Demissão de Barreiras Duarte possibilita consenso em Leiria

14-12-2004
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Demissão de Barreiras Duarte Possibilita Consenso em Leiria

Por RUI TIBÉRIO

Sábado, 11 de Dezembro de 2004 A comissão política distrital de Leiria do PSD vai amanhã a votos, depois da "queda" dos seus órgãos, em Outubro, motivada pela demissão da maioria dos seus membros. Essa demissão pretendeu ser uma prova de solidariedade para com Isabel Damasceno, presidente da Câmara de Leiria, que impôs como condição para a sua recandidatura à autarquia a saída de José António Silva da liderança da distrital social-democrata. Fernando Marques, presidente de Câmara de Ansião, apresentou-se como candidato à presidência da distrital, reunindo os apoios de várias de algumas concelhias com grande número de militantes. Depois, foi a própria Isabel Damasceno a mostrar a sua disponilidade para liderar a distrital de Leiria, congregando o apoio da maioria das concelhias e dos membros que se tinham demitido. Rapidamente, os dois autarcas-candidatos chegaram a consenso quanto a uma lista única, mas apenas para a comissão permanente distrital. Faltava, porém, o um acordo para a Mesa da Assembleia e conselho de jurisdição - é que a candidatura de Damasceno considerava indiscutível Feliciano Barreiras Duarte, secretário de Estado adjunto do ministro Adjunto do primeiro-ministro, como presidente da Mesa da Assembleia, o que não era aceite por algumas figuras de peso do partido no distrito. Foi então que a esta facção veio divulgar, em conferência de imprensa, a intenção de apresentar uma lista para a assembleia e conselho de jurisdição da distrital. Do grupo faziam parte Fernando Costa, presidente da Câmara das Caldas e arqui-inimigo de Barreiras Duarte, Gonçalves Sapinho (presidente da Câmara de Alcobaça), Paulo Inácio (deputado municipal em Alcobaça), Maria Luísa Ferreira (Ansião) Maria Ofélia Moleiro, (deputada e presidente da concelhia de Pombal), Vítor Monteiro (Leiria) e Manuel Teles (Marinha Grande). No mesmo dia (terça-feira 30 de Novembro) Feliciano Barreiras Duarte fazia saber, através de comunicado, que não pretendia continuar a exercer cargos partidários, por serem incompatíveis com funções governativas. Desde o início do Governo de Durão Barroso, Barreiras Duarte presidia ao conselho de jurisdição da distrital do PSD de Leiria e era membro do conselho de jurisdição nacional do partido. Antes de entrar para o Executivo, em 2002, era presidente da distrital de Leiria desde 1999. No comunicado refere que pretende "dar o lugar a outros" e admite que a sua opção pretende contribuir para que seja ultrapassado a instabilidade que vive a distrital, apesar de deixar uns "tristes" e outros "felizes". Ainda assim, vinca que a tal é obrigado, por ser uma pessoa coerente, já que tem defendido a incompatibilidade entre funções partidárias e públicas. Feliciano Barreiras Duarte dirige-se "àqueles que nos últimos anos nada ligaram a Leiria e ao PSD e aos que subitamente já acreditam que o distrito existe e que deve ser reforçado com a acção política do PSD", desafiando-os a fazerem melhor que o próprio fez. Que, de acordo com as suas próprias palavras, deve ser difícil de igualar: "Nos últimos cinco anos, como dirigente distrital, tenho trabalhado muito. Muito mesmo. Com todos e para todos. Comigo o PSD foi uma oposição activa, combativa esclarecida e alternativa, comigo o PSD não se contentou em ser apenas o maior partido político, comigo o PSD fez tudo para ser o melhor partido político, comigo combateu o lado pimba e cartel". OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Magistrados do Ministério Público queixam-se de falta de meios

Reposição de dinheiros corrige irregularidades

Quatro ministros na abertura da Biblioteca do Fundão

O último congresso trotskista

De partido a associação

Grupos de trabalho do PSR

Arguidos do "Apito Dourado" recorrem das medidas de coacção

Madeira baixa IRS em 2005

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Uma coligação "contra-natura"

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