Portugal Diário

09-09-2003
marcar artigo

Empresas recusaram ajudar bombeiros

PD 04-08-2003 13:51 Enquanto autarca da Chamusca pede ao Governo que ignore o défice O governador civil de Santarém, Mário Albuquerque, lamentou hoje que apenas uma empresa de construção civil tenha cedido meios para apoiar os bombeiros no combate aos fogos, apesar de ter sido feita uma requisição civil. «O Serviço Distrital de Protecção Civil contactou um rol de empresas que não se mostraram disponíveis para ceder máquinas de rastos e meios», revelou Mário Albuquerque, salientando que esta postura diminuiu a capacidade de circunscrever os fogos a zonas florestais. «Não sabíamos o que fazer mais perante estas posições menos receptivas», afirmou o governador civil, salientando que o pedido foi feito através de uma requisição, integrada no Plano Distrital de Emergência. «Lamento este comportamento e depois da crise passar vou tomar as providências possíveis», afirmou, embora reconhecendo que «é muito difícil provar se os meios estavam disponíveis ou não, já que basta terem colocado as máquinas noutros locais». No entanto, Mário Albuquerque elogiou a disponibilidade total da empresa Aquino e Rodrigues (Ourém), que mobilizou meios e equipamento para Mação, onde esteve a abrir aceiros e a isolar perímetros de fogo. «Foi a única empresa que se mostrou absolutamente disponível, além dos serviços de todas as Câmaras», acrescentou Mário Albuquerque. Para o futuro, o governador civil quer reunir com as empresas de obras públicas e construção civil do distrito para garantir meios suficientes para fazer face a situações semelhantes. O presidente da Câmara da Chamusca apelou hoje ao Governo para ignorar o problema do défice público e da contenção orçamental no momento em que atribuir apoios às populações atingidas pelos incêndios. «Tenho a Câmara com os cofres vazios, tivemos decisões que custam milhares de contos em transportes, comida e alimentação», explicou à Agência Lusa Sérgio Carrinho (CDU). «Se houver meio por cento do défice que não se cumpre está justificado por causa desta calamidade», afirmou o autarca, reclamando ainda medidas de apoio directas e concretas aos municípios e populações. Linha de crédito especial às actividades económicas, moratória dos pagamentos ao Estado, apoio social à reconstrução de casas e «medidas directas de financiamento que possam contribuir para amenizar algumas situações» são algumas das reivindicações do autarca. O concelho da Chamusca foi um dos mais atingidos pelos incêndios que lavraram e atingiram mesmo a sede da edilidade na tarde de sábado, existindo ainda um foco muito activo em Xouto e Semideiro.

Empresas recusaram ajudar bombeiros

PD 04-08-2003 13:51 Enquanto autarca da Chamusca pede ao Governo que ignore o défice O governador civil de Santarém, Mário Albuquerque, lamentou hoje que apenas uma empresa de construção civil tenha cedido meios para apoiar os bombeiros no combate aos fogos, apesar de ter sido feita uma requisição civil. «O Serviço Distrital de Protecção Civil contactou um rol de empresas que não se mostraram disponíveis para ceder máquinas de rastos e meios», revelou Mário Albuquerque, salientando que esta postura diminuiu a capacidade de circunscrever os fogos a zonas florestais. «Não sabíamos o que fazer mais perante estas posições menos receptivas», afirmou o governador civil, salientando que o pedido foi feito através de uma requisição, integrada no Plano Distrital de Emergência. «Lamento este comportamento e depois da crise passar vou tomar as providências possíveis», afirmou, embora reconhecendo que «é muito difícil provar se os meios estavam disponíveis ou não, já que basta terem colocado as máquinas noutros locais». No entanto, Mário Albuquerque elogiou a disponibilidade total da empresa Aquino e Rodrigues (Ourém), que mobilizou meios e equipamento para Mação, onde esteve a abrir aceiros e a isolar perímetros de fogo. «Foi a única empresa que se mostrou absolutamente disponível, além dos serviços de todas as Câmaras», acrescentou Mário Albuquerque. Para o futuro, o governador civil quer reunir com as empresas de obras públicas e construção civil do distrito para garantir meios suficientes para fazer face a situações semelhantes. O presidente da Câmara da Chamusca apelou hoje ao Governo para ignorar o problema do défice público e da contenção orçamental no momento em que atribuir apoios às populações atingidas pelos incêndios. «Tenho a Câmara com os cofres vazios, tivemos decisões que custam milhares de contos em transportes, comida e alimentação», explicou à Agência Lusa Sérgio Carrinho (CDU). «Se houver meio por cento do défice que não se cumpre está justificado por causa desta calamidade», afirmou o autarca, reclamando ainda medidas de apoio directas e concretas aos municípios e populações. Linha de crédito especial às actividades económicas, moratória dos pagamentos ao Estado, apoio social à reconstrução de casas e «medidas directas de financiamento que possam contribuir para amenizar algumas situações» são algumas das reivindicações do autarca. O concelho da Chamusca foi um dos mais atingidos pelos incêndios que lavraram e atingiram mesmo a sede da edilidade na tarde de sábado, existindo ainda um foco muito activo em Xouto e Semideiro.

marcar artigo