Francamente

19-04-2004
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Coloco-me no exacto papel de cidadã atenta e interessada no que de melhor e pior se passa no país e no nosso Distrito. Não sabia que nome poderia dar a estas linhas que me propus publicar com regularidade, e depois de cinco meses de observação e reflexão, concluí que o título comum a todos os textos que quero partilhar com os leitores teria de ser igual a mim própria; daí o Francamente. E começo por algo que me fez ferver há meses atrás, que hoje não terá já a importância de então, dado que a pessoa em causa passou já de primeira protagonista, para o papel de igual a tantos outros…deputados. Até agora no Parlamento só ouvimos falar dela pela negativa, o que bem podia ter evitado. Falo naturalmente da Sr.ª Deputada Maria Elisa Domingues, até Março último distinta Jornalista da RTP, com um percurso pela nossa jovem Democracia, nem sempre muito coerente, mas com qualidades profissionais que me prendiam também aos seus programas. Mal eu sabia, como a maioria dos portugueses, quanto ganhava aquela Jornalista na televisão do Estado…Francamente! E fervi, porque por razões inerentes à função que então desempenhava, não podia nem devia manifestar-me publicamente durante a campanha eleitoral. Assim, tive de remeter-me a um silêncio que de qualquer modo foi benéfico, porque pude observar e analisar o seu comportamento em plenitude durante a sua caminhada por este Distrito. Pois é: a senhora entrou aqui muda e queda, com pontuais declarações aqui ou ali, sobre o seu profundo conhecimento do Distrito de Castelo Branco, que passava por uma senhora “muito querida” que conhecera na sua infância em Alpedrinha, e por Belgais e Maria João Pires. Nada mau para começar…. Claro que ficámos todos rendidos, porque só uma restritíssima minoria conhece quer a senhora de Alpedrinha, quer Belgais. Todos conhecemos, é claro, Maria João Pires, mas…da televisão e através da sua música. E com o passar dos dias de campanha que se passou? Pois bem, nada mais nada menos que a vitimização da grande Senhora da televisão, que não admite que os políticos da região, que conhecem todos os Marias e Josés do seu distrito, a chamem paraquedista. Que grande ofensa, que machismo, meu Deus! Sabe que mais, Sr.ª Deputada? Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. A senhora veio para a política para ser tratada por igual a todos os outros. Ou pensa que por ser mulher, já não lhe podem tocar no nome? A política é uma causa nobre, mas requer doação, dedicação, coragem, alma nobre e não deve nunca se algo que sirva de trampolim para a ascensão pessoal e social de quem quer que seja. Se antes o Eng.º Álvaro foi apelidado de paraquedista, a senhora só não o seria porque é mulher?! Afinal a senhora passou de jornalista a política, ou de jornalista a mulher? Não era já mulher antes? Não era já considerada como boa jornalista, independentemente de ser mulher ou homem? Então não invente! Quem não tem feitio nem jeito para a política tem imensas causas igualmente nobres e boas a que se dedicar; olhe, o jornalismo, por exemplo. Mas tudo isto podia ser apenas engano e sectarismo meu. Se o desempenho da senhora no Parlamento e no Distrito (pelo menos nas 2ªs feiras) fosse notável, já cá não estava quem falou. Podia não a elogiar, mas calar-me-ia. Mas quem está atento e lê as suas crónicas domingueiras no Diário de Notícias, à falta de a vermos a trabalhar politicamente no e pelo Distrito, verifica o quê? Sim, o quê? Coisas tão interessantes, como a dissertação sobre os cortes dos fatos dos deputados, a qualidade das fazendas dos mesmos, o uso ou não de gravata, o que é ou não chique fazer na Assembleia e, pasme-se, a constatação de que afinal no Parlamento trabalha-se! Que coisa, e nós todos a pensar que os deputados eram todos uns malandros! Se estivesse atenta ao Distrito, verificaria que os de cá, já trabalham há muito. Até lhe digo mais, e até não são só os do PS: ponha os olhinhos na sua colega de bancada, cabeça de lista pela Guarda, que despe a camisola partidária e defende a SCUT para a auto-estrada da Beira Interior. Pura estratégia? Não me parece. E então que faz a nossa grande primeira-dama do PSD no Parlamento e no Distrito? · No Parlamento, verifica a qualidade da fatiota dos seus colegas, enquanto sacode meticulosamente as suas longas e tratadas madeixas, e…hélas…também lutou com todas as suas forças pela acumulação dos 2 mil e tal contitos da RTP com o ordenado de deputada. · No Distrito vem às festas e danças para que é convidada, desde que naturalmente lhe seja dada a mesa da presidência ou a 1ª fila. Contrariando os anúncios feitos pelo PSD da sua presença em reuniões pela defesa dos trabalhadores das empresas que estão a fechar, faz de conta que não sabe e prima pela ausência. Grande esforço está de facto a fazer pelos eleitores. O Distrito já lhe respondeu em Março e não deixará de o fazer novamente, se reincidir. Os Beirões são de facto muito hospitaleiros…não são é parvos! Francamente

Coloco-me no exacto papel de cidadã atenta e interessada no que de melhor e pior se passa no país e no nosso Distrito. Não sabia que nome poderia dar a estas linhas que me propus publicar com regularidade, e depois de cinco meses de observação e reflexão, concluí que o título comum a todos os textos que quero partilhar com os leitores teria de ser igual a mim própria; daí o Francamente. E começo por algo que me fez ferver há meses atrás, que hoje não terá já a importância de então, dado que a pessoa em causa passou já de primeira protagonista, para o papel de igual a tantos outros…deputados. Até agora no Parlamento só ouvimos falar dela pela negativa, o que bem podia ter evitado. Falo naturalmente da Sr.ª Deputada Maria Elisa Domingues, até Março último distinta Jornalista da RTP, com um percurso pela nossa jovem Democracia, nem sempre muito coerente, mas com qualidades profissionais que me prendiam também aos seus programas. Mal eu sabia, como a maioria dos portugueses, quanto ganhava aquela Jornalista na televisão do Estado…Francamente! E fervi, porque por razões inerentes à função que então desempenhava, não podia nem devia manifestar-me publicamente durante a campanha eleitoral. Assim, tive de remeter-me a um silêncio que de qualquer modo foi benéfico, porque pude observar e analisar o seu comportamento em plenitude durante a sua caminhada por este Distrito. Pois é: a senhora entrou aqui muda e queda, com pontuais declarações aqui ou ali, sobre o seu profundo conhecimento do Distrito de Castelo Branco, que passava por uma senhora “muito querida” que conhecera na sua infância em Alpedrinha, e por Belgais e Maria João Pires. Nada mau para começar…. Claro que ficámos todos rendidos, porque só uma restritíssima minoria conhece quer a senhora de Alpedrinha, quer Belgais. Todos conhecemos, é claro, Maria João Pires, mas…da televisão e através da sua música. E com o passar dos dias de campanha que se passou? Pois bem, nada mais nada menos que a vitimização da grande Senhora da televisão, que não admite que os políticos da região, que conhecem todos os Marias e Josés do seu distrito, a chamem paraquedista. Que grande ofensa, que machismo, meu Deus! Sabe que mais, Sr.ª Deputada? Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. A senhora veio para a política para ser tratada por igual a todos os outros. Ou pensa que por ser mulher, já não lhe podem tocar no nome? A política é uma causa nobre, mas requer doação, dedicação, coragem, alma nobre e não deve nunca se algo que sirva de trampolim para a ascensão pessoal e social de quem quer que seja. Se antes o Eng.º Álvaro foi apelidado de paraquedista, a senhora só não o seria porque é mulher?! Afinal a senhora passou de jornalista a política, ou de jornalista a mulher? Não era já mulher antes? Não era já considerada como boa jornalista, independentemente de ser mulher ou homem? Então não invente! Quem não tem feitio nem jeito para a política tem imensas causas igualmente nobres e boas a que se dedicar; olhe, o jornalismo, por exemplo. Mas tudo isto podia ser apenas engano e sectarismo meu. Se o desempenho da senhora no Parlamento e no Distrito (pelo menos nas 2ªs feiras) fosse notável, já cá não estava quem falou. Podia não a elogiar, mas calar-me-ia. Mas quem está atento e lê as suas crónicas domingueiras no Diário de Notícias, à falta de a vermos a trabalhar politicamente no e pelo Distrito, verifica o quê? Sim, o quê? Coisas tão interessantes, como a dissertação sobre os cortes dos fatos dos deputados, a qualidade das fazendas dos mesmos, o uso ou não de gravata, o que é ou não chique fazer na Assembleia e, pasme-se, a constatação de que afinal no Parlamento trabalha-se! Que coisa, e nós todos a pensar que os deputados eram todos uns malandros! Se estivesse atenta ao Distrito, verificaria que os de cá, já trabalham há muito. Até lhe digo mais, e até não são só os do PS: ponha os olhinhos na sua colega de bancada, cabeça de lista pela Guarda, que despe a camisola partidária e defende a SCUT para a auto-estrada da Beira Interior. Pura estratégia? Não me parece. E então que faz a nossa grande primeira-dama do PSD no Parlamento e no Distrito? · No Parlamento, verifica a qualidade da fatiota dos seus colegas, enquanto sacode meticulosamente as suas longas e tratadas madeixas, e…hélas…também lutou com todas as suas forças pela acumulação dos 2 mil e tal contitos da RTP com o ordenado de deputada. · No Distrito vem às festas e danças para que é convidada, desde que naturalmente lhe seja dada a mesa da presidência ou a 1ª fila. Contrariando os anúncios feitos pelo PSD da sua presença em reuniões pela defesa dos trabalhadores das empresas que estão a fechar, faz de conta que não sabe e prima pela ausência. Grande esforço está de facto a fazer pelos eleitores. O Distrito já lhe respondeu em Março e não deixará de o fazer novamente, se reincidir. Os Beirões são de facto muito hospitaleiros…não são é parvos! Francamente

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