Ministros começam a despedir-se

04-08-2004
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Ministros Começam a Despedir-se

Por H.P./E.L.

Segunda-feira, 28 de Junho de 2004

Alguns membros do Governo começam a dar por adquirida a sua saída, com a recomposição de um novo Executivo liderado por Pedro Santana Lopes. O ministro da Cultura, Pedro Roseta, foi o primeiro a, publicamente, assumir a passagem de Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia.

"Uma personalidade como o dr. Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, é importante para Portugal, é importante para a Europa e para o mundo lusófono", disse, anteontem à noite, antes do convite formal do presidente da União Europeia em exercício a Durão, o que só ocorreu ontem à tarde. Comentando a eventual remodelação governamental, Roseta garantiu que está "de consciência tranquila", acrescentando que fez aquilo que podia fazer com os meios que tinha.

A ministra da Justiça, Maria Celeste Cardona, deu a entender que sairia também de consciência tranquila. Ontem, na apresentação da reforma do sistema prisional, quando questionada pelos jornalistas sobre a probabilidade de não vir a acompanhar esta reforma devido à mudança de Governo, afirmou que o que interessa são "as grandes linhas" e os "objectivos" que iria deixar traçados. "Deixe-me falar dos grandes objetivos que defini e que concretizei", insistiu a ministra, quando questionada sobre o futuro.

Estes dois ministros são dados como remodeláveis há muitos meses e, por isso, quer com Durão como primeiro-ministro, quer com Santana, as dúvidas sobre a sua permanência são poucas.

Nos últimos dias, a preocupação de Durão Barroso tem sido a de assegurar a continuidade de alguns governantes. Ontem, era dada como certa por fontes sociais-democratas a continuação de Nuno Morais Sarmento e de José Luís Arnaut no Governo. Este último estava a ser dado como indo para Bruxelas com Durão. Para o núcleo duro do actual Executivo, é ainda considerado essencial para assegurar a credibilidade do novo Governo de Santana Lopes o nome que vai assumir a pasta das Finanças, que será deixada vaga por Manuela Ferreira Leite.

Ontem, a direcção do PSD fez questão de negar à agência Lusa que Pedro Santana Lopes e Paulo Portas já estejam a preparar o novo Governo, sublinhando que "Portugal ainda tem um primeiro-ministro". Fonte oficial da direcção do PSD afirmou ser "completamente falso" que existam conversações entre o número dois do PSD e provável sucessor de Durão Barroso, Santana Lopes, e o presidente do CDS, Paulo Portas, para preparar o novo executivo. "Portugal ainda tem um primeiro-ministro, tem um Governo e o PSD ainda tem o seu presidente", sublinhou a mesma fonte, que, no entanto, não nega que Portas e Santana já tenham reunido.

Como o PÚBLICO ontem noticiava, o líder do CDS e o vice-presidente do PSD estiveram reunidos no sábado para uma conversa em que tanto o futuro da coligação como o novo governo estiveram em cima da mesa. Mas, ontem, uma das grandes preocupações dos dirigentes sociais-democratas foi evitar ao máximo a ideia de que estão a ser dados passos para a consagração da sucessão de Durão Barroso, em antecipação a qualquer decisão de Jorge Sampaio.

O mesmo membro da direcção do PSD defendeu, em declarações à Lusa, que basta a realização de um conselho nacional do partido para designar o futuro primeiro-ministro. "O PSD tem estatutos e regras, a competência de indigitar um primeiro-ministro é do conselho nacional e não do congresso", salientou, acrescentando que "nunca o congresso indigitou um primeiro-ministro".

Ministros Começam a Despedir-se

Por H.P./E.L.

Segunda-feira, 28 de Junho de 2004

Alguns membros do Governo começam a dar por adquirida a sua saída, com a recomposição de um novo Executivo liderado por Pedro Santana Lopes. O ministro da Cultura, Pedro Roseta, foi o primeiro a, publicamente, assumir a passagem de Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia.

"Uma personalidade como o dr. Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, é importante para Portugal, é importante para a Europa e para o mundo lusófono", disse, anteontem à noite, antes do convite formal do presidente da União Europeia em exercício a Durão, o que só ocorreu ontem à tarde. Comentando a eventual remodelação governamental, Roseta garantiu que está "de consciência tranquila", acrescentando que fez aquilo que podia fazer com os meios que tinha.

A ministra da Justiça, Maria Celeste Cardona, deu a entender que sairia também de consciência tranquila. Ontem, na apresentação da reforma do sistema prisional, quando questionada pelos jornalistas sobre a probabilidade de não vir a acompanhar esta reforma devido à mudança de Governo, afirmou que o que interessa são "as grandes linhas" e os "objectivos" que iria deixar traçados. "Deixe-me falar dos grandes objetivos que defini e que concretizei", insistiu a ministra, quando questionada sobre o futuro.

Estes dois ministros são dados como remodeláveis há muitos meses e, por isso, quer com Durão como primeiro-ministro, quer com Santana, as dúvidas sobre a sua permanência são poucas.

Nos últimos dias, a preocupação de Durão Barroso tem sido a de assegurar a continuidade de alguns governantes. Ontem, era dada como certa por fontes sociais-democratas a continuação de Nuno Morais Sarmento e de José Luís Arnaut no Governo. Este último estava a ser dado como indo para Bruxelas com Durão. Para o núcleo duro do actual Executivo, é ainda considerado essencial para assegurar a credibilidade do novo Governo de Santana Lopes o nome que vai assumir a pasta das Finanças, que será deixada vaga por Manuela Ferreira Leite.

Ontem, a direcção do PSD fez questão de negar à agência Lusa que Pedro Santana Lopes e Paulo Portas já estejam a preparar o novo Governo, sublinhando que "Portugal ainda tem um primeiro-ministro". Fonte oficial da direcção do PSD afirmou ser "completamente falso" que existam conversações entre o número dois do PSD e provável sucessor de Durão Barroso, Santana Lopes, e o presidente do CDS, Paulo Portas, para preparar o novo executivo. "Portugal ainda tem um primeiro-ministro, tem um Governo e o PSD ainda tem o seu presidente", sublinhou a mesma fonte, que, no entanto, não nega que Portas e Santana já tenham reunido.

Como o PÚBLICO ontem noticiava, o líder do CDS e o vice-presidente do PSD estiveram reunidos no sábado para uma conversa em que tanto o futuro da coligação como o novo governo estiveram em cima da mesa. Mas, ontem, uma das grandes preocupações dos dirigentes sociais-democratas foi evitar ao máximo a ideia de que estão a ser dados passos para a consagração da sucessão de Durão Barroso, em antecipação a qualquer decisão de Jorge Sampaio.

O mesmo membro da direcção do PSD defendeu, em declarações à Lusa, que basta a realização de um conselho nacional do partido para designar o futuro primeiro-ministro. "O PSD tem estatutos e regras, a competência de indigitar um primeiro-ministro é do conselho nacional e não do congresso", salientou, acrescentando que "nunca o congresso indigitou um primeiro-ministro".

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