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07-09-2002
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Os testes da queima de resíduos industriais perigosos na cimenteira de Souselas vão começar a 18 de Março, de acordo com o programa enviado pela Secil à Comissão Científica Independente, revelou hoje Massano Cardoso, representante da Câmara de Coimbra naquele organismo. No entanto, o presidente da CCI já veio a público referir que essa é uma data "meramente indicativa", já que o arranque dos testes depende de questões técnicas. Massano Cardoso, o único membro do grupo médico que votou contra a co-incineração, afirmou só ter tido acesso no passado sábado, através da Quercus, ao documento que estipula as datas dos testes de co-incineração e ao parecer vinculativo da CCI - assinado pelo vice-presidente - sobre a segunda fase dos testes de reciclagem térmica dos resíduos industriais perigosos. "O problema é altamente politizado, o que é mais uma razão de peso para o cumprimento de todas as regras", sustentou o representante da autarquia, lembrando que o assunto "não foi discutido formalmente" pela CCI. "Isto foi feito sem haver reunião, sem ter sido discutido e aprovado pela CCI, formalmente cada um dos elementos devia ter recebido o programa e discuti-lo", acusou Massano Cardoso, em declarações à Lusa. De acordo com o cronograma, enviado pela Secil à CCI, os testes em Souselas começarão dia 18 de Março e terminarão a 5 de Abril, depois do equipamento que será utilizado nos testes em Outão (de 18 de Fevereiro a 11 de Março) ser desmontado e transferido para Coimbra, o que demorará 12 dias. Encarnação critica atitude da CCI Esta revelação mereceu já a crítica do presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação. O autarca considera inadmissível que o grupo médico "tenha escondido" de Massano Cardoso o parecer sobre os testes de co-incineração e considera uma "cobardia" o facto do arranque dos testes estar marcado para o dia seguinte às eleições legislativas. Carlos Encarnação sublinha, no entanto, que a única medida que a câmara irá tomar para já será "denunciar às populações o que se está a passar". CCI desmente afastamento de Massano Cardoso Reagindo às acusações do representante da autarquia, Formosinho Simões, presidente da CCI, afirmou que "a data que consta do cronograma é indicativa" já que "há dúvidas se haverá serradura em quantidade suficiente" para o início dos testes. Contrariando a versão divulgada por Massano Cardoso, Formosinho Simões garantiu que as datas - quer para os testes de Outão quer para os testes de Souselas - foram discutidas em duas reuniões, uma com a participação de técnicos das cimenteiras e outra com todos os elementos da CCI. O responsável adiantou que, numa dessas reuniões, o vice-presidente da CCI "fez uma exposição longa sobre os testes e ficou de enviar o cronograma aos membros" do organismo. Por essa razão, o cientista garante que o representante da autarquia não foi deixado de fora do processo, admitindo, contudo, que Massano Cardoso possa não ter recebido o cronograma e o parecer vinculativo. Confrontado com o facto de Massano Cardoso entender que o cronograma e o parecer deviam ter sido discutidos em reunião da comissão, Formosinho Simões entende "não haver necessidade de tanta formalidade" na CCI.

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Os testes da queima de resíduos industriais perigosos na cimenteira de Souselas vão começar a 18 de Março, de acordo com o programa enviado pela Secil à Comissão Científica Independente, revelou hoje Massano Cardoso, representante da Câmara de Coimbra naquele organismo. No entanto, o presidente da CCI já veio a público referir que essa é uma data "meramente indicativa", já que o arranque dos testes depende de questões técnicas. Massano Cardoso, o único membro do grupo médico que votou contra a co-incineração, afirmou só ter tido acesso no passado sábado, através da Quercus, ao documento que estipula as datas dos testes de co-incineração e ao parecer vinculativo da CCI - assinado pelo vice-presidente - sobre a segunda fase dos testes de reciclagem térmica dos resíduos industriais perigosos. "O problema é altamente politizado, o que é mais uma razão de peso para o cumprimento de todas as regras", sustentou o representante da autarquia, lembrando que o assunto "não foi discutido formalmente" pela CCI. "Isto foi feito sem haver reunião, sem ter sido discutido e aprovado pela CCI, formalmente cada um dos elementos devia ter recebido o programa e discuti-lo", acusou Massano Cardoso, em declarações à Lusa. De acordo com o cronograma, enviado pela Secil à CCI, os testes em Souselas começarão dia 18 de Março e terminarão a 5 de Abril, depois do equipamento que será utilizado nos testes em Outão (de 18 de Fevereiro a 11 de Março) ser desmontado e transferido para Coimbra, o que demorará 12 dias. Encarnação critica atitude da CCI Esta revelação mereceu já a crítica do presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação. O autarca considera inadmissível que o grupo médico "tenha escondido" de Massano Cardoso o parecer sobre os testes de co-incineração e considera uma "cobardia" o facto do arranque dos testes estar marcado para o dia seguinte às eleições legislativas. Carlos Encarnação sublinha, no entanto, que a única medida que a câmara irá tomar para já será "denunciar às populações o que se está a passar". CCI desmente afastamento de Massano Cardoso Reagindo às acusações do representante da autarquia, Formosinho Simões, presidente da CCI, afirmou que "a data que consta do cronograma é indicativa" já que "há dúvidas se haverá serradura em quantidade suficiente" para o início dos testes. Contrariando a versão divulgada por Massano Cardoso, Formosinho Simões garantiu que as datas - quer para os testes de Outão quer para os testes de Souselas - foram discutidas em duas reuniões, uma com a participação de técnicos das cimenteiras e outra com todos os elementos da CCI. O responsável adiantou que, numa dessas reuniões, o vice-presidente da CCI "fez uma exposição longa sobre os testes e ficou de enviar o cronograma aos membros" do organismo. Por essa razão, o cientista garante que o representante da autarquia não foi deixado de fora do processo, admitindo, contudo, que Massano Cardoso possa não ter recebido o cronograma e o parecer vinculativo. Confrontado com o facto de Massano Cardoso entender que o cronograma e o parecer deviam ter sido discutidos em reunião da comissão, Formosinho Simões entende "não haver necessidade de tanta formalidade" na CCI.

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