituir outro núcleo duro. Nem decisões tomadas por círculos restritos, não orgânicos, para que depois os órgãos sejam postos perante factos consumados. Tudo isto tem de ser mudado. É por tudo isto que passa a renovação. Basta de «kimilsunguismo»."

Não acredito no que leio. É impossível, deve ser engano!

Tem de ser! Então como é que podiam ter acontecido todas estas coisas, todos estes atropelos e liquidação da vida democrática interna sem que a prestimosa e sempre atenta comunicação social, sempre tão preocupada com a democraticidade interna do partido que sabemos, não mugisse nem tossice um bocadinho sequer?

Só uma pergunta: Ferro Rodrigues não fazia parte desse "núcleo duro" grande credor e promotor desse «kimilsunguismo»?

E porque a vida continua e o PS tem muitos deputados: O que vai fazer o PS?

Vai ser a oposição decidida que esperam os seus eleitores na defesa dos seus interesses?

Ou vai sucumbir aos apelos e chatagens da direita e do grande patronato e passar a integrar, pelo menos em momentos particularmente importantes, a maioria parlamentar de apoio ao governo da direita?

Aconteceu várias vezes durante o cavaquismo! vai acontecer de novo?

29 de Março de 2002 às 22:01

Jagainstallodds ( J_estevao_98@yahoo.com )

Alguem que se da' por satisfeito com um crescimento medio do pib de 3,5% nao devia governar um Pais que devia crescer 4 ou 5 por cento ao ano.

29 de Março de 2002 às 21:58

Jagainstallodds ( J_estevao_98@yahoo.com )

Guterres herdou uma economia dinamica que cresceu acima dos 3% precisamente no ano em que os socialistas tomaram as redeas do poder. Quando Guterres tomou o poder a inflacao estava a descer e as taxas de juro a cair. Guterres simplesmente agarrou a boleia da recuperacao economica. Quando Cavaco tomou o poder o quadro economico era muito negro com taxas de juro acima dos 20% e um pais paralisado. Nao comparemos alhos com bogalhos.

Mais ainda, se a esquerda nao tivesse nacionalizado a economia portuguesa a seguir ao 25 de Abril talvez Portugal estivesse hoje muito proximo da media de desenvolvimento economico europeu. Basta somar os prejuizos que as empresas publicas teem acumulado ao longo dos ultimos 25 para chegar a essa conclusao. A esquerda do pos 25 de Abril e' a grande responsavel pelo estado do pais. Nos anos 70 nacionalizaram tudo que se mexia, nos anos 90 quase rebentaram com as financas publicas, isto num pais que ja' estava habituado a ter a contabilidade em ordem. Como Ferreira do Amaral diz, a esquerda e' boa a identificar problemas, mas pessima a governar.

Jose Estevao

29 de Março de 2002 às 18:19

Diogo Sotto Mai ( op3706@mail.telepac.pt )

Os números ficam

Guterres deixa um crescimento do PIB de 3,5% ao ano em média durante seis anos e deixa um milhão de casas construídas, tendo meio milhão de famílias adquirido casa com crédito bonificado e cem mil passaram a viver em casa social depois de uma vida inteira nas miseráveis barracas. O flagelo da miséria em barracas quase desapareceu no nosso País, o desemprego desceu para valores zero a ponto de PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA mais de cem mil cidadãos de países europeus, ditos mais desenvolvidos, terem vindo trabalhar para Portugal.

Com Guterres Portugal entrou no Euro, os défices do Estado desceram para uma média de 2,45% ao ano em seis anos quando c/ Cavaco estiveram a 6,05% ao ano e a mais de 10% ao ano entre 1975 e 1985.

Foram construídos 715 km de auto-estradas, 500 instalações escolares, 11 hospitais e 181 novos centros de Saúde, a Barragem de Alqueva foi, enfim, completada, e construídas 31 obras de aproveitamento hídrico-agrícola,

Foram criadas 2 novas Faculdades de Medicina, foram abertas 15 mil novas vagas no Ensino Superior Público. Quase meio milhão de alunos no pré-ecolar. A população escolar atingiu o número recorde na Europa e quase no Mundo de 21% da populaçao na escola, mais de 2,1 milhões de alunos.

A população activa a trabalhar na Construção Civil passaou de 7,5 para 12,9% do total dos activos, o maior aumento de empregabilidade num sector em toda a história de Portugal.

o número de consultas dadas pelo SNS aumentou em 3,5 milhões ao ano, as forças de segurança passaram de 41 mil homens para 47 mil, foram criados 31 corpos de polícia municipal.

E os Impostos: Guterres produziu um "choque fiscal" a favor das empresas, reduzindo o IRC de 36% c/ Cavaco para os actuais 30%, introduzindo o escalão dos 20% para as mini-empresas e as isenções de IRC por seis anos nos distritos do interior para novos investimentos e novas empresas, seguidos de descontos 40 a 60% em anos seguintes para favorecer a iniciativa privada no interior, tendo em vista a competitividade acrescida relativamente às empresas espanholas das zonas raianas.

o IVA não subiu, excepto o da taxa zero por imposição da UE. Os escalões do IRS subiram, inclusivé o da isenção, fazendo com que o IRS acabasse por descer para todos.

Pela primeira vez desde 1961, o consumo privado em Portugal subiu com Guterres muito mais que o consumo Público. Repare-se: Em 1997 o consumo privado sobe 3,1% e o público 2,2%; em 1998, o privado sobe 5,7% e o público 3,2%; em 1999, +4,6% dos privados e +3,4% do público, etc., etc.

Os números aí ficam para ver se a dupla Durão/Portas sabe fazer melhor e é isso que vai caracterizar António Guterres como um governante não só melhor que Cavaco, e os númeos não mentem, como o melhor em mais de um Século de História Portuguesa, baseado em números e dados estatísticos absolutamente concretos, não em conceitos subjectivos ou MENTIRAS mesmo.

Eu tenho a certeza, pelo andar da carruagem, que Durão/Portas não vão conseguir que o CONSUMO PRIVADO AUMENTE EM PORTUGAL MAIS QUE O PÚBLICO e duvido que consigam governar SEM AUMENTAR OS IMPOSTOS, nomeadamente o IVA. Isto, apesar de no mês de Janeiro a despesa pública total ter sido inferior em 12% à do mês homólogo do ano anterior, a receita ter subido 2,&%, o desemprego recuado 0,4%, relativamente a Janeiro de 2001 e os preços terme diminuido de 0,2% relativamente ao mês anterior. Além disso, o ano agrícola parece ser muito bom em Portugal e péssimo em Espanha. Os agricultores estão a produzir muito e poderão vender bem em Portugal e exportar para Espanha.

Guterres manteve um alto nível de liberdade em Portugal. Quase nunca utilizou a Televisão do Estado para fazer propaganda ou divulgar a sua obra pessoalmente. Enquanto isto, Durão chegou a fazer conferências de imprensa diárias na Televisão do Estado e Portas quase diárias. Gutrees fez tão pouco uso dos meios de propaganda que o póprio líder da oposição, então Marcelo R. de Sousa, reclamava a presença de Guterres na Televisão.

A RTP foi uma ESCOLA DE LIBERDADE, aberta a todos os partidos, com eminentes jornalistas da oposição a trabalharem como Judite de Sousa, Maria Elisa Domingues e muitos outros. Os contribuintes pagaram uma televisão do Estado ao serviço da SUA PRÓPRIA LIBERDADE que, assim, fez com que nas televisões privadas, a liberdade de toda a informação chegar aos portugueses não pôde ser coartada por interesses obscuros dos grandes capitalistas da informação.

António Guterres foi uma grande Governante, um Liberal da Esquerda Humanista, Cristã e Socialista. Foi o governante que mais respeitou a liberdade em Portugal e mais fez pela coesão social e maior número de famílias libertou da miséria. Nenhum dos antecessores de Guterres fez melhor;nem Cavaco, nem Mário Soares, nem Balsemão, nem Sá Carneiro, nem Marcelo Caetano, nem Salazar, nem António Maria da Silva, nem Domingos Pereira, nem Vitorino Guimarães, nem José Domingos dos Santos, nem Álvaro de Castro, nem Ginestal Machado, nem Francisco Cunha Leal, nem Manuel Maria Coelho, nem ... porra já estou cansado.

Nenhum Primeiro Ministro fez tanto por Portugal como António Guterres. Apresentem números, dados estatísticos para demonstrar

29 de Março de 2002 às 12:08

Zé Luiz

Manuel Alegre lembra aqui, e muito bem, o aviso de Mário Soares: o PS tem boas razões para estar tranquilo e sorridente, mas é bom que não se esqueça que perdeu as eleições e que vai ter de pagar cara essa derrota.

Agora vai ter mesmo que fazer oposição. E não vai ser fácil, nem gratificante: muitas das políticas a que terá de se opor são efectivamente de meter medo ao susto, e as derrotas vão ser em maior número do que as vitórias.

E como se isto não bastasse, terá de começar a encontrar uma resposta convincente para o seu velho dilema: como ser efectivamente de esquerda sem alienar o centro.

Os tempos que se avizinham vão ser difícílimos, sobretudo, para Portugal; também vão ser muito difíceis para o PSD, e até mesmo, em menor grau, para o PP.

Mas não se imagine, nem por um momento, que vão ser fáceis para o PS. Pensar que a necessária cura de oposição se vai assemelhar a uma agradável estadia nas termas seria a receita mais segura para o desastre.

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