Alunos do Piaget de Macedo de Cavaleiros lançam abaixo-assinado contra interrupção das praxes

23-06-2003
marcar artigo

Alunos do Piaget de Macedo de Cavaleiros Lançam Abaixo-assinado Contra Interrupção das Praxes

Por ANA FRAGOSO

Sábado, 24 de Maio de 2003 Os estudantes do 1º ano do Instituto Piaget de Macedo de Cavaleiros puseram a circular um abaixo-assinado contra a suspensão, por tempo indeterminado, das praxes académicas. A interrupção foi imposta pela direcção da escola, que a justificou com a desobediência dos alunos que, em meados deste mês, organizaram um "tribunal de praxe". Vários caloiros garantiram ter sido agredidos nessa altura. Também a suspensão, por duas semanas, de 25 alunos (18 elementos da comissão de praxe e sete da "trupe" académica) envolvidos no "tribunal de praxe" é repudiada no documento que agora está a circular na escola. Anteontem à noite, os estudantes promoveram uma vigília para manifestar o seu descontentamento em relação a ambas as decisões esta semana anunciadas pelos responsáveis do Piaget de Macedo de Cavaleiros. Com a interrupção das praxes "está-se a acabar com o espírito e os rituais que assinalam a entrada dos alunos no ensino superior", defende Carla Sarmento, uma das alunas que aderiram ao abaixo-assinado. "A direcção argumenta que as praxes estavam proibidas na instituição, mas esta iniciativa [o 'tribunal de praxe'] aconteceu fora do Piaget", justifica Gonçalo Serrano, um estudante presente na vigília. As sanções da direcção do Piaget surgiram depois de quatro caloiros terem contado que tinham sido agredidos, verbal e fisicamente, por um deles se ter recusado a acatar ordens no "tribunal de praxe". Esse aluno terá saído do recinto onde decorriam as actividades e, já na rua, "cinco elementos da 'trupe' académica, encapuzados", agrediram os novatos, "ao murro e pontapé", relatam os queixosos. Todos os elementos envolvidos na promoção e realização do evento foram punidos: "O que não é justo, porque muitos elementos da comissão de praxe nem sequer estavam presentes, não tiveram qualquer responsabilidade na briga e foram suspensos", defende outro aluno, Mário Mourão. "Nós gostaríamos que, antes de suspender alguém, se apurassem responsabilidades e depois que se castigassem os responsáveis. Assim paga o justo pelo pecador", acrescenta. A vigília de anteontem teve pouca adesão. O Piaget tem mais de 1800 alunos, mas nem meia centena fez questão de manifestar a sua solidariedade. "Isto explica-se com o medo que os alunos deste instituto têm de falar e dar a cara e com a falta de solidariedade que existe entre os estudantes", concluem os participantes. OUTROS TÍTULOS EM EDUCAÇÃO Alunos do secundário vão passar a poder escolher a escola

Calendário escolar

Alunos do Piaget de Macedo de Cavaleiros lançam abaixo-assinado contra interrupção das praxes

OPINIÃO

Ideias fundidas

Alunos do Piaget de Macedo de Cavaleiros Lançam Abaixo-assinado Contra Interrupção das Praxes

Por ANA FRAGOSO

Sábado, 24 de Maio de 2003 Os estudantes do 1º ano do Instituto Piaget de Macedo de Cavaleiros puseram a circular um abaixo-assinado contra a suspensão, por tempo indeterminado, das praxes académicas. A interrupção foi imposta pela direcção da escola, que a justificou com a desobediência dos alunos que, em meados deste mês, organizaram um "tribunal de praxe". Vários caloiros garantiram ter sido agredidos nessa altura. Também a suspensão, por duas semanas, de 25 alunos (18 elementos da comissão de praxe e sete da "trupe" académica) envolvidos no "tribunal de praxe" é repudiada no documento que agora está a circular na escola. Anteontem à noite, os estudantes promoveram uma vigília para manifestar o seu descontentamento em relação a ambas as decisões esta semana anunciadas pelos responsáveis do Piaget de Macedo de Cavaleiros. Com a interrupção das praxes "está-se a acabar com o espírito e os rituais que assinalam a entrada dos alunos no ensino superior", defende Carla Sarmento, uma das alunas que aderiram ao abaixo-assinado. "A direcção argumenta que as praxes estavam proibidas na instituição, mas esta iniciativa [o 'tribunal de praxe'] aconteceu fora do Piaget", justifica Gonçalo Serrano, um estudante presente na vigília. As sanções da direcção do Piaget surgiram depois de quatro caloiros terem contado que tinham sido agredidos, verbal e fisicamente, por um deles se ter recusado a acatar ordens no "tribunal de praxe". Esse aluno terá saído do recinto onde decorriam as actividades e, já na rua, "cinco elementos da 'trupe' académica, encapuzados", agrediram os novatos, "ao murro e pontapé", relatam os queixosos. Todos os elementos envolvidos na promoção e realização do evento foram punidos: "O que não é justo, porque muitos elementos da comissão de praxe nem sequer estavam presentes, não tiveram qualquer responsabilidade na briga e foram suspensos", defende outro aluno, Mário Mourão. "Nós gostaríamos que, antes de suspender alguém, se apurassem responsabilidades e depois que se castigassem os responsáveis. Assim paga o justo pelo pecador", acrescenta. A vigília de anteontem teve pouca adesão. O Piaget tem mais de 1800 alunos, mas nem meia centena fez questão de manifestar a sua solidariedade. "Isto explica-se com o medo que os alunos deste instituto têm de falar e dar a cara e com a falta de solidariedade que existe entre os estudantes", concluem os participantes. OUTROS TÍTULOS EM EDUCAÇÃO Alunos do secundário vão passar a poder escolher a escola

Calendário escolar

Alunos do Piaget de Macedo de Cavaleiros lançam abaixo-assinado contra interrupção das praxes

OPINIÃO

Ideias fundidas

marcar artigo