Ministro quer visitar Casa do Gaiato na companhia

11-01-2005
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Ministro Quer Visitar Casa do Gaiato na Companhia

Por ANTÓNIO MARUJO

Quarta-feira, 22 de Dezembro de 2004

do cardeal-patriarca

O ministro da Segurança Social, da Família e da Criança, Fernando Negrão, quer visitar a Casa do Gaiato de Paço de Sousa, no início do ano, para fazer uma reunião de trabalho com os responsáveis da Obra da Rua (OR), segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO junto do gabinete. Essa visita, de acordo com o secretário de Estado adjunto, Marco António Costa, seria para efectuar "de preferência na companhia do cardeal-patriarca", mas os padres da OR afirmam desconhecer a ideia.

Tal intenção é divulgada publicamente depois de, no fim-de-semana, na entrevista ao programa Diga Lá, Excelência, do PÚBLICO e da Rádio Renascença, o director da Casa do Gaiato do Tojal (Loures), ter afirmado que "quando o senhor ministro decidir falar" com os padres da Obra da Rua, "talvez [se] encontre uma solução" para a tensão que tem existido entre o Estado e a instituição. Em causa está o relatório da Inspecção-Geral da Segurança Social (IGSS), que falava em "maus-tratos", "repressão" e "clausura" na Casa do Gaiato.

De acordo com as informações do gabinete do ministro, a visita seria "uma pública manifestação de intenções" de Fernando Negrão. E deveria aparecer publicamente como uma iniciativa para apaziguar a tensão existente entre a Casa do Gaiato e o Estado.

Para já, o gabinete de Negrão está a "estabelecer contactos" no sentido de concretizar esta intenção do ministro. Ontem, no entanto, ela era desconhecida pelo padre Acílio Fernandes, director nacional da OR. "Não houve nenhum contacto do gabinete."

Na versão do padre Acílio, o secretário de Estado é que "prometeu" ir à casa de Paço de Sousa, mas "foi travado pelo ministro", versão que Marco António Costa contesta. "Recebi no Porto o padre Acílio há uma semana, ficou acertada uma visita do ministro para mostrar que não há qualquer anátema contra a instituição, que merece respeito pelos serviços prestados à sociedade", diz o secretário de Estado.

Ainda de acordo com Marco António Costa, o secretário de Estado sugeriu ao ministro a possibilidade de uma visita, ao que o ministro "manifestou imediata vontade" de se deslocar à Casa do Gaiato.

Já antes, depois da divulgação do relatório pelo PÚBLICO, o ministro convidara o padre Acílio Fernandes a falar com ele, prometendo que mais tarde acertaria um encontro formal.

O director da Obra da Rua afirmou entretanto ao PÚBLICO que dificilmente a visita se poderá concretizar no início do ano. É que dia "4 ou 5 de Janeiro" parte para África, explica o padre Acílio

Só não foi possível confirmar a presença ou não do cardeal-patriarca na visita que Negrão estaria a preparar. O PÚBLICO soube que o ministro contava encontrar-se no fim-de-semana com D. José Policarpo, numa cerimónia da Cáritas, mas o patriarca esteve retido em casa durante alguns dias com problemas de saúde. Ontem, não foi possível confirmar, em tempo útil, junto do gabinete do patriarca, se esse contacto já teria sido estabelecido.

Ministro Quer Visitar Casa do Gaiato na Companhia

Por ANTÓNIO MARUJO

Quarta-feira, 22 de Dezembro de 2004

do cardeal-patriarca

O ministro da Segurança Social, da Família e da Criança, Fernando Negrão, quer visitar a Casa do Gaiato de Paço de Sousa, no início do ano, para fazer uma reunião de trabalho com os responsáveis da Obra da Rua (OR), segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO junto do gabinete. Essa visita, de acordo com o secretário de Estado adjunto, Marco António Costa, seria para efectuar "de preferência na companhia do cardeal-patriarca", mas os padres da OR afirmam desconhecer a ideia.

Tal intenção é divulgada publicamente depois de, no fim-de-semana, na entrevista ao programa Diga Lá, Excelência, do PÚBLICO e da Rádio Renascença, o director da Casa do Gaiato do Tojal (Loures), ter afirmado que "quando o senhor ministro decidir falar" com os padres da Obra da Rua, "talvez [se] encontre uma solução" para a tensão que tem existido entre o Estado e a instituição. Em causa está o relatório da Inspecção-Geral da Segurança Social (IGSS), que falava em "maus-tratos", "repressão" e "clausura" na Casa do Gaiato.

De acordo com as informações do gabinete do ministro, a visita seria "uma pública manifestação de intenções" de Fernando Negrão. E deveria aparecer publicamente como uma iniciativa para apaziguar a tensão existente entre a Casa do Gaiato e o Estado.

Para já, o gabinete de Negrão está a "estabelecer contactos" no sentido de concretizar esta intenção do ministro. Ontem, no entanto, ela era desconhecida pelo padre Acílio Fernandes, director nacional da OR. "Não houve nenhum contacto do gabinete."

Na versão do padre Acílio, o secretário de Estado é que "prometeu" ir à casa de Paço de Sousa, mas "foi travado pelo ministro", versão que Marco António Costa contesta. "Recebi no Porto o padre Acílio há uma semana, ficou acertada uma visita do ministro para mostrar que não há qualquer anátema contra a instituição, que merece respeito pelos serviços prestados à sociedade", diz o secretário de Estado.

Ainda de acordo com Marco António Costa, o secretário de Estado sugeriu ao ministro a possibilidade de uma visita, ao que o ministro "manifestou imediata vontade" de se deslocar à Casa do Gaiato.

Já antes, depois da divulgação do relatório pelo PÚBLICO, o ministro convidara o padre Acílio Fernandes a falar com ele, prometendo que mais tarde acertaria um encontro formal.

O director da Obra da Rua afirmou entretanto ao PÚBLICO que dificilmente a visita se poderá concretizar no início do ano. É que dia "4 ou 5 de Janeiro" parte para África, explica o padre Acílio

Só não foi possível confirmar a presença ou não do cardeal-patriarca na visita que Negrão estaria a preparar. O PÚBLICO soube que o ministro contava encontrar-se no fim-de-semana com D. José Policarpo, numa cerimónia da Cáritas, mas o patriarca esteve retido em casa durante alguns dias com problemas de saúde. Ontem, não foi possível confirmar, em tempo útil, junto do gabinete do patriarca, se esse contacto já teria sido estabelecido.

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