Portugal Diário

13-11-2002
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Casino no Parque Mayer divide PS

PD 04-10-2002 18:17 PS tem posições divergentes sobre a intenção da Câmara de Lisboa de instalar um casino no Parque Mayer O PS tem posições divergentes sobre a intenção da Câmara de Lisboa de instalar um casino no Parque Mayer, apenas estando de acordo numa questão - a solução não se poderá estender a outros pontos do país. Em declarações à agência Lusa, o dirigente socialista Vitalino Canas manifestou-se na globalidade contra leis de excepção, seja em relação aos touros de morte em Barroso, seja no que respeita a um casino no centro de Lisboa, alertando ainda para os riscos sociais inerentes à expansão do jogo em Portugal. O secretário nacional do PS para as Relações Internacionais, José Lamego disse não que não fica chocado com a instalação de um casino no Parque Mayer, mas, tal como o executivo de Durão Barroso, defendeu que a medida deverá ter «um carácter excepcional». Em artigo publicado no jornal «Expresso», no sábado passado, o ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho defendeu a realização de uma referendo, de carácter local, sobre a construção de um casino como forma de reabilitar o Parque Mayer. Vitalino Canas declarou que a instalação de um casino no Parque Mayer se trata «de um precedente grave», abrindo a possibilidade do jogo se expandir «aos centros das cidades». «Para se resolver o problema do Parque Mayer, a Câmara de Lisboa optou pela solução fácil, mas que poderá ter implicações sociais sérias», considerou o ex-secretário de Estado de Presidência. Vitalino Canas insurgiu-se ainda «contra as leis de excepção, como a aplicada em relação a Barrancos e agora ao Parque Mayer, de duvidosa constitucionalidade, que criam problemas graves de desigualdade entre as populações». Lamego disse à Lusa que a solução encontrada para reabilitar o Parque Mayer não o choca, mas fez depender a sua posição definitiva sobre a matéria «da qualidade do projecto a ser apresentado». «Entendo que a solução para o Parque Mayer deve ter uma carácter excepcional, sob pena de se perverter a regulamentação do jogo em Portugal», declarou José Lamego, questionado sobre a possibilidade de outros casinos se instalarem em Gaia, Porto e Matosinhos. Hoje, a ex-provedora da Santa Casa da Misericórdia e deputada do PS, Maria do Carmo Romão, através de um requerimento, exigiu ao ministro do Trabalho e da Segurança Social, Bagão Félix, um esclarecimento sobre o impacto da instalação de um casino no Parque Mayer. No seu requerimento, Maria do Carmo Romão quer saber o Governo tem algum estudo sobre «os efeitos nocivos da dependência do jogo» e se o Estado tenciona subsidiar a Misericórdia de Lisboa «para suprir a eventual quebra de receitas provocada pela instalação de novos jogos».

Casino no Parque Mayer divide PS

PD 04-10-2002 18:17 PS tem posições divergentes sobre a intenção da Câmara de Lisboa de instalar um casino no Parque Mayer O PS tem posições divergentes sobre a intenção da Câmara de Lisboa de instalar um casino no Parque Mayer, apenas estando de acordo numa questão - a solução não se poderá estender a outros pontos do país. Em declarações à agência Lusa, o dirigente socialista Vitalino Canas manifestou-se na globalidade contra leis de excepção, seja em relação aos touros de morte em Barroso, seja no que respeita a um casino no centro de Lisboa, alertando ainda para os riscos sociais inerentes à expansão do jogo em Portugal. O secretário nacional do PS para as Relações Internacionais, José Lamego disse não que não fica chocado com a instalação de um casino no Parque Mayer, mas, tal como o executivo de Durão Barroso, defendeu que a medida deverá ter «um carácter excepcional». Em artigo publicado no jornal «Expresso», no sábado passado, o ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho defendeu a realização de uma referendo, de carácter local, sobre a construção de um casino como forma de reabilitar o Parque Mayer. Vitalino Canas declarou que a instalação de um casino no Parque Mayer se trata «de um precedente grave», abrindo a possibilidade do jogo se expandir «aos centros das cidades». «Para se resolver o problema do Parque Mayer, a Câmara de Lisboa optou pela solução fácil, mas que poderá ter implicações sociais sérias», considerou o ex-secretário de Estado de Presidência. Vitalino Canas insurgiu-se ainda «contra as leis de excepção, como a aplicada em relação a Barrancos e agora ao Parque Mayer, de duvidosa constitucionalidade, que criam problemas graves de desigualdade entre as populações». Lamego disse à Lusa que a solução encontrada para reabilitar o Parque Mayer não o choca, mas fez depender a sua posição definitiva sobre a matéria «da qualidade do projecto a ser apresentado». «Entendo que a solução para o Parque Mayer deve ter uma carácter excepcional, sob pena de se perverter a regulamentação do jogo em Portugal», declarou José Lamego, questionado sobre a possibilidade de outros casinos se instalarem em Gaia, Porto e Matosinhos. Hoje, a ex-provedora da Santa Casa da Misericórdia e deputada do PS, Maria do Carmo Romão, através de um requerimento, exigiu ao ministro do Trabalho e da Segurança Social, Bagão Félix, um esclarecimento sobre o impacto da instalação de um casino no Parque Mayer. No seu requerimento, Maria do Carmo Romão quer saber o Governo tem algum estudo sobre «os efeitos nocivos da dependência do jogo» e se o Estado tenciona subsidiar a Misericórdia de Lisboa «para suprir a eventual quebra de receitas provocada pela instalação de novos jogos».

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