Sociais-democratas do Porto numa encruzilhada

17-11-2004
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Sociais-democratas do Porto Numa Encruzilhada

Segunda-feira, 15 de Novembro de 2004 Marco António não entrou para o círculo dos eleitos de Santana, mas a distrital reforçou o seu peso na direcção do partido Ao fim de três dias de grandes incertezas, o presidente da distrital do Porto do PSD, Marco António Costa, pode vir dizer publicamente que a mais poderosa distrital do partido teve a recompensa que lhe é devida. É certo que ainda não chegou a sua hora de aceder ao círculo dos "eleitos de Santana", como pretenderia. No entanto, na comissão política nacional fez entrar Aires Pereira e Guilhermina Rego, dois membros da comissão permanente do PSD-Porto. Rui Rio manteve-se intocável na primeira vice-presidência da direcção nacional, mas "perdeu" Adriana Aguiar Branco, uma deputada da sua "entourage", vogal na direcção, que tinha sido eleita no último congresso por indicação de Durão Barroso. Em termos absolutos, neste órgão, Marco António Costa ganhou um lugar, uma vez que João Sá teria de abandonar o seu lugar de vogal na direcção do partido depois de ter assumido recentemente a presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Houve ganhos nos outros órgãos nacionais. Para o conselho de jurisdição, onde o Porto não tinha qualquer representante, entrou Cândida Oliveira, vogal da distrital portuense, e para o conselho nacional, o Porto garantiu quatro representantes na lista de Santana: Bragança Fernandes, Bernardino Vasconcelos Vale Peixoto (TSD), para além de Jorge Costa que foi reeleito. Deserções de Menezes e Valentim O saldo é positivo, atendendo só aos números. Que podem ser ilusórios. Aparentemente, ao contrário dos socialistas portuenses que decidiram selar tréguas, este fim-de-semana, em torno de Francisco Assis, no PSD-Porto a desagregação estalou em pleno congresso. Luís Filipe Menezes anunciou que não está disponível para se recandidatar a Vila Nova de Gaia, abrindo a porta a um cenário que Marco António poderá ter de enfrentar: a candidatura de Menezes contra Rui Rio no Porto. Depois veio Valentim Loureiro dizer que é altura de dar lugar aos novos, desafiando "os catedráticos da crítica e os intelectuais em particular" a avançarem para Gondomar onde, na ironia do major, terão boas condições de manter a câmara nas mãos do PSD. A fractura foi também evidente nos discursos. Menezes falou para Marco António, a quem elegeu, aliás como um dos seus putativos sucessores em Gaia, e Valentim saudou repetidamente o Rui Rio. Involuntariamente atirado para o meio do fogo, o líder da distrital portuense decidiu intervir, anteontem à noite, para dar um sinal de abrangência e de solidariedade. Perante os congressistas, Marco António quis esbater divergências e catalogou-as na riqueza e diversidade de personalidades que simbolizam "o melhor que o PSD tem em si mesmo". E todos são necessários, como lembrou Santana. Menezes não pensará o mesmo, Valentim tem dúvidas e o líder do PSD-Porto terá de prestar contas dentro de meses quando todos os votos contarem. Até porque foi recompensado neste congresso. F.F./M.G. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Hipótese de nova AD ameaça liderança de Santana Lopes

"Quero um país que vá subindo no seu astral"

Primeiro-ministro quer governar até 2014

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Comissão política nacional

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