Governador de Santarém espera "reforço substancial" dos meios aéreos de combate a fogos

05-05-2004
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Governador de Santarém Espera "Reforço Substancial" dos Meios Aéreos de Combate a Fogos

Por JORGE TALIXA

Quarta-feira, 28 de Abril de 2004

O governador civil de Santarém tem garantias do Ministério da Administração Interna de que "vai haver um reforço substancial de meios aéreos" colocados no distrito para acorrerem a eventuais fogos florestais que surjam no próximo Verão.

Mário Albuquerque espera ter informação mais precisa sobre esse reforço numa reunião do ministro Figueiredo Lopes com todos os governadores civis, que estava inicialmente marcada para 21 de Abril e passou, depois, para os primeiros dias de Maio.

Certo é que o governador civil de Santarém acredita que o sistema de protecção civil do distrito está agora mais preparado e alerta "para enfrentar os desafios que aí vêm", embora sublinhe que espera que não se repitam situações com a dimensão e gravidade das do ano passado.

É que, no Verão de 2003, só entre 24 Julho e 16 de Agosto, o distrito de Santarém sofreu 590 incêndios, destacando-se pela negativa o dia 2 de Agosto, com 64 fogos em simultâneo, que levaram ao accionar do Plano Distrital de Emergência. Neste período foram consumidos mais de 45 mil hectares de floresta e terrenos agrícolas e morreram quatro pessoas em consequência dos fogos.

Foi uma das regiões mais afectadas pela onda de incêndios, que Mário Albuquerque classifica de "fenómeno extraordinário" pela conjugação de factores adversos como a temperatura excessiva, a humidade relativa baixa e os ventos muito fortes. "Estamos a trabalhar para que situações calamitosas como aquela não se repitam. Já tivemos várias reuniões no sentido de programar o melhor possível toda as acções. Haverá novos meios aéreos, que agora não posso quantificar, contratados pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, e as corporações de bombeiros do distrito foram reapetrechadas, porque foram recuperadas muitas viaturas que ficaram sinistradas e fornecidas algumas viaturas novas", disse ao PÚBLICO.

O governador civil escalabitano considera, todavia, que "grande parte destes fogos são de origem criminosa" e recorda alguns episódios que viveu, no ano passado, no concelho de Mação, que diz que só poderiam ter origem em "mão criminosa". No Verão de 2003 foram também detidos no Ribatejo vários suspeitos de envolvimento em acções de fogo posto, mas Mário Albuquerque não tem conhecimento de nenhum caso de acusação formal já deduzida.

Já quanto ao apoio às perto de 100 pessoas que perderam casas, culturas ou outros bens, Mário Albuquerque acha que foi "extremamente positivo" o trabalho que se fez, congregando a sociedade civil e serviços da administração central como o Governo Civil, a Direcção Regional de Agricultura e a Segurança Social.

"Acho que o essencial foi tratado. As pessoas estão mais ou menos satisfeitas. Encontraram-se soluções para realojar as pessoas, com o apoio das câmaras, e as coisas, não obstante esta tragédia toda que aconteceu, acabaram por se aquietar, considerando todo o trabalho de apoio que foi feito", diz.

Governador de Santarém Espera "Reforço Substancial" dos Meios Aéreos de Combate a Fogos

Por JORGE TALIXA

Quarta-feira, 28 de Abril de 2004

O governador civil de Santarém tem garantias do Ministério da Administração Interna de que "vai haver um reforço substancial de meios aéreos" colocados no distrito para acorrerem a eventuais fogos florestais que surjam no próximo Verão.

Mário Albuquerque espera ter informação mais precisa sobre esse reforço numa reunião do ministro Figueiredo Lopes com todos os governadores civis, que estava inicialmente marcada para 21 de Abril e passou, depois, para os primeiros dias de Maio.

Certo é que o governador civil de Santarém acredita que o sistema de protecção civil do distrito está agora mais preparado e alerta "para enfrentar os desafios que aí vêm", embora sublinhe que espera que não se repitam situações com a dimensão e gravidade das do ano passado.

É que, no Verão de 2003, só entre 24 Julho e 16 de Agosto, o distrito de Santarém sofreu 590 incêndios, destacando-se pela negativa o dia 2 de Agosto, com 64 fogos em simultâneo, que levaram ao accionar do Plano Distrital de Emergência. Neste período foram consumidos mais de 45 mil hectares de floresta e terrenos agrícolas e morreram quatro pessoas em consequência dos fogos.

Foi uma das regiões mais afectadas pela onda de incêndios, que Mário Albuquerque classifica de "fenómeno extraordinário" pela conjugação de factores adversos como a temperatura excessiva, a humidade relativa baixa e os ventos muito fortes. "Estamos a trabalhar para que situações calamitosas como aquela não se repitam. Já tivemos várias reuniões no sentido de programar o melhor possível toda as acções. Haverá novos meios aéreos, que agora não posso quantificar, contratados pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, e as corporações de bombeiros do distrito foram reapetrechadas, porque foram recuperadas muitas viaturas que ficaram sinistradas e fornecidas algumas viaturas novas", disse ao PÚBLICO.

O governador civil escalabitano considera, todavia, que "grande parte destes fogos são de origem criminosa" e recorda alguns episódios que viveu, no ano passado, no concelho de Mação, que diz que só poderiam ter origem em "mão criminosa". No Verão de 2003 foram também detidos no Ribatejo vários suspeitos de envolvimento em acções de fogo posto, mas Mário Albuquerque não tem conhecimento de nenhum caso de acusação formal já deduzida.

Já quanto ao apoio às perto de 100 pessoas que perderam casas, culturas ou outros bens, Mário Albuquerque acha que foi "extremamente positivo" o trabalho que se fez, congregando a sociedade civil e serviços da administração central como o Governo Civil, a Direcção Regional de Agricultura e a Segurança Social.

"Acho que o essencial foi tratado. As pessoas estão mais ou menos satisfeitas. Encontraram-se soluções para realojar as pessoas, com o apoio das câmaras, e as coisas, não obstante esta tragédia toda que aconteceu, acabaram por se aquietar, considerando todo o trabalho de apoio que foi feito", diz.

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